Pov Bonnie

Kai Voltou! Ele finalmente voltou para nós, para mim! Já era noite e eu estava dormindo no quarto das meninas, todas já dormiam e já era tarde da noite. Eu não consegui dormir, então decidi descer para beber um pouco de água.

Desci a escada e fui até a cozinha. Peguei um copo e enchi-o. Senti braços enlaçando minha cintura e beijos em meu pescoço.

Bonnie: não conseguiu dormir?

Kai: não- falou beijando meu pescoço- e vejo que a senhora também não- sorri.

Bonnie: não.

Kai: vem dormir comigo.

Bonnie: não, até o casamento não podemos- ele riu.

Kai: não vamos fazer nada, apenas dormir.

Bonnie: tudo bem- rimos.

Pus o copo em cima da mesa e nós subimos para o quarto em que Kai estava, o antigo quarto de tia Jo. Nos deitamos na cama e Kai me puxou para mais perto dele.

Kai: não sabe quantas vezes quis esse momento- sorri.

Bonnie: eu também o desejei muito.

Kai: e quando nós formos embora vamos construir nossa família.

Bonnie: mas, só poderemos casar se Charles me renunciar ou... ou morrer.

Kai: não se preocupe, amor- beijou minha mão.

Bonnie: não seria ruim se ele morresse.

Kai: admito que também penso o mesmo- rimos- vamos dar tempo ao tempo- assenti.

Bonnie: Kai.

Kai: sim?

Bonnie: eu amo você!- falei olhando em seus olhos.

Kai: eu também te amo!- sorriu e me beijou.

Voltei a deitar sobre seu peito e não demorou para que eu adormecesse.

**

Acordei com carinhos em meus cabelos, sorri e abri os olhos lentamente, encontrando os olhos azuis cinzentos de Kai.

Kai: bom dia!

Bonnie: bom dia!- sorri.

Kai: dormiu bem?

Bonnie: melhor impossível- sorriu.

Kai: eu trouxe seu café.

Bonnie: obrigada senhor Parker- ele sorriu novamente.

Sentei na cama e tinha uma bandeja na mesinha ao lado. De repente lembrei de uma coisa, levantei da cama e fui até o antigo armário de tia Jo.

Kai: o que houve?

Bonnie: tenho uma coisa para você- peguei uma caixa de veludo vermelha- pegue- falei entregando a ele.

Kai: o... o que é isso?

Bonnie: tia Jo mandou entregar-lhe isso- ele hesitou um pouco e pegou a caixa.

Ele hesitou um pouco mais antes de abri-la. Ele a abriu e seus olhos lacrimejaram, estava nítido.

Bonnie: Kai?- ele me olhou- o que tem aí?

Kai: são... são algumas coisas- sorriu e uma lágrima escorreu por seu rosto.

Ele virou a caixa para mim e, na mesma situação, eu teria me emocionado também. Haviam fotos lá. Uma era de uma família, tinha um homem com cabelos escuros como os de Kai, uma mulher com cabelos igualmente escuros e olhos claros, uma jovem, que supus ser tia Jo, e um bebê nos braços da mulher.

Kai: são... são meus pais, Bonnie.

Bonnie: você... você não lembrava deles?

Kai: não. De acordo com Jo eu tinha sido abandonado por meu pai quando minha mãe... nossa mãe morreu, nosso pais nos abandonou e... e ela ficou comigo- várias lágrimas escorriam agora.

Bonnie: ah Kai- abracei-o e ele logo retribuiu.

Kai: ela devia ter me contado antes que era minha irmã, que estávamos no mesmo barco- ele falava chorando.

Bonnie: ela só te protegeu.

Kai: eu sei, não a culpo por isso- assenti.

Quando nos separamos olhamos as outras coisas. Eram cartas que ela trocava com o pai deles até que chegamos em uma carta que dizia que o senhor Joshua Parker havia morrido. Lá também tinha uma roupinha de bebê e uma manta. Kai sabia que era sua e novas lágrimas começaram a escorrer por seu rosto.

