Um amor adolescente! escrita por Will o Construtor de Sonhos


Capítulo 20
Eclipse parte final


Notas iniciais do capítulo

Muita informação muitas ideias e muita coisa para escrever ficou maior que eu queria mais terminei boa leitura a todos



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Kaique

A ida até a montanha foi tranquila, até pegarmos transito sim transito, muitos carros e pessoas estavam indo para lá e é claro os aproveitadores também, vendedores de todo o tipo de mercadorias. A montanha seria disputada, chegamos cedo deixamos o carro no mega estacionamento improvisado e subimos a montanha, encontramos o acampamento que os meninos tinha feito, estávamos em uma pequena clareira e no caminho da trilha encontramos uma grande placa com a marcação de muitas outras.

Montamos as barracas e eles já tinha preparado uma fogueira em meio a pedras e uma pequena cova para evitar incêndios. O sinal do celular funcionava normalmente e fiquei atento a qualquer possível msg. O Thiago estava estranho ficou parte do tempo em sua barraca e não quis conversar, Will foi o primeiro a se comunicar.

“Estou na clareira 12 e você?”

“Clareira 15 “_ Respondo

“Não estamos longe! Algum problema se eu passar ai mais tarde?”

“Nenhum problema temos uma fogueira, vai ser divertido”

“Posso levar meu irmão e meu primo? Trouxemos marshmallow”

“Serão bem vindos” _ Acerto os detalhes com os meninos ninguém se importa em termos companhia para a fogueira mais tarde.

Me aproximo do Thiago quando a noite começa a cair.

— Tudo bem?

— Sim! _ ele parece distante!

— Quer conversar?

— Não!

— Na moral cara, o que te aconteceu? Esta estranho e ainda fica ai se fazendo. Vai falar ou vai ficar se fazendo?

Ele estreita os olhos e fica me olhando profundamente.

— Isso não é assunto seu! _ diz com uma voz polida e a raiva sobre controle.

— Não é assunto meu? Depois de todo esse tempo estando juntos não é assunto meu?

— Kaique pode parar com a encenação _ Agora ele está me olhando com uma cara muito feia, e eu mantenho a postura, não posso cometer erros.

— Do que você está falando?

— Estamos saindo a semanas e você não se deu ao trabalho de progredir com isso! No início achei que estava com receio de alguma coisa mais depois notei que você só quer ser meu consolo. Não quer que eu me sinta sozinho ou deprimido!

— De onde tirou isso? _ Agora recuo um pouco não imaginei que ele estava levando a sério ele não deu nenhum sinal e em certa parte ele está certo ele e eu não daríamos certo.

— Kaique você quer ser meu namorado? _ Ele me pegou com a guarda baixa não sei o que responder depois de um longo minuto de silencio ele diz. _ Viu! Você não teve reação não estava esperando e já sei a resposta.

— Calma você não me deu tempo de pensar.

— Já te dei tempo demais para decidir o que você quer. _ agora vejo seus olhos brilhando a luz da fogueira e vejo ali dor e magoa, algo que não tinha visto até então.

— Desculpe! _ me levanto

— Kaique, não tente corrigir o passado, algumas coisas estão lá e lá devem ficar.

— Porque me diz isso? _ ele me entrega o bilhete amassado, não preciso abrir ele para saber o que diz.

— O Vinicius me mandou uma msg disse que sentirei a dor que ele sentiu a cinco anos!

— Dor? Do que ele está falando?

— Esse bilhete não é o original, o verdadeiro está com ele! E a dor a qual ele se refere é a dor de perder aquele que se ama.

— Mais eu não o amo!

— Tão pouco eu o amo mesmo assim cuide-se o Vinicius mudou nesses cinco anos e não sei bem o motivo.

— Acho que tenho uma ideia!

— Serio então me diga. _ ele está com os olhos cheios de lagrimas, sua voz e dura e amarga.

— Você já pensou em como você machucou ele no passado? Qualquer um se tornaria amargo... _ paro o que estou falando e penso no Will eu estava fazendo o mesmo me tornando duro pelo simples fato de ter sido rejeitado no passado será que um dia ou eu ou ele seria como o Vinicius? Será que teria sido diferente com eles se o Thiago tivesse voltado atrás antes? Corro dali e vou para a trilha desço e sigo a montanha quero ir para o carro, quero chorar e quero ir para casa.

— Onde está indo! _ alguém corria atrás de mim e sinto o toque no meu ombro então paro e caio de joelhos em meio a lagrimas e o pânico completo. _ está tudo bem Kaique?

 _ Kaio isso tudo foi um erro! Eu não deveria ter me metido nisso agora já é tarde para arrumar meus erros.

— Eu te avisei para tomar cuidado pois alguém se machucaria, não queria que fosse você!

