Void escrita por Lilindy


Capítulo 27
Capítulo 24 - Mórbido


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas! Estamos de volta!!! Gente, 24 acompanhamentos? Obrigada *--* Ficamos tão felizes!! Bom, hoje não vai ter muita enrolação, desejamos uma boa leitura a todos! Ah, lá embaixo nas notas finais, teremos um aviso importante para vocês!



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O coração de Zoey batia muito rápido. Ela ainda estava incrédula, processando o fato de que estava conectada ao passado de Roman, de certa forma. Afinal, Starling era filha do homem que fez Warner perder tudo e que tinha transformada sua vida em um inferno.

— O quê você fez? – Suas palavras saem em um sussurro enquanto tentava se livrar das mãos do pai. – Me solta! – O tom de voz aumentando. – O QUÊ VOCÊ FEZ? – Ela grita horrorizada. Peter a segura com mais força.

— Quieta! Quieta! – Hale direciona a arma para a garganta da garota. –Não tente me transformar em um monstro. Ele é! – Peter aponta para Roman. – Não vê filha? Olhe para ele.

O pai da jovem segura o rosto da mesma a fazendo encarar Warner, que por sua vez permanecia na mesma posição, apontando a arma para Peter.

— Acha que eu deixaria você com minha filha? – Hale sorri para Roman. – Sugiro que abaixe a arma antes que eu a machuque.

— Eu mato você antes que faça alguma coisa com ela! – Diz Roman, sério, encarando o homem a sua frente.

Peter arma o cão de sua arma¹, provocando um som tradicional.

— Não me desafie rapaz. Prefiro machucá-la  a vê-la com você. – O pai de Zoey ameaça puxar o gatilho.

Warner parecia furioso e nervoso. Ele não tinha o controle de nada naquela situação e isso o fazia detestar a sim mesmo.

— Vamos! Largue a arma!

Ele o faz, jogando a arma no chão.

— Não! – Starling suplica. Seus olhos apavorados fazem Roman querer avançar.

Em um gesto rápido Peter joga a garota no chão com força. Roman parte na direção de Hale, mas o perseguidor é mais rápido e acaba por dar um soco em seu rosto.

—PARA! – Zoey grita. – Não o machuque! – Starling se levanta. Porém, os socos de seu pai deferidos nos rosto do psicopata fazem Warner desmaiar. – O que você fez?

Peter vira-se, pega as duas armas que estavam no chão e encara a filha.

— Que tal uma conversa entre nós três, hein? O que acha disso?

                                                  ***

Theo estava no posto, ainda aguardava algum reforço. A espera o fazia pensar em ir andando procurar a mansão que tinha visto na foto. Momentos depois ele finalmente escuta as viaturas. Raeken corre até a primeira viatura, vendo Malia e Jak Craford saírem do veículo e caminharem até ele.

— Até que enfim vocês chegaram! – O agente falava mais desesperado do que nunca.

— Como é que você segue ordens de Warner? – A agente Tate põem-se a falar. – Você confiou e acha que tudo iria se resolver?

— Foi irresponsável Raeken. – Diz Craford, tirando seus óculos escuros. – Agora Warner está indo na direção da agente Starling que, aliás, também saiu do mapa.

Theo olha para os dois.

— Existe uma terceira pessoa. Existe um perseguidor.

— O quê? – Questiona Malia. – O que realmente está tentando nos dizer Theo?

— Roman Warner foi deter alguém que anda perseguindo a agente Starling.

Craford suspira e bufa, pensando em qual seria seu próximo passo. Ele precisava dar um jeito na situação.

— Vamos anunciar uma busca, tanto para a agente Starling quanto para o procurado Roman Warner. – Jack olha para Theo. – Vamos agente Raeken, entre no carro. Você também Tate. Iniciaremos as buscas pela região imediatamente.

Os três entram na primeira viatura. Craford utiliza o rádio  para anunciar a operação.

— Senhor? – Chama Malia.

— Malia? – Jack se preparava para dirigir.

— Devemos entrar em contato com a Eichen House?

— Não, não por enquanto. Vamos evitar a mídia. Não queremos fazer disso um circo. Vamos procurar ao máximo poupar Nova York  do desespero outra vez.

— Sim, senhor.

Assim as três viaturas seguem pela região em busca da mansão vista pelo agente Raeken na foto.

