Três Desejos escrita por Kayra Callidora


Capítulo 28
Epílogo




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Epílogo

— Majestade?

Atena ergueu os olhos para a porta à sua frente. Na soleira se encontrava um tritão, parecendo um tanto amedrontado por estar ali, a lança tremendo em sua mão esquerda.

— Sim?

— São o príncipe e a princesa - respondeu o tritão com a voz trêmula. - Eles... Eles estão brigando, e ninguém consegue intervir.

— Pensei que Poseidon estivesse lá com eles - Atena ergueu uma sobrancelha.

Se é que era possível, o tritão se encolheu ainda mais, e agora parecia prestes a ter um ataque nervoso.

— Ele saiu, majestade - o homem respondeu. - Disse que precisava... Precisava... Ir a outro lugar. Mas que eu não deveria contar para a senhora.

O tritão imediatamente tapou a própria boca após o fim dessa frase, percebendo que havia falado besteira. Essa era, Atena pensou com um sorriso divertido, uma das vantagens de se ter um olhar intimidante. Não eram muitas pessoas que conseguiam mentir para ela.

— Obrigada - ela disse, contudo. - Eu vou ver o que está acontecendo.

— Sim, senhora - o tritão se curvou para ela e saiu o mais rápido possível.

Atena suspirou, se levantando de sua cadeira e saindo do escritório rumo ao Centro de Treinamento. Alexandre e Sophia já davam trabalho naturalmente, mas nos últimos tempos, tudo parecia ter piorado. Tinham brigas constantes, das quais Atena sequer conseguia entender o motivo. Ao seu ver, era pura birra dos dois. Mas esse não era o maior problema. O problema real era que, no ápice de suas emoções, os deuses razoavelmente novos não se controlavam e acabavam causando pequenos desastres naturais na superfície. Os mortais já começavam a prever um apocalipse, dado o número de enchentes, tremores e furacões que andavam acontecendo por todo o planeta. Por isso Poseidon os acompanhava nos dias de treinamento, para evitar que qualquer coisa saísse do controle, mas aparentemente, ele decidira jogar tudo para o alto naquele dia e "sair para outro lugar", nas palavras do tritão.

Quando por fim se aproximou da construção envidraçada do Centro, Atena já conseguia ouvir os gritos que vinham de dentro, as vozes distintas e nada discretas de seus filhos. Sua pele já fervilhava quando, por fim, ela adentrou o pavilhão onde eles treinavam. Ao vê-la passar pela porta, os outros aspirantes imediatamente bateram uma continência para ela, mas Atena não prestou atenção. Seus olhos estavam fixos na dupla que praticamente se matava com palavras bem na frente de todos.

Foi Sophia quem a viu primeiro. Os olhos da princesa se voltaram para ela por acidente, quando estava no meio de um xingamento particularmente feio ao seu irmão, mas no instante em que viu Atena, ela se calou. Alexandre, percebendo seu súbito silêncio, também se calou e se virou para ver o que ela olhava. Ambos baixaram a cabeça diante da figura da mãe, que soltou um bufo de impaciência.

— Venham comigo, vocês dois - ela mandou. - Agora.

Os príncipes saíram, ainda cabisbaixos, e seguiram Atena até o lado de fora, em uma parte mais isolada dos jardins. A deusa os levou até um banco, e ordenou que eles se sentassem, enquanto ela ficou de pé em sua frente. Os irmãos eram tão diferentes que sequer se podia dizer que eram da mesma família. Alexandre era completamente parecido com Atena, sem colocar ou tirar qualquer detalhe. Tinha seus cabelos loiros enrolados e seus olhos tempestuosos, enquanto Sophia era uma mera reprodução de Poseidon, com cabelos muito escuros e olhos verdes que brilhavam como esmeraldas. A única coisa que divergia de seus pais era, talvez, a personalidade. Embora se parecesse com Atena em todo o resto, Alexandre tinha a personalidade impulsiva de Poseidon, e sua mãe sabia que ele era, na maior parte das vezes, o causador das brigas constantes com Sophia. Já a princesa, apesar de se parecer com o pai, tinha a personalidade mais serena da deusa da sabedoria. Ela dificilmente procurava brigas, e sabia como destruir os argumentos de seu irmão como ninguém. Ela se mantinha calma na maior parte do tempo, mas Alexandre realmente conseguia tirá-la o sério.

