Friends escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 13
O Efeito De Edward Cullen.


Notas iniciais do capítulo

Demorei para postar? Demorei,e sinto muito por isso.Me desculpem.Eu estava sofrendo de um mal chamado:Falta de inspiração.Ocorreu algo em outra fanfic minha que me deixou um pouco desanimada,por isso me ausentei por esse tempo!
Quero agradecer pelos comentários no capítulo anterior,e espero ter muitos nesse também!
Teremos links camuflados!
Tentarei atualizar o mais rápido possível!
Peço que curtam minha página no face: https://www.facebook.com/Fanfics-da-Mel-Vi-760593477403660/
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Boa Leitura!



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Mergulho em grandes ondas congeladas

Onde o passado retorna á vida

Combater o medo pela dor egoísta

Valeu a pena toda vez

Segure firme antes de nós batermos

Porque nós dois sabemos como isso termina

Nosso relógio faz tic-tac até quebrar seu vidro

Clarity (Música do Capítulo)

Nova York.

Ponto de vista:Edward Cullen.

     Puxo a mala sem muito esforço,e tranco a porta atrás de mim.Cá estava eu voltando para o apartamento em que eu passei os melhores anos da minha vida.Acho que finalmente encontrei alguma serventia para ele.Já que o mesmo estava servindo de alimento para as traças.Levando em conta que nem para alugar eu coloquei.Queria que aquele lugar continuasse imaculado.Que nele só restassem lembranças da época em que eu vivi aqui.Não queria que histórias de desconhecidos povoassem aquelas paredes.

     Me jogo no sofá,sabendo que a situação da cama deveria estar deplorável,e logo faço uma nota mental para que eu me lembre de contratar uma faxineira.

   Após a conversa definitiva que tive com Tânya,notei que o melhor que eu tinha a fazer era sair de casa.Não precisávamos continuar nos torturando com a presença um do outro,lembrando de dores de anos atrás,se aquilo já havia passado.Então decidi voltar para o apartamento que eu ocupei na época da faculdade.Aquele que eu dividi com Isabella Swan.Aquele que ainda me lembrava de cada parte dela.

       Meu celular apita,e eu logo visualizo uma mensagem de Vick perguntando como as coisas estavam.Ignoro-a,chegando a conclusão de que eu só estaria preparado para aquela conversa amanhã.Me acomodo no estofado,que tantas vez dividi com Bella,e logo caio no sono.Sonhando com aqueles olhos verdes,que sempre eram cobertos por um par de óculos.

    Quando acordo na manhã seguinte,me sinto estranhamente disposto.Como se um peso tivesse sido retirado das minhas costas.Faço minha higiene matinal,colocando uma roupa qualquer.E sigo para a cafeteria que eu sempre pegava meu café energético rotineiro.

  Enquanto dirijo,percebo que ainda estava usando minha aliança,e faço questão de tira-la,a colocando no porta-luvas.Meu término com Tânya demoraria para ser oficial,mas ainda sim,aquilo parecia ser o certo a se fazer.Paro quando uma luz vermelha se acende no semafáro,e suspiro.

  Olho para o lado automaticamente,e dou um meio sorriso,quando me deparo com um outdoor de Isabella Swan,naquela avenida.Reparo que mesmo não estando ao meu lado nesses 8 anos,Belly sempre deu um jeito de aparecer na minha vida.De repente,o sorriso que estava no meu rosto se desmancha.Sinto meus olhos marejarem quando me lembro o quão cretino fui com Bella,e como isso fez com que eu perdesse a pessoa mais especial de todo o universo.

   Após cumprir meu objetivo de ir na cafeteria,estaciono no prédio da agência,totalmente abastecido com meu café.Ao chegar no andar em que eu trabalho,me deparo com a movimentação de sempre,e me preparo para um dia mais intenso quanto todos os outros.Victoria já está me esperando na minha mesa,quando seus olhos azuis me encaram,eu noto que ela já sabia da separação,e que queria conversar sobre isso.Estou pronto para iniciar esse dialogo,quando Laurent aparece nas minhas vistas,impedindo minha intensão.

