ONE-SHOTS escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 8
Mewtwo & Sabrina — Você me faz Acreditar (+16)


Notas iniciais do capítulo

Um dos Pokémons que mais gosto é o Mewtwo, fico facinada com a história e como ele foi criado, e principalmente as características humanóides, sei que nesse universo existe relações entre humanos e pokémons, mas considero mais quando eles se assemelham as pessoas, assim como no modo de agir e pensar, como a Gardevoir. Se você acha que isso é errado ou não gosta desse tipo de relação por favor não leia, todavia se considera possível fique a vontade.

Para quem não está familiarizado com, Sabrina é uma líder de ginásio com poderes psíquicos.

As aspas representa a fala psíquica e o travessão em voz alta aqui.

Psychoshipping



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Mewtwo & Sabrina

Você me faz acreditar

***

As nuvens negras formaram-se no céu rapidamente, impedindo que o sol continuasse a transmitir seus raios em uma das floresta da região Kanto, em vez disso, trovões e a chuva intensa realçava a passagem sombria, em breve anoiteceria.

Com passos apressados, como se fugisse de alguma fera terrível, uma jovem de vinte anos de idade não importava-se com atmosfera, seu cabelo verde escuro na altura da cintura, estava coberto de lama e galhos de árvore, o quimono vermelho com botões amarelo rasgando em vários regiões, mas nada comparava-se aos ematopas e feridas em sua face, o sangue contornando as bochechas.

Teve um instante para recuperar o fôlego, a respiração descompassada seguindo o ritmo dos batimentos cardíacos, sentou-se, apoiando as costas no tronco de uma árvore, cansada de fugir, usou o punho fechado para limpar um corte no lábio, irritou-se tendo a inimiga defronte de seus olhos.

Ergueu-se, segurando o antebraço, uma pontada de dor atingiu-lhe internamente, apertou a mandíbula com força, voltando a atenção para a mulher de fios vermelhos, a mesma cor dos olhos, em seu rosto um sorriso presunçoso, causando mais raiva para Sabrina, essa arrumando a postura em posição de ataque, a mulher jogou a pokébola e um pokémon surgiu, Sneasel.

A jovem psíquica fez um gesto com a mão, erguendo uma enorme pedra com a mente, o jogou contra o pokémon, qual esquivou-se, criando duas bolas das trevas, a líder do ginásio da cidade de Saffron, criou uma barreira em volta de si, impedindo que a atingisse, resistindo por dez segundos, estilhaçando-se em seguida, irritou-se novamente, tentou dizer quaisquer palavras de xingamento, todavia a agonia ocasionada por suas fraturas e contusões lhe impediu, suspirou, encarando o olhar de Ariana, era frustante admitir, mas não consegueria batalhar, retrocedeu dois passos e correu.

Diversão. Esse tornou-se o sentimento da executiva da equipe Rocket, como uma presa a ser caçada, agradeceria Giovanni por ter deseginado essa missão, ajeitou o cinto do vestido branco, ordenando o pokémon para atacar.

As pernas da treinadora falharam inúmeras vezes, forçado-a cair de joelhos, outrora obrigando-a parar, não seria pega agora, pois a quatro dias escapava dos capangas de Giovanni, pois esse quer a pedra qual ela possuí, capaz de controlar qualquer pokémon, afinal o lema da equipe Rocket é " Roubar Pokémon para lucro. Explorar Pokémon para lucro. Todos os Pokémons existem para a glória da Equipe Rocket".

Ao chegar em um penhasco inclinou levemente a cabeça, procurando por qualquer sinal de Ariana, engoliu em seco, dando um passo em falso, quase desabando na cachoeira daquele lugar estranho, a tempestade colaborava para tornar tudo mais difícil, sentiu a presença da executiva e dos outros membros, recuou, concentrou-se para levitar, todavia sem conseguir subir dois centrimentros do chão, tentou teletransportar, em vão, encarou a possível queda, havia duas opções, pular ou se entregar, a primeira opção veio por empulso, fechou as pálpebras e jogou-se.

A criatura humanóide bípede, encarou a chuva pela janela daquela casa de madeira, trovoadas e raios eram problemas para os pokémons da região, quais refugiaram-se em sua casa, desde a última luta que tivera com o líder da equipe Rocket, quando fugiu do laboratório, buscou outros meios para fazer o bem, resolvera proteger todos os pokémons, seja da água ou elétrico, zelar por todos sempre, desse modo, escondeu-se nesse lugar, atrás das altas montanhas e árvores, nenhum humano atreveria-se em arriscar-se, e aqueles quais atreveram apagava a memória, odiava treinadores, com suas pokébola e ganância, usando-os como armas.

