The Teacher escrita por Szin


Capítulo 44
Just support me like I did with u


Notas iniciais do capítulo

Nem todo o mundo vai concordar comigo
meh



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Annabeth decidiu ir a pé. Mesmo pelo protesto de Percy, que por muito que insistisse em dar carona, ela não aceitou.

Estava uma noite quente, algo raro naquela altura do ano.

Aliás era o primeiro dia que Annabeth saía à rua de manga curta.

Ela caminhava pela rua enquanto olhava para os postes de ilumação. As luzes brancas e laranja refletiam nas montras da lojas e iluminava toda a rua sem qualquer dificuldade.

Annabeth sorria, perdida na sua realidade.

Ele a deitou na cama com os maiores cuidados. Era como se, para Percy, ela fosse algo tão frágil quanto cristal. Os lábios quentes e macios tocaram no seu pescoço, enquanto que, quase inconscientemente, as mãos do moreno a apertavam com cuidado.

Sempre com cuidado.

Annabeth se manteve em silêncio quando sentiu a boca do Jackson descer pelo seu corpo, beijando os seios, a barriga, o ventre.

Muita coisa havia mudado, inclusive, eles mesmos. A loira mal lembrava dos tempos em que Percy mal conseguia tocar-lhe sem sentir desconforto ou medo. Não o censurava. Era muitos os fatores a considerar segundo Annabeth. Não devia ser fácil para Percy se imaginar com alguém mais novo, ainda mais, tocar e ser tocado sem qualquer constrangimento.

Annabeth pelo contrário não sentia isso. Ela o admirava em todas as formas, especialmente como uma mulher admirava um homem. E Percy sabia disso. Sabia que era atraente mesmo tentando não o ser. Desde do primeiro dia em que o vira ela o notara.

Os seus cabelos negros escorridos.

Os seus olhos verdes e intimidantes.

A sua boca perfeitamente desenhada e o sorriso de lado que a enfeitava lindamente.

Tudo em Percy Jackson lhe agradava nas mais profundas formas e maneiras.

As suas mãos apertavam as costas quentes do Jackson. As unhas redondas e curtas tentavam marcar a pele morena do mais velho sem qualquer êxito ou sucesso. Os dedos exploravam cada pedacinho da pele nua da sua coluna, tocando em seu pescoço e sentindo a força dos seus ombros. Ela a abraçou convidativamente a fazendo rodar os corpos.

O Jackson respirou fundo, sentindo as suas costas embaterem contra o colchão macio ao mesmo tempo que a loira se deitava sobre o seu corpo. Annabeth penteou os seus cabelos enquanto que, sem se conter, beijava todos os pontos do seu corpo. As mãos apoiadas no seu peitoral ajudavam o seu apoio. Os lábios da loira percorreram a curva do seu maxilar até ao encontro do seu pescoço.

Percy fechou os olhos, deixando-se completamente vulnerável para que a garota pudesse aproveitar tanto quanto pudesse.

 

Ela sorriu de novo. A ideia que, uma hora chegaria a casa não parecia preocupa-la. Havia algo muito maior na sua mente. Algo mais puro, sórdido, e carnal. Algo que, por muito maior que fosse os momentos ruins, nunca apagaria isso da sua mente.

Ela não se importava. Mesmo que sua mãe discutisse, xingasse e insultasse. Mesmo que todo o mundo criticasse. Ela não ia mover o pé. Ela ia agarrar Percy com toda a força que tivesse e não ia largar até que Percy pedisse.

Continuou andando sem pressas.

As nuvens negras que haviam se tornando comuns nesses meses haviam desaparecido.

Os carros que circulavam na rua eram poucos ou nenhuns e um silêncio agradável tomava conta das ruas.

Ela estava quase chegando…

Ele sentiu cada beijo que a loira lhe dava. As mãos dela deslizavam pelos seus braços, dedilhando cada musculo encontrava. Os lábios da loira roçavam contra os seus mamilos, descendo pelo peito até chegar à barriga.

Percy continuava imóvel, sentido cada carinho que a loira lhe dava.

Sentiu novamente a loira escalando o seu corpo, e dessa vez, toda a sua atenção voltou-se para a sua boca. As mãos do Jackson subiram pelo seu corpo, segurando a sua cintura a empurrando de volta para o colchão.

Annabeth obedeceu.

 

Ela sempre leu que numa relação, o amor era tudo. Talvez achasse que Nicholas Sparks iria odiar ela nesse momento mas, ela discordava. E enquanto andava pela rua, ela ponderou seriamente nisso.

Na maioria dos livros de romance que lera, e acredite foram muitos, o amor era, na maioria a chave de tudo.

Porque você o beija? Porque o amo.

Porque você dorme com ela? Porque a amo.

Porque você quer estar com ela? Fácil, é amor.

