Poisonous escrita por AleyAutumn


Capítulo 7
Cold bones




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Cold bones

A expressão de Marjorie poderia ser definida como puro tédio, mas ninguém se importava com isso afinal ninguém a via há horas, chegaram até por um breve momento a acreditar que a jovem havia cometido suicídio, mas isso foi logo vetado quando a ouviram xingar toda a família no andar de cima. Jorie estava apenas sentada no tapete fofo com as pernas cruzadas enquanto tentava criar um plano de fuga perfeito, ao longo dos anos aprendera a ser calculista, embora ainda lhe tivesse humanidade de sombra para se sentir afetada pelo o que vinha acontecendo. De nada adiantava entrar em desespero, isso só iria os deixar nervosos. Ela tinha que ter o plano perfeito, um em que nenhum deles a pudesse encontrar, mas para isso ela precisava sair e conhecer a cidade, precisava mapear os locais e desaparecer exatamente como sua antiga amiga fazia... é claro. Até morrer há uma semana atrás.

Jorie estava em caos enquanto pensava, se questionava se sua frieza estava intensa devido ao choque ou a raiva, possivelmente as duas coisas. Ela estava em fúria e nada poderia fazer contra nenhum deles se ainda planejasse ficar viva.

— Eu venho sendo um bom anfitrião, sempre fui Jorie. Me pergunto a cada minuto qual o motivo para tanta fúria, estou aqui perguntando a mim mesmo qual o motivo dessa mudança relacionada a mim, nos demos muito bem quando nos conhecemos amor. Onde está a minha doce e apaixonante Jorie? – ela saltou ao ouvi a voz e se virou vendo Niklaus ao lado dela com as mãos nos bolsos.

— No inferno junto com o maldito Niklaus que aprisionou ela. – resmungou e ele apenas riu se sentando na cama atrás dela passando a mão pelos longos cabelos castanhos.

— Se passasse um pouco de tempo comigo veria que eu não sou tão ruim assim, pelo menos não planejo ser com você. – ele foi sincero mesmo com o tom de deboche, ela teria visto isso se não estivesse tão empenhada em o odiar – Estou sendo bem paciente na realidade, coisa que eu não deveria estar sendo com uma pessoa tão ingrata, não parou pra pensar que talvez eu esteja salvando sua vida?

— Você me sequestrou! Tirou a minha maldita existência e queimou a minha casa e o meu carro! Um mini cooper!- bateu no rosto dele com a nova identidade e o empurrou para trás o fazendo deitar na cama e se afastou bufando – É pelo dinheiro?

— Não Jorie, eu não tinha ideia desse dinheiro. Eu posso te dar quantos mini cooper’s você quiser. Eu a peguei para saber o que você é e o que eu posso fazer om você, eu sou um homem ambicioso minha querida. E se você colaborar nós cresceremos juntos. – ele analisou novamente a identidade – Acredita que você pode sair por ai como uma Albanio? É uma identidade falsa amor. Qual o problema com o meu sobrenome?

— Talvez ele me faça ter problemas mentais com o passar do tempo. Como se seu sobrenome fosse me proteger... já deu pra reparar que você tem muitos amigos. – sussurrou sabendo que Niklaus deveria viver em um mundo sobrenatural louco para acabar com ele e com sua família.

Aos olhos dela ele era odiável, onde estava aquele homem maravilhoso que ela conheceu? O cara divertido, bondoso, curioso? Para Marjorie ele nunca havia existido, porém Niklaus ainda tentava mostrar para ela que esse homem ainda estava lá, entre tudo Jorie era cega. Apenas via as coisas da maneira que bem entendia, distorcendo tudo do e criando a ilusão em sua própria mente de que ele a odiava quando ele ainda não teve nem tempo de agir.

Ele se levantou e a segurou pelo braço com um pouco de força e a olhou por breves segundos com carinho, mas ela apenas registrou o aperto em seu braço e o empurrou com força para longe e ele bufou com raiva em direção a porta e saiu a fechando com força.

— Se você gosta das coisas difíceis é assim que será.- ele gritou do lado de fora e ela suspirou se acalmando.