Certificou se os pokémons permaneciam dormindo, um pikachu e um pichu dormiam em cima da barriga de um raichu, bulbasaur e charmander faziam barulho dormindo, outros espalhando pela casa, voltou-se para a paisagem sombria.

Ocasionalmente se certificaria no outro dia, de que os clones que ele protegia uma vez ainda estavam indo bem, usou a telepatia para buscar qualquer rastro de problema. Demorou instantes, quando a espeon fêmea, qual se tornara sua amiga, aproximou-se de sua figura alta e robusta, desejando-o boa noite, ele respondeu mentalmente.

Preparando-se para respousar, uma onda psíquica lhe atingiu com força, certamente algum pokémon precisava de sua ajuda, teletransportou-se imediatamente para onde sentiu, um lago, estranhou, ninguém estava ali, vagou com a vista minuciosamente, percebeu uma mulher apoiando-se com o cotovelo na beirada, a aparência da estranha era degradante, aproximou-se levitando-se.

A viu erguer a cabeça, respirando com dificuldade, agarrando a grama em meio aos dedos, as unhas sagravam, ela entreitou o olhar receosa e assustada, fixando a mirada em sua figura, de cor cinza e imponente, indo do seus crifres até a enorme cauda, grossa na base, afinando-se até terminar.

Encontrando-se com seu olhar sério.

— O que é você? — perguntou, Sabrina. Seguidamente desmaiando.

Logo que ocorreu, Mewtwo a fez levitar, com seu poder psíquico, teletransportado-se para seu quarto, tendo o mínimo de cuidado para não acordar os pokémons, a soltou no colchão, como se fosse um boneca de pano, estando novamente com os pés no chão, focou-se naquela garota, os ferimentos graves indicavam a participação de uma luta intensa, refletiu se deveria ajudar uma completa desconhecida, quais seriam suas verdadeiras intenções? Tal dilema, apagou-se no segundo qual encostou os três dedos de cada mão, de pontas esféricas sobre o quimono vermelho, a roupa dificultando o objetivo de curá-la com a energia psíquica.

Concentrou-se.

Depois de horas, suspirou, terminando o trabalho, saberia se deu certo de manhã.

Desviou a mirada para o cabelo encharcado e sujo de lama, assim como as vestes, eliminou cada gotícula de água, levitando o líquido até uma janela, em seguida removeu as botas pretas da mulher, a cobriu com o cobertor e fechou a porta do quarto, encontrando-se com o olhar da espeon, essa questionando a vinda da humana, o ser não a respondeu, seria mais um que ajudaria e apagaria a memória.

De manhã, o pokémon criado por cientistas, saía de uma caverna, quando observou a humana de longe.

Seus cabelos verdes balançam constantemente com a brisa, enquanto mirava alguns oddish tentando alcançar uma macieira, ao se aproximar as criaturas fugiram, exceto um pequeno pichu, a estranha sorriu e com um gesto fez a maçã flutuar até o pequeno, esse comendo o fruto, impressionando Mewtwo.

A primeira vez presenciava uma pessoa usar telecinese, embora tenha sentindo a existência psíquica na noite passada, considerou ser de outro pokémon, como alakazam, vendo-a mover a fruta com a mente, interessou-se, se realmente fosse psíquica, seria uma ótima fonte de conhecimento, pois obtivera conhecimentos básicos sobre mestres pokémons, a fim de proteger o santuário da floresta, tê-la é como mais uma proteção.

Decidido quis ler a mente daquela garota, mas uma barreira, como um escudo protetor o impediu, ela constata a sua tentativa falha, percebe o sorriso nos lábios rosados, estranhou a ação, de súbito a voz dela invade a mente do pokémon psíquico.

"Boa tentativa, mas terá mais dificuldade, se quer realmente ler meus pensamentos."

A líder de ginásio, mesmo estando longe seguiu o olhar na direção dele.

Não a respondeu, em vez disso a ignorou, sumindo em meio aos arbustos.

A tarde, encontrou-se com ela, essa comendo uma maçã, sentanda em uma pedra de formato regular, sua altura a fez levantar o queixo, embora o porte vantajoso e a face com ar de superioridade, a timidez jamais ocorreu, incomodando-o de maneira irreal, principalmente porque lhe analisava.

Olhos o devoram.

No topo de sua cabeça há dois chifres curtos e sem corte, um tubo se estende da parte de trás do crânio até a extremidade da coluna, contornando o pescoço, possuí um peito e ombros definidos, que se assemelham a um peitoral e por fim olhos roxos.

— Você é diferente de tudo que já vi. — afirmou, levantando-se, a perna machucada causando um fio de dor, incapaz de reflitir em seu rosto.