Mas não era só isso. Amor para Annabeth era mais do que lia nos ivros ou em filmes. Era tão mais complexo e maior do que as pessoas imaginavam. O que ela e Percy tinham era mais que sentimentos e emoções. Não era só o lado emocional que a fazia querer ele perto de si a todo o momento. Era o lado físico também.

Ela estava falando de sexo? Sim… mas não completamente.

Annabeth o amava emocionalmente tanto quanto fisicamente.

Adorava o seu jeito carinhoso tanto quanto o seu corpo.

Adorava a sua risada tanto quanto sua beleza.

Amava os “te amo” que ele falava e amava tocar e ser tocada por ele.

Os seus dedos acariciaram o montinho do seus seios, na qual beijos delicados bajulavam cada centímetro cubico da pele exposta enquanto, ao mesmo tempo, massajava, cuidadosamente, as laterais da sua barriga.

Ele se postou novamente em cima dela, ficando o mais próximo que conseguia. A boca correu o seu ombro esquerdo, deslizando pelo braço na qual pegou, entrelaçando os seus dedos. Os lábios depositaram o beijo trémulo sobre as costas da sua mão, na qual puxou a colocando em sua própria face, sentido o calor dos dedos Chase sobre o rosto.

Ele saltou da cama saindo de cima de si. Annabeth o encarou se levantando enquanto o moreno despia as calças e o boxer sem qualquer pudor.

 

Era uma das coisas que mais havia mudado nesse meses. A vergonha.

Annabeh se lembrava da primeira vez que o vira nu, a imagem de um deus grego que a fez corar até às pontas do seu cabelo. O pensamento de estar nua na sua frente não a assustava, era apenas o nervosismo e a própria timidez. Annabeth não era nenhuma top model, porém ela sabia da sua beleza, e mesmo com a sua insegurança, ela não tinha problemas com o seu corpo. Ouvia as garotas comentando sobre como queriam ter mais bunda, mais altura ou até mais peito. Annabeth não achava isso.

Ela não era baixa, no entanto também não era alta. “Um pouco acima da estatura média” achava, aliás era ligeiramente maior que Thália e mais pequena que Reyna ou até mesmo Piper.

Nunca tivera problema com o tamanho dos seus… seios. Não eram pequenos, chegavam até a volume satisfatório para ela, mesmo não se comparando aos de Rachel Elisabeth Dare, sua colega de Economia. Ela era bonita segundo Annabeth. Era mais baixa que ela, porém tinha um corpo de chamar a atenção.  Annabeth chegou a sentir um pontinha de inveja, porém nunca ao ponto de se sentir inferior.

Uma vez, em casa de Percy quando saia do banho ela comentara sobre as formas do seu corpo, e como havia engordado nos últimos meses. Percy, que estava saindo da box respondeu sem grandes preocupações.

“Quando você está nua na minha frente eu alguma vez quis sair? Não, e sabe porque? Estou no meu quarto, com uma garota nua na minha frente pouco me importa se ela pesa 58 ou 65.”

Ela riu na altura, porém, era a mais pura verdade. O mundo ficou cada vez mais dependente dos padrões.

Ah, mas você está dizendo que o Percy não e importa se ela for obesa? Annabeth não ia tão longe. Afinal, a beleza é importante. Mesmo que todo o mundo fale “o interior é que conta”… não é necessariamente verdade.

Pense comigo caro leitor. Você se deitaria com alguém ou beijaria alguém super feio? Aposto que não. Então, como Annabeth pensava, talvez fosse verdade. Tanto o amor físico como o interior são importantes. Pelo menos era nisso que ela acreditava.

E isso vinha ao segundo ponto que ela aprendera com Percy. A reciprocidade.

Muitos de vocês devem estar chocados nesse momento, afinal Annabeth estava falando de sexo. Mas, é sempre bom entender relacionamentos… e talvez discutir sobre eles.

Ela fechou os olhos num profundo deleite. Os seus dedos apertaram o lençol sentindo a boca do Jackson satisfaze-la por completo. Quando terminou, o peito de Annabeth cedeu um respirou profundo. Sentiu Percy se deitando por cima dela. Os seus lábios se encostaram na sua boca fazendo-a sentir o seu sabor carnal.

Ele escondeu o rosto nos seus cabelos. A loira o segurava com força enquanto as suas cochas roçavam nas dele. Era sempre assim.

 

E era. Percy tinha um ritual sempre que os dois o faziam juntos. Primeiro a satisfazia como mulher, e só depois a tomava para si. Ela uma vez questionou o por quê. Ele respondeu o mais breve possível.

“Simples. De que serve eu estar com você, se no final só um fica satisfeito? É em conjunto não individual”

Ela não entendeu na altura, porém isso se clarificou mas tarde. Garotas comentavam que, quando estavam com algum cara, ele não se preocupava se elas haviam chegado ao final ou não… eles simplesmente terminavam quando terminavam.