— O que estava acontecendo? - foi a primeira pergunta de Atena.

Os dois começaram a falar ao mesmo tempo, de forma que Atena não foi capaz de entender uma única palavra. Ela ergueu uma mão, e eles se calaram.

— Um de cada vez - ela indicou. - Sophia, você me explica.

— Não foi culpa minha, mãe - Sophia começou, já bufando em indignação. - Eu estava conversando com um amigo quando o estúpido do seu filho chegou... - Sophia fungou. - Chegou e me puxou, e então começou a dizer uma porção de coisas para ele.

— Amigo? - protestou Alexandre. - Pois eu te garanto que nunca vi "amigos" conversando tão próximos ou...

— Isso não importa, Alex! - Sophia gritou. - Você não tinha direito nenhum de falar aquelas coisas. Eu posso conversar com quem eu quiser.

Atena assistia à discussão em silêncio, mal se permitindo acreditar no que ouvia. Alexandre estava mesmo com ciúme de sua irmã com outro garoto? E por que aquela reação tão exagerada? Será que era normal que um irmão fosse tão superprotetor àquele nível?

— Claro que eu tinha direito, eu sou seu irmão mais velho! - ele exclamou.

— Você é só cinquenta anos mais velho do que eu! - gritou Sophia, e Atena teve que rir do fato de que ela pensava que cinquenta anos não eram nada. - Não pode mandar em mim!

— Mas eu não podia deixar que... - Alexandre parecia não saber mais o que dizer. - Sabe o que ele queria com você?

— E você sabia? - perguntou Sophia. - Como você...

A princesa enfiou a cabeça entre as duas mãos, aparentemente incapaz de dizer qualquer outra coisa. Suas costas tremeram levemente, indicando que ela chorava baixo, e Alexandre ergueu o rosto para Atena, parecendo desamparado por ver a irmã chorar. Aquela era uma das poucas vezes em sua vida em que a deusa não sabia como resolver uma situação. O desfecho daquilo era muito diferente do que ela esperava. Pensava que fosse apenas uma briga infantil (embora Alexandre já tivesse quase um século de idade, e Sophia, mais de quatro décadas), uma birra natural de irmãos, mas ao ouvir aquela discussão, sua percepção mudou completamente. Ela já ouvira muitas brigas como aquela antes. Era o tipo que acontecia entre Ártemis e Apolo - anos antes de eles perceberem que acontecia porque um era secretamente apaixonado pelo outro.

Atena se recostou em uma estátua às suas costas, sem ação. Precisava urgentemente conversar com Poseidon sobre aquilo. Mas onde estava o maldito agora que ela precisava dele?

Alexandre se curvou sobre a irmã, abraçando suas costas.

— Me desculpe, Sofs - ele pediu, em voz baixa. - Eu não sabia que você...

— Por que você faz isso com todos os meninos de que eu gosto, Alex? - ela perguntou, a voz embargada, e Alexandre pareceu amolecer diante daquela cena.

Atena estreitou os olhos. É, aparentemente o intelecto Sophia havia herdado de Poseidon. Depois de todas as brigas e da própria reação de Alex, se ela não percebesse o que estava bem debaixo de seu nariz... Bem, ficaria difícil explicar.

— É porque... - Alex começou a explicar. - Porque...

— Vão para dentro se trocar, vocês dois - Atena mandou. - Precisamos ir para o Olimpo em alguns minutos. Eu nem poderia estar aqui, tenho milhares de coisas para organizar. A propósito, para onde foi o pai de vocês?

Concordando pela primeira vez no dia, ambos encolheram os ombros.

— Não sabemos - disseram em uníssono.

Atena suspirou.

— Tudo bem. Podem entrar.

