O amor é cego escrita por British


Capítulo 3
Obra de arte




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— A exposição foi marcada pra sexta Sasori – disse depois de desligar o telefone
— Ótimo Konan. Não vejo a hora de vendermos todas as nossas obras de arte. – disse o ruivo enquanto checava seus e-mails
— Só as minhas esculturas e as da Konan vão vender. Suas marionetes são horríveis. Não sei como você pode dizer que isso é arte. – Disse Deidara
— Vocês não vão começar de novo com essa briga ridícula não é? – revirei os olhos, pois não agüentaria mais isso
— Não é uma briga ridícula – dizia Deidara como tivessem ofendido a ele
— Dei, não faz assim. Nós três temos obras de arte incríveis para vender na exposição de sexta. Chega de implicar com o Sasori. – pedi
— deixa Konan. O loirinho aí tem inveja de mim porque a minha marionete até hoje foi a obra de arte mais cara que essa galeria vendeu. – provocou Sasori
— Isso vai ser até sexta, porque vou conseguir vender minha escultura para um bom conhecedor de arte e aí vamos ter uma nova campeã em peça mais cara da galeria. – falou com o nariz empinado. Se tinha uma coisa que Deidara conseguia ser era metido e infantil.
— Vai sonhando – disse Sasori antes de subir para o escritório no segundo andar da galeria
— Faz três anos que montamos essa galeria e todos os anos vocês conseguem brigar pelo mesmo motivo. Por que isso hein? – perguntei a Deidara
— Konan, minha flor, nosso sócio se acha o rei da cocada preta. Ele acha que só porque aquelas duas marionetes, que ele deu o nome originalíssimo de “pai e mãe”, foram as mais vendidas daqui é melhor que a gente. – Deidara então me abraçou pela cintura – Nós somos artistas. Ele é um riquinho mimado que não tem o que fazer. Eu sugiro que ele deixe de ser nosso sócio.

— Acho que você esqueceu que ele que entrou com a maior parte do capital no inicio do negocio. Além disso, eu não quero tirar o Sasori da sociedade. Ele é um artista muito bom. – tirei uma mexa do cabelo loiro de Deidara de seu rosto
— Eu discordo da sua opinião minha flor, mas como sempre você que manda – Deidara sorria
— Bom menino – sorri
— Você sempre consegue o que quer de mim né? – Deidara disse me largando
— Fazer o que se você me ama? – piscou
— É mesmo, eu te amo. – Então Deidara subiu para o seu escritório e me deixou sozinha no salão principal da galeria. Eu sabia que Deidara gostava de mim, ele sempre deixou isso evidente desde a faculdade. Nós até ficamos algumas vezes, mas ele nunca conseguiu me conquistar. Depois eu conheci o canalha do Itachi Uchiha e aí sim me apaixonei loucamente por um homem que não valia absolutamente nada. Sorte que descobri tudo que ele aprontava antes do casamento. Desgraçado. A raiva que eu sinto dele ainda ferve meu sangue. Um dia ele vai me pagar. Falando nisso, vou mandar um convide da exposição especialmente pro Sasuke, tenho certeza que ele vai trazer o Itachi junto. Quero muito que ele me veja bem e realizada profissionalmente.

[...]

— Itachi, você chegou em boa hora.
— Por quê? – perguntou enquanto mordia uma maçã
— A Konan me mandou um convite para a exposição que vai ter na galeria dela na sexta feira à noite.
— Ela me convidou também?
— Disse que eu posso levar acompanhante.
— Sabia que ela estava sentindo minha falta. – disse pretensioso
— Duvido. Faz dois anos que vocês terminaram. Ela com certeza está em outra.
— Ela não consegue arrumar alguém melhor que eu.
— Melhor que você? – ri – Existem muitos por aí que são melhores que você!