Ela não tinha essa visão tão clara antes de conhecer Percy. Então, ela sentiu algo naquele segundo que chegara ao seu bairro, ela aprendera e crescera tanto com ele, assim como ele aprendera e crescera com ela. Reciprocidade.


Ela caminhou pelo passeio. Maioria das casas ainda tinham as luzes acessas, porém o silêncio penetrante insistia em permanecer. Quando chegou perto da sua casa olhou para o interior. As luzes se mantinham apagadas e ela não conseguia identificar se estava alguém na sala ou não.

Respirou fundo olhando para o seu gramado. Havia gnomos de jardim e um canteiro rodeado de rosas que Athena, sua mãe, havia insistido em fazer há alguns anos atrás. Levou as mãos à mala preta que tinha ao ombro retirando as chaves.

Abriu a porta sem fazer nenhum barulho e com o máximo cuidado possível. O que não esperava era que, em dois minutos, as luzes e acenderam. Athena Chase estava sentada no sofá a encarando.

— Onde você esteve Annabeth? – a voz saiu ríspida. Annabeth a encarou respirando fundo.

— Não é da sua conta…

— Como não é da minha conta? Já viu as horas?

— Que eu saiba o recolher é ás 22h30… - Annabeth olhou para o relogio em seu pulso – São 21 ainda..

— Não brinque comigo Annabeth! – Athena se levantou – Você esteve com ele não esteve?

— E se estivesse?

— Annabeth eu não quero ele próximo de você ouviu? Se afaste dele.

Annabeth deu uma gargalhada forçada.

— não interessa se você o quer ou não. Eu quero e ponto.

— Você esteve com ele? – Athena a ignorou. Os olhos cinzentos se desviaram para os similares enquanto a mais velha cruzava os braços, aguardando a resposta. Annabeth nem ponderou na resposta.

— Não é. Da sua. Conta. – ela repetiu pausadamente. Athena arregalou os olhos e com um impulso impertinente, segurou firmemente o pulso da garota.

— Esteve com ele não esteve? Esse tempo todo? Me responda Annabeth!

— Sim! É isso que quer ouvir? Sim, estive com ele, transei com ele, fiz tud-

Não durou um segundo. A mão de Athena Chase voou até ao rosto da loira num gesto rápido e forte. Annabeth sentiu o rosto ardendo levando à bochecha vermelha enquanto que as lágrimas se continham para não cair. Athena estava em choque. Um movimento, um gesto tão simples perpétuo num silêncio profundo.

— Anna…

— Satisfeita? – a loira murmurou ainda esfregando o rosto dolorido. A pele vermelha ardia em sua face e uma lágrima cristalina desceu pelas maçãs do rosto.

— Querida eu… - Athena tentou tocar sobre o rubor, mas Annabeth afastou-se. – Me perdoa, por favor.

— Sempre – Annabeth murmurou a olhando – Sempre estive lá para você… sempre. O pai foi embora eu defendi você. O George apareceu e eu apoiei a senhora… porque não me apoia agora?

— Annabeth não é assim tão simples olhe a idade dele!

— A senhora não o conhece!... – mais lágrimas. Annabeth não conseguia segurar – O ofendeu, o criticou, o julgou… sem nem ouvir ele.

— Annabeth entenda! Eu sou sua mãe! – ela segurou o seu rosto não contendo o tom de voz.

— E eu sou sua filha caramba!

— Exatamente por isso… eu não quero você sofrendo, eu não quero você cometendo erros que mais tarde possa se arrepender.

— Mas eu preciso disso você não vê? Mãe eu vou cometer erros tantas vezes e senhora não vai impedir isso. Eu vou cometer, vou me arrepender e vou crescer apartir deles.

— Eu não quero ver você sofrendo Annabeth.

— A senhora não pode determinar isso mãe… uma hora a gente sofre. Você não pode impedir que eu os cometa e que cresça com eles.

— Eu queria tanto que isso não fosse verdade Annabeth – a mais velha tocou novamente no seu rosto. A voz estava chorosa e a respiração pesava nos seus pulmões – Eu não consigo me deixar de preocupar com você.

— Você não precisa fazer… tente me apoiar por favor… apoie minhas decisões e deixe que eu sofra as consequências das minhas escolhas… eu só preciso disso.

— Mas… ele é tão… você é tão nova Annabeth eu-

— Ao menos tente conhece-lo… tente ver o que eu vejo nele – Ela sentiu os braços da mãe a abraçando e chorou em seu ombro. A mão de Athena afagou os seus cabelos e Annabeth continuava soluçando agarrada ao seu pescoço. – Eu amo ele…

— Por favor Annabeth não f-

— Me perdoe mas… é a verdade… e eu preciso que você me apoie tanto quanto eu apoiei você.


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