Eu não Amo Chuck Bass escrita por Neline


Capítulo 34
Inimigos em comum


Notas iniciais do capítulo

Então... falo com vocês na nota final.

Enjoy ;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67583/chapter/34

- Não, papai, eu não quero escutar. - Eu falei, tentando sair da sala de jantar.

- Filha, eu vim assim que pude. - Ele tentou se explicar, mas eu apenas ignorei. 

- Quando pode? É claro, visitar um morto que você mal conhecia era bem mais importante do que ver a sua própria filha, a qual você trocou por outro homem! - Gritei, fazendo ele recuar um passo. Poderia ter dito mais do que deveria, mas quem se importa?

- Blair... - Elizabeth começou, mas eu a interrompi.

- Senhorita Blair, para você. Ou melhor, Senhorita Waldorf. - Meu pai me olhou severamente, mas eu não mudei uma palavra do que havia falado.

- A questão é: eu precisava fazer a minha obrigação com Bart, e seu pai teve a gentileza de me acompanhar. - Senti cada mililitro do meu sangue ferver.

- E a obrigação do meu pai com a filha dele, ou melhor, e a sua obrigação com o seu filho? enquanto você estava no seu lindo conto de fadas com o gay recém convertido pela princesa poderosa, seu filho estava drogado em um beco sujo. Parabéns, parece que a sua lista de obrigações não foi organizada por prioridades.  - Eu disse, saindo dramaticamente, enquanto subia as escadas e finalizava com um bater de porta estrondoso.

Estava lá, fechada no quarto, debaixo do meu magnífico edredom assistindo alguns episódios gravados de Sex and the City, quando ouvi meu celular tocar. Evitei atende-lo, até o último segundo, pois esticar meu braço para fora da coberta era um movimento indesejável naquele momento. Mas o toque acabou tão irritante, que peguei o celular do criado-mudo, vendo o Chuck Bass no visor. Atendi, inconscientemente ansiosa.

- Bass. Pode me dar um bom motivo para estar me incomodando em um sábado? - Eu disse logo depois que coloquei o telefone contra o ouvido.

É tão bom perceber que você está bem humorada. - Ele gargalhou. - Percebo que interrompi algo. O que você estava assistindo? Bonequinha de Luxo, Sex and the City ou Project Runnaway? - Bufei.

- Escute Bass, fale logo o que você quer, já que eu duvido que está ligando apenas para tornar meu sábado desagradável. - Me sentei, não suportando mais ficar deitada. O meu edredom, antes confortávelmente quente, se tornou uma sauna de uma hora para outra.

Você tem razão, por mais que tornar seu fim de semana um inferno seja uma ideia tentadora. - Revirei os olhos. - Creio que temos um inimigo em comum. Alguém que queremos ver exilado de Manhattan o quanto antes. - Franzi o cenho.

- A unica inimiga declarada que tenho no momento é Ashley, mas creio que ser uma vadia já exilou o suficiente. - Falei mirando minhas unhas.

Estou falando de Elizabeth. - Certo, agora fiquei ainda mais confusa.

- E por que diabos de motivo você exilaria sua própria mãe? - Perguntei, já alterada. Afinal, ele queria me tirar do sério? Se fosse aquilo, estava conseguindo.

Eu não tenho mãe. Evelyn morreu no meu parto. - Ele respondeu em um tom categórico.

- Mas o exame de DNA, ele... - Fui interrompida.

Não interessa se o sangue dela é o mesmo do meu. Eu não tenho mãe há 21 anos, não preciso de uma agora. - Suspirei, entendo o ponto. Ele não queria ter a mãe por perto.

- Você tem certeza? - Ele bufou.

Você costumava ser mais prática quando o assunto eram quedas de inimigos seus. - Ele disse me desarmando.

- Algum plano, ou vou ter que fazer tudo sozinha? - Ele gargalhou novamente.

Precisamos dar um motivo para ela sair da cidade. - Me levantei, abrindo o closet e começando a escolher uma roupa, enquanto equilibrava o celular entre o ouvido e o ombro. Aparentemente meu sábado tranquilo ia ser substituído por uma armação para mandar a minha ex-sogra atual namorada do meu pai ex-gay.

- Video de sexo? Ação comprometedora? - Ah, esse vestido deve servir.

Estive pensando nisso. Alguma fonte que pode conseguir? - Minha mente começou a projetar um nomem piscante que não me deixou muito feliz. Infelizmente, era funcional.

- Um podre adormecido de uma quase-Bass? Acho que tenho a resposta. Mas ela não lhe agradará. - O silêncio se fez do outro lado da linha.

Estou esperando. - Suspirei.

- Jack Bass. - Esperei silenciosamente a reação do Chuck.

Não vou ir rastejando para o crápula do Jack. Esqueça. - Bufei.

- Eu ligo para ele, e você negocia. - Propus rispidamente. 

Eu não tenho nem ideia se ele está vivo. Espero que não. - Mordi o lábio inferior.

- Eu ligo para ele. posso até participar das negociações para evitar um homicídio. Afinal, você quer ou não ver Elizabeth fora da cidade?

-  Marque o horário e me ligue depois. - Desliguei o telefone, jogando ele sobre a cama.

Me vesti e desci as escadas. Da minha bolsa, peguei o celular, procurando na agenda o número do Jack. Liguei, esperando que ele atendesse.

Olá, linda. - Bufei.

- Nada de gracinhas, Jack. Preciso falar com você. - Disse impaciente;

É claro. Todas as mulheres precisam. - Parei por um momento, tentando descobrir como ele conseguia ser tão irritante. Não cheguei a uma conclusão plausível.

- Negócios, Bass. Seu arquivo de materiais para chantagem continua intacto? 

É claro. Precisa de algo contra quem? - Sorri.

- Preciso de algo de alguém em especial. Elizabeth... mas você deve conhecer ela como Evelyn. A mãe do Chuck. - Arrumei meu vestido antes de sair pela porta. Ele ficou em silêncio, provavelmente raciocinando.

A sogrinha não aprovou seu namoro com meu sobrinho? - Revirei os olhos de novo.

- Eu já falei Jack, sem gracinhas. O que você tem e quando pode me trazer? 

Eu estou perto de Nova York agora, estarei ai amanhã. Mas que fique claro que não faço favores. - Ele falou com seu tom pretencioso de sempre.

- Negociamos o preço quando chegar. - Respondi.

Bom falar com você Waldorf. - Não consegui deixar de sorrir.

- É uma pena não poder dizer o mesmo. - Eu falei, fechando o celular e discando o número do Chuck logo em seguida.

Wow, serviço rápido. - Chuck falou assim que atendeu.

- Ele estará aqui amanhã. Prepare toda a sua lábia e veja quanto tem disponível no banco: vai ser uma negociação difícil.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Enfim, eu sei que atrasei muito esse capitulo, e estou postando com dor de cabeça mas... quero agradecer as últimas reviews, aos emails que alguns me mandaram e a mensagem que a Annah_Hale me deixou, que me encheu de animo para continuar. Estou tentando montar um calendário de posts, mas é fim de ano, fim das aulas. Não preciso de notas mas mesmo assim fico atolada, então se puderem ser compreensivos eu agradeço.

Então. gostaram? Será que Jack Bass vai incendiar a relação da Blair e do Chuck de uma vez?

Mereço reviews ou os dedinhos vão cair?

XOXO, Neli ;*