Um amor adolescente! escrita por Will o Construtor de Sonhos


Capítulo 7
Desafio


Notas iniciais do capítulo

Estou tentando colocar um pouco de drama jovem aqui não sei como esta saindo =/ na minha auto avaliação ta hiper bom e na de vocês???



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Thiago

 

Os dias parecem mais longos e lentos. O hospital em nada me anima. Os meninos vem com frequência me ver, Rebeca e Viviane também. A gravidez da Vivi está indo muito bem e Rebeca sempre tem novidades pra contar, Lucas me contou que o garoto novo tentou agarrá-lo e o Brenno está furioso apesar de não demonstrar.

— Ele ainda está com ciúmes, descobri que foi ele quem solicitou que o professor trocasse as duplas e não foi fácil ele ameaçou fazer uma denuncia para a secretaria de educação sobre os métodos de estudos do professor.

— Cara ele deve estar muito bravo mesmo pra chegar a tanto.

— Sim deve. _ Ele da um leve sorriso

— E você já contou pra ele que descobriu isso? _ pergunto me arrumando na cama.

— Não, estou evitando o assunto, não quero discutir. _ Ele para de sorrir parece preocupado com isso.

— Evitei um assunto importante na minha vida toda e olha onde vim parar. _ ele ficou em silêncio depois disso e me observa atentamente.

— Sinto muito. _ Ele abaixa a cabeça desviando o olhar.

— Não sinta, não havia nada que pudessem fazer. _ Dou um meio sorriso para encorajá-lo novamente.

— Tudo bem. _ Ele parece melhor mas ainda preocupado.

— Me diga uma coisa, sobre esse garoto novo. Ele está saindo com alguém? _ perguntei olhando para qualquer lugar menos para ele.

— Não que eu saiba, vejo ele correndo do tal Vinicius o tempo todo, perguntei o porquê e ele disse que foi em uma festa do campus no primeiro semestre e acabou dando em cima do cara o que resultou num olho roxo e um inimigo no campus como ele se refere. _ Ele conta brevemente.

— O Vinicius e não ficou com ele ou chegou alguém na hora? _ agora me interessei mais pela história

— Não sei os detalhes. Por que a pergunta? _ Ele está com uma olhar curioso

— Nada _ minto e olho para fora.

— Está afim dele? _ Ele pergunta rindo.

— Que? _ Mostro surpresa ao confrontá-lo.

— Esta sim fala a verdade!? _ ele está rindo ainda mais e nao tenho porque mentir agora.

— Tudo bem, estou. já nos beijamos antes do acidente e não consigo tirar ele da cabeça. _ Fico vermelho e virou o rosto para disfarçar.

— Oh que fofo, está apaixonado Thiago? _ ele parece animado com a informação

— Não, não é isso... _ Na verdade nem eu sei o que é.

— Bom se é ou não você deve investir para saber o que vai rolar. _ ele me diz se espreguiçando na poltrona onde esteve sentado.

— Bem o seu estilo agressivo. _ Agora é a vez dele ficar vermelho.

— Mais ou menos, não sou assim. _ Ele fica corado e desvia o olhar agora.

— Mais foi assim que lançou o Brenno, partindo para o ataque.

— Quem partiu para o ataque? _ Brenno e sua arte ninja de entrar sem ser notado.

— Nada _ Lucas fica mais vermelho e Brenno ergue uma sobrancelha e encarou ele com um sorriso

— Se você diz que não é nada, então acredito. _ Ele abraça ele e dá um beijo leve depois pergunta como eu estou e quando terei alta.

— Não sei quando eu saio ainda, já faz um mês que estou aqui...

— Sai amanhã de manhã. _ Legal um médico com a arte ninja de entrar sem ser notado.

— Legal. Sério? _ me empolgo com a notícia

— Sim, sério sua melhora é significativa, vou receitar um par de muletas para andar dentro de casa e uma cadeira de rodas para andar na rua, sua perna ficará assim por mais 2 meses, suas costelas já estão melhores mas ainda vai ficar em repouso absoluto. _ ele fala tudo enquanto checa as informações no prontuário que está preso em uma prancheta na minha cama.

— Isso quer dizer que nada de exercício? _ pergunto mesmo sabendo a resposta.

— Nenhum! Não será recomendado nos próximos 2 anos no mínimo até tudo estar no seu lugar de novo, sinto muito.

— Tudo bem. _ Dou um meio sorriso mas sinto uma pontada no fundo do peito, meu amor por atividades físicas extinto completamente.

— Vou receitar alguns medicamentos e uma rotina de alimentação, também fará fisioterapia com frequência, quer que eu ligue para sua família para eles virem buscá-lo?

— Minha família já está aqui. _ Abro um sorriso para os meninos que retribuem com um aceno de cabeça, notou como eles não tem vergonha do médico ainda estão abraçados. Brenno está atrás do Lucas envolvendo ele com os braço em um abraço confortável e o Lucas está com as mão na dele é uma cena bem romântica, desvio o olhar.

— Tudo bem amanhã às oito ele estará liberado poderá vir buscá-lo esse horário?