— Quem, por exemplo?
— Qualquer pessoa que consiga ser fiel por exemplo.
— Traição faz parte de qualquer relação, quem já não foi traído? – falava com a cara mais lavada do mundo
— Você não acredita mesmo que um casal possa ser feliz dependendo apenas um do outro?
— Sinceramente? Não.
— Por quê? – pela primeira vez na vida me interessei mesmo em saber o que meu irmão pensava sobre relacionamentos.
— Irmãozinho, mulheres gostam de serem conquistadas. Homens gostam de conquistar. E no meu caso, quando eu conquisto alguém perco o interesse rápido. Pode até demorar um pouco, mas uma hora outra mulher vai chamar minha atenção. E aí a fila anda.
— Foi isso que aconteceu com a Konan? Você perdeu o interesse?
— Não. Eu gostava dela – disse enquanto se sentava no sofá – Eu realmente queria me casar com ela, mas ela não me aceitou como eu sou.
— Você ia casar e ficar traindo?
— Aham. Amar uma pessoa não implica em nada eu querer ter as minhas conquistas. – falou como se ele estivesse certo
— Itachi, eu tenho vergonha de ser seu irmão cara.
— Só porque eu gosto de namorar várias?
— E quando você ficar velho e precisar que alguém cuide de você?
— Nunca pensei nisso.
— Então pense, porque no fim da sua vida as mulheres que te rodeiam não vão estar lá pra te socorrer, mas a Konan estaria, porque ela te amava. Se você se arrepender, quem sabe ainda não dá pra salvar essa história?
— Você acha que ela ainda gosta de mim? – Itachi perguntou como se pela primeira vez ficasse tocado com o assunto
— Não sei, mas você pode descobrir sexta.

[...]

Sexta-feira, galeria de Arte, 22h.

Assim que cheguei ao lado de Sasuke na galeria da Konan olhei para a fachada e me lembrei da primeira vez que ela me mostrou o prédio, ela tinha acabado de escolher aquele entre muitos que ela tinha visitado. E ela me disse com todas as letras que aquele era o melhor, era amplo, tinha três andares e subsolo onde era a garagem. Lembro dos olhos dela brilhando.

— Itachi, você ta bem? – perguntou Sasuke colocando a mão no meu ombro
— Eu estava lembrando da primeira vez que eu pisei aqui. Foi quando a Konan tinha decidido comprar o prédio.
— Da onde a Konan tirou dinheiro pra comprar esse prédio? – estranhou Sasuke
— Ela tem dois sócios que também entraram com capital. Todos investiram muito dinheiro. Lembro que uma vez ela me disse quantos por cento cada um tinha. Ela e o Deidara possuíam 30% e o Sasori 40% porque ele investiu mais dinheiro.
— Um bom negócio. Você devia seguir o exemplo. – Ele sempre arrumava uma oportunidade de me criticar
— Meu trabalho é cuidar do seu dinheiro. – avisei
— Só espero que quando eu for checar a conta não esteja zerada.
— Engraçadinho – entramos no salão principal. Estava cheio. Ali tinha muita gente rica interessada em bons investimentos. Sasuke sempre era convidado para esse tipo de evento, pois tem um bom capital para investir, só que ele só me convidou pra vir com ele aqui porque o salão pertence a Konan. Estranhei não vê-la de cara. Primeiro vi Deidara, ainda muito espalhafatoso se gabando de suas esculturas. Já Sasori tratava com um grupo de pessoas de alguma negociação sobre suas marionetes. E Konan? Procurei. Procurei e procurei.
— Se você está procurando por ela irmão, melhor virar pra trás. Ela está mostrando uma escultura dela pra investidores – avisou Sasuke e eu imediatamente me virei.
— Ela continua bonita.
— Vá em frente. Sei que você quer fazer as pazes – Sasuke me empurrou

[...]

— Konan – O choque daquela voz chamar meu nome era algo que parecia um pesadelo.
— Que prazer Itachi – coloquei um sorriso falso nos lábios e falei no tom mais casual possível
— Bela escultura de papel. Quantos origamis você fez pra montá-la?
— Cerca de 500 origamis. – relatei
— Muito bom.
— Quero comprar essa obra de arte.
— Já foi vendida. – fui direta
— Eu cubro a oferta
— Itachi – ri – primeiro, você não tem tanto dinheiro, pelo que eu saiba você torrou toda a herança que seus pais deixaram e o dinheiro que você tem hoje é do Sasuke. Segundo, eu não volto atrás da minha palavra. Falei que estava vendido, está vendido.
— Sempre durona.
— O que quer? – perguntei, mas no fundo sabia o que ele queria, ele queria me usar, me conquistar e depois me trocar. Que ódio eu tenho dele.
— E se eu disser que eu te quero de volta?
— Não me faça rir. Você nunca me amou.
— Amei. E você ainda me ama. – sorria pretensioso
— Não amo. Vai procurar alguém interessante pra você pegar e me deixa em paz. Eu tenho negócios para fechar. – saí e deixei ele sozinho

[...]