                                             ***

A cabeça e o rosto de Roman estavam doloridos quando ele ouve a voz desesperada de Zoey. Ela o chamava. Ele ainda relutava em acreditar que a garota, a agente Starling era filha de alguém que ele jurou matar.

— Roman. Roman acorde, por favor.

Ele abre os olhos, finalmente percebendo que estava preso, seus braços amarrados para trás em uma cadeira de frente para Zoey, que também estava presa.

— Você está bem? – Os olhos castanhos da agente transmitiam pânico. – Eu sinto muito.

Warner tenta se soltar, várias e várias vezes enquanto procurava sua ira.

— A ironia disso tudo é... Droga! – Resmunga ele, direcionando o olhar para Zoey pela primeira vez. – Então, seu nome é...

— Zoey Starling Hale. – Ela completa, olhando nos olhos dele. – Mais conhecida como Zoey Starling. – Warner assente, direcionado o olhar para os lados.

— Para onde ele foi? – Pergunta ele em um sussurro. – De todas as perguntas que eu já te fiz...

— Eu não sei. – Fala ela o respondendo. Starling o entendia, entendia o que ele estava passando. A garota abaixa o olhar, encarando o chão. – Se soubesse o meu nome completo... Tudo mudaria entre nós?

— Pare Zoey. Por favor, isso... Isso é... – Ele volta seu olhar para a garota que também não acreditava na terrível coincidência do momento. – Isso é demais para mim. Tudo que vejo e sinto por você quando te olho é paz. Quando olho para ele sinto ódio, fúria.

A voz de Roman torna-se mais grossa e fria assim como a expressão em seu rosto.

— Como é possível? Como posso sentir sentimentos diferentes?

— Eu... – Ela engole em seco. – Eu não sei. Acredite, eu nunca iria imaginar tudo isso, nunca.

Após as palavras de Starling, uma voz penetra o ambiente.

— Nossa, que intenso. – Peter segurava a arma em sua mão direita enquanto caminhava até os dois. – É inacreditável, vocês dois ainda insistem em algo que não vai dá certo, não é mesmo?

Hale aponta a arma para a cabeça de Roman.

— NÃO! – Grita ela. – Não, por favor. – Pede ela desesperada.

— Você está cega! Cega e burra! Eu sempre achei você estúpida, mas por Deus! – Peter a encarava. - Essas mãos imundas que mataram com prazer cidadãos inocentes tocam em você!  Mãos sujas de sangue inocente de pessoas que você filha, que você agente Starling jurou proteger! Que ironia não acha?

Peter afasta a arma de perto da cabeça de Warner e caminha, apoiando-se na mesa do escritório, local onde estavam os três. Hale observava os dois.

— Eu não quero ouvi-lo. – Fala a jovem em um tom baixo de voz. – Não quero ouvir nada que tem para me dizer. Eu não quero.

Seu pai coloca a mão direita para apoiar o queixo. Ele suspira.

— Sabe você se tornou... Uau olha só para você! Uma bela filha. Uma agente do FBI. Você jurou proteger e servir a lei.  MAS É SÓ APARECER ALGUÉM QUE QUEIRA TOCAR EM VOCÊ QUE COLOCA TUDO A PERDER! – O grito de Peter faz a garota tremer.

— Você não sabe nada sobre mim, sobre ele e muito menos sobre minha vida! Você nunca quis saber desde quando eu nasci e agora você... Você quer brincar de ser pai? – Fala ela levantando o rosto, encarando Hale.

— Eu não estou brincando de ser pai, eu sou seu pai! – Diz ele firme. – E esse louco foi quem você escolheu para eu... – Peter aponta para o próprio peito. – Para eu chamar de genro?

— Louco? – Roman ri. – Você prendeu a própria filha, a perseguiu e agora está a amedrontando. Acha que isso é ser pai? Você não é nada! Nada! E eu juro que se tocar nela ...

— Você fará o quê? – O mais velho passa sua atenção para Roman. – Vai surtar? Vai me matar? Ah não, eu acho que não mataria o pai da sua preciosa, não é? Mas pensando bem, talvez você me matasse. Afinal, é isso que você sempre quis. Seus problemas, seu ódio e toda sua vida angustiante acabam, mas em troca, a perde para sempre.

Ele aponta para a garota.

— Não o escute Roman, não...

— Ou quem sabe você me deixe vivo e vá preso, indo diretamente para a Eichen House. Isso consequentemente faria você ficar longe dela e mais longe de mim. Aposto que nunca mais sairia daquele lugar.

