Heróis escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 12
XII - Flash


Notas iniciais do capítulo

SSIIIIMMMM
Acho que o título diz tudo ahusahushuahsauhsua



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Nova Esperança

Brasil

3 de maio

15:04

            Thundershock e Byte Girl teriam fugido do local no qual houve uma intensa batalha.

            Os dois estão agora no topo de um prédio pequeno, ambos tímidos e sem saber ao certo como iniciar a conversa.

— Por que você quer me ajuda? — Pergunta Noah não se contendo. — E até que você sabe falar bem o inglês, gostei.

            Ela respira fundo antes de responder. Na sua cabeça estaria traindo seu namorado e tudo pelo que ela lutou, mas lá no fundo, algo diz a ela que isso é o certo a se fazer.

— Khallium tem mudado muito de uns tempos para cá... — Ela fala começando a desabafar. — Sinto que ele não é mais a mesma pessoa... Está muito mais diferente agora. Mais ameaçador e punidor, sem demonstrar muitas emoções, isso chega a me dar um pouco de medo... É como se algo estivesse sobre seu controle...

— Então ele nem sempre foi esse babaca? — Pergunta o garoto se sentando sobre a beira do topo do prédio.

— Não... — Ela nega de cabeça baixa. — Eu estudei muito sobre Khalliuns. — Fala se sentando ao lado do garoto. — Uma antiga mitologia diz que um Khallium é um ser que possui o sangue do deus supremo, governador de todos os deuses. Isso faz com que a pessoa que seja um Khallium automaticamente seja portadora de uma bondade infinita. Chegando até mesmo a se sacrificar para salvar um desconhecido sem pensar duas vezes.

            O garoto franze a testa tentando absorver todas as informações. É muita coisa nova para ele entender.

— Espera. — Fala tentando pensar. — Então Khallium não é só o nome de “herói” dele. Khalliuns são seres bondosos, e ele é um que decidiu adotar esse nome para esconder sua identidade.

— Sim, ele é um Khallium, e aproveitou o nome para se esconder... — Confirma a garota.

— Mas se ele é um ser de tanta bondade, porque ele mata gente por aí ditando regras? — Questiona num tom mais alto, um pouco exaltado.

— Todo Khallium pode ser influenciado por uma força maligna conhecida como Akmida. — Responde a garota. — Essa força faz ele achar que está agindo pelo lado do bem, quando na realidade está sendo completamente egoísta e mau.

— Faz mais sentido agora... — Ele diz sorrindo, um sorriso que é ocultado por sua máscara. — De qualquer maneira, você é uma pessoa muito próxima a ele. Se vier comigo para os Estados Unidos poderá nos ajudar a fazer ele recuperar a consciência...

            A garota analisa bem a situação antes de dar uma resposta definitiva. Se levanta e começando a caminhar em círculos enquanto Thundershock tenta arrumar seu comunicador.

— Eu não sei... — Diz ela. — Ele pode não entender...

— Ele não precisa... Pelo menos não precisa por enquanto...

            A garota sorri com essas palavras do menino de máscara.

▲▲▲

            Wander entra na sala de reuniões junto com Emily, a filha de ExoHand e namorada do garoto. Lá encontram Alben trabalhando em pesquisas confidenciais.

            Sem pedir permissão alguma para a entrada da sala, os dois chegam extremamente irritados, dando um enorme susto em Alben ao abrir a porta.

— Cadê o meu pai?! — Grita a garota dando um forte tapa na mesa.

— Por que você não me mandou lá? Sabe que eu sou muito capaz de acabar com todo mundo lá dentro. — Pergunta o menino alienígena irritado.

            Alben se vê sem muitas opções. Ele sabia que cedo ou tarde um dos dois iria descobrir. Bryan já teria sumido a muito tempo junto com Sury.

— Sabia que isso iria acontecer... — Resmunga o diretor.

— Não cochicha não que eu tô puto! — Grita Wander.

— Como você manda meu pai para outro país e nem me avisa? — A garota questiona tentando se controlar.

            Ele respira fundo olhando para os dois, sabia que tinha que contar toda a verdade, e que isso provavelmente iria deixar os dois ruins. Mas mesmo assim ele conta. E depois de dez minutos explicando toda a situação detalhadamente, tudo o que Wander e Emily tem a fazer é ficar em silêncio enquanto observam o diretor.

            Encaram ele fitando seus olhares sombrios, um clima tenso misturado com um silêncio mortal.

▲▲▲

Central City

3 de Maio

15:32

            As pessoas se sentem mais seguras com seu herói as salvando todos os dias de alguma grande ameaça.

            Um borrão vermelho é tudo o que elas conseguem ver antes da situação ficar melhor. Os boatos sobre Flash dizem que ele está sempre a espreita, e que ele veio para proteger a cidade.

            Barry Allen está no caminhando pelas ruas do centro de sua cidade. Carrega um café bem quente numa caneca de plástico que diz “Melhor namorado”.