Jorie ficou por um longo tempo presa no quarto tentando lidar com sua nova vida, era tudo entediante e estressante demais para ela, nunca se sentia segura o bastante. Elijah não saia de casa, Rebekah simplesmente desaparecia por horas, Kol sempre ficava entretido em ouvir música e assistir televisão, isso quando não estava jogando. Niklaus simplesmente saiu as pressas fazendo o maior barulho possível e sumiu sem dizer nada a ninguém, como sempre.

Quando desceu se deparou com Kol no andar de baixo, estava prestes a voltar para o andar de cima quando ele a encarou com curiosidade e apontou sorrindo para o próprio celular enquanto a chamava com a cabeça, ela seguiu para lá temendo um pescoço quebrado se decidisse ir para cima.

— Bate-papo é incrível, é muito  mais fácil achar uma presa deliciosa e sem valor nenhum sabia? É só dizer o quão sua conta bancária é cheia que elas pulam nos seus braços, mulheres e até alguns homens do mundo inteiro. Eu tenho uma na Índia que acha que somos namorados. – ele riu negando com a cabeça – Quando eu for para a Índia a primeira pessoa que vou drenar será ela, onde já se viu confiar em estranhos?

— Digo o mesmo para você, não se passou pela sua cabeça que ela pode ser um homem? – sussurrou e ele fez careta parecendo pensar nisso pela primeira vez, então jogou o celular na mesa e a olhou novamente.

— Me faça um pouco de companhia, estou cansado de ficar sozinho.

Peça para Elijah te fazer companhia seu cretino — pensou enquanto ia em direção a ele, Kol se levantou de sua cadeira e puxou uma ao lado para que ela se sentasse, a jovem o fez sem ao menos o olhar e se surpreendeu ao sentir as mãos dele massagearem seus ombros tensos, ao invés de relaxar ela apenas ficou mais tensa ainda.

— Não fique tão nervosa Jorie, eu não sou tão mal quanto pareço. – ele riu se divertindo com o nervosismo dela – Ninguém é tão cruel, você me deixou nervoso sabe... com toda a sua ingenuidade. Afinal, não estamos todos?- Kol passou o dedo pelo pescoço dela provocando um arrepio – Eu me questiono se você vai me entregar o que eu quero ou se eu irei precisar o tirar à força.

O corpo se encheu de terror e Jorie apenas ficou em silêncio se afundando em sua própria mente tentando o ignorar completamente, fugir para seu lugar seguro onde nada a incomodava, ela não iria gritar ou chorar, sabia que isso o animaria e não resultaria em nada. A morena acreditava poder lidar com aquilo, mas não queria Kol irritado novamente, ele era assustador. Rebekah desceu as escadas fazendo barulho e se deparou com Kol na mesma posição sem se incomodar com a presença da irmã, a loira a encarou notando a expressão neutra da jovem que encarava o ponto a frente onde havia apenas um jornal jogado sobre a mesa pesada de madeira.

— E nós iremos sair? – o questionou com a voz trêmula sentindo que ele baixava o corpo e encostava os lábios na orelha dela.

— Você não é realmente uma prisioneira. – ele sussurrou sorrindo de maneira maliciosa.

— Kol. - Rebekah o repreendeu ganhando um olhar irritado do irmão - Deixe-a em paz. - ordenou se sentando na cadeira de frente a garota - Já me basta Niklaus de cara feia, não preciso de mais disso nessa casa.

— Desculpe-me irmã. - ele se sentou novamente e fitou as duas mulheres, uma delas com a expressão azeda enquanto a outra estava neutra - Só queria uma companhia para o sorvete, mas Jorie parece indisposta. Não é Jorie? - ele estava amando irrita-la.

— Rum. - resmungou baixo - Eu quero tudo, até mesmo ser esfaqueada até a morte... mas não quero ficar perto de você. - rolou os olhos pensando se teria algo de bom para fazer, talvez... descobrir alguma coisa importante sobre eles - Quer dizer que são imortais? – fingiu interesse.

— Contra a velhice sim. - Rebekah sorriu se vangloriando embora ela estivesse pensando em aflorar seu lado materno - E balas, facas...

