Snape, Meu Malvado Favorito escrita por AFM


Capítulo 1
Mais um ano...


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, sejam super bem-vindos à esse primeiro capítulo da história. Queria lembrar que durante a narração, os pensamentos de Snape aparecerão, mas estarão em itálico, diferente da minha narração, que estará normal.

Já agradeço por lerem e espero realmente que apreciem este capítulo, fiz com muito carinho, abraços!!!

PS: Não é obrigatório comentar, claro, não vivemos sob uma ditadura, kk. Se lerem e gostarem, eu já fico muito feliz mesmo, mas caso alguém queira comentar, esta autora aqui ficará muito feliz!!!



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Em um quarto escuro, um homem levantava de sua cama. Caminhou até a janela e a abriu, deixando a forte luz solar adentrar no espaçoso local. Através da claridade viu-se nitidamente diversas prateleiras, com milhares de livros em todo o quarto. A escrivaninha, perto da cama, continha pilhas de papéis amarelados, mais parecidos com pergaminhos. Snape observou por alguns instantes o raro céu azul de dentro da masmorra de Hogwarts e logo se apressou para o banheiro. Saiu em alguns minutos, já vestindo seu habitual traje preto.

Ótimo, mais um ano com aqueles pestinhas. Queria que pelo menos um aluno não fosse tão cabeça de vento, mas todos os anos o nível dos estudantes de Hogwarts se torna mais inferior. Tudo bem, confesso que tem a senhorita Granger, mas eu queria um aluno que fosse dedicado e inteligente, no entanto sem querer aparecer o tempo todo. Isso me leva, então, ao senhor Malfoy. Pertence à minha casa, mas detesto aquele seu jeito esnobe, igualzinho à seu pai. E hoje, ainda por cima, tem a recepção dos alunos na volta às aulas. Isso sempre me deixa frustado. É só um bando de crianças barulhentas sem futuro algum. Mas isso não desanima Dumbledore. Ele, com seu habitual bom-humor, sempre me irrita. Mas fazer o quê? Foi essa a vida que escolhi, agora tenho que aguentá-la.

Snape desceu as longas escadas do castelo e se dirigiu ao salão principal. Lá dentro, encontrou o diretor e o restante dos professores.

Não sei por que ainda insistem em colocar essas decorações ridículas no primeiro dia de aula. Por que não podemos apenas ter uma refeição normal, escolher a casa dos novos alunos e ir dormir? Mas é claro que não! Todo ano tem sempre que haver essa festança toda, isso me deixa totalmente desgostoso. E ainda vou ter que aguentar mais uma ano com Potter. Para mim se passaram séculos desde que esse menino entrou na escola, mas, infelizmente, esse ano, será ainda seu terceiro na escola.

—Bom dia, Severo -disse Dumbledore ao avistar o professor.- Que belo dia esse, não concorda?

—Para mim parece o de sempre.

—Mesmo? Eu achei que amanheceu bem mais claro do que a semana inteira. Não ouviu os pássaros cantarolando?

Ah, então eram pássaros de verdade? Achei que fossem aqueles de mentira que se coloca em relógios. Se soubesse não teria atirado livros neles para que parassem com a cantoria irritante.

—Severo, pode me fazer a gentileza de acompanhar a senhorita Rita Skeeter pelo salão? -pediu Dumbledore com seus olhos azuis cintilantes encarando os escuros de Snape.

—A repórter do jornal?

—Ela mesma. Estou um tanto ocupado preparando as boas-vindas dos alunos e não disponho do tempo que a senhorita Skeeter necessita para colher dados sobre o início do período letivo da escola. O que me diz?

Mentira. Só quer apenas se livrar daquela louca sem estribeiras e está jogando o problema para mim.

—Sem problemas -disse Snape caminhando em direção à mesa de refeição, onde a jornalista se encontrava sentada.

—Severo! -exclamou Rita ao avistar o homem.- Dumbledore me comunicou que você será meu guia por algumas horas.

Horas? Achei que seriam no máximo dez minutos. Dumbledore... aquele velho me colocou nessa situação indesejável e ainda fingiu pedir isso como um favor, mas pelo visto já tinha dito à essa jornalistazinha que eu daria a entrevista.

—Então -disse a mulher colocando um pequeno gravador perto da boca de Snape.- Me conte sobre as expectativas desse ano.

Bom... mais um ano discutindo com alunos sem um pingo de conteúdo na cabeça; tendo que aguentar as gracinhas dos gêmeos Weasley; olhar para a cara do senhor Potter, que junto aos seus dois amigos inseparáveis não param de trazer problemas; Neville Longbottom fazendo um monte de besteiras em sala de aula... É deprimente que minha vida seja tão previsível e vazia dessa maneira. Bom, mas não posso falar tudo que penso, então, vamos às desculpas esfarrapadas.

—Bom, estamos preparando uma bela refeição para os alunos. As expectativas são de um ano normal, sem turbulências, como aconteceu no ano anterior com a volta de Você-Sabe-Quem.

—Falando nele, alguma notícia de sua captura?

—Ainda não o encontraram, mas não se preocupe, assim que ele for achado, o mundo bruxo inteiro tomará conhecimento do assunto.

Dumbledore se encontrava nas escadarias, do lado de fora do salão principal conversando com a professora McGonagall algo sobre o cardápio da recepção.

—Então, Minerva, quero que informe aos elfos da cozinha que esse ano quero muito mais suco de abóbora. Ano passado, na recepção dos novos alunos, acabou em um minuto. Acho um sabor fascinante.

—Claro, diretor. E em relação aos... -disse a mulher, sendo interrompida por um forte barulho na porta, vindo do salão principal.

