As Sombras de Um Amor escrita por karol_kinomoto


Capítulo 11
O Presente é o que importa


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu de novo, depois de mil anos heim... Minha faculdade está em greve, decidi sentar minha bunda na cadeira e atualizar minhas fics, e como não poderia deixar de ser, " As sombras de um Amor" tinha que ser atualizada, porque geralmente eu tenho ideias pra ela... =DDD
Quero agradecer a todos que leem e comentam a fic, esse capitulo é totalmente dedicado a vocês.



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Capitulo 11: O presente  é o que importa


-Mais que merda!

Touya parou as leituras de suas notas de aula para observar o xingamento que Tomoyo proferia aos exercicios que resolvia. Ele ainda ponderou que talvez fosse parte de sua imaginação ter ouvido tais palavras vindas da boca dela.

- Espera ai... Você acabou de proferir um xingamento? – Ele perguntou surpreso.

- Eu creio que sim. Talvez eu esteja passando tempo demais com você. – Tomoyo mostrou o exercício de química pra ele. – Eu simplesmente não estou entendendo isso. Você poderia me ajudar?

- Nós falamos sobre isso na aula. Cadê suas anotações?

- Na minha bolsa. – Ela se dirigiu ao sofá para pegá-las. – Você vai fazer um teste sobre isso? Porque se não vai, eu nem vou me preocupar.

- Sabes que eu não posso te dizer isso. Não seria justo.

- Aah, mas então qual é a vantagem de namorar com o professor? – Ela suspirou frustrada, mas não perdendo o tom engraçado.

Ele tentou não rir da situação, ajeitou seus papeis em cima da mesa. – Vem cá, que eu vou te mostrar. – A menina cruzou os braços na frente dos seios de forma petulante, e sentou-se no sofá. – Oh, vem cá, Tomoyo. Você não está nem chateada.

Não, realmente ela não estava, mas ela estava disposta a manter a pose o máximo que conseguisse. Apesar de que ele não estava acreditando nem um pouco nela, e o olhar que ele lhe lançava era prova suficiente disso. Tinha que haver um jeito de ela sair por cima.

- Se eu te beijar, você me conta se teremos teste amanhã? – Ela perguntou em tom sarcástico.

O espaço entre eles imediatamente desapareceu, quando Touya se sentou ao lado dela no sofá.

- Vamos descobrir. – Ela ainda abriu a boca, fazendo menção em dizer que estava apenas o provocando, mas as palavras se perderam perante o beijo.

Tomoyo ficou em choque diante do beijo repentino que mal conseguiu se mover. Ele estava se vingando da piadinha dela, e... Caramba, ele tinha feito um bom trabalho. Ele a beijava com vontade, rápido, de forma exigente. Mas com o tempo foi suavizando, e ela se viu respondendo ao carinho. Os dedos deles faziam movimentos circulares no pescoço dela, e as vezes, adentravam os cabelos. E ela tinha certeza que tinha perdido esse round.

O beijo cessou e ele estudou as feições dela, ponderando sobre algo.

- Não, eu não irei te falar se vai ou não ter teste amanhã.

Ela teria gargalhado se não estivesse com o coração disparado. Até o momento, o dia de “estudo/namoro” tinha sido mais “estudo” do que “namoro”, e já era hora disso mudar. Talvez, ele não tivesse a intenção de começar nada, mas agora tinha começado, ela não queria parar.

Ela o estava encarando. Ele não tinha tido a intenção de beijá-la daquele jeito, com tanto desejo envolvido. E foi até por isso que ele freou a situação. Ele sabia que estava chegando ao limite, mas ele esquecia-se o quão limitada eram as experiências dela.

Ele tendia a esquecer de muitas coisas quando estava com ela. “ Mas o que se passava na cabeça dela? A gente estava só brincando, certo? Eu deveria…

Ele perdeu a linha de raciocinio quando sentiu os lábios dela encostarem mais uma vez aos seus, ela o imprensou no sofá e o envolveu pelos ombros. O beijo era urgente. Mas ele insistia em dizer para si mesmo que era apenas um beijo. Ele a envolveu pela cintura e deixou-se conduzir pela sedução inocente que ela lhe impunha.

Era uma ação espontânea. Ela raramente tomava a iniciativa de um beijo, sempre esperando que ele começasse. Mas agora ela estava mais confiante, mais corajosa, fato esse evidenciado quando ela envolveu os dedos nos cabelos castanhos dele e puxava delicadamente enquanto o maltratava com... inocência?!

