O amor é cego escrita por British


Capítulo 64
Planos




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Sasuke olhava perdido a paisagem que tinha da janela de seu escritório. Não era difícil adivinhar que ele pensava em Sakura. Não havia coisa mais difícil do que deixá-la lá, longe de sua proteção. Ouviu de repente alguém bater a sua porta e deixou que entrasse; se surpreendeu por ver Karin ali, desde a divulgação do filme ele não tinha visto-a mais. 

— Como está Karin? – perguntou num tom indiferente 
— Bem e você? Espere, eu sei a resposta... Está se matando para saber como a Sakura está – ironizou a ruiva puxando uma cadeira para se sentar
— HAHA muito engraçado – disse mantendo a expressão gelada
— Você é sem graça – fez uma careta e continuou – Eu arrumei aquela pessoa que te prometi.
— Têm boas referencias?
— As melhores! Ele se formou comigo em Yale. Aliás, ele vai dar aulas lá nesse semestre.
— Eu pedi um preparador de elenco, não um espião Karin. – avisou
— Ué, pensei que fosse gostar. Além de Yale ter os melhores na sua academia de teatro e serem alunos do meu amigo, ele ainda vai poder te contar coisas sobre a sua amada namorada. 
— Sakura é aluna de Artes Plásticas e não de Artes Cênicas.
— Mas caso você queira saber os alunos de Artes Plásticas vão poder fazer as aulas de Artes Cênicas, vai ser um curso extra pra quem tem interesse, só nas horas vagas e adivinha quem está matriculada na aula do meu amigo?
— A Sakura?
— Sim! Viu como você sabe? – ironizou
— Não vou pedir pro seu amigo vigiar a Sakura, mas acho que ele pode ser o preparador de elenco que eu preciso. 
— Sabia que concordaria comigo.
— Quando posso conversar com ele?
— Nesse final de semana vai ser a última apresentação da peça que ele montou e está em cartaz na cidade. Se quiser podemos assistir e depois apresento vocês. – sugeriu a ruiva
— Concordo. Que horas eu passo pra te buscar?
— Às 8h. A peça começa às 9h e eu tenho ingressos para a primeira fila. – sorriu
— Espero que seu amigo valha a propaganda.
— Claro que vale – levantou-se, apertou a mão de Sasuke e saiu rebolando do escritório do “chefe”.


[...]

— Ele não está em nenhum lugar – bufou Sakura completamente impaciente para Tenten. Elas já tinham verificado a biblioteca, os jardins, a cantina, as salas de aula, o teatro, ou seja, os quatro cantos da Universidade e nada.
— Ele não pode te sumido! – esbravejou Tenten.
— Já olhou o dormitório? – perguntou Sakura, lembrando que esse foi o único lugar em que ela não esteve.
— Fui, mas chamei e ninguém falou nada. A porta estava trancada, então acredito que ele não esteja lá também.
— Quem sabe ele esteja e só não queira falar com ninguém? – sugeriu
— Mas por que ele não ia querer falar comigo que sou a namorada dele?
— Vocês brigaram? – perguntou Sakura
— Não! Ele é sempre perfeito comigo.
— Bem, continue procurando... eu vou dar uma passada lá e ver se o encontro. Quem achar primeiro avisa a outra. Combinado?
— Combinado!

Sakura correu, tendo a esperança de encontrá-lo no dormitório. Chegando lá, bateu na porta com toda força e gritou por Sai. Durante uns cinco minutos escutou apenas o silêncio e depois de certa insistência Sai abriu a porta.

— O que houve? – perguntou como se não tivesse acontecido nada.
— Você sumiu e ainda pergunta isso com essa cara de pau? – esbravejou Sakura
— Eu estava aqui o tempo todo. – respondeu calmamente
— Quase nos matou de susto – Sakura abraçou-o aliviada
— Você e a Tenten são exageradas. Não foi nada – falou e afastou a amiga.
— Se não foi nada, então por que faltou a aula e não procurou a Tenten ou a mim?
— Estava trabalhando nos meus desenhos. Não queria ser incomodado. – Sai omitiu a verdadeira causa de seu sumiço, mas aquilo que disse tinha um fundo de verdade, pois ele passou todo o tempo desenhando o rosto de Sakura no mínimo umas cem vezes, cada desenho era feito de um modo diferente e mostrava várias facetas de Sakura.
— Quero vê-los então. – pediu Sakura, curiosa.
— Melhor não, pois não ficaram bons. Cadê a Tenten? – desconversou, ele era muito bom nisso
— Vamos encontrá-la, falei para ela que quem te achasse primeiro avisaria.

[...]

— Pra que se arrumou tanto? – perguntou Itachi ao ver o irmão terminando de ajeitar a gravata em frente ao espelho
— Vou ao teatro com a Karin. – disse normalmente
— Vai trair a Sakura? Não acredito – Itachi tampou o rosto como se o mundo estivesse perdido
— Você só pensa besteira. É um encontro de negócios. A peça a qual vamos assistir é de um amigo da Karin que eu pretendo chamar para ser meu preparador de elenco. 
— Ataaaa! Menos mal. – sorriu sem graça – Não estava nem reconhecendo o meu irmão careta.
— Eu nunca me tornaria uma cópia sua Itachi. Até quando eu achei que você tinha tomado jeito e que até se casaria com a Konan, você fez a burrada de terminar com ela! – Sasuke falou e Itachi logo mudou a feição de seu rosto
— Não fale de mim e da Konan. Nós tivemos as nossas razões.
— Seu ciúme imbecil foi a razão. 
— Você não sabe o que é sentir ciúmes Sasuke. Você tem a certeza dos sentimentos da mulher que ama, coisa que eu, infelizmente, não tenho. 
— Konan te ama. Só não te aguenta e eu compreendo isso. 
— Ela me ama, eu concordo. Mas ela também ama o Nagato e quem sabe até ame o idiota do Deidara também. Ela vive dividida e nem percebe.
— Você está errado, irmão! – disse Sasuke
— Eu queria estar. Boa sorte com a Karin. Ela sempre está planejando algo. – Falou Itachi antes de se retirar do quarto.

