Sento-me em uma poltrona que fica ao lado da incubadora, Christian Emotivo Grey, senta ao meu lado, Grace e a enfermeira abrem a incubadora e meu coração dispara.
Cuidadosamente a enfermeira pegua Teddy e me entrega, não sei explicar a sensação, o prazer, o amor ou o carinho que sinto. São um milhão de sentimentos misturados ao mesmo tempo por algo tão pequeno.
Elas me explicam os cuidados que tenho que tomar durante a amamentação e me liberam.
Teddy começa a mamar e lágrimas escorrem pelo meu rosto.
Essa conexão, esse vínculo, isso é inexplicável... Talvez seja amor, e que seja, é amor, é o amor pelo meu bebê. Meu meninho.
Eu o amo, mais que tudo, e não sei explicar isso.
Agora eu entendo o que as pessoas falavam sobre amamentação. É tão diferente, é algo seu e o do seu bebê, um vínculo que ninguém pode quebrar jamais.

—Theodore Raymond Grey. —Digo seu nome e ele para de mamar e me olha.

Isso me surpreende um pouco, mas meu coração se derrete com o sorriso de Ted.

—Parece que o nome foi aprovado. —Grace diz e nós sorrimos.
—Ei garotão... —Christian diz brincando com a mãozinha de Teddy.

Ele continua a mamar e aperta o dedo de Christian que sorri feito bobo.

—Nós amamos você, sabia? Você já é muito amado. —Christian diz e eu sorrio.

Tenho uma sensação, estranha, algo ruim, mas não sei dizer o que é... Mas quando olho para a porta vejo Pheobe me olhar com lágrimas nos olhos... Ela só fica ali parada, e isso me destrói.
Lentamente Pheobe se aproxima, ela dá um sorriso falso que não toca seus olhos e isso me deixa triste e confusa.
Christian percebe também, pois ele não para de olhar para Pheobe.

—Ele é lindo, não é mãe? —Pheobe pergunta com a voz embargada.
—É sim... —Sussurro.
—Os meus padrinhos vão me levar para dormir com eles, ok? —Ela diz fria.
—Pheobe... —Sussurro confusa.
—Por favor, mãe é só hoje, eu vou ficar bem, e você vai poder cuidar do Teddy tranquila, até mesmo porque eu não posso dormir em um hospital, e as minhas avós tem que trabalhar.
—Você pode ficar com o Christian. —Digo calmamente.
—Não, eu não posso. —Pheobe diz olhando para Christian e quase choro. —Eu quero ficar com os meus padrinhos, com o meu padrinho.

Ela diz e eu vejo Christian abaixar o olhar.

—Se é isso que você quer... —Sussurro.
—É sim. —Pheobe diz. —Eu já vou então.
—Não me dá um beijo?

A contragosto Pheobe se aproxima e me dá um beijo rápido na bochecha, depois sai.

—O que ela tem? —Grace pergunta preocupada.
—Ciúmes... —Sussurro.
—O-ou... —Grace diz.

JÁ A NOITE...

Depois de receber a visita de todos meus amigos e familiares, e consegui expulsar Christian para ele ir em casa tomar um banho, eu volto à incubadora para ver Teddy.
Assim que lavo minhas mãos vou até ele. Teddy está dormindo tranquilamente, acaricio seu rostinho e ele abre um sorriso gigante.

—Você é forte, não é meu amor? Muito forte. —Digo sorrindo.
—Ele é tão forte quanto você.

Viro-me e vejo Grace à porta, ela sorri e se aproxima.

—Eu não te encontrei no quarto e imaginei que estivesse aqui.
—Eu vim vê-lo... Só para ter certeza que ele está bem. —Sussurro e abro um sorriso.
—Ele está bem, está se recuperando muito rápido.
—Que bom... —Sussurro.
—Por falar em recuperação, amanhã você recebe alta.

Sinto muito coração se apertar.
Eu não quero deixar meu bebê aqui sozinho.

—Fica calma, se você quiser ainda pode ficar aqui com ele.

Sorrio e me sinto mais aliviada.
Grace tira o celular do bolso e por não ouvir tocá-lo acho que está no vibratório. Ela franze o cenho ao olhar para a tela, mas sai para atender.
Minutos depois uma Grace preocupada volta.

—O que aconteceu? —Pergunto.
—A Pheobe sumiu.