"É só um beijo.Um beijo simples." Ele tentava se convencer. Mas ele sabia que era muito mais, muito mais complicado. Ele não queria admitir que os sentimentos dele, nas ultimas semanas estavam ficando fora de controle. Toda vez que ele a beijava, ele sempre queria mais. Toda vez que a tinha em seus braços, achava cada vez mais difícil soltá-la. Ele nunca havia sentido um desejo tão grande de tocar alguém. Era como se ele estivesse se assegurando de que aquilo era real, mas não só isso. Ele simplesmente adorava tocá-la. E muito.

Quando ele estava com ela, ele não queria saber de nada mais. Eles estavam se divertindo tanto ultimamente, e ele estava tentando apenas viver o momento, apesar de nunca ter sido muito bom nisso.

A excitação inicial e a novidade da situação tomaram o lugar da realidade que os envolvia. E às vezes, ele pensava que nunca daria certo, e era um martírio pensar que a cada encontro, poderia ser a ultima vez, mas ai ela ria e o provocava, e tudo parecia certo.

E sempre era ruim quando ele estava só, porque seus medos e dúvidas tomavam conta, e não haviam as brincadeiras e nem ela para esvair esses pensamentos.

Os pensamentos começavam a dominá-lo agora, e ele se esforçava para afastá-los. Ele a apertou mais em seus braços e forçou mais o beijo, numa tentativa desesperada de esquecer seus receios. Mas ele não conseguia. Então tentou mais e mais.

Nunca havia sido desse jeito. Os beijos que compartilhavam sempre eram doces e amáveis, mas esse era diferente. E era algo profundo, muito mais profundo, como se ele estivesse tentando se convencer de algo, procurando na boca dela as respostas.

Ela podia escutar as batidas do coração dele, como se estivesse prestes a explodir, e ele podia sentir o perfume dela a intoxicá-lo. E Tomoyo se questionou se havia mais coisas a descobrir. Não saberia se daria conta de lidar com tantos sentimentos, mas queria descobrir.

E ela sentiu quando as mãos dele deixaram seu pescoço e começaram a passear pela costa, e em seguida acariciaram os ombros femininos. Não havia a gravata para impedir que ele alcançasse de maneira mais fácil o primeiro botão da blusa branca do colégio dela. E  ele partiu para o segundo botão.

  Ele tinha aberto os dois primeiros botões da blusa dela, formando um decote em V naquela blusa que supostamente deveria ser tão virginal. Os beijos desceram para o pescoço, e desceram um pouco mais, e a menina inconscientemente jogou a cabeça ligeiramente para trás, como se permitisse toda aquela ousadia.

Aquele contato todo fez com que o perfume da menina ficasse ainda mais impregnado nas narinas dele, e ele tentou se concentrar na essência floral. Apenas nisso. Ah, e no quão macio era aquele pedaço de pele exposto.

Ela se sentia quente, muito quente, e a sensação parecia aumentar ao passo que ele abria mais um botão de sua blusa. Mas o pequeno barulho, imperceptível para a maioria, do botão sendo aberto, fez com que Touya paracesse abruptamente. Levantando rapidamente do sofá e começando a caminhar nervosamente pela sala. Ele respirava pesado, tentando se controlar, passava as mãos no cabelo, não acreditando no que tinha feito. E então ele a encarou.

As bochechas dela estavam em um tom rosado, mas não de embaraço. Ela adorava sentir a boca dele contra a pele dela, e apesar de saber que deveria ter vergonha de seu comportamento, ela só estava arrependida de não terem continuado.

- Qual o problema? – Ela perguntou, e meramente reconheceu sua voz, que parecia mais pesada e densa.

Ele suspirou pesado, frustrado consigo mesmo mais do que com qualquer outra coisa. “ O que é que estava acontecendo, aonde ele estava com a cabeça? Como se as coisas já não fossem complicadas o suficiente.” – Me desculpe, eu não tive a intenção de deixar isso acontecer.

Mas não era aquilo que o estava incomodando. Bem, talvez também fosse, mas não era a razão principal. Ela pôde ver nos olhos dele, quando a encarou.

- Não estou perguntando sobre isso. Qual é o problema. Touya?

Ele se dirigiu a sua mesa de estudos, e sentou-se na cadeira, cruzando as pernas de maneira a demonstrar todo o seu incomodo com a situação.

- Eu não sei se posso fazer isso. – Ele respondeu calmamente.

- Fazer o que exatamente? – Ela tinha a sensação de saber do que ele estava falando. Não era sobre os beijos de agora. Era sobre tudo o que estava acontecendo com eles.

Como ele iria explicar? Tudo estava indo tão bem, apesar de ele estar confuso, tentava ignorar suas duvidas. Mas depois do que acontecera, ele teria que encarar. – Eu não posso me envolver em outra relação que esteja destinada ao fracasso. – O tom de sua voz, era ainda mais calmo, dessa vez. – Nós não devemos ficar juntos. Não é certo. Nós temos que parar, antes que eu te machuque. – E antes que ele fizesse algo muito estúpido, como se apaixonar por ela ( bobinho hahaha).

