Eu não Amo Chuck Bass escrita por Neline


Capítulo 17
Velhos hábitos, velhos dramas.


Notas iniciais do capítulo

Hey! Desculpem a demora! Espero que gostem ;*



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http://www.youtube.com/watch?v=I7u1A5V8NcU || Apologize - Timbaland

 

Chuck Bass

 

Acordei com a conhecida sensação de ter alguém dançando sobre a minha cabeça. Abri os olhos lentamente esperando que a noite passada tivesse sido um pesadelo. Passei a mão sobre o criado mudo. Lá estavam os papéis que eu consegui, do DNA. Droga! Seitei-me na cama e pensei. Blair... ela não podia ter feito isso comigo. Deveria ter me contado. Mesmo que eu me decepcionasse depois. Ela não tinha o direito de me esconder. Eu passei a vida acreditando que matei minha mãe, se tem uma mínima possibilidade de isso não ter acontecido, eu mereço saber. Eu não me lembrava exatamente o que eu tinha feito depois que fui na casa dela. Eu lembro dos gritos e vagamente dos olhos dela embaraçados por lágrimas. Será que eu... será que eu agredi ela? Fisicamente? Não, eu não faria isso. Ou faria?

 

Tomei um banho rápido, sentindo falta dela comigo. Que porra, por que tudo tem que ser tão complicado? Me vesti e peguei o celular. Será que... eu deveria ligar pra ela? Mesmo depois de tudo, deveria ser  idiotice sentir falta dela. Mas o que eu iria dizer? “Oi, me desculpe pelo o que eu não tenho certeza se eu fiz.” Não. Peguei minha carteira e resolvi ir até lá. Entre na limusine e partimos. Mas antes, parei em uma floricultura e peguei algumas peônias. É.

 

- Eu preciso falar com a Blair. – Disse quando alguém atendeu o interfone.

- Ela não pode falar agora senhor Bass. – Reconheci a voz de Dorota e suspirei aliviado. Seria fácil fazer ela me deixar entrar.

- Dorota, não interessa a desculpa que ela inventou, eu preciso falar com ela! – Praticamente berrei no interfone.

- Me desculpe Sr. Chuck. O senhor sabe que geralmente dou a favor de vocês. Mas ontem... ontem o senhor realmente passou dos limites. Se eu não tivesse impedido, provavelmente teria agredido a senhorita Blair. Desculpe, o senhor foi longe demais. – Ela impediu... então eu... eu não agredi a Blair. Graças a... a... Jonny Deep?

- Espere, espere eu... – ela me interrompeu.

- É tarde de mais para se desculpar. – Ela desligou. Droga! Comecei a tocar o interfone insistentemente.

 

http://www.youtube.com/watch?v=Ep8lCOXjnXI || Whatcha say - Jason Derulo

 

- Não desligue até eu terminar por favor. – Eu disse. Estava disposto a convencer Dorota de me deixar entrar.  – Eu sei que eu errei, eu não queria ter feito aquilo! Eu estava bêbado e eu realmente amo a Blair, é por isso que eu quero falar com ela, então por favor abra essa porra de portão antes que eu o derrube. – Silêncio tenso.

- Entre Bass. – Aquela voz não era da Dorota...

 

 

Blair Waldorf

 

 

Caminhei bem mais calma até a sala. Esperava que meus olhos não denunciassem a noite mal dormida. Por que? Por que ele tinha que me fazer sentir... isso. Que droga! Por que ele tinha que ser assim?

 

- Bom dia. – Ele disse com um semblante triste, mas um meio sorriso no rosto.

- Não acredito que seja. – Disse ríspida enquanto me sentava.

- Escute... eu sei que ontem falei coisas que não devia, mas eu estava bêbado e... – resolvi interromper

- Dizem que as pessoas falam o que pensam quando estão bêbadas. – Eu disse fria, fitando minhas unhas e controlando meu pé para que parasse de bater insistentemente no chão, fazendo um barulho totalmente irritante.