— Como sabe tanto sobre mim? – Questiona Roman para o perseguidor. – Me diga, me diga agora! – Peter cruza os braços.

— Na época que eu precisei sair de Beacon Hills, quando o pai da melhor amiga da minha filha resolveu bancar o bom cidadão. Ela deve ter contato a você em uma das muitas conversas que vocês dois tiveram no quarto. – Hale tinha uma expressão de nojo e desaprovação quanto falava aquilo. – Eu não podia voltar, tinha que ficar longe da Rachel e da Zoey e as duas pareciam não sentir muito minha falta.

Ela caminhou até o piano e começou a tatear as teclas do instrumento.

— Eu não podia regressar para Beacon Hills. É uma cidade pequena, ninguém me daria um bom emprego.

— Seria difícil alimentar seu vício com bebidas desempregado, eu presumo. – Fala Warner lembrando-se da história que envolvia a cicatriz nas costas de Zoey.

— Contou tudo a ele mesmo, não é? – Pergunta Peter, virando-se e sorrindo cinicamente para a filha. – Pois é as coisas corriam rápido naquela cidade. Então eu tive que me virar. Me mudei para Nova York, sem muito dinheiro, sem expectativas. Foi então que os encontrei. Aqueles homens planejavam o roubo há muito tempo. Assaltar a empresa Warner era sonhar alto demais, mas a mansão? – Ele sorri. – Roubar a mansão era mais fácil, era uma boa forma de lucrar.

— Matar minha família era uma boa forma de lucrar? – Questiona Roman, a raiva presente.

— Aquilo foi um acidente. As coisas saíram do controle e eu cometi o erro de deixar você vivo.

— Você matou pessoas, matou uma criança e fala disso com naturalidade?

— Ele também matou pessoas e você ainda o defende? Isso não é perturbador para você? Olhe o que está dizendo Zoey! Eu acabo de dizer que tudo o que aconteceu foi um acidente e você ainda o defende? E quanto ao seu pai? Eu! Ele mata por prazer!

— Você fez isso! Você! Por ganância, por querer algo fácil na sua vida. Por querer dinheiro que nunca o pertenceu. Não poderia ter ao menos conseguido um emprego decente? Algo bom em sua vida? – Ela argumenta.

— Você não parou por aí, não é? – Indaga Warner. – Você continuou a conseguir dinheiro fácil, a ter uma vida fácil. Uma vida de ladrão, assassino. É por isso que Mason contratou você. É por isso que tinha aquelas máquinas fotográficas. E é por isso que vigiava a Zoey tão bem.

Roman tinha nojo presente na voz.

— Você mata pessoas como profissão? – Um misto de surpresa e espanto transpareceram na pergunta da agente especial Zoey Starling.

— Quando ficou famosa na televisão e Roman escapou da Eichen House, todas as outras coisas fizeram sentido. – Diz Peter. – Mason colocou uma recompensa para quem tivesse informações suas. – Ele aponta para Warner. – Eu soube que a Zoey estava sendo requisitada e em meio a minha procura pelo foragido do FBI, eu segui você filha. – Hale direciona-se para Zoey. -  Não pude acreditar em tudo que eu estava vendo. Você e ele juntos, isso... Isso era demais para mim e eu não suportei tal visão.

— Não entregou as fotos para Mason. – Afirma Zoey. – Por quê?

— Tem certeza que não sabe a resposta? – Peter indaga para a filha. – Ele usaria as fotos contra, iria entregar para o FBI. Eu peguei o dinheiro e fugi com todas as informações que tinha.

— Eu deveria agradecer a você por isso? – Pergunta ela sarcástica.

Peter sorri.

— Claro que sim. A grande pergunta é: Por que ainda está com ele? Tudo que temos que fazer é matá-lo. E tudo, tudo de ruim que envolve você e sua carreira acabam. Terão um fim. – Diz ele. – No que sua mãe pensaria se soubesse? E a Allison? Suas amigas? Acha mesmo que ele é bom? Acha mesmo? Agora que ele sabe que você é minha filha, que tem meu sangue, como vai ser? E a sua vida?

— Acha mesmo que eu faria isso? – A garota fecha os olhos, os nervos a flor da pele, nervosa. – Acha que isso é a solução para vivermos Omo pai e filha? Acha que esse seu ato te tornaria um herói para mim? – Questiona ela após abrir os olhos.