Os irmãos se levantaram ao mesmo tempo e seguiram para dentro do palácio, a uma distância de pelo menos cinco metros entre si. Alexandre tinha a cabeça baixa, mas a todo momento lançava olhares para Sophia, checando se ela ainda estava brava. Atena balançou a cabeça. Pessoas eram tão complicadas. Alguns segundos depois, ela também se colocou a caminhar para o palácio, preparando o psicólogo para mais um Conselho Olimpiano de Solstício de Inverno.

Chegando ao salão principal, qual não foi a sua surpresa ao encontrar Poseidon entrando pelo outro lado, com a expressão mais inocente do mundo.

— Onde você estava?

— Boa tarde para você também, amor - ele desejou, sorrindo descaradamente. - Posso saber o que eu fiz dessa vez?

— Saiu do Centro e deixou o Alex e a Sofs lá - Atena explicou. - Eles quase se mataram. E eu trabalhando tranquila, pensando que você estava lá vigiando eles.

— Me desculpe - Poseidon a abraçou e beijou sua testa. - Eu estava, mas precisei ir para outro lugar importante.

Atena arqueou as sobrancelhas.

— Posso saber que lugar era tão importante para você tê-los deixado sozinhos?

Poseidon sorriu, misterioso.

— Mais tarde eu te conto.

Ele beijou rapidamente os lábios de Atena ao fim dessa frase, mas o momento não se prolongou, porque Helena, que vinha descendo as escadas acompanhada de Alex e Sophie, fez um barulho alto.

— Quanta melação - ela exclamou, fazendo voz fininha. - Não façam isso na frente das crianças, não queremos que elas tenham ideias, não é mesmo, pequenos?

Era realmente irônico que Helena, pelo menos 20 centímetros mais baixa do que ambos os filhos de Atena, estivesse dizendo isso. Mas a deusa aprendeu a nunca questionar o que ela dizia - a maior parte das coisas não fazia qualquer sentido.

Alex e Sophia, por outro lado, chamaram sua atenção. Atena reparou que eles já caminhavam muito mais próximos, e cochichavam entre si.

— Viu só? Já estão de bem outra vez - Poseidon comentou.

— Sim - concordou Atena, pasma. - A propósito, preciso conversar com você sobre isso mais tarde.

Poseidon assentiu, tomando a mão de Atena entre as suas.

— Prontos, crianças? - ele perguntou, ao que os dois assentiram, segurando as mãos de seus pais.

E com isso, todos se teleportaram juntos para o Olimpo. Já havia uma movimentação preguiçosa de deuses em frente ao palácio principal, nenhum deles realmente animado para se sentar por horas e discutir os mesmos assuntos de sempre que levariam a lugar nenhum. Poseidon era, de longe, o mais empolgado dali, com um sorriso travesso no rosto.

— Tentem não se matar - Atena pediu, quando Alex e Sophia fizeram menção de se afastar do palácio.

Os dois abriram sorrisos calmos para a mãe, mas ela já tinha experiência o suficiente para não acreditar naqueles rostinhos inocentes.

— Por que você está todo sorridente, afinal? - Atena perguntou ao se voltar para Poseidon.

— Estou tentando adivinhar qual vai ser a careta de desgosto dessa vez quando seu pai nos ver juntos - ele respondeu.

Atena revirou os olhos.

— Eu deveria ter imaginado.

— Ele já sabe que você está grávida? - perguntou Poseidon.

— Ainda não - Atena respondeu, e dessa vez mesmo ela teve que sorrir. - Consegue imaginar o que ele vai fazer quando souber?

— Não pode ser nada pior do que quando ele descobriu sobre o Alex - Poseidon supôs.

— Nunca duvide de Zeus.

— Em todo caso - disse Poseidon, - tente não se estressar muito com ele hoje. Pode fazer mal para a Poseidônea.

Atena deu uma cotovelada em suas costelas, no momento em que adentravam o salão dos tronos.

— Poseidon, desista dessa ideia! O bebê não vai se chamar Poseidônea, e nem vai ser uma menina.

— Ah, mas por que não? - Poseidon fez um bico de tristeza.

— Não sei ao que você está se referindo, mas eu quero um menino. Sabe, para ir alternando. E espero que eu não precise responder sobre o nome.

— Alternando? - Poseidon sorriu. - Quer dizer que você já está planejando outra, que vai ser menina?