- Eu já pedi desculpas. E você também não é nenhuma santa puritana nessa história. Você, de uma maneira ou de outra também me traiu, Não queira virar a vitima da história. Além do mais... Acho que vou ficar estéreo depois do chute que você me deu ontem. – Ele me disse com um pequeno sorriso. Um sorriso brotou nos meus lábios.

- Você disse que não tinha como confiar em mim. Não existe relacionamento sem confiança. – Eu disse decidida, fazendo um grande sorriso surgir nos lábios dele. Ele se aproximou e em um movimento rápido ele se colocou atrás de mim. Uma mão segurava minha cintura e outra a minha mão ao lado do corpo, enquanto seu nariz roçava meu pescoço lentamente, fazendo com que um arrepio subisse pelo meu corpo.

- Nós não temos várias coisas que um relacionamento precisa ter. – Ele beijou meu pescoço. – Mas em compensação... – Outro beijo lento foi depositado no meu pescoço. – Temos outras coisas se sobra... – Inevitavelmente, tombei a cabeça para o lado oposto da onde sua boca pousava agora, e aos poucos fui retomando consciência, tirando as mãos dele que já estavam na minha blusa e me virando com uma expressão mais séria.

- Não adianta Chuck, nada vai apagar o que você fez ontem por enquanto. -  Eu disse dando ênfase as ultimas palavras mais isso não pareceu deixa-lo mais feliz.

- Então é isso? Vai deixar tudo por que eu gritei com você quando estava bêbado? Se alguém deveria estar puto aqui, esse alguém sou eu! Foi você que armou pelas minhas costas! – Ela parecia meio indignado. Eu queria começar a repreendê-lo por gritar novamente e por me culpar novamente, mas ao invés disso, resolvi irritar o Sr. Estressadinho um pouquinha mais. Me virei para a fruteira e peguei uma maça, mordendo-a e dando as costas.

- Bom falar com você Bass. – E subi lentamente para o meu quarto

 

 

 

Meu domingo passou sem maiores acontecimentos. S. disse que devido a intromissão de Chuck, o laboratório poderá entregar os resultados apenas daqui 2 dias. Não falei mais com o Chuck. O que me deixou verdadeiramente decepcionada. Qual é, eu esperava que ele corresse atrás. Só um pouquinho. Por acaso isso é pecado, é? Não. Estendi a mão ao criado mudo quando ouvi o celular tocar, imaginando ser o Chuck, mas para minha surpresa... ou não...

 

Olá crianças! Dizem que vícios são para sempre. Parece que quase tivemos um caso de violência doméstica aqui em Manhattan, não é B.?” Tudo culpa sua, vadia. Pensei. “Acabamos de descobrir porque o Chuck prefere se trancar quando bebe demais... Ele fica meio violento. Bem, ao menos isso foi o que eu ouvi falar. Mas parece que nossa Queen sabe se defender. E para quem imaginou que nossa querida B. ia se render aos argumentos de Chuck... parece que errou. Blair não apenas ficou firme em sua decisão, mas ainda voltou com sua melhor pose de superior e pisoteou C. Isso explica o porque de ele ter sido...

 

Flagrado: Chuck saindo do famoso Victrola de gravata torta e cabelo desalinhado. Parece que seu domingo foi melhor do que o da B., certo C.?

 

Bem queridos, fica a lição: nada dura tempo demais, muito menos depressão em Nova York.

 

Vocês sabem que me amam.

XOXO. Gossip Girl.

 

Respirei pesadamente ou perceber como meu domingo estava uma verdadeira merda. Na cama com duas caixas de chocolate assistindo Bonequinha de Luxo, enquanto o Chuck se esbaldava no Victrola com alguma mocréia. Ótimo Blair, jogue sua boa forma no lixo por um idiota! Me senti completamente culpada pelas duas caixas de chocolate. Me vesti casualmente com uma roupa confortável e sai de casal. O Central Park me acalmava.

 

Fui até o Central Park e caminhei lentamente pela arvores. Ouvi meu celular tocar e o apanhei rapidamente da bolsa.