[...]

— Agora cuida bem do seu namorado, Tenten! Vê se não deixa ele fugir de novo – Sakura riu, estava brincando para tentar arrancar um sorriso de Sai. Ele estava muito sério.
— Ele não vai escapar mais! – Tenten disse e em seguida deu um breve selinho em Sai que correspondeu à namorada.
— Parem de me tratar como criança! – reclamou
— Então pare de fugir – Tenten puxou o braço dele e o forçou a olhá-la nos olhos
— Eu agradeceria se você não sumisse mais – Sakura sorriu
— Prometo não preocupá-las mais. Vamos Tenten! – Sai então começou a andar e Tenten correu para acompanhá-lo, segurou sua mão.
— Vejo você na primeira aula de Teatro? – perguntou Sakura a Sai
— Claro. – ele virou o rosto para respondê-la e deu se sorriso falso. 

[...]

Sasuke buzinou três vezes até Karin, finalmente, descer. Como sempre exagerou na produção. Sasuke sempre comentou com Naruto que Karin se vestia para a caça, caça a homens. Sasuke não entendia o porquê do desespero por um par. Karin era bonita e talentosa. Ele não a julgava como se tivesse dificuldade de encontrar um homem que a quisesse. O problema de Karin era que ela não queria ser amada, ela queria o status de estar com alguém importante. E Sasuke sabia que ele era um dos eleitos. Por isso deixava claro que com ela a relação entre eles era apenas de negócios. 

— Demorou muito. – reclamou Sasuke já arrancando o carro
— Precisava ficar bonita – sorriu enquanto se olhava num espelhinho
— Exagero. – Comentou e em seguida se calou.

Sasuke deixou que a ruiva falasse sozinha durante os quinze minutos em que passaram lado a lado no carro. Chegaram ao teatro e Sasuke entregou as chaves do manobrista, então seguiram para a sala onde a peça seria encenada. Estava lotada. A peça era mesmo um sucesso como Karin havia falado. Sasuke estava ansioso para conhecer o tal amigo de Karin. Ele precisava encontrar alguém capacitado para retrucar novos e bons atores para o próximo filme que faria. Depois do seu sucesso de bilheteria, Sasuke precisava se superar; e essa pressão estava deixando-o louco.

No final da peça Sasuke estava praticamente convencido que tinha encontrado o profissional que precisava. Aplaudiu de pé o espetáculo. Então assim que as cortinas foram fechadas e a platéia se dispersou, Sasuke e Karin seguiram para os camarins. Karin seguiu por um longo corredor e Sasuke a seguiu, no final se depararam com uma porta branca fechada que continha uma estrela com o nome de “Suigetsu”. Karin nem bateu na porta, apenas entrou e já deu gritinhos parabenizando o amigo que a abraçou calorosamente e agradeceu pelos elogios. Sasuke observou a cena parado na porta até que Karin resolveu apresentá-los.

— Suigetsu, esse é o Sasuke. A pessoa da qual eu te falei. – Karin sorriu e piscou como se já tivessem passados horas e horas falando de Sasuke
— É um prazer – Suigetsu estendeu a mão para cumprimentá-lo
— Quem deveria cumprimentá-lo sou eu, afinal o espetáculo foi belíssimo – admitiu Sasuke retribuindo o aperto de mão.
— Bem Sasuke, esse é o Suigetsu, meu companheiro dos anos de faculdade, profissional talentoso e grande amigo. Como eu te disse ele é o melhor preparador de elenco que você pode ter. – sorriu
— Falta eu saber se ele quer trabalhar na minha equipe. – Sasuke disse.
— Eu adoraria. Trabalhar com você é sinônimo de ter uma carreira de prestígio nos dias de hoje. Seu nome está em todos os jornais como a promessa do cinema mundial. Mas tenho que confessar que a minha verdadeira paixão é o teatro. Entretanto, vou amar me arriscar no campo cinematográfico e preparar os atores para seu novo filme.
— Gosto de pessoas como você, enxergam longe. – observou Sasuke
— E o Suigetsu vai ter excelentes alunos em Yale, inclusive a sua namorada. Imagina só a Sakura sendo aprovada para um filme seu? – brincou Karin
— Chega Karin. – pediu Sasuke.
— Sua namorada vai ser minha aluna? – perguntou Suigetsu sugerindo surpresa
— Tudo indica que sim. 
— Sendo namorada de quem é provavelmente é uma estrela. – ele e Karin se entreolharam
— E eu deveria lembrar que eu odeio bajulação. – Lembrou-o Sasuke
— Desculpe – Suigetsu se desculpou
— Tudo bem – Sasuke disse e Karin então desconversou
— Que tal jantarmos para vocês se conhecerem melhor e discutirem o contrato?
— Eu acho ótimo! – exclamou Suigetsu
— Vamos. – concordou Sasuke e então partiram para o jantar de negócios.


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