— Eu fui um burro achei que se descobrisse o que aconteceu entre eles eu poderia ajudar mais, não eu não posso.

— Ei maninho eu estou aqui. _ ele está me abraçando mesmo estando os dois no chão. _ termine o que começou pode dar certo. E se algo der errado vamos concertar juntos.

Digo que sim e depois de ele me acalmar voltamos ao acampamento, Thiago está sentado e rindo na fogueira seus olhos estão vermelhos e ele disfarça bem, trocamos um olhar rápido e vejo ali a dor que causei. Revirar suas memorias triste não estava certo.

Descobri que algo de muito ruim os separou no passado e tornou o Vinicius amargo e o Thiago seco, apesar de não demostrar ele sentia falta do que o Vinicius foi um dia e nem mesmo ele entendia as mudanças agora eu compreendia que ele poderia ser o motivo mais ele não aceita isso. Meu celular estava na barraca vou lá e o pego só para ver 30 vezes a mesma msg repetida.

“Precisamos conversar clareira 10 e não tente fugir” Decido que devo ir para corrigir parte dos meus erros.

Todos estão se divertindo muito e o eclipse começa calmo e lindo quando ele está no auge desço a trilha despercebido e vou até a placa que demarca as dezenas de clareiras.

— Você é o Kaique? _ O cara que reconheço como amigo do Vini está ali, faço que sim com a cabeça e ele assente e entra numa trilha quase imperceptível, o sigo. Caminhamos por alguns minutos a lua está quase completamente escura e muito linda.

Chegamos a uma clareira menor tenho certeza que ela não está sinalizada.

— Olha o que o vento me trouxe _ ele tinha uma voz embargada, provavelmente andara bebendo e estava com um moletom vermelho com o capuz tampando os olhos e tinha um sorriso maníaco no rosto. _ Obrigado Bruno.

— O que precisamos conversar? _ ele estava no meio da clareira e vou até o mais próximo dele.

— Você se sente um cupido?

— Esquece esse assunto! Foi um erro!

— Sabe o que foi um erro?

— O que?

— Você ter vindo até aqui, sabendo que revirar a vida pessoal dos outros traria severas consequências!

— O que pensa em fazer! _ estou ciente dos meus erros, estou ciente que estou preste a levar uma surra dupla, estou ciente de tudo na clareira, a lua escura, as folhas secas no chão o silencio da floresta, a respiração dos dois, o sorriso maníaco e os olhos dele me perfurando.

— Dois contra um não é meio injusto? _ A voz vem do mesmo caminho que eu segui, não tento me virar para ver o novo ocupante.

— Já estava ficando entediado _ O tal Bruno se aproxima saindo da sombra das arvores e fazendo estralar todos os dedos da mão. _ Acho que todos podemos brincar

— Você está bem? _ Will está ao meu lado já com o punho cerado. Não tenho tempo de responder.

Vinicius desfere o primeiro soco e me atinge no estomago, um segundo de distração foi tudo o que ele precisou, Will acerta o Bruno e recebe o equivalente em troco. Consigo endireitar o corpo apesar da dor e defender o segundo soco, Will está no ataque e Bruno recua dois paços e ataca de novo, Will recebe dois socos seguidos e recua vacilando Vinicius sorri e vem para cima com o pulso cerrado seu soco é interrompido

— Acho que já podem parar. _ Brenno tem um sorriso travesso no rosto, Kaio estava entre Will que estava no chão e Bruno que estava igualmente cansado!

— Vocês dão uma festinha particular e não me chamam irmãozinho _ Kaio está com um olhar maníaco, Lucas me ajuda a se afastar e estamos prestes a ver uma briga decente quando ouvimos barulhos vindos de traz deles e uma dezenas de meninos e meninas sai das arvores.

Era o restante do grupo do Vini não sei se já estavam ali ou se seguiram o barulho da discussão por uma simples coincidência.

— Ora, ora o que temos aqui, briga de galo? _ todos riem _ Bruno, Vinicius não sabia que estavam aqui! E quem são esses?

— Não se meta essa briga não é sua!

— Não fale assim comigo, somos amigos não somos. _ ele sorri e noto que todos estão alcoolizados.

— Não lembro de me nomear seu amigo.

— Deveria pois quando se juntar ao nosso plano eles, já não serão mais um problema! _ ele diz apontando para onde estamos, Kaio e Brenno recuaram diante a tanto membros

— Já sei sobre o plano e será um prazer me unir a vocês nele, mais nada além disso.

— Será bem-vindo, agora quer terminar o que começou aqui?

— Não, deixem eles saborear o resto da noite.

— Fato, nos vemos no campus clube cor de rosa.