Não obteve resposta, Mewtwo odiava falar com humanos.

— Okay, entendi, sem comunicação. — riu, um riso sarcástico. — De qualquer forma quero lhe agradecer por curar-me, se não fosse por você, certamente estaria morta. — pausou a voz, ele fixa atenção em seu rosto. — Nunca vi alguém usar dons psíquicos de cura, adoraria aprender, é uma novidade para mim, seria útil com meus pokémons.

Irritou-se, uma treinadora pokémon, apenas isso o que aquela mulher de feição angelical é.

Odeia ser usado para o interesse dos humanos, os mesmos que prendem pokémons em pokébolas, privando-os da liberdade, levantando-os ao ápice de uma batalha, machucado-os, impossibilitando uma vida sem ganância.

"Vejo que não há mais razões para continuar aqui."— irritou-se com o telepata.

Supreendeu-se, a voz psíquica soou grave na mente se Sabrina, reconhecendo como nada amigável.

"Acompanha-me até a saída." — ordenou.

— Ei, acha mesmo que devo ir agora? É perigo para mim… Estou com vários ferimentos e… — mentiu. Um desejo de permanecer naquele lugar.

"Pode andar e pode falar, se realmente estivesse mal não sairia da cama." — constatou.

— Acha mesmo? — indagou com sarcasmo. — Sinto dor em todas as áreas do meu corpo, minhas habilidades ainda não voltaram completamente, sou uma presa fácil para qualquer um.

"Duvido, use seus pokémons para se proteger." Girou nos calcanhares, quase atingindo-a com a enorme cauda roxa. "Como qualquer outro humano faria."

Antecipadamente houvesse formado, no fundo da sua alma um mau desígnio para com ela, sugerido pelo preconceito generalizado contra treinadores, e ela percebeu, pois colocou-se em sua frente, impossibilitando mais um passo.

— Vou te mostrar, nem todos são iguais.

Havia conhecido um garoto, esse era amigo dos pokemons, ainda assim desconfiava. Aquela garota a sua frente provocando-o trouxera um sentimento de desafio.

Detiveram-se encarando-se por breves segundos.

"O que uma humana poderia me mostrar além do que sei?"

Um curto sorriso zombador formou-se em seus lábios.

Ela sorriu.

Sem aviso prévio quis mover a mão esquerda na direção da bochecha dele, todavia teve o pulso agarrando com força, repetiu a ação com a esquerda e novamente impedida, ríspidamente falou:

— Poderia coperar gato selvagem.

A sua aura interior escureceu-se de irritação ao escutar o apelido, a soltou.

O olhar carrancudo que ele dirigiu em sua direção era muito mais impressionante do que sua expressão inicial.

Aquirir informação acerca dos pensamentos, sentimentos ou atividades de outro ser consciente, para Sabrina não era um obstáculo, até conhecê-lo, havia algo nele, qual precisava decifrar, uma energia poderosa, alimentando-a por curiosidade e instinto.

"Já que prefere assim, leia minha mente em vez disso." — falou telepaticamente.

Mewtwo aproximou-se da sua altura, franziu o cenho, como se fosse realizar tal ato, ela abaixou os escudos de proteção.

"Por que eu faria isso?" — indagou.

"Para ter a prova que sou diferente de outros mestres pokémons, ou melhor, de outros líderes de ginásio, não busco poder ou controlar vocês, sou uma pessoa que ama e cuida deles, me importo com todos."

Breve silêncio.

Mewtwo hesitou, no entanto, pôs-se em seguida a examinar a mente da mulher, ela fechou as pálpebras, um alto estrondo e um ligeiro terremoto o obrigou-o a parar, a mirada de Sabrina em seus olhos buscava as causas do tremor.

— O que foi isso? — questionou, vagando com a vista pela floresta.

Mais um e outro, o segundo causando a queda de ambos, a psíquica sendo amortecida por ele.

Recuperando-se, apoiou as mãos nos ombros do ser, encontrando-se com o olhar sério, o cabelo verde caindo sobre a face dele.

Ele a empurrou para o lado, depois de segundos a deslumbrado.

— Ei! — queixou-se ela.

"Não me atrapalhe." — ordenou, logo depois teleportou para averiguar os acontecimentos.

Sabrina decidiu aceitar sua rara repreensão verbal como a última palavra.

***

Mewtwo repousava-se na cama, ainda com a capa bege, que usava de vez em tempo para checar os arredores da floresta, quando do lado de fora da porta, Sabrina deu leves batidas na madeira, aproximou-se com cautela, como ela não dissera nada, Indagou sobre sua permanência na floresta.