—Cullen...Na minha sala...Agora. —ele “pede” com toda sua delicadeza.Reviro os olhos,e o sigo.

   Ao adentrar em sua caverna pessoal,espero que ele me convide para sentar,o que ele não faz.Laurent me analis daquele modo irritante,e ergue sua postura,na imponente cadeira de couro.

—Eu sei que disse que você havia perdido a promoção...Mas estou disposto a te dar mais uma chance,se você aceitar de volta a campanha de Isabella Swan,e fazer dela a campanha mais lucrativa da agência. —ele me oferece,fazendo com que eu me surpreenda.

—O que aconteceu com o estagiário que havia ficado com a campanha? —questionou curioso.

—Ele não era tão bom quanto eu imaginava.Mas isso não é importante...Você acha que consegue fazer sucesso com esse material? —pergunta num tom formal.Penso que se eu aceitar aquilo,terei de trabalhar diretamente com Bella.Mas afinal,o que me impedia de me aproximar dela agora? Tânya e eu nos  separamos,não seria um erro.Poderia ser uma forma de consertar as coisas.

—Pode contar comigo. —falei convicto.Ele deu um sorriso estranho.

—Ótimo!...Agora pode me trazer um café. —ordenou,mas eu continuei no mesmo lugar.

—Não!. —neguei.Estava na hora de tomar uma posição ali.Eu não iria simplesmente abandonar meu emprego.Mas também não podia continuar sendo humilhado daquela forma.

—Não?! —repetiu incrédulo.

—Eu não passei anos da minha vida estudando para te servir cafés.Você quer uma equipe competente? Pare de agir como um carrasco,e aja como um líder.Estou cansado de te ver se achando superior a todos,sendo que existem pessoas em cargos muito mais baixos,que tem mais talento que você.Nós podemos não agradar a você,mas isso se deve ao fato de que nada te agrada,então não desconte suas frustrações pessoais em pessoas que trabalharam duro para estar aqui. —eu não sabia o motivo de estar despejando aquilo.Qual é! Qual era a porcaria do meu problema? Eu estava quase com a promoção na mão,e resolvi estragar as coisas.

   Ele me encarava com uma expressão indecifrável.Logo se levantou,e ficou de frente para mim.Tentando me assustar,suponho.

—Ai está você...O publicitário destemido que eu quis na minha equipe.Aquele que luta pelo que acha justo.Quando li sua ficha da faculdade,tomei notas que você era o mais expressivo da sua turma,mas até hoje eu não havia visto essa expressividade.Eu te aceitei nessa equipe porque sabia que você tinha potencial,que bom que estava certo. —ele me surpreendeu quando segurou meu ombro num gesto de camaradagem.Eu havia enfrentado ele,e o mesmo estava feliz?.

—Isso quer dizer que eu não vou ser demitido? —notei,e ele deu mais uma daquelas risadas sinistras.

—Você continua...Mas da próxima vez que dizer que eu tenho uma vida pessoal frustrada,te colocarei no olho da rua. —garantiu.

—Me desculpe.Eu me expressei mal. —eu estranhamente sorri naquela situação.

—O que houve com a aliança? —questionou.Percebendo a falta dela ao olhar para minha mão.Estranhei sua pergunta pessoal.Afinal,ele nunca era pessoal com ninguém.

—Continua-la usando pareceu errado. —falei suspirando.

—Sinto muito. —ele não parecia estar sendo falso.Assenti.

—Posso ir? —perguntei,ele confirmou.

—Edward? —chamou-me antes que eu atravessasse a porta.

—Sim? — atendi seu chamado.

—Você não tem que gostar do seu trabalho. —ele comunicou. —Você tem que ama-lo. —contou.

—Por que está me dizendo isso? —indaguei.

—Há quanto tempo não faz algo que ame de verdade? —me lembrei dos momentos insanos em que Isabella e eu inventávamos situações criativas que nos divertiam,e sorri.

—Há mais de 8 anos. —dito aquilo,sai dali.