— Claro que sim. Por que tudo que estou dizendo é relevante para você. Imagina a cara da Rachel ao saber de tal coisa, que desapontador.

Zoey nega com a cabeça.

— Não! Está errado. – A jovem nega com a cabeça várias vezes. Peter suspira e volta a encarar Warner.

— Aposto que seus sentimentos mudaram, não é? Por que afinal, ela é minha filha e nada pode mudar isso. Deve está pensando: Nossa como fui idiota!

— Cala a boca! – A voz de Roman tinha um tom baixo e grave. – Cale essa boca!

— Sabe que tenho razão. Zoey Starling Hale. Imagina quanta coisa poderia ter feito se descobrisse isso antes. Poderia até mesmo ter se vingado, tê-la matado.

— Cala essa boca! – Warner fecha os olhos. Peter ignora sua fala.

— Será que a ama mesmo ou isso tudo é apenas atração física?

— EU MANDEI VOCÊ CALAR ESSA BOCA! – Vocifera Roman que depois fecha os olhos de raiva.

— Ou será que ele sabia disso durante esse tempo todo e apenas a estava usando filha? – Hale dá uma rápida olhada para Starling. – Você sabe, mentindo para fazer a garota caipira se apaixonar só para chegar até mim.

— Eu não acredito em você! – Pronuncia-se ela. – Eu sei o que está tentando fazer. Está tentando nos colocar um contra o outro. Isso é um jogo para você, tudo isso! Mas não vai funcionar. Está enganado sobre mim, sobre Roman, sobre nós dois!

— Estou? – Peter deposita a arma em cima da mesa e retira uma faca guardada em suas costas, retira a proteção e vai até Roman, cortando as cordas grossas que o prendiam. Warner abre os olhos e encara ambos. – Eu acho que estou muito correto sobre tudo, filha. Afinal de contas, ele é um assassino e finalmente está de vendo como minha filha. – O pai da agente vira o rosto para falar com Zoey. – Se você já não sabia, acho que sua história de amor não foi real.

O mais velho volta a ter a arma em mãos, jogando a faca no chão e passa a observar Roman. O psicopata tinha uma expressão diferente em seu rosto. Warner estica as mãos, as entrelaçando apenas para estalar os dedos. Aquela face assustadora presente nos noticiários estava ali.

Ele se encurva e pega a faca do chão, encarando o objeto.

— Roman? Por favor, você não tem que acreditar nele, eu sei que nunca me machucaria, nem a ele se eu pedisse isso. Sabe por quê? Por que tudo o que aconteceu, tudo o que houve, todas as coisas foram reais.

— Não, não foram! – Diz Peter.

— O QUE QUER PROVAR? – Grita Starling vendo Roman calado e pronto para usar a faca.

— Quero provar o que ele é! Um monstro! Alguém que nunca vai mudar nem por você nem por ninguém, filha!

Roman anda um pouco e se encurva, encarando Zoey. Ele levanta a faca.

— Você é filha dele, uma Hale. Tem o sangue de alguém que tirou tudo de mim. Seu pai é esse alguém. – Warner fala, as palavras saindo de forma grossa e cheias de raiva e ódio. – Talvez ele tenha razão, talvez o que eu stinta por você seja só desejo. Você não acha?

Warner aponta a faca para a garota.

— Não é real afinal de contas.

Zoey sente as lágrimas escorrerem pelo seu rosto.

— Você quer mesmo me matar?

— E por que não? Eu já consegui o que queria com você há meses atrás, lembra?

Ela nega com a cabeça.

— Pare de falar isso Roman! – Ele faz um gesto negativo com a cabeça para em seguida fazer o mesmo com o dedo indicador.

— Não vai doer muito. Vou ser rápido e prático. Mas a pergunta que tenho é: Qual dos dois eu mato primeiro?

Peter aponta a arma para o psicopata.

— Viu Zoey? Será assim que seus problemas acabarão. – Novamente Peter arma o cão da arma e posicionasse para matar Roman

— Foi real para mim. – A garota fecha os olhos e segundos depois escuta o som do disparo. Starling decide abrir os olhos, a jovem constata que seu pai havia errado o tiro, Roman o tinha derrubado no chão e agora golpeava seu rosto com socos.

Zoey tenta freneticamente se libertar da cadeira. Warner toma arma das mãos de Hale e aponta para ele. O pai da agente, agora com o rosto sangrando devido aos cortes e um pouco cambaleante tira a segunda arma que escondia em sua cintura e aponta para o rapaz.