Mais uma vez, Atena rolou os olhos para ele.

— Foi um hipóte...

— Não precisa inventar desculpas, eu concordo com você. Podemos ter mais uns dez, eu ficaria feliz - o deus se abaixou até sua boca estar na altura da barriga de Atena. - E quanto à você, Poseidônea, saiba que eu não desisti de você. A próxima vez é toda sua.

Atena bufou, vencida.

— Deuses, acho que eu vou escolher um menino da próxima vez também - ela considerou. - Tenho até medo que a garota ouça você falando com ela e nasça achando que o nome dela é Poseidônea.

— Isso não é justo - Poseidon cruzou os braços. - Por que só você pode escolher o sexo?

— Porque eu estou carregando, dã - disse Atena, como se fosse óbvio. - Se você quiser engravidar do próximo, pode escolher o que quiser.

— Vou pensar bastante sobre isso - ele garantiu.

A voz retumbante de Zeus ecoou pelo salão, exigindo que todos os deuses se sentassem em seus respectivos tronos, e Poseidon depositou um último beijo na mão de Atena antes que ambos seguissem para mais um maçante Conselho Olimpiano.

                              ¶¶¶

Depois do que pareceu ser uma eternidade, a reunião chegou ao seu fim. Um a um, os deuses começaram a desaparecer de seus tronos direto para seus palácios, todos bocejando em cansaço, e Atena também se levantou para chamar Poseidon para que fossem embora. Mas quando o alcançou, o deus segurou sua mão e os teleportou para os jardins do lado de fora ao invés de Atlântida.

— O que estamos fazendo aqui? - ela indagou, confusa.

— Eu quero te mostrar algo - Poseidon mordeu o lábio inferior, contendo um sorriso. - Pronta?

Mesmo sem entender o que acontecia ali, Atena assentiu. No instante seguinte, já não estavam mais no Olimpo. Estavam parados diante de uma enorme casa de madeira, pisando sobre a areia quentinha de uma praia e rodeados de árvores altas. Atena sequer teria reconhecido o lugar se não fosse pelo gazebo que se erguia à sua frente, o único lugar que permanecia intocado.

Estavam na Ilha Dauphine.

— Uau. Este lugar - Atena mal conseguia colocar as palavras para fora. - Como você...

— Eu e Afrodite estivemos reconstruindo a casa durante este tempo - Poseidon explicou. - Ficou pronta recentemente, e ela nos deu de presente.

Atena suspirou. Da última vez que estivera ali, a casa estava sendo completamente destruída pelos titãs - suas partes que não acabaram queimadas ou quebradas ao meio, foram destruídas pela enorme onda de Poseidon. Apesar disso, algumas de suas melhores memórias haviam acontecido ali dentro. Foi ontem tudo entre ela e Poseidon começou de novo - o xeque mate de Afrodite. Ela se virou para o deus dos mares, sem conseguir acreditar na sorte que tinha por estar com ele.

— E então eu te trouxe aqui - Poseidon a abraçou pelas costas, aproximando os lábios de seu pescoço, - porque hoje fazem exatamente cem anos desde o dia em que viemos para cá pela primeira vez.

Atena se virou para ele com um sorriso bobo nos lábios, e prendeu as mãos à sua nuca.

— Cem anos - Atena repetiu, - e você ainda consegue me surpreender como se fosse a primeira vez.

— Eu prometi que faria de tudo para te fazer feliz - Poseidon lembrou-a, aproximando o rosto do seu.

— Está dando certo - ela apontou.

Com isso, a deusa puxou sua cabeça e o beijou, entrelaçando suas línguas com paixão, tudo como se fosse a primeira vez. A deusa nunca imaginou que fosse capaz de ser tão feliz, mas Poseidon conseguiu provar em tempo recorde que era possível. Nem um único dia era igual ao lado dele, e a eternidade era apenas um piscar de olhos. Atena tinha dois filhos maravilhosos pelos quais era grata, apesar de tudo, e a pessoa a quem mais amava no universo ao seu lado. Ela estava convencida de que não precisava de mais nada.

