POV - Máah

Havia uma casa linda perto da de Bella, um estilo antigo, mas era grande e bonita, com uma fonte que tinha um anjinho cuspindo água do lado e com uma placa de “Vende-se” na frente. Estávamos realmente com sorte! Descemos e fomos falar com o homem de chapéu estranho que estava recebendo a correspondência.  

-Oi! Viemos comprar a casa.- disse apontando a placa.  -Ah! Desculpe, mas eu sou o novo proprietário, acabei de comprar, e esqueci de tirar a placa.  

-Ah!- disse tristemente, e olhei pra Iza que possuía a mesma expressão, que não durou muito.

 -Vamos procurar outra.- disse Iza animada.  -Ei, tem uma casa a venda próxima daqui! É só seguir essa rua, é fácil de achar, porque é a única por aquele lado.- disse o homem.  Agradecemos e seguimos a rua. Quase não vimos a casa, porque havia algumas  árvores na frente.

 Bom, como poderia descrevê-la, era uma casa pequena, um sobrado, e a entrada cheia de árvores cobriam a rústica entrada de madeira. Parecia uma boa casa pra passar um tempo, não sabíamos quanto tempo iríamos passar no universo de crepúsculo, mas essa servia por enquanto. Havia um senhor de idade na entrada, com uma barbada espessa e branca, e rugas por todo o rosto. Ele nos olhou surpreso, quando chegamos. Não havia nenhuma placa de vende-se, mas o homem do chapéu havia dito que estava então fomos falar com o velho.

 -Poderia nos dizer se esta casa está à venda, senhor?- disse cordialmente. Iza revirou os olhos com tanta formalidade, mas eu ri.  

-Ô moça, a casa ta a venda sim, mas não sei se cêis vão querê uma casa assim. Eu sou o Jeb, e essa casa fui eu mesmo que construí quando era jovem igual ocêis. Mas, se quiserem mesmo, é quatro mil, ou cem por mês.- disse Jeb com um sotaque caipira. Imagino como seria um sotaque caipira em inglês. Deve ser engraçado. Deixei o pensamento de lado, e olhei pra Iza.  

-Nós vamos aluga-la.- disse Iza.  

-Então, tudo bem. Podem se apossar dessa belezura –disse olhando com olhos brilhantes para a casa, que não parecia muito uma “belezura”, mas virou-se e continuou- eu vou hoje mesmo visitar uns parentes, e estarei fora por um tempo, quando vocês voltarem podem me pagar, preciso ir logo, e vocês terão que me pagar um mês adiantado.- estendeu a mão. Iza entregou o dinheiro, e Jeb se despediu e partiu sem mais explicações. Ele era estranho, mas conseguimos uma casa afinal.  

-Conseguimos!- pulei de alegria.  -Ótimo, agora, vamos começar a operação “observando Crepúsculo de perto”!- disse entusiasmada. Comemorei e fomos ver a casa por dentro. O piso rangia freqüentemente, mas a casa era o bastante. Uma sala pequena com um sofá antiquado, uma cozinha pequena com alguns mantimentos, e um quarto com duas camas no andar de cima. Estava tudo bem até que notamos que não havia nenhum banheiro na casa. Procuramos mais pela casa, mas não havia nenhum mesmo.

 -Calma, Mah. Tem que haver um banheiro, impossível existir uma casa sem banheiro.  

-Mas não tem nenhum, já reviramos a casa de cabeça pra baixo!- Pensamos, pensamos até que a Iza lembrou de uma coisa.  

-Mah! Essa casa é antiga, as casas antigas tem o banheiro fora.- disse e saímos correndo ver fora da casa.  E lá estava o W.C. , sempre quis ver um igual daqueles filmes americanos antigos. Era bonitinho e como não estamos mais naquela época, estava mais modernizado, com um espelho quebrado, mas pelo menos tinha um, e com uma pia, além do óbvio. Rimos até cair, mas lembramos que tínhamos coisas a tratar. Voltamos para fora da casa da Bella, espiando com um binóculos que a Iza sempre tinha na bolsa, por algum motivo que não sei, talvez para espiar os gatinhos (hsuas’).