 

- B.? B.! É a S. Eu estou com um problema. Ou melhor, eu estou com um grande e imensurável problema! Na verdade, todos estamos com um problema. – Ela falou em um único fôlego e eu segurei o riso enquanto ouvia alguns muxoxos do outro lado do linha.

- Fala logo S. Não quero ter um problema sem saber qual é. – Eu disse, esperando ouvir risadas, mas ouvi apenas um pesado suspiro.

- Nate sofreu um acidente. – Eu fiquei muda por alguns segundos tentando digerir a noticia. – Blair, está ai?! – Ela gritou.

- Estou. O que aconteceu? Onde vocês estão? Quando foi isso? – Fiz todas as perguntas calmente enquanto chama algum taxi.

- Ele estava com o motorista e um bêbado, idiota em alta velocidade atingiu o carro. A única coisa que o motorista consegui fazer foi virar o carro para que não acertasse em cheio onde ele e o Nate estavam. Estamos no hospital, eu e o Chuck. Ele não fala muito e não está comigo. Isso foi há uma hora atrás aproximadamente. Blair, eu preciso de você aqui. – Entrei em um taxi aceitando o fato de que ela não era a única que precisava de mim.

 

Entrei o hospital com a cabeça cheia. Estava demorando mais do que o normal para assimilar tudo. Mas vi algo que me machucou demais. Mais do que deveria. Chuck, na recepção. Eu imaginei que ele estivesse se agarrando com alguma enfermeira em uma maca vazia, mas acho que ver uma cena como aquela deveria ser menos doloroso do que o que eu via agora. Chuck estava sentando com o rosto mergulhado em lágrimas e os olhos vermelhos. Tentei me controlar, mas minhas pernas já iam involuntariamente ao seu encontro. Talvez ele quisesse ficar sozinho. Mas eu não conseguiria sair. Me aproximei tendo noção de que ele não sabia que eu estava ali.

 

- Quer ficar sozinho? – Eu pedi, um pouco receosa. Ele não me olhou. Apenas negou com a cabeça enquanto eu sentava-me ao seu lado. E em um gesto único, passei meus braços em volta dos seus ombros vendo uma reação espantada na sua face. Sorri levemente. Não estava sendo fácil para mim. Eu conhecia o Nate há anos. Ele foi meu primeiro amor. Meu primeiro namorado. E hoje ele não deixava de ser meu melhor amigo. Mas eu tinha que ser forte. Sabia que esse situação lembrava o que Chuck passou com o pai, e que Serena sempre seria apaixonada pelo Nate. Alguém tinha que se manter forte ali.  – Vai ficar tudo bem. – Eu disse sentindo seus rosto de afundar entre meu pescoço e meu ombro, e sentindo algumas lágrimas escorrerem ali.

- Agora eu acredito nisso. – Ele disse me olhando fixamente com um sorriso aliviado no rosto, porém um olhar não tão aliviado assim.

 

Chuck Bass

 

 

Tentei controlar as lágrimas. Não queria que a Blair tivesse me visto assim, chorando igual à um fraco. Mas eram coisas demais na minha cabeça. Primeiro foi o meu pai, então, de repente, eu percebi que estava sozinho. Mas ela me tirou do fundo do poço. E eu aceitei. Mas o idiota tinha que acabar com tudo. Tinha que fazer merda. Então eu tive todo aquele lance do ciúmes, do sequestro, do acidente, do medo de perder a única pessoa que conseguia tirar um pouco da minha dor. Então, eu volto com ela. Do nada, vem a possibilidade da minha mãe estar vida. E eu erro de novo. E do nada, posso perder o Nate. Aquilo machucava. Mas talvez fique tudo bem. Porque ela está aqui.

 

- Vocês estão pelo Sr. Archibald? – Um homem de jaleco branco pediu. Acenti com a cabeça curioso. – Tenho noticias para vocês.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Próximo cap vai vir mais rápido, ok? Eu juro!

Gente, deixem reviews, pois o número caiu consideravelmente. O próximo cap vai ter surpresas, acho que vocês vão gostar bastante.

Sugestões? Reclamações? Elogios?

XOXO. Neli ;*