- Por que você está me dizendo isso agora? Pensei que iriamos tentar. Está dando certo.

- Eu pensei que nós pudéssemos fazer dar certo, eu quero que dê certo. Mas é como se fosse uma maldição sobre mim. Eu me envolvo com alguém que não deveria, e acabo sozinho, machucado. Eu deveria ter te dito isso antes.

Ele estava errado, e se ela conseguisse entender o porquê dele pensar assim, ela conseguiria mostrar a ele seu engano. – Você quer conversar sobre isso? – Ela perguntou docemente.

A verdade é que ele não queria, mas deveria. Ele passou a mão pelo cabelo, e preparou-se para contar a ela uma versão vaga e abreviada de seu passado, porque seria a única maneira de fazê-la entender o porquê daquele relacionamento deles estar fadado ao fracasso. – Pelo menos Kaho tinha uma oportunidade tremenda na vida, mesmo que tivesse que estar distante de mim. O que eu deveria fazer? Mas, com o Yuki... foi uma ideia estupida, desde o inicio, certo?

Ela o escutava, e talvez devesse sentir ciúmes, sabendo de todos aqueles que tinham tido alguma importância na vida dele, mas ela não sentiu. Ela tinha que ser consciente sobre a questão. As experiências dele construíram o que ele era hoje. E se ele estava confuso e preocupado com isso, e principalmente se estava comparando o que tinham atualmente com o passado, é porque esse relacionamento deles tinha importância.

Ele já havia feito tanto por ela, e ela se perguntou se ao menos ele sabia disso. Há apenas alguns meses atrás, quando as aulas recomeçaram, e ela estava com problemas demais em lidar com a vida, e com a maneira que seus amigos a estavam deixando pra trás, com as cobranças que sua mãe lhe fazia para o futuro. E ela se sentia completamente só. Ele aparecera e começara a preencher os vazios. Do jeito dele, ele foi curando as feridas abertas, fazendo-a encarar o sentido da vida de outra maneira. Ela não tinha ideia de que em que momento em especifico, ele se tornara um grande amigo, mas sabia que ele tinha sido de grande ajuda quando ela precisou. Não foi como se seus problemas desapareceram magicamente,  foi como se ela sentisse que finalmente havia alguém que estava a seu lado. E ela sempre seria agradecida pela a amizade dele naquele momento, e agora por ela ser genuinamente feliz. E o mais importante: por ele fazer com que seus sentimentos imaturos evoluíssem para algo a mais.

Por menos vivida que fosse, quando comparada a Touya, ela sabia que entre eles havia uma grande atração física, e não negava que aquilo a assustava um pouco, diante da possibilidade de onde esse desejo poderia leva-los.

Mas o que ela poderia fazer? Se simplesmente amava quando ele a beijava ou a tocava, mesmo se fosse algo simples, como um abraço durante um filme. Esse carinho era uma extensão do que ele sentia por ela e Tomoyo agora tinha certeza de que ele estava envolvido.

Ela sentia-se ligada a ele, num sentimento que ela jamais teve com outra pessoa, e ela não queria deixar isso passar. E além do mais, se não era certo, eles fariam com que fosse. E por enquanto, o mais certo para os dois é ficarem juntos.

Era isso. Era isso que ela tinha que fazer ele entender. – Mesmo com tudo o que você me contou, mesmo assim você ficou com eles, certo? – Ela comentou depois dele ter terminado.

- O que você quer dizer?

- Quero dizer, que você não acredita em coincidências. – Ele havia escrito tantas vezes naquele livro, e ainda havia sublinhado muitas vezes, para dar ênfase. Ele havia esquecido?

- Não. Eu não acredito. – Ele afirmou. – Então?

- Se não existem coincidências, então, qualquer que seja a razão, você deveria ter ficado com eles, como aconteceu. E agora, por qualquer razão, você deve ficar comigo.

- Mas nas vezes anteriores, acabou mal. Eu não quero passar por isso de novo. E eu não quero te envolver nisso também.

Ela tinha achado a brecha que precisava. – Como você sabe? Como você sabe que não vai dar certo dessa vez?

E essa era a questão. Ele não sabia. Ele apenas tinha um palpite. E ela só existia por causa de seu passado. Porque quando ele via apenas o presente, podia ver que tudo estava bem. Pensar no passado, fazia com que seus medos viessem a tona. Ele tinha que aprender a deixar o passado pra trás.

Ela poderia ajudá-lo com isso? Seria essa a razão deles estarem juntos?

“Não existem coincidências”.