Todos saem rindo da pequena clareira voltando pelo caminho que fizeram, Bruno vai com eles e Vinicius também. Depois de respirarmos aliviados, voltamos trilha a cima e voltamos para o 15 quando chegamos lá todos respiram aliviados Rebeca está com uma cara assustada, Will manda uma msg para seus companheiros de acampamento que logo se juntam a nós.

Thiago se mostra preocupado, tenho um roxo no estomago, Will ganhou um hematoma no olho e o lábio cortado, seus irmão o ajudou limpar o ferimento, ele também tinha cortado os dedo.

Sobre uma lua escura vejo toda animação indo embora, sinto como se a energia de todos tivessem evaporado, sinto as lagrimas quentes percorrerem meu rosto, sinto meus olhos arderem, sinto uma dor inimaginável e não é física, eu panejei todos os paços e em um equívoco consegui estragar a noite de todos.

O Vinicius estava certo, eu não sou o cupido, o Thiago também está certo, o que está no passado deve ficar lá.  Meu irmão me abraça e como ele e mais alto que eu posso entregar todas as minhas lagrimas em seu consolo.

Lucas e Brenno estão em silencio escuto eles discutirem em baixa voz como Thiago a respeito do Clube rosa e o tal plano, Rebeca tenta sem sucesso levantar a moral de todos, Will está abatido e seu irmão ainda cuida dele. Eu dei início ao que pode se tornar um conflito muito maior e acabei por envolver todos.

Vinicius

A luz está clareando de novo a sombra que a cobriu a lua por preciosos minutos está a deixando. Eu me desviei na floresta e voltei para minha clareira ali a vista é incrível sobre a minha vista a encosta da montanha e a lua no céu escuro logo abaixo uma cidade pacata. Para quem vê de longe notaria fácil as duas barracas montadas ali em um lugar perigoso. Vou até a beira do precipício e tento medir a altura, e penso “auto o bastante para matar” fico ali observando por um momento então me entrego para a dor e deixo as lagrimas virem, todas elas, toda a dor.

Ele estava disposto a apanhar e pagar o preço pelo que fez. O Thiago não tinha o direito de brincar com meus sentimentos dessa maneira, e usar o Kaique para isso foi ainda pior, decidi me juntar ao plano de tirar todos os gay do campo com um trote “benéfico” e aquele garoto ainda iria pagar pelo que fez, quem era ele e como ousou a transpor meu caminho. A dor só aumentou ainda estou de joelhos na borda do precipício, escuto alguém chegando no acampamento e se aproximando, não me importo com quem seja.

— Você deveria parar de fugir. _ Bruno se senta perigosamente no precipício ao meu lado _ Não sei o que te magoou e não sei quando criou essa magoa mais isso não vai te levar a lugar nenhum

— O que você acha que sabe? _ Digo as palavras meio gritadas entre lagrimas quente. _ Do que você entende?

— Eu não entendo de sua dor, a muitos anos atrás me apaixonei pelo meu melhor amigo e não demorou para ele descobrir apesar do meu medo, pensei que ele me rejeitaria e apesar do medo de que nossas famílias destruíssem tudo seguimos em frente, ele era lindo e perfeito correspondia o que eu sentia.

— Uma história “LINDA” mais comigo foi diferente, ele me rejeitou seu medo foi maior. _ cuspo as palavras enfatizando a ironia no linda

— Se ele ainda é vivo você deveria o perdoar o medo muitas vezes destrói as pessoas.

— E onde está seu namo-amigo perfeito? _ As lagrimas ainda correm e me viro para ele com a fúria em meus olhos e quando ele olha para mim sorrindo está chorando também, seu olho esta levemente roxo da briga e a sangue no seus lábios.

— Um dia ele dirigia até minha casa iriamos fugir juntos depois de dois anos juntos, nossas família não poderiam saber, então um motorista alcoolizado furou o sinal em alta velocidade e o carro dele foi pego no meio, ele morreu na hora e eu esperei ele a noite toda e como ele não chegou e não me atendia me enfureci e fiquei muito bravo então no outro dia recebi a notícia e meu mundo desabou.

— Me desculpe _ me pego completamente em choque ele está ascendendo um cigarro e me oferece outro. _ Não sabia.

— Vinicius eu não sei o que aconteceu mais se você realmente o amou ainda deve ama-lo tende perdoar ele dentro de você e então se livrara desse fardo e de toda a amargura. _ ele torna a sorrir e vejo o trajeto das lagrimas em seu rosto.

Não a mais nada a ser dito, me sento como ele com as pernas sobre o precipício e fumamos em silencio contemplando o fim do eclipse!


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Notas finais do capítulo

#LutoPeloAmorDoBruno

PS: Corrigi e fiz algumas alterações em alguns diálogos e continuidade



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