Era Snape. O homem faltou derrubar as enormes portas, tamanha a força com que as abriu. Não estava com uma cara muito satisfeita. Não que isso seja de grande valia, visto que a face amarga do professor era sua marca registrada, mas, naquele momento, expressava mais raiva do que a habitual. Enquanto caminhava apressado em direção às escadas, Snape fora seguido pela repórter do Profeta Dirário, que corria atrás de si com o gravador nas mãos.

—Algum problema, professor? -indagou Dumbledore sutilmente.

Não, eu apenas aprecio sair derrubando as portas do castelo como um gesto normal.

—Da próxima vez que o senhor quiser se livrar dessa repórter insuportável, mande outro em seu lugar. Eu já cheguei no meu limite -disse Snape em tom grave.

—Mesmo? -disse o diretor abrindo um sorriso.- Passaram-se apenas cinco minutos desde que sentou para conversar com ela.

—E foram os cinco minutos mais longos da minha vida, agora se o senhor não se importa, eu irei me retirar e volto apenas na hora em que a comemoração se iniciar -disse subindo as escadas.

—Não sei o que perguntei de mais -disse Rita.- Achei que o senhor, como um respeitável professor de uma das maiores escolas de bruxaria do mundo, poderia se dispor a responder à questões simples.

—Eu me dispus a discutir assuntos relacionados à escola, não à minha vida íntima. Aliás, não sei para quê a senhorita tem o incômodo de vir até aqui colher dados, tudo o que publica é mentira mesmo! Bastava apenas colocar essa sua mente distorcida para trabalhar que uma matéria mentirosa iria sair -falou Snape tentando manter a compostura, deixando a repórter de boca aberta.

—Como se atreve -exclamou a senhorita Skeeter.- Se então acha tudo isso de minha pessoa, deveria tomar cuidado, pois posso muito bem difamá-lo, professor.

—A senhorita fala como se não já tivesse feito isso. Ano passado, não se lembra que publicou que o cachorro de três cabeças, guardião de um dos segredos da escola, quase me comeu vivo? Foi apenas um mero arranhãozinho e a senhora fez um estardalhar.

—Eu apenas pego um fato e dou-lhe um toque de criatividade -disse a loira ajeitando seus cachos.

—Criatividade é diferente de calúnia!

—Como ousa? Tenha cuidado, professor, amanhã mesmo posso publicar algo negativo à seu respeito.

—Esteja à vontade, se quiser pouso até para uma fotografia para que a senhorita coloque ao lado da notícia -disse subindo as escadas de vez.

—Ah, as alegrias de ser diretor -exclamou Dumbledore sorrindo.- Minerva, por favor, atenda à senhorita Skeeter, enquanto tenho uma breve conversa com o professor Snape.

—Mas Alvo, eu... -disse Minerva, sendo tarde demais, visto que o diretor já tinha sumido de vista.

Snape andava pelo corredor furiosamente, enquanto Dumbledore o seguiu, chamando-o.

—Vamos lá, meu caro, não finja que não está me ouvindo -disse o diretor, tentando acompanhar os passos de Severo.

—O que o senhor quer? Sabe que odeio essas comemorações e qualquer tipo de contato humano, para quê insiste em me obrigar a fazê-los?

—Não queria aborrecer o senhor. Apenas quero que tenha relações melhores com as pessoas no dia-a-dia, por isso lhe pedi para dar a entrevista.

—Ah, é mesmo? Então com toda a dignidade que o cargo de diretor lhe oferece, responda-me: foi por esse motivo que me pediu para falar com aquela repórter?

—Sim -disse Dumbledore sério, mas logo começou a sorrir.- Para ser sincero, não, meu caro. Aquela mulher me dá nos nervos, então passei a tarefa para o primeiro que vi. Mas o que ela pode ter-lhe dito para deixá-lo nesse estado?

—Não foi nada demais.

—O senhor tem certeza? Se me recordo bem, ouvi-o dizer que foi um assunto um tanto... pessoal.

—Disse isso? Devo ter falado por impulso. Não tenho nada de minha vida pessoal que possa interessar à senhorita Skeeter, até porque não possuo vida pessoal.

—Conte isso para outro, à mim o senhor não engana. Sabe que sempre procuro saber o máximo sobre os meus alunos, com você não foi diferente, Severo. Para o ter deixado nesse estado, aposto que aquela bisbilhoteira mencionou o nome de Lily.

—O quê? Não tem nada haver com Lily -disse Snape em um tom que não convencia.

—Meu caro, quando você nasceu, eu já possuía barbas logas e grisalhas. A minha grande experiência de vida me proporcionou e até hoje me proporciona uma extraordinária percepção à tudo que está à minha volta. Nada deixa o senhor tão aflito quanto o assunto de Lily, não tente negar.

—Não quero falar sobre isso.

—Fingir que o problema não existe só faz aumentá-lo.

—Já disse ao senhor que prefiro não tocar nesse assunto -disse Snape dando as costas a Dumbledore e caminhando em direção à seu quarto, nas masmorras.

Chegando em seus aposentos, Severo deitou-se em sua cama e com um demorado suspiro, fitou o teto de seu quarto.

Aqueles tempos... não sei... eram ruins, mas ao mesmo tempo tão felizes.

Em um devaneio profundo, Snape deixou de encarar um gélido teto e passou a ver um belo bosque. Lá, se viu ainda criança. Sozinho, estava deitado sobre um extenso gramado de cor verde-cana, com os olhos fechados.

—Ai -disse o pequeno Snape ao sentir uma forte pontada do lado de sua barriga.

—Desculpe, estava correndo e não lhe vi, machucou? -disse uma menina de longos cabelos ruivos, aparentemente de sua mesma idade.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!!! Quem quiser ou puder, estou esperando nos comentários as opiniões sobre este primeiro capítulo, tá bom? Abraços!!!



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