— Alho não funciona. - Kol riu - Nós somos rápidos, muito rápidos.

— Isso eu sei. - respondeu amarga - O que mais de incrível?

— Saltamos. - Rebekah emendou - Altura não mata, nem falta de oxigênio... essas coisas.

— Vocês comem. - interviu - Se estão mortos, porque comem?

A loira a olhou com uma careta, não se considerava uma morta, mas deixou passar.

— Ajuda com a sede.

Ate agora não haviam chegado a nenhum ponto importante para Jorie, obviamente eles não iriam falar sobre suas fraquezas e ela não iria perguntar por saber que eles não iriam a responder, a morena suspirou irritada. Pescar informações não era tão fácil quanto parecia, ainda mais quando se era um possível lanche.

— Vou para meu quarto. - avisou abandonando a mesa e subiu as pressas.

Rebekah olhou para Kol atentamente que devolveu o olhar da irmã sabendo o discurso que ela faria, ele estava cansado de obedecer as ordens de seus irmãos. Sentia que poderia ser útil como qualquer outro, foi por isso que foi até Nova Zelândia, foi por isso que conseguiu a pista de Sophia.

— É melhor você se comportar, Niklaus está empenhado em descobrir o que essa garota é, então é melhor você não se meter. Não sabemos que tipo de problema ela pode nos trazer. - a loira bronqueou - Já não acha que Nik está se esforçando demais com tudo isso? Tentando bancar o bonzinho e controlado? Se ela não pode ser hipnotizada, nós não devemos tropeçar nas nossas próprias pernas. - Rebekah suspirou.

— Bekah não me diga mais o que fazer. Eu sei como agir. - Kol sorriu duramente para irmã, ele mostraria que estava no controle da situação colocando a garota em seu lugar.

— É bom que saiba. Não estrague tudo.

Não teria nada para estragar se ela estivesse morta..

Rebekah saiu de casa e o moreno se lançou para o andar de cima vendo que ela ainda andava pelos corredores parecendo desnorteada, ele notou pela primeira vez que ela mancava e por várias vezes arrastava a perna com um pouco de dificuldade. Associou isso ao trauma que tivera no acidente, a olhou de novo e quase sentiu compaixão pela jovem, era desagradável ver alguém tão vulnerável, alguém sem chance alguma de escapar. Kol achava gracioso esse necessidade de ser protegida, mas ele não tinha que pensar nisso agora.

O moreno a virou com força e a pegou pelo pescoço a forçando a olhar para ele, Kol tinha as pupilas dilatadas e ofegava enquanto pensava em seus irmãos fazendo com que ele se anestesiasse com a raiva e a olhasse em fúria.

— Não quero que ache que isso é pessoal. Não é. - ele a apertou com mais força - Se eu acreditasse no céu... era para onde eu diria que você iria. - ele riu e ela engasgou ficando vermelha enquanto as lágrimas caiam involuntariamente devido ao aperto brutal - Ninguém deve medir forças com um Mikaelson, mentalmente ou fisicamente. Nem se formos da mesma família. - ele passou a divagar e a olhou.

Kol e lançou com força contra a porta de madeira que se abriu, o corpo da jovem bateu com um baque contra o chão e ela rolou respirando com dificuldade, a visão estava embaçada pela falta de oxigênio e seu peito chiava em busca de ar, a dor na perna a desnorteava completamente a impedindo de sentir o resto de seu corpo dolorido. Jorie se arrastou pelo chão em direção ao banheiro, mas teve sua perna puxada com força provocando-lhe tanta dor que o grito que soltara desnorteou Kol o trazendo de volta para a realidade, porém ele já havia começado e não estava disposto a parar.

Kol a virou para ela e se ajoelhou pegando o pescoço da jovem e a sentando enquanto a segurava, Jorie estava completamente entorpecida com os olhos cravados nos dele.

— O que eu te fiz? - ela sussurrou - Me desculpe se eu fiz algo que não devia.

— Não vai me pedir pra parar? - ele questionou.

— Você não vai parar. - decretou e ele sorriu.

— Apenas quando seu coração não bater mais.