E me afogo de novo em você

Porque você é o pedaço de mim

Que eu gostaria de não precisar

Perseguindo implacavelmente

Ainda luto e eu não sei por quê

Se o nosso amor é tragédia

Por que você é meu remédio?

Se o nosso amor é insano

Por que você é a minha lucidez?

 [...]

  O horário do almoço passou-se como sempre,Victoria e eu almoçamos num restaurante qualquer,e agora estávamos conversando sobre minha nova situação.

—Como você se sente em relação a isso tudo? —ela indagou como a boa amiga que era,pelo menos na maioria das vezes.

—Sinceramente? Aliviado. —admiti e a ruiva me enviou um sorriso.

—Foi o melhor para ambos. —afirmou. —E sobre a promoção? Está animado para isso? —questionou com uma sobrancelha arqueada.

—Para surpreender Laurent com uma ótima campanha? Ou para reencontrar Isabella? —notei onde ela queria chegar,e a mesma riu levemente.

—Eu mentiria se dissesse que me referia a campanha.Falo sobre Bella,realmente.Já pensou como será quando encontrar ela,após 8 anos afastados? —perguntou curiosa.

—Será estranho...Quer dizer...Eu não sei como a Bella se sente em relação a tudo que vivemos,agora.Não sei se ela me perdoou...Se ela se arrepende por não termos tentado.É engraçado,não é? A pessoa que eu mais conhecia antes,tornou-se uma incógnita para mim. —disse sem humor.

—Sabe o que eu acho?Que quando se encontrarem será como a primeira vez.Que nesse momento irão se lembrar de todos os motivos que fizeram com que amassem um ao outro. —comentou.

—Bella seguiu em frente.Não vou colocar expectativas nesse reencontro. —murmurei.

—Você também seguiu em frente com Tânya,mas quando soube que Bella voltaria para sua vida,você notou que aquele relacionamento nunca foi suficiente para você.Porque no fim,você sempre amou a Bella,mesmo quando não admitiu para si mesmo. —ela disse como se fosse obvio.

—Eu não quero especular o que sentirei ao vê-la...Eu só quero sentir...Quando meus olhos encontrarem os seus...Eu só quero olha-los,e quando e ler o que está escrito neles,eu posso dizer se ainda existe uma chance para nós. —contei e ela concordou.

   Eu realmente esperava que houvesse uma chance para nós.Uma chance não para recomeçarmos,mas sim para começarmos algo.Já que nunca nos arriscamos para isso.Só esperava que os sentimentos da Bella continuassem tão intactos quanto os meus.Porque eu sei,que eu estava preparado para deixar de vê-la como minha melhor amiga.Ela sempre foi mais que isso.

                Caminhamos em meio a um desfile vermelho

E nos recusamos a fazer as pazes

Isso penetra fundo em nosso chão

E nos faz esquecer de todo o bom senso

Não fale enquanto eu tento ir embora

Porque nós dois sabemos o que nós escolheremos

Se você puxar então puxarei mais fundo

E cairei de volta para você

 

 

[...]

Havaí.

Ponto de vista:Isabella Swan.

Pai,eu já te disse que no momento é impossível que eu vá para Forks. —murmuro pelo celular,enquanto desço as escadas da minha casa.No andar de baixo,vejo James esparramado pelo sofá,e sibilo um “precisamos conversar”.

Eu sei.Bella,mas sua mãe e eu estamos com saudades,de você e das crianças. —ele diz do outro lado da ligação.Suspiro por sua insistência.

Nós também sentimos falta de vocês...Mas minha agenda está realmente cheia...Faremos o seguinte,assim que minha viagem para Nova York acabar,nós visitaremos Forks,okay? —fiz a oferta.

—Tudo bem. —aceitou.Sorri,mesmo sabendo que ele não veria.Nem fazia tanto tempo assim desde a última vez que nos vimos.No máximo dois meses,já que eu havia levado meus pais para Londres muitas vezes nesse últimos tempos.Eles só não ficaram morando lá comigo,porque disseram que já estavam acostumados com Forks e não queriam sair de lá.