            Responde algumas mensagens no seu celular a caminho do seu trabalho. O intervalo teria acabado, e era hora de voltar...

            Enquanto caminha ele observa aquele lindo dia. Crianças brincando no parque mais próximo. Adolescentes em sorveterias namorando felizes e adultos andando aos montes cheios de compromissos. No geral estava tudo muito bem.

            Se sentiam mais seguros desde 2011, quando foi feita a aliança, a junção dos maiores super-heróis, a Liga da Justiça. E mesmo com os recentes acontecimentos ligados ao Khallium, eles tratam da situação de um jeito muito otimista. Sabem que tudo vai ficar bem, eles tem esperança.

            É então que um homem passa por ele, esbarrando e saindo de pressa. Usa um terno preto e parece ser alguém de grande importância com pressa. Para o azar de Barry, quando o homem esbarra nele, todo o café voa em sua roupa, seu casaco de couro em tom azul escuro escrito na parte de trás “CSI”, uma linda camisa branca polo que Iris West teria dado de presente de aniversário para ele.

— Nossa, valeu, eu estou bem sim... — Cochicha Allen vendo o homem sumir na multidão de pessoas.

            O mais curioso é que ele continua a esbarrar nos outros. Sem pedir desculpas nem nada. A todo momento olhando para trás, com medo, como se estivesse fugindo de alguém. O que desperta a curiosidade em Barry.

            O CSI olha o horário no seu relógio de pulso. Toma outro gole de seu café bem quente e decide ir atrás do homem sorrateiramente.

            O mesmo, continua a andar bem rápido com bastante medo, mas não teria notado que Barry estaria lhe seguindo.

            Ele estaria tão rápido e focado que não teria notado o degrau a sua frente na calçada. E em questão de segundos, vai de encontro ao chão.

            Algumas pessoas até param suas rotinas diárias para ver o homem tombado no chão sem nem ajuda-lo.

            Barry não pensa duas vezes em socorre-lo. É o primeiro a estender a mão para ajudá-lo. O mesmo se levanta com a ajuda de Allen, o olhando diretamente nos olhos. É aí que o CSI nota todo o pavor no olhar do homem.

— Está tudo bem, senhor? — Pergunta Barry.

— Eu tenho que ir, obrigado... — Responde o homem gaguejando dando as costas para Barry.

            Ele puxa seu celular e manda uma mensagem para seu chefe do departamento de polícia de Central City “Vou demorar um pouco...”

            O homem entra num beco vazio de uma rua, revirando seus olhos para todos os cantos, se certificando de que não estaria em perigo algum. É então que ele vê a silhueta de alguém.

            Barry entra no beco depressa. O homem não teria notado sua presença pelo fato de Allen estar atrás dele. Foca seus olhos numa figura misteriosa escondida atrás de um latão de lixo, a iluminação faz com que aquilo não se mostre.

            Os olhos do homem fitam aquilo vidrados. Barry teria notado todo aquele pavor antes quando esbarrou, mas agora parecia ser maior. É como se aquele homem estivesse temendo aquilo por muito tempo.

            É então que aquilo começa a sair da escuridão lentamente, o outro dá curtos passos para trás se assustando mais ainda.

            É feio, muito feio. Humanoide, mas bem diferente. Seus olhos são enormes inteiramente vermelhos, a boca, também grande, apresenta algumas presas assustadoramente gigantes. Possui uma pele marrom que parecia estar mal cuidada, cheia de buracos. Usa um tipo de traje bem diferente do comum. O peitoral é coberto por algo que lembra uma armadura de ferro. Na parte de baixo, uma calça escura feita de um material desconhecido até então.

            Ele coloca sua mão esquerda nas costas, puxando o que parece ser um grande e assustador machado muito bem afiado. A arma é tão grande, que para carrega-la, a figura tem que arrasta-la no chão. E assim faz, caminhando lentamente até o homem.

            É nesse momento que Barry vê que precisa fazer algo. E em questão de segundos ele pressiona seu anel dourado com um raio estampado bem pequeno. Um traje vermelho é cuspido para fora, e usando sua velocidade, ele corre para alcançar a roupa, a vestindo em poucos segundos.

            Um tipo de raio azul é emitido enquanto ele usa sua velocidade para se vestir. Tudo o que os dois viram foi um borrão vermelho. E em poucos segundos, lá estava ele, de pé dando seu sorriso heroico.

— E aí galera. — Ele fala estendendo a mão e quebrando o clima tenso.

            A criatura alta, tendo quase dois metros começa a se aproximar, sem nem se importar com o herói. Enquanto isso o outro homem parece estar mais aliviado com a presença de Flash ali.

— Escória humana! — Diz a criatura num tom alto e grosso, desprezando os dois.

            Flash sabe que uma luta está prestes a se iniciar. E que deve tomar cuidado, faziam dois meses que ele não usava esse manto. Um grande alívio para a cidade, mas agora isso parecia ter mudado.