Kai: eu não acredito- sussurrou- é tudo tão... tão inacreditável.

Bonnie: é sim- segurei sua mão.

Após vermos tudo que havia na caixa, que se tratava de coisas que contavam para a história de Kai. Um bebê que perdeu a mãe, foi abandonado pelo pai e foi criado por sua irmã, sendo privado de todos esses detalhes. Kai chorava muito. Kai havia mudado, ele estava com uma aparência mais masculina, aquela aparência de garoto sumiu, dando lugar a uma aparência de um homem bruto. Mas, vendo-o ali chorando, poderíamos dizer que o garoto estava de volta. Ele pegou minhas mãos.

Kai: não importa quanto tempo leve até fugirmos. Nós... nós vamos fugir daqui, eu vou te dar uma casa Bonnie, vou dar-lhe amor, vou dar-lhe uma família e... e haja o que houver, eu vou ser o melhor marido e melhor pai já visto- ele sorriu- eu te amo!

Bonnie: eu também te amo!- agora eu chorava também.

Nos beijamos e depois nos abraçamos. Eu sabia bem o por que dele está falando isso. Kai estava prometendo não ser como seu pai, nunca fugir das responsabilidades, cuidar da família como se deve cuidar. Ele estava me prometendo tudo o que eu queria.

**

Eu já havia tomado banho, tomado café e agora estava no quarto das meninas. Selena e eu resolvemos contar as boas novas.

Caroline: um bebê? Oh meu Deus!

Elena: um bebê!- sorriu.

Bonnie: espero que não discriminem Selena.

Caroline: não, jamais. Estamos até felizes!- sorriu.

Selena: sei que já fiz muitas besteiras, mas peço perdão a vocês.

Elena: passado é passado- sorriu- e então, já fez o enxoval?

Selena: não.

Caroline: darei as mantas do bebê.

Elena: ah sim, eu farei as roupinhas.

Selena: vocês... fariam mesmo?

Bonnie: Selena, estamos aqui para ajudar- sorri- acalme-se, tudo dará certo- ela sorriu e assentiu.

Bateram na porta e meu coração logo bateu acelerado, mas Charles não bateria. Eu fui até a porta e a abri me deparando com Tyler.

Bonnie: Tyler?

Tyler: olá Bonnie!- sorriu e nos abraçamos.

Bonnie: oh meu Deus!

Tyler agora estava com aparência mais masculina, deixando o garoto de lado também. Tyler estava com a barba por fazer, seus ombros estavam mais largos, estava maior e mais forte.

Tyler: tudo bem?

Bonnie: mais ou menos, tenho certeza que sua mãe já lhe informou sobre tudo- ele assentiu.

Tyler: casou com Charles Everson- assenti- se tivesse casado comigo não teria que aguentar isso- rimos.

Stefan: Tyler?- todos estavam descendo.

Tyler: olá Stefan- sorriram- Damon, Jeremy, Kai, Elena e Caroline.

Todos: olá!

Tyler: e... e você, quem é?- perguntou a Selena.

Selena: Selena.

Tyler: ah, já tinha visto você.

Bonnie: Então, como sabia que iria me encontrar aqui?

Tyler: eu fui até sua casa, sua empregada falou que não estava lá, então pensei que estivesse aqui.

Bonnie: Charles estava lá?- ele negou.

Tyler: mas... Kai? Como... como sobreviveu?

Kai: sou um guerreiro- rimos- e eu... eu tinha uma motivação- ele olhou pra mim e eu sorri.

Tyler: não pode ficar com uma mulher casada, amigo.

Kai: bom, resolveremos isso.

Tyler: tem todo meu apoio, Charles Everson nunca foi flor que se cheire- assenti.

Ficamos conversando a tarde toda. No fim da tarde Tyler foi embora e eu achei estranho Charles não vir, mas achei bom também. Eu tinha que planejar algo para que eu e Kai vivêssemos juntos sem impedimentos, e eu já tinha algo em mente.