Tenho que desligar agora.Te amo. —falei e quando o mesmo respondeu com um “eu te amo também” encerrei a chamada.Encaro meu agente que antes me observava,e me sento ao seu lado.

—Conseguiu a casa que eu queria? —indago curiosa.Ele dá um sorriso presunçoso.Eu havia pedido que ele arranjasse uma casa para que as crianças e eu ficássemos hospedados durante nossa estadia em Nova York.

—Odeio quando você duvida do meu talento.É claro que eu consegui;Espaçosa,com um jardim e piscina e numa localização discreta. —garante.

—Ótimo!Nada de apartamentos. —murmuro,e James percebe meu comportamento.

—Você parece tensa...Ainda está nervosa por causa de Nova York? Nosso voo sai hoje...Eu sei que eu meio que te forcei a isso,mas podemos desistir se você quiser.— Me viro para ele,e encaro aqueles olhos azuis que eu estava acostumada a ver.

—Eu estou bem. —afirmo.

—Você é uma péssima mentirosa.Swan. —ele diz divertido.

—Eu estou com medo. —admito.

—Medo? —ele questiona.

—Medo...Por não saber o que sentirei quando voltar para lá.Desde que eu me tornei essa pessoa...A modelo renomada...Eu me acostumei a sempre estar no controle da situação,entende? Se eu queria,as coisas aconteciam dessa forma.Mas eu não posso controlar meus sentimentos,e eu me sinto vulnerável...E eu odeio me sentir assim. —desabafo.Ele se ajeita no sofá,numa posição em que pode me abraçar de lado.E eu me rendo aquele carinho,e encosto minha cabeça em seu ombro.

—Tudo irá ficar bem.Eu garanto. —sussurrou num tom acolhedor.

   Eu não acreditava muito nisso.Um dia após minha decisão de ir fazer essa campanha em Nova York,tudo já estava pronto para minha partida.Hoje mesmo iríamos para a cidade que nunca dorme.As empregadas já haviam feito nossas malas,e as crianças estavam animadíssimas com a viagem.Nesse momento os pequenos estavam descansando para que o voo não fosse tão exaustivo.Apesar de Demetri ter emprestado seu avião particular,isso não fazia com que a viagem fosse menos cansativa.

—Sabe...Eu nunca te disse isso...Mas  você me ensinou algo muito importante sobre a amizade.Me ensinou que o princípio dela não é depender totalmente de alguém,não é focar todos seus objetivos e sonhos em torno de uma pessoa.Me ensinou que eu tenho que ser meu próprio foco,que no fim do dia eu estarei sozinha e eu terei que lidar com isso.Você me ensinou também que existe algo bonito nos momentos de solidão,que é neles que vemos o quão longe podemos ir sem precisar de alguém,e o quão parado ficamos se não notarmos isso logo,e eu serei eternamente grata por você ter me ensinado que eu não preciso ser amiga de alguém para levar o título  de a “melhor” que eu só preciso ser amiga de mim mesma. —me vi na obrigação de dizer isso.Ele beijou meus cabelos.

—Não aja como se estivéssemos indo para uma jornada de auto descobrimento,Bella.Drama nunca foi seu forte.É só uma viagem,igual as outras cem que já fizemos juntos. —esclareceu,e eu forcei a mim mesma a sorrir.

—Tem razão...Eu estou exagerando. —concordei.

—Agora é melhor você ir se arrumar.Temos bastante tempo de voo antes de desembarcar em Nova York,e amanhã logo cedo,assim que se acomodar na sua nova casa,partiremos para a agência,quero assinar esse contrato logo.Contatarei o diretor de lá,ele não sabe que iremos tão rápido.—James anunciou,e eu assenti,me levantando,e recuperando toda minha postura.

—Preciso de um banho de espumas. —afirmei ao notar aquilo. —Pode cuidar das crianças,quando elas acordarem? . —questionei,me dirigindo até a escada.

—Não precisa nem pedir. —falou com um sorriso.Sorri de volta.Feliz por tê-lo em minha vida.

[...]

Nova York. — Algum tempo depois.