                               ¶¶¶

Horas depois, os deuses estavam deitados em um lençol na areia macia da praia: Poseidon tranquilamente recostado sobre o próprio braço e Atena ao seu lado, a cabeça apoiada em seu peito e o corpo abraçado ao dele.

— Espere - Atena se lembrou como se uma lâmpada se acendesse em sua cabeça. - E o Alex e a Sophia? Como eles ficaram?

— Eles estão bem - Poseidon a tranquilizou. - Eu pedi para Afrodite ficar de olho neles.

— Isso é pior ainda - Atena bateu uma mão na testa. - E quem vai ficar de olho em Afrodite?

Poseidon riu e beijou sua testa.

— Não se preocupe, eles vão ficar bem. Já são bem crescidinhos, você não acha?

— Humpf - fez Atena. - Ainda brigam como crianças. E por falar nisso... - ela limpou a garganta. - Precisamos conversar sobre eles.

Poseidon acenou, indicando que ela continuasse.

— Eu acho... Não sei, posso estar errada... - ela hesitou em dizer sua teoria. - Mas eu acho...

— Que o Alex é apaixonado pela Sophia? - Poseidon perguntou de uma vez. - Também acho.

Atena se remexeu, incomodada.

— Mas isso soa tão errado. Eles são irmãos.

Poseidon riu.

— Esse é seriamente seu argumento?

Atena deu de ombros.

— É válido, oras. É muito estranho que ele sinta essa... Atração por ela.

— Bom, já que não temos DNA... - Poseidon considerou. - Talvez não.

— Não falo de DNA, falo de... Não sei, só parece errado.

— Mas essa é a base do Olimpo - argumentou Poseidon. - Veja Zeus e Hera.

— Eles não deram certo - Atena apontou.

— Eu e você?

— É diferente, você é meu tio.

— O princípio é o mesmo - rebateu Poseidon. - Mas em todo caso... E Ártemis e Apolo?

— Bem, desse eu não posso discordar - Atena assentiu.

Poseidon acaricicou seu braço com o polegar.

— Eles vão se resolver, Atena - ele garantiu. - Quando eles perceberem... Vão saber o que fazer. Nós brigamos por três milênios até percebermos o que estava acontecendo de fato. Eles só brigam a quarenta anos.

Atena inclinou a cabeça.

— É, você tem um ponto.

Ela se aconchegou melhor ao peito de Poseidon e olhou para cima. O luar parecia mais bonito do que nunca, radiando no centro do céu estrelado. Às suas costas, passarinhos entoavam músicas alegres nas árvores. À sua frente, as ondas se quebravam em harmonia para os deuses dos mares. E ao seu lado, Poseidon acariciava suas costas com os olhos fechados.

A tempestade e a calmaria se encontravam. Poseidon e Atena estavam juntos. Tudo estava bem, afinal.


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Notas finais do capítulo

Uau. Nem consigo acreditar que esse é o fim.
Três Desejos foi uma história muito importante na minha vida. Eu ainda era uma criança quando comecei a escrever, e na minha cabeça, era algo completamente diferente do que ela é hoje. Essa história acompanhou a evolução da minha escrita, e inclusive ela É a evolução da minha escrita. Ela foi parte de mim por muito tempo, e hoje eu me despeço dela com nada além de um saudoso carinho. É um pedacinho de mim que vai embora, mas continua registrado aqui e com todos os que leram essa história e acompanharam comigo a trajetória do shipp favorito.

À você que chegou aqui, muito obrigada pela paciência e pela dedicação. Eu espero que durante a leitura você tenha sentido alegria, tristeza, carinho, raiva, receio, vergonha e aquele calorzinho gostoso no coração. Espero que, por algum tempo, você tenha conseguido esquecer do mundo lá fora e viajar para um mundo onde tudo é possível. Se você sentiu tudo isso, então meu maior intuito foi atingido.

Muito obrigada a todos que leram pelo carinho, os leitores pacientes de dois anos atrás e os novatos. Amo cada um de vocês mesmo não os conhecendo. Vocês são, afinal, a razão pela qual eu postei essa história.

Obrigada novamente e adeus,

Com amor,
LeQueen ❤️



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