Kol a mordeu com força tentando ser o menos brutal possível e a jovem se sentiu desfalecer, o corpo ficava cada vez mais gelado a medida que seu sangue era drenado, a pele morena ganhara um tom pálido e a pele ao redor dos olhos se arroxeou e então o corpo de Kol foi lançado para longe atingindo a outra parede do quarto. Elijah assumiu seu lugar e a colocou na imensa cama lançando um olhar duro para Kol que apenas encarava o corpo de Jorie quase sem vida, naturalmente ele não se importaria, mas se sentiu incomodado por ter feito isso com alguém tão frágil que se quer tinha uma pobre alma para intervir em sua morte. Alguém completamente sozinha, com uma vida terrível e sem ninguém para.se importar.

O moreno baixou a cabeça reconhecendo que havia passado por cima dos próprios limites e saiu do local esbarrando em Rebekah e Niklaus no corredor que imediatamente entraram no quarto dando de cara com Elijah a olhando preocupado, ele não daria seu sangue a ela, não poderia se arriscar de tal forma, não sabiam ainda o que essa garota era.

— Ela vai viver. - se levantou da cama cruzando os braços e olhando a aparência de morta da garota - E não vai acordar logo. - avisou ao ouvir o coração se esforçar para bater "em seco".

— O que houve aqui? - a voz de Niklaus soou - Eu saio por 6 horas e quando volto minha hóspede está morrendo.

— Kol a atacou. - o moreno avisou lembrando da estupidez do irmão, ele poderia ter morrido.

— O que Jorie fez? - o loiro cutucou a perna machucada dela a olhando com um leve assombro disfarçado, não lhe parecia normal, o pescoço estava inchado e roxo e o ar que entrava e sua respiração parecia bem limitada.

Kol realmente havia tentado a matar sem sombra de dúvidas, mas por quê?

— Tentou fugir? - ele se questionou e Rebekah preferiu ficar em silêncio sobre o comportamento estranho do irmão pela manhã - Quando acordar falarei com ela.

A loira suspirou aliviada por ter evitado uma briga familiar, mas isso não durou muito tempo já que Niklaus irrompeu pela porta irritado indo em direção ao quarto de Kol.

— Kol. - o moreno apenas ergueu a mão e Niklaus o ignorou - O que você fez?

— A mordi. Bati nela.

— Por...?

— Sou louco. - disse com simplicidade se jogando na cama.

Klaus revirou os olhos e suspirou.

— Eu já sei o que veio dizer aqui, se não se importa... saia. - pediu e Niklaus resolveu o escutar, afinal Kol não parecia em seu juízo perfeito, na realidade ele nunca estava nele.

O loiro bufou e seguiu para o próprio quarto sem olhar para o quarto de Jorie. Ela se recuperaria logo.

°°°°°°

Tossiu sentindo os lábios secos e suspirou levando as mãos trêmulas até o rosto se lembrando do episódio terrível, suspirou fechando os olhos cansados se preparando para dormir novamente quando foi desperta pela voz com leve sotaque.

— Se continuar dormindo assim vai acabar morrendo. - a voz suave de Rebekah soou - De fome, sede. - falava lentamente enquanto a avaliava, ela estava péssima, era um milagre que estivesse viva.

A morena ergueu os olhos olhando seu próprio quarto vendo que estava equipado com soro e uma bolsa de sangue que estava ligada em sua veia, estreitou os olhos em direção a Rebekah.

— Não precisamos de exames de monitoração, nossos ouvidos funcionam muito bem. - ela sorriu de maneira agradável despertando a desconfiança mais ainda da jovem - Não vai dizer nada? - rolou os olhos ao perceber a falta de atenção - Me esqueci que ficou muito tempo sem isso. - se levantou enchendo um copo com água e tentou entregar a Jorie, a loira suspirou quando viu que ela não daria conta - Agradeça por não ser Niklaus aqui, ele não tem paciência com fragilidade, apesar de ser um cavalheiro.  As vezes.

Ela apoiou a cabeça de Jorie que bebeu rapidamente a água oferecida pela loira sentindo seu corpo se renovar embora ainda parecesse dormente, olhou para as próprias pernas assim que foi deitada novamente e se lembrou da dor. Onde ela estava?