— Eu ou você. Vamos, atire ou eu atiro em você e finalmente completo o que deveria ter feito há anos atrás na droga da sua mansão.

Roman atira no ombro de Peter fazendo o mesmo deixar a arma cair no chão. Warner aproxima-se dele e chuta a arma longe, sua arma ainda apontando para Hale.

— Roman, não precisa fazer isso. – Fala Zoey, ainda tentando absolver tudo.

— Faça Roman! Tenha sua vingança! Vamos, faça e a perca! Escolha e escolha logo. Puxe o gatilho e prove que estou mais do certo. Puxe o gatilho, puxe agora! Seu monstro psicopata, doente!

Roman dá um grito de raiva e logo em seguida bate no rosto de Peter com a arma, o deixando inconsciente. Segundos depois, ele vira-se para Zoey. Ela o encarava ainda assustada, o coração quase saindo pela boca. Warner deposita a arma em cima da cadeira que ele estava sentado momentos antes e pega a faca, ficando na altura que Starling se encontrava no momento. Ele a olho nos olhos, chegando muito perto. A garota não tinha certeza do que ele iria fazer, ela quase não respirava de tão tensa, o corpo imóvel.

— Foi real para mim também. – Ele toca o rosto da agente e sua expressão suaviza. Zoey sente o alívio surgi em seu corpo e fecha os olhos suspirando enquanto Warner cortava as cordas.

Após ele terminar, ela abre os olhos.

— Estava fingindo? – Roman sorri.

— Eu faço isso excepcionalmente bem. – Zoey solta mais um suspiro e levanta-se da cadeira, o abraçando e enterrando seu rosto no ombro dele. – Eu... Eu tive que falar aquelas coisas, sinto muito assustar você, sinto muito. – Fala ele, correspondendo ao abraço. – Você está bem? – Pergunta ele ainda com a garota em seus braços.

— Eu fiquei com medo, medo de perder você, medo dele fazer você ser tornar o que nunca foi.

— Shiu, shiu. – Ele segura o rosto de Starling. – Está ferida?

— Não, não. Sua tesa. – Zoey percebe o corte presente na testa de Warner. – Roman, eu sinto tanto. Eu sinto muito, eu...

— Me escute, escute. – Ele a impede de prosseguir a fala. – Nada mudou para mim, nada mudou. Ainda é minha Zoey.

Warner enxuga as lágrimas do rosto de sua amada.

— E não tem que me pedir desculpas por nada. – Ele acaricia a face de Starling. – Ok?

Ela confirma com a cabeça.

— Você não o matou. – Diz ela olhando para Peter que estava no chão. – Não o fez. – Zoey volta a abraçá-lo.

— Vamos sair daqui, vamos.

Os dois saem do cômodo e começam a descer as escadas. Ao chegarem ao centro da casa, Zoey se dá conta de algo.

— Como sabia que eu estava aqui? – Warner suspira antes de responder.

— Eu fui a sua casa, tinha que verificar se você estava bem, se estava segura.

— Foi me ver?

— Uma última vez. – Ela se aproxima dele. – Eu precisava fazer aquilo, mas você não estava lá e... - Roman olha para o chão. – Eu fiquei fora de mim, assustado.

Zoey estende a mão até o rosto dele e o acaricia, depositando delicadamente um beijo nos lábios de seu ex-namorado. Ele corresponde colocando a sua mão direita atrás da nuca da garota. Ambos param aos poucos.

— Eu achei que nunca mais veria você.

— E aqui estou eu. – Fala ele. – Vamos. – Os dois dirigem-se a porta. Zoey ainda tentava clarear os pensamentos e decidir o que iria fazer depois daquilo tudo ter acontecido. A garota ainda pensava quando o som de um tiro eco pela mansão, a bala batendo na porta de madeira. Eles viram os corpos e se deparam com Peter descendo as escadas.

Mais um tiro. Zoey se abaixa assim como Roman. Warner anda de encontro ao pai de Starling e ambos voltam a brigar.

A garota procura alguma coisa pela mansão que servisse como arma para ajudar e acaba pegando um pedaço de madeira jogada na velha casa. Starling vê Peter imprensando Warner contra parede enquanto apertava sua garganta, o sufocando. A agente toma coragem e bate a madeira nas costas de Hale com força, o fazendo largar o psicopata. Roman cai no chão.

