Goldville escrita por ELA_Writers


Capítulo 2
- Primeiro Capítulo.




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      Estavam na sala de aula, era o penúltimo horário.

- Kinha pega. – A menor estendeu uma folha pra loira. Ela pegou e copiou. - Laa me da a sua. – Pediu a morena. Ela entregou uma folha. Laa se sentava no penúltimo lugar, Kinha atrás dela e Dré do lado das duas na última carteira. - Me entreguem! – Pediu a professora. Elas haviam trocado de provas.       - Ér... Calma, eu ainda não terminei. - A morena disse encarando as outras duas meninas. - Não quero saber, entreguem as provas agora ou ganharam zero. - A professora era uma mulher baixinha, que adorava pegar no pé das meninas. Seu nome era Joana, era bunduda e tinha o cabelo vermelho. As amigas a apelidaram de Formiga de Fogo.       - Mas ér... - Kinha até tentou dizer algo, em vão. A professora já havia pego a prova das três garotas e o resto da sala tinha a atenção voltada para as mesmas. - Vamos classe, creio que ainda não terminaram. E as senhoritas já podem sair. - A velha disse com certo desprezo, as meninas arrumaram o material e foram saindo da sala. -Pensem pelo lado positivo. - Começou Laa assim que saíram da sala. - Perdemos o resto da aula da formiga de fogo. - E saiu pulando pelo corredor vazio, fazendo as outras duas rirem.       - Só ela mesmo. - Disse Dré rindo. - Então vamos fazer o que? - Perguntou Laa indo em direção ao pátio vazio da escola sentando-se na grama. - Primeiro, temos que sair da escola sem sermos vistas. - Disse Kinha sentando-se também. - É, minha mãe disse que se tiver que vir na escola de novo, por eu ter fugido me mata. - Respondeu à morena. - A minha já acostumou. - Disse Laa, olhando pro muro. - Pular é a maneira.

 

      - Então nós ajudamos a Laa pular, e depois pulamos. - A morena encarou a loira. - Ótimo, mais vamos agora por que logo já vai bater o sinal. - Ela tirou o celular do bolso olhando o horário. - Mais depois que a gente fugir pra onde vamos? - A menor já estava de pé, passava a mão pela calça pra tirar as folhinhas que grudaram, era outono as folhas das arvores estavam caindo, e tinha aquela leve brisa que bagunçava os seus cabelos.       - Qualquer lugar menos pra casa. - A loira fez o mesmo que Laa, as meninas seguiram pra perto do muro, Kinha e Dré deram as mãos, e a menor colocou o pé por cima tomando impulso e pulou o muro, a outras duas que ficaram pra dentro se apoiaram no portão e logo caíram do outro lado. - Então... Vamos para o nosso refúgio? - Laa olhava as duas amigas com os olhos brilhando. -Vamos, preciso fugir um pouco desse lugar... Dessas pessoas. - A morena disse seriamente, mas, logo sorriu sentindo as amigas a envolverem pela cintura, saíram andando assim, abraçadas e rindo. - Eu quero fugir de mim mesma, como faço? - A menor perguntou coçando a cabeça. - Já tentou virar do avesso? - Perguntou Dré, rindo. Elas seguiram pro seu refúgio, sem pressa de chegar, apenas curtindo a leve brisa que tocava os seus rostos e o som de suas risadas.

 

      Na verdade o "refúgio" era o antigo teatro da cidade, que hoje estava abandonado. Ficava distante do centro da cidade, dando total liberdade pras meninas. A única pessoa que fazia companhia para elas era o segurança, Sr. Marcos. Mais ele deixava as meninas andarem livremente por lá, ouvindo elas brincarem, atuarem, cantarem até se divertia com elas. E às vezes levava um lanche.       - Sr. Marcos, o que tem atrás da porta azul no segundo andar? - Laa perguntou fazendo um biquinho. -Vocês estavam no segundo andar de novo? - Perguntou ele colocando as mãos na cintura e olhando as meninas com um olhar reprovador. - Já disse pra vocês não irem lá! - Talvez se você nos contasse o quê tem lá dentro, não ficaríamos torrando sua paciência.- A morena que estava deitado em cima do palco gritou para o segurança. - Vou fazer o seguinte. - A loira se sentou de frente pro segurança que também estava em cima do palco. - Ou você nos conta o que tem lá dentro, ou eu vou até lá arrombá-la e descobrir por mim própria.       Todos riram,menos Érica. -Hey, é sério, eu preciso saber o que tem lá.- A loira disse chorosa. -É verdade, Sr. Marcos, nós sempre ajudamos o senhor cuidar daqui e o senhor sabe que somos boas meninas.- Laura usava de toda sua meiguice,mas, não impediu de fazer todos rirem novamente. -Está bem.-o homem respirou fundo e pegou uma chave dando na mão de Andressa- Por que vocês mesmas não descobrem?       As garotas se entreolharam e correram para as escadas, subiram rapidamente até o segundo andar, foram caminhando em direção daquela porta azul... Finalmente saberiam o que tinha ali atrás.


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Notas finais do capítulo

Reviews, alimenta as almas das autoras.



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