Prometera a si mesmo expulsar a humana, mas após uma semana a presença dela causara um sentimento diferente da solidão, mesmo rodiando de pokémons, ela era diferente, um desafio, como sempre dizia, teimosa, irritante e talentosa, uma verdadeira psíquica.

Os primeiros dias ao seu lado provaram-se provocativos, a líder de ginásio ensinava-o como controlar escudos mentais para ninguém invadir a própria mente, embora recusava-se aprender essa nova técnica, sua superioridade incomparável a uma humana, trazia um ego acima da média, mas ela não importava-se, tratando-o como um dos alunos do ginásio para médiuns, sem medo, o vendo como igual.

Nos outros dias, ela contara o motivo de estar ali e porque foi perseguida, ouvindo-a, constatou ser da equipe Rocket e do lider Giovanni tamanha repulsa e raiva diferida, sentira-se da mesma maneira, confiando mais nela, narrou como havia nascido, o que era e como se tornara um objeto de manipulação para os humanos.

Batalharam algumas vezes, testando os poderes psíquicos e fortalecendo Sabrina, capaz de ir embora e enfrentar qualquer força oposta, e isso que o incomodava, finalmente poderia ir, deixando-o sozinho novamente, jamais admitiria, mas a companhia dela lhe agradava.

Seja por causa do humor sarcástico ou dos sorrisos, ele não queria vê-la partir.

Agora, ela está ali, pronta para despedir-se, seria egoísmo pedir para ficar, pois seu dever é proteger a pedra das mãos de Giovanni, Mewtwo sabia disso.

— Mewtwo quero falar com você.— preceitou a médium, abrindo a porta lentamente.

O pokémon adivinhou o que ela ia dizer; olhou para a fisionomia através da fresta, franziu as sobrancelhas acenando com a cabeça, qual passou por sua figura alta, nela uma timidez diferente.

Se conseguisse restituir-lhe a paz de espirito, a despedida seria menos dolorida, pois a nova existência que se lançou arruinaria-se em um minuto.

— Estou indo, mas você pode me visitar no ginásio, sabe? Meus alunos ficariam impressionados. — começou, apertado os dedos das mãos para a própria distração. — É mais como um pedido , do que um tipo de cobrança. — riu, um riso gentil.

"Ficará bem se seguir pelo atalho, dificilmente a equipe Rocket lhe alcançara."

Intimamente, no recanto mais escondido do coração, sentia que procedera de forma errada, ingnorando seu pedido.

— Oh, entendi. — disse com o tom de voz de desanimado.

"Adeus."

Com essa última fala, o pokémon girou nos calcanhares, resolvera não apagar a memória da humana, ela era inofensiva.

"Adeus." — respondeu telepaticamente.

Pôs-se a sair, parando o passo em breve momento, pensou que seria uma idiotice fazer o que estava pensando, no entanto o desejo e a curiosidade interior a empurrava mais perto para um abismo, com enormes consequências.

Suspirou e com um gesto calmo defronte novamente a seu rosto, o encarou, esse estranhando suas ações.

Nascera sozinho e certa vez, durante um momento de fraqueza, confidenciara seu maior medo, ser esquecido.

No entanto, Mewtwo percebeu seu olhar violeta diferente, um tipo de dúvidas e questionamentos, a viu usar a telecinésia para ter os pés fora do chão, a fim de ficar na mesma altura.

"Quero mostrar algo." — dissera em um fio de sussurro, o hálito suavizando-se nele.

Aproximação repentina, quebrou as armaduras quais o fizeram um ser solitário incapaz de manter um vínculo com alguém, todavia ela fazia acreditar.

Em um movimento gracioso, ela uniu seus lábios em um beijo, um contato simples, sem nada de avassalador, mas para Mewtwo derrubando as suas inseguranças, teve um instante, com o olhos abertos e o semblante surpreso, para depois fechar as pálpebras e jogar-se contra esse sentimento camuflado, a retribui com um beijo mais quente, movendo-se no ritmo das respirações descompassadas.

Enquanto sua cauda se arrastava atrás em um arco lento e preguiçoso, a mão do pokémon acariciava a bochecha da líder de ginásio, observou como seu rosto corava e como seu peito subia e descia enquanto sua respiração acelerava, ambos transmitido pela telepatia, as sensações, pensamentos e desejos.

Soltaram-se em busca do próprio refúgio

— Isso é errado. — disse a mulher em meio a necessidade de ar, e antes que o pokémon entendesse errado esse comentário continuou: — Mas não me importo.

"Sabrina, eu…"

Foi interrompido por outro beijo.


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Notas finais do capítulo

É a primeira vez que faço algo parecido, espero que gostaram, deixe suas sugestões.



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