— Sua mimada! Sempre foi mimada pela sua mãe! – Peter bate no rosto dela, segurando a madeira e puxando-a apenas para jogá-la em um lugar qualquer. Com força, Hale empurra a filha a fazendo bater a cabeça contra a parede com força. – Diga adeus ao seu namorado. Não acredito que escolheu ele ao invés de mim!

O mais velho vira-se para encarar Roman, porém é surpreendido com outro golpe feito com o pedaço de madeira vindo da parte de Warner. O psicopata inicia uma série de socos e Peter revida.

Starling tenta alcançar a arma que agora estava jogada no chão, mas a tontura dificulta sua locomoção.

— Para Peter! – Diz ela já se sentindo fraca. – Não! – Fala ela. Hale defere um soco e duas joelhadas na barriga de Warner, o fazendo cair.

— Assista isso filha. – Peter gira o corpo na direção da arma. Starling em um gesto de desespero esforça-se o máximo que pode e chuta o objeto. Roman levanta-se com dificuldade e empurra o homem na direção de alguns pedaços de madeira velha presentes na mansão ao lado esquerdo.

Starling levanta-se e estava pronta para ajudar, Warner vira o rosto para a encarar.

— ROMAN CUIDADO!

Zoey o alerta e Roman se depara com Peter avançando para cima dela com a faca. Warner desvia, segurando o cabo da faca, tomando-a de Peter. Ele gira o corpo acabando por gravar a faca no abdômen de Hale.

Peter cai de joelhos no chão quando Roman largar o objeto, o sangue começa a jorrar pelo ferimento e pela boca do mais velho. Roman retira a faca e o pai de Zoey cai para o lado, Hale estava morto.

Starling coloca as duas mãos sobre a boca e antes que pudesse dizer alguma coisa, a tontura em sua cabeça se faz presente novamente. Ela desmaia.

— Zoey? Zoey? – Roman larga a faca e com as mãos sujas de sangue, ele vai até ela. – Vamos. – Warner coloca a mão no pulso da garota e depois verifica a respiração dela. Atordoado, ele a carrega nos braços e caminha para fora da mansão, indo até o carro.

                                           ***

Deveria ser tarde da noite quando Theo entra na mansão juntamente com Malia e Jack Craford.

— FBI! FBI! – Anuncia Theo. Não precisou muito para que Malia encontrasse o corpo de Peter ali.

Os três se encaram. Os outros agentes entram para verificar a casa. Nenhum sinal de Starling e Roman.

— Meu Deus! – Craford diz tirando os óculos escuros, suspirando. – Precisamos contatar a família de Starling. A agente Zoey Starling está declarada oficialmente desaparecida.

— Desaparecida? Sabemos que fez isso! Sabemos de quem foi a culpa de tudo isso! – Fala Theo.

— Roman Warner. – Diz Malia. – Hora de declarar a Eichen, senhor. Precisamos fazer isso.

— Que seja, liguem para lá então. – Jack Craford diz aborrecido. – Capturar Roman e achar Zoey são nossas prioridades no momento.

                                              ***

Em Beacon Hills, na casa da senhora Rachel, o telefone toca. Deveria ser uma oito horas da noite quando o tal fato ocorre. Ela levanta-se para atender o telefonema.

— Alô?

— Senhora Rachel Starling?

— Sim, é ela. Pois não?

— Aqui é do FBI, estamos ligando porque aqui diz que a senhora é o contato de emergência da Agente Starling.

— O quê? Como assim? O que aconteceu?


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Notas finais do capítulo

1 - Cão ou percussor, é uma peça da arma de fogo que tem a função de percutir direta ou indiretamente a espoleta do cartucho.O movimento que consiste em ativá-lo pode ser denominado como "armar o cão de uma arma".

Então pessoas, o que acharam do final de Peter? Foi muito cedo para ele partir ou Hale já foi tarde kkkk?
Se acharem algum erro de coerência ou algo do tipo podem nos informar, ás vezes na hora de digitar não percebemos.
Agora vamos ao aviso...
O que queremos comunicar é que depois desse capítulo teremos mais dois antes de encerrar a nossa fanfic do coração ♥
Mas calma, uma segunda temporada está sendo planejada. Por isso, não se preocupem pois vocês ainda lerão muita coisa com nosso casal Roman e Zoey rrsrsrs.
Bom, por hoje é só. Bjus e até o próximo capítulo! Lili,♥



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