   Sinto os músculos do meu corpo doloridos,a medida que me remexo na cama.Murmuro palavras desconexas,quando vejo o sol bater na minha cara,em consequência da janela estar aberta.Apesar de já ter viajado umas mil vezes desde que me tornei modelo,nunca me acostumaria com o fato de que eu ficava quebrada após qualquer voo.Tudo que eu queria no momento,era estar na minha casa em Londres,abraçada com Demetri,sem previsão para levantar.

   Alguém bate na porta do meu novo quarto,e mesmo sem a minha permissão entra.Era James,com uma expressão animada.Ao vê-lo,reviro os olhos,e me jogo no travesseiro novamente.

—Bella,deixa de manha...Não podemos nos atrasar para essa reunião,não é você que diz que a primeira impressão é sempre a que fica. —ele diz,enquanto puxa o edredom do meu corpo.

—Idiota. —digo irritada.Me rendendo e finalmente levantando da cama.Ele me avalia da cabeça aos pés,e pelo jeito que me olha,eu devo estar péssima.

—Por favor,dê um jeito nesse rosto,se não a agência não irá mais te querer para a campanha. —zombou.Fiz uma careta para ele.

—Vai se ferrar. —pedi azeda.Logo,peguei meu celular no criado-mudo,e vi que havia uma mensagem de Demetri,perguntando se eu havia chegado bem.Tratei de responde-lo rapidamente. —Onde as crianças estão? —questionei após um tempo.

—Fazendo o que você já deveria ter feito,estão tomando café da manhã. —me comunica.

—Não demoro a descer. —garanti,e ele se pôs para fora,me dando um prazo de 20 minutos.

  Após nossa chegada a Nova York nos acomodamos na casa que eu havia mandado alugar.Por sorte James também havia contratado funcionários provisórios,e Amber,uma empregada da mansão de Londres,que estava comigo no Havaí,concordou em vir conosco.Eu só confiava nela para cuidar de Emma e Ethan,enquanto eu não estivesse.Não deixaria meus filhos nas mãos de desconhecidos.

   Por fim,decido que devo me arrumar,e rumo para o banheiro.Onde tomo uma ducha rápida.Seco meus cabelos,e já com o roupão,vou até o closeth e o abro.Constatando que os empregados eram competentes,já que todas as roupas que anteriormente estavam na mala,se encontravam devidamente colocadas naquele espaço.Procuro por uma que me agrade,e não demoro a achar.Digamos que passar todo esse tempo no mundo da moda,me rendeu uma boa experiência no assunto.

   Quando já estou pronta,me encaro no espelho e abro um sorriso pelo resultado.Meus cabelos loiros,estão perfeitamente escovados,e com uma leveza extraordinária.A maquiagem em meu rosto é leve,mas ainda sim,destaca todos os pontos positivos da minha face.No corpo visto uma blusa social preta de mangas curtas,que tem sua parte de baixo amarrada num laço, por cima da saia justa de listras pretas e brancas que vai até abaixo dos meus joelhos.Nos pés calço,um par de Mary Jane altíssimo,preto.Todo o look acentua minhas curvas.Para complementa-lo,uso um par de joias pretos também,composto por um brinco e um anel.

   Pego minha bolsa Channel preta em um dos cabides,e coloco todos meus pertences nela,alcançando um óculos estiloso também,que logo é colocado em cima da minha cabeça.Após isso,sigo para o andar superior,onde todos me esperam.

   No caminho até lá,vou trocando mensagens com Demetri,era incrível como o mesmo parecia tão disposto pela manhã.Ergo meus olhos na direção do jardim,e encontro meus filhos usando a mesa de lá,junto de James.Vou até eles,e os cumprimento com um carinhoso beijo na testa,antes de tomar os celulares que ambos estavam quando eu cheguei.

—Qual é! A senhora também estava mexendo no celular quando chegou. —Emma sempre a mais atrevida,protestou.Entrego os aparelhos para Amber,dizendo para que ela só libere para as crianças,quando eu permitir.