— Tão cedo? Terei que faltar aula, mas venho buscá-lo sim.

— Cara não quero incomodar. _ digo logo _ Posso ir de táxi.

— Não é incomodo o Lucas pega a matéria e me passa depois _ Lucas se vira para olhá-lo e sinto um clima estranho ali.

— Sem problemas. _ ele diz apenas, depois sorrir e olha para mim de novo.

Todos saem dali e fico sozinho com meus pensamentos, nem meu pai nem minha mãe vieram me ver no hospital, nem ligaram, meus amigos também não entraram em contato, com exceção dos meninos e as meninas mais ninguém veio ou ligou isso me deprime um pouco, decido que vou investir no Kaique, pode ser que dê certo.

A tarde se arrasta e a noite vem com muita preguiça parece que o dia nunca terá seu fim. Logo pela manhã recebi uma visita inesperada.

— Ei garotão, como veio parar aqui? _ ainda estou meio sonolento quando ouça a voz conhecida.

— O que você quer? _ perguntei enquanto esfregava os olhos para ver melhor.

— Como assim? Vim ver meu melhor amigo _ ele sorri ironicamente.

— Já estou aqui a bastante tempo, e não tive mais notícias suas nem de ninguém. _ ele está perto da janela. Suas coisas estão mais distantes fazendo parecer que já estava ali muito antes de eu acordar.

— E nem vai ter, todos estão se sentindo traídos ninguém imaginou que você fosse gay. _ ele me encara com um sorriso irônico.

— O sujo falando do mal lavado. Você não é um exemplo de garoto hétero. _ ele tem o capuz na cabeça mantendo seus olhos na sombra.

— Olha como fala Thiago, eu não fui pego aos beijos como você. _ ele complementa com uma provocação e volta a olhar para fora.

— Como sabe disso? _ Faço a pergunta com um tom mais agressivo.

— O motorista do seu pai me contou saímos ontem. Ele sente sua falta. _ ele cospe essa informação como se não sentisse nem um prazer em tê-lo feito

— Nunca saí com ele. _ digo. O motorista do meu pai sempre estava me olhando com uma cara estranha.

— Mas ele gostava de te ver malhando ou saindo do banho ou da piscina. _ Sinto a dor em cada palavra.

— Nojento. _ faço uma careta, o motorista do meu pai nunca me chamou a atenção. Também nunca passou pela minha cabeça que ele curtisse.

— Fala isso agora. _ ele ironiza _ E aí quando vamos sair de novo? _ pergunta com um tom zombeteiro na voz.

— Não vai acontecer. _ respondo pensando brevemente no passado _ Nunca aconteceu então não tem um de novo.

— Você quem sabe, tenho outro em vista mesmo. _ agora ele chegou onde queria.

— Quem? _ Acabo perguntando em um impulso e logo me arrependo.

— O garoto novo da sua turma. _ Ele pega uma foto no bolso do moletom que está usando e me entrega.

É uma foto dos arquivos do meu pai. Seu espião era muito bom por sinal e a última foto que ele tirou minha foi quando beijei o Kaique no carro, era exatamente essa foto que eu tinha em mãos.

— Como conseguiu isso? _ agora estou bravo.

— Como te disse tenho meus contatos. _ ele da um sorriso sombrio.

— Pode me fazer um favor. _ pergunto contendo a raiva.

— Qual? _ ele parece contente por ter me atingido.

— Deixe ele em paz _ digo cada palavra pausadamente.

— Acho que alguém está apaixonado por um garotinho. _ agora ele tem um sorriso sinistro.

— Cara estou falando sério. _ Olho para elem mas desejo poder socar a cara dele agora mesmo.

— Enquanto você se recupera ele será meu...

— Quem será de quem? _ Brenno ninja entra sem ser visto.

— Nada. _ ele pega suas coisa e sai rapidamente do quarto.

— Quem era aquele? _ Ele parece meio confuso. Consulto o relógio e são seis horas.

— Vinicius um “amigo”, _ faço sinal de aspas quando pronuncio a palavra amigo _ Porque já está aqui?

— Seu médico ligou ontem a noite falou que a seis estava liberado.

— Legal me tire logo desse lugar _ ambos damos risada e ele leva a cadeira que está empurrando até onde eu estou. Meia hora depois estamos na casa dele ele me instala e sai para pegar a segunda aula no campus, me sinto meio deslocado ali. Andar de muleta não é um mistério mas me sinto perdido no início. Logo pego o jeito e acabo ficando o resto do dia no sofá vendo TV e remoendo a estranha conversa com o Vinicius. Porque ele voltou depois de tantos anos? Recebo uma mensagem de texto e pego o celular.

“Ele vai ser meu”

A mensagem curta vem com uma foto anexa do Kaique já no campus, é inacreditável que ele está fazendo isso só para me atingir. Preciso me controlar para não quebrar o celular, aproveito todo o meu tempo extra pra pensar em alguma coisa.


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Notas finais do capítulo

E ai casais e mais casais quem ficara com o coração partido do Kaique?



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