— Você dormiu por quatro dias. - explicou rapidamente - Pensamos em colocar uma sonda... mas sabe, eu não gosto daquilo.

— Ninguém gosta. Até mesmo quem precisa. - sussurrou.

— Ok, eu entendi a deixa. É para ficar calada. - riu de si mesma - Como consegue ficar trancada aqui o tempo inteiro? - passou a mexer na bolsa dela.

— Eu tenho escolha?

— Não é uma prisioneira. Não fugindo ou coisa parecida... pode ir à qualquer canto de Mystic, te acharemos com facilidade.

Jorie pensou por um breve momento, talvez não achassem. Eles frisavam tanto isso que não pareciam seguros de si a respeito disso, era algo que ela precisava explorar. E sem medo.

— Verei isso depois. - sussurrou,

— Poderei te acompanhar, levar até alguns locais, também ando precisando de um pouco de companhia.

Rebekah a tratava bem por saber que não poderia a hipnotizar, ela via Jorie como a solução de seus problemas de tédio intenso. Isso se a garota não ficasse retraída o tempo inteiro.

— Você sente dor?- questionou quando ela se sentou.

— Não.

— Poderíamos tentar te curar disso. - apontou para a perna dela - Mas não tenho certeza sobre isso, talvez você morra ao beber nosso sangue.

— Seu sangue?

— É o que cura. Transforma. - isso foi uma informação e tanto para ela - Se não doer vamos sair um pouco. Isso não é um pedido.

Jorie se levantou sentindo o corpo fraco e Rebekah sumiu a deixando sozinha.

— Me perdoe. - Elijah se fez presente.

— Nada que eu não possa lidar. - tocou o pescoço dolorido.

— Kol é descontrolado. Não posso te tirar daqui ainda, mas posso te ensinar a conviver com eles. - sorriu carinhosamente e ela correspondeu se aproximando e o abraçando sendo correspondida imediatamente.

— Eu vou saber me virar, admito que também estou curiosa, mas e se eu não for especial como ele acha? - ela o olhou perdida se repreendendo por estar tão hipnotizada por ele - Eu vou morrer?

Elijah suspirou, ele tinha medo de tentar controlar Niklaus e o loiro reagir de forma contrária, as chances disso acontecer eram imensas. Ele ainda estava muito comportado o que de certa forma aliviava muito o moreno sabendo que ele não considerava a garota um problema ou uma inimiga. Muito pelo contrário, ele a considerava uma amiga só pelo fato de não ter ouvido os gritos histéricos da jovem, isso era um absurdo na visão de Elijah. Niklaus era realmente muito estranho.

— Eu duvido muito. Não provoque a fúria nele.

Jorie via Elijah com carinho, mas tinha a impressão que todos daquela família eram seus inimigos. E percebeu que estava sendo mais do que boba, eles a manipularam desde o início, desde que a conheceram até terem o que queriam. E então depois tentaram se livrar dela como se fosse algo descartável, isso a machucou.

Cega. Jorie sempre seria cega e a maior prova disso era o fato de não ter se importado com o fato de Elijah ter feito isso, ela ainda o via como um apoio e mal sabia que isso era o que acabaria com ela dentro daquela casa. Ela estava se escondendo atrás de alguém que apenas sentia culpa e curiosidade, não atrás de uma pessoa que se importava com ela. Mas ela perceberia isso tarde demais, não sabia, mas de forma inconsciente... o homem que ela tanto confiava era seu pior inimigo pois seu cuidado a levava para o buraco e a tornava completamente dependente de alguém.


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Notas finais do capítulo

Mil perdões pela demora. Me mudei na segunda feira e já havíamos contratado uma empresa para a internet, no fim desistimos pelo sinal ser muito fraco onde moro, então contratamos outra empresa e são dias e dias para esperar vir trocar o roteador que nós já temos aqui - só que muito fraco para a quantidade de pessoas que partilha da mesma internet - 14 dias, sim... isso tudo para esperar um vaga. - não ainda não trocamos - Fora que ainda estamos arrumando as coisas da mudança e estamos reformando toooooooda a casa. Então tempo se tornou problema.



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