— Sasuke, que surpresa te encontrar por aqui – Dizia Karin como se aquilo realmente fosse uma coincidência
— Foi o Itachi que te contou que eu estaria aqui? – arqueei uma sobrancelha
— Ninguém me contou. Eu vim apreciar esta exposição de arte e te encontrei por acaso.
— Não minta, é feio. – falei sério
— Tudo bem, o Itachi disse que vocês viriam. – finalmente foi direta
— E por que veio? Eu não deixei bem claro da última vez que eu não vou namorar você?
— Você não vê que somos perfeitos um pro outro? – se aproximou de mim e rapidamente me afastei
— Não quero ser fotografado com você, aliás, eu não quero você perto de mim. E quer um conselho? Fica longe do meu irmão também. – saí de lá, ia tentar comprar alguma coisa, mas com uma chata daquelas no meu pé desisti. E deixei Itachi sozinho lá para que ele tentasse se acertar com a Konan e tomar jeito na vida.

[...]

— Seu irmão me deu um fora – Karin pegou uma taça de champanhe e bebeu tudo de uma vez
— Normal. Quando o Sasuke não te der o fora é que realmente vai ser estranho – ri, afinal ela era patética.
— Eu sou tão feia assim? – fez manha
— Que isso gata. O problema não é com você. O problema é do Sasuke. Ele não gosta de se envolver com celebridades.
— Se eu não fosse uma celebridade eu não conseguiria chegar perto dele.
— Exato. Por isso que ele está solteiro.
— Um dia o Sasuke vai me querer – falou aquilo como se fosse uma promessa a ser cumprida
— Será? Eu duvido muito...
— E você Itachi, o que ainda está fazendo aqui se o Sasuke já se foi?
— Ele se foi? Ele me abandonou?
— Aham.
— ele deve ter me deixado aqui para que eu reconquistasse a minha ex, mas ela não me quer nem se eu virasse uma escultura pra ela me vender...
— Quem é a sua ex? – perguntou interessada
— A Konan.
— A dona disso daqui? Não sabia.
— Agora sabe. Karin, não olha pra trás, mas a Konan está nos olhando...
— Ok – então só pra provocar beijei a Karin. Sim, eu precisava esfregar na cara da Konan que eu não precisava mais dela, que ela era apenas mais uma carta fora do meu baralho. Quando me afastei da Karin ela já tinha saído do meu campo de visão. Onde estaria agora? Não faço idéia.

[...]

— Naruto, ta acordado? – perguntei depois de perceber que o telefone tinha sido tirado do gancho
— To – a voz era sonolenta
— Acorda, eu preciso de você agora – chamei
— Já to acordado pó. Você me liga as 3 da manhã e ainda quer que eu seja educadinho?
— Tudo bem. Se é pedir demais. Eu liguei pra saber se você tem noticias da Sakura. – estava ansioso por alguma noticia dela
— Falei sim. Tentei marcar pra gente se encontrar amanhã. Mas ela disse que tinha um encontro com um tal de Itachi.
— Que bom – sorri satisfeito
— Pera ae, a mulher que você diz estar a fim vai sair com outro e você fala que bom? – perguntou indignado
— É que eu falei pra ela que meu nome é Itachi.
— Cara, você é um perdido. Quando a Sakura descobrir ela vai no mínimo te matar.
— Eu vou contar pra ela uma hora, já te disse, eu só precisava me aproximar. Parece que ela gostou de mim.
— Correção, ela gostou do Itachi. Sasuke Uchiha não passa de um cineasta famoso pra ela.
— Você vai me fazer um favor da próxima vez que encontrar com ela está bem?
— Que favor?
— Você vai falar pro cima de mim; Vai falar de Sasuke Uchiha, o cineasta. Vamos ver o que ela acha.
— Você quer saber se ela te admira?
— É. Eu preciso saber...
— Tudo bem... Lá vou eu servir de bode expiatório para o meu melhor amigo
— É por isso que somos melhores amigos. Agora vá dormir. – desliguei.


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