— Amigo seu? — Pergunta o herói bem humorado.

— Tá mais pra perseguidor... — O homem gagueja.

— Bom, pelo menos eu vou me aquecer. Você parece um bom oponente, e fazia tempo que eu não lutava. — O herói fala se preparando para uma boa luta.

            A criatura dá um grito alto e assustador, bem intimidador. Como se estivesse irritada e pronta para lutar.

            Se aproxima rapidamente, dando longos passos enquanto move seu machado com as duas mãos, pegando um impulso para jogar contra o homem.

            Mas antes mesmo que pudesse fazer isso, Flash usa sua rapidez para deter o ataque. Em poucos milésimos de segundos ele atinge o monstro com pancadas e chutes, o derrubando no chão com a maior facilidade. E desacordando também a criatura que tomba no chão instantaneamente.

— Caramba... — Flash fala um pouco surpreso. — Foi bem mais rápido do que eu imaginei...

— Obrigado, muito obrigado! — Diz o homem agradecido. — Sou Isaac Johnson.

— De nada. Mas pode me explicar o que aconteceu aqui? — Pergunta o herói.

— Sou um cientista, trabalho por conta própria com astronomia, venho estudando as estrelas mais distantes por longos períodos. Recentemente descobri algo assustador... Uma raça alienígena que por onde passava causava caos e destruição. Tracei uma rota, e notei que eles vão passar pela... — É interrompido.

— Terra. — Completa Flash. — Por que é sempre o planeta terra? Sério, não somos os únicos aqui.

— Estamos na linha de tiro, e eles estão se aproximando. Sempre fazem ataques surpresa, para terem a vantagem de combate com preparo. Eu temia que ele descobrissem que alguém os vigiava de muito distante. E ele descobriram de alguma maneira... Mandaram isso para cá. — Diz apontando para a carcaça da criatura. — Provavelmente queriam me matar para que eu não contasse nada.

— Faz sentido... Mas como esse cara conseguiu chegar tão rápido até você, e como eles descobriram?

— Deviriam haver espiões escondidos a muito tempo, esperando por um sinal. E como eles descobriram é um mistério que nem eu sei...

— Isaac, o senhor já foi para o espaço? — O herói pergunta sorrindo.

— Não por que? — Responde com outra pergunta.

— Vou te apresentar para os meus amigos...

▲▲▲

Black Lake

3 de maio

23 horas

            Arthur está deitado em sua cama. Praticamente dormindo, já não estava mais naquela realidade cruel que sempre viveu. Uma mãe que negava seu filho e um pai que por diversas vezes o condenava, humilhando-o e o espancando.

            Sempre escondeu isso de Wander por medo e vergonha. Ele sabe o que o garoto seria capaz de fazer caso descobrisse.

            Toda sua vida foi assim. Arthur por mais lindo que fosse, sempre preferiu viver longe de todos, por conta de seus poderes. A capacidade de manipular o gelo ao seu custo.

— Arthur... — Sussurra uma voz máscula em seu ouvido.

            O garoto abre os olhos imediatamente. Estaria um silêncio muito grande, quando de repente ouvira aquela voz. Estaria acontecendo novamente, como naquela vez na água.

— Quem é? — Pergunta o garoto sussurrando, sem muito medo.

— Você precisa se proteger... — Responde a voz misteriosa.

— Do que? — Pergunta ainda curioso.

— De todos...

            A voz se silencia, deixando Arthur sozinho de olhos esbugalhados e com um pouco e medo. Não era o que ele esperava, ele queria respostas. Tudo o que ele está passando é diferente. É como se ele fosse algo a mais do que um degenerador.

▲▲▲

Nova Esperança

4 de maio

09:52

            Thomaz está sentado no sofá de sua sala. Ao seu lado está Emma se sentindo muito segura. Kyako está de pé a linda garota dona de belas franjas e um lindo cabelo escuro, fita Thomaz com seus olhos castanhos tentando parecer séria, disfarçando seu sorriso meigo.

            O garoto está muito irritado. Aryana teria sumido a um bom tempo. Como se ela tivesse traído ele.

— Magol me contou sobre o garoto e Aryana... — Diz Khallium mantendo a calma.

— Os dois? — Pergunta Emma. — Ela só passou para o outro lado influenciada, podemos traze-la de volta...

— Não! — Afirma ele engrossando sua voz e dando um susto em Kyako que permanecia em silêncio.

— Agimos pacificamente por muito tempo. — Afirma o jovem. — Pedi para que Powlosky controlasse sua força quando fosse lutar contra ExoHand, assim como pedi para Magol não chamar atenção dos policiais... Mas isso acaba agora.

            Emma respira fundo cruzando os braços. Dando ouvidos a seu amigo.

— Vamos atacar dessa vez...


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Notas finais do capítulo

HI THERE!
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