—É diferente! Eu não estava tomando café da manhã,Eu estava fazendo algo importante,não jogando.Façam algo que os desprenda desse mundo virtual,vocês são novos demais.Procurem uma diversão saudável.Assim que eu acabar a reunião,podemos passear pelo Central Park. —falo com uma postura de mãe.Emma bufa insatisfeita,Ethan assente sem mais complicações.

—Melhor tomar café rápido,não temos muito tempo. —James diz,após meu discurso.

—Não irei tomar café,estou sem apetite.Podemos ir. —anuncio,então nós dois nos despedimos das crianças.Ambos seguimos em direção,ao carro que eu também aluguei para minha temporada aqui.Lá um motorista nos espera,ele abre a porta para mim,e eu logo entro.

   Durante o caminho até a agência,observo a cidade pela janela,me lembrando dos momentos espetaculares que tive aqui.Quando eu era somente uma garota sonhadora,que queria ter uma vida simples,sem muitos acontecimentos.Eu não queria nada perfeito,eu só queria que tudo fosse real.A garota que apaixonou-se por Edward Cullen.

  Desperto desses pensamentos,quando ouço James discutir com alguém pelo celular.Parecia ser algo sobre seu apartamento aqui em Nova York.Ele tinha um,desde que me convidou para ser modelo dele.Apesar de eu ter insistido que ele ficasse lá em casa,ele quis ficar hospedado nesse apartamento,mas pelo que aparentava o mesmo apresentava algum problema no encanamento.Deixei aquilo para lá.Afinal não era da minha conta.Ele sabia que tinha onde ficar,e que era besteira hospedar-se nesse apartamento.

  Não demora muito para que o carro pare no estacionamento de um elegante prédio com a fachada criativa.James me ajuda a descer do carro.

   Assim vamos até o Hall da agência,onde a recepcionista nos guia até o elevador,e indica nosso andar.

   Quando me encontro na caixa metálica,presa ao lado de James,vejo que o mesmo ainda parece incomodado com o ocorrido do apartamento.

—Não acredito que está fazendo draminha por causa de um encanamento,James.Poupe-me.O que não faltam são encanadores dispostos a trabalhar em Nova York,e além disso não é como se você não tivesse para onde ir,além de  ter vários hotéis disponíveis você pode muito bem ficar lá em casa. —falo irritada com seu comportamento.

—Não é só por causa disso.É por causa da Alice. —ele conta,e eu franzo minhas sobrancelhas.O que minha assistente tinha haver com isso?.

—O que há com Alice? Ela já confirmou que amanhã mesmo ela estará aqui,já agendou seu voo e tudo,eu não farei essa campanha sem o auxilio dela. —falo sem entender o problema.

—Eu não te contei...Mas a gente meio que está saindo...Estava sei lá.Alice me mandou uma mensagem no café da manhã,dizendo que deveríamos acabar com isso,já que eu não quero levar essa relação a sério. —essa informação me faz arregalar os olhos.

—Qual problema meus amigos tem em me contar com quem estão transando decentemente?Por que eles só jogam a informação e pronto? —questiono indignada...James está pronto para responder,mas nesse momento as portas do elevador se abrem,e eu vejo.Vejo aqueles olhos verdes,que sempre me fizeram ficar de pernas bambas.Edward Cullen está ali,na minha frente,parado,me encarando com a mesma intensidade.É impossível não me recordar do dia que nos conhecemos,quando eu o vi pela primeira vez.Eu sinto aquela mesma sensação,misturada com um sentimento de sufoco.

     Eu só conseguia notar que mesmo após anos,meu coração ainda falhava uma batida ao encarar Edward Cullen.Aquele mesmo coração que ele quebrou em mil pedaços.

Porque você é o pedaço de mim

Que eu gostaria de não precisar

Perseguindo implacavelmente

Ainda luto e não sei por quê

Se o nosso amor é tragédia

Por que você é meu remédio?

Se nosso amor é insano

Por que você é minha lucidez?


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Notas finais do capítulo

O que acharam do Edward enfrentando Laurent?
Essa amizade da Bella com o James é muito fofa,não é?
Esperavam esse reencontro tão rápido?
Comentem!



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