Ela caminhou em sua direção e sentou-se em seu colo, descansando a cabeça no peito dele. – Eu não estou pronta pra desistir de você. Nós estamos juntos por alguma razão. Será que a gente não pode viver um dia de cada vez, e ver o que acontece?

Touya não respondeu, mas suas mãos acariciaram os cabelo dela. Ele queria acreditar nas palavras dela. Ele só não sabia se era corajoso o suficiente para isso. Ele não sabia se seu coração aguentaria um fim.

- Eu quero que você seja feliz. – Ela sussurrou. – E isso é tudo o que importa. E se estar comigo não deixa você feliz, então...

- Shiii! Estar com você me faz feliz. – Ele a interrompeu. – Eu juro.

- Então eu creio que vale a pena.

Ela estava certa. Talvez estivesse destinado a ser assim, talvez não. Mas só porque sabemos da possibilidade constante da morte, não significa que nos jogaremos de um precipício, certo? Você vive, você aproveita cada dia até que a sua hora chegue. E era isso que ele tinha que fazer. Mesmo que um dia tudo entre eles terminasse, ele aproveitaria todo o tempo que tivesse com ela. Ele seria feliz por agora e se preocuparia com o futuro depois. Não havia nada que ele poderia fazer, de qualquer forma.

E um dia ele descobriria o motivo que os uniu.

- Olha pra mim. – Ele pegou em seu queixo e admirou os olhos violetas. – Como você pode ser tão sábia? É sério que você só tem dezesseis anos?

- Eu terei dezessete anos, em algumas semanas. – Ela informou com toda a seriedade que uma adolescente de dezesseis anos pode ter quando declara que tem dezesseis anos e meio. Ela odiava lembrá-lo da diferença de idade entre eles.

-Ah, então está explicado. – Ele deixou que a fragrância floral dela o acalmasse, e permitiu que ela entrelaçasse seus dedos nos dele. – Por favor, não ligue pra tudo o que eu falo, porque na maioria das vezes, pode ser besteira.

- É muito bom ouvir isso de um professor. – Ela escutou uma risada abafada, e isso acalmou seu coração. Ela sabia que ele não gostava de falar do passado, mas era melhor do que deixar tudo guardado para si. Ela pôde sentir a tensão do corpo dele se dissipando. – Então, tudo bem?

- Sim, tudo bem.

- Bom. Ela se levantou do colo dele, e por alguns momentos, o silencio reinou. Ela ainda se indagou sobre ele voltar a ter aqueles pensamentos insanos. Mas decidiu-se. – Quer saber de uma coisa? – Ela disse de supetão. – Eu acho que você precisa se divertir um pouco. Vem comigo. – Ela pegou a mão dele e os encaminhou para o quarto.

Mas antes que ele pudesse protestar sobre o convite inapropriado, não que ele fosse completamente contra – na teoria, ele deveria ser – ela soltou a mão dele e abriu a porta de seu guarda-roupa.

- Quais os seus planos para o Sábado? – Ela perguntou enquanto analisava as roupas dele, mesmo não sabendo o que estava procurando.

Ele não tinha nem ideia do que ela queria, mas por enquanto ia entrar no jogo dela. – Eu tenho muito trabalho pra fazer. Já que o trimestre acaba semana que vem. Eu tenho que ajeitar as médias pra entregar na administração. Você não tem ideia de quanta burocracia existe. É uma coisa de louco.

- Você pode fazer isso no Domingo?

- Eu suponho que eu possa. Mas eu pensei que fossemos passar o domingo à tarde juntos, como sempre.

Ela balançou a cabeça em negativa. Aparentemente, agora ela sabia o que estava procurando. – Eu não posso. Eu tenho que estudar com outra pessoa.

Os olhos dele escureceram um tom a mais. – Quem?

Ela riu com o tom possessivo que ele usou. Ela virou-se pra ele devagar, e fez uma pose exagerada, de como quem conta um segredo. – Com a sua irmã.

Ele revirou os olhos e não conteve o sorriso. – Você se acha muito engraçada, né?!

- Eu tento. – Tomoyo voltou a procurar algo no guarda-roupa. – Você tem óculos escuro?

- Em algum lugar.

- Ótimo. Use-os sábado, com isso.

Touya involuntariamente lançou um olhar sarcástico para o que ela tinha em mãos. – Uma blusa de baseball. – Ele constatou ceticamente. – Eu deveria usar algo a mais?

- Eu deixarei isso por sua conta. – Ela foi até ele e se jogou em seus braços. – O que você acha de passar o sábado a tarde na cidade?

- Na cidade?

- Sim.

- Com você?

- Não, com a sua outra namorada.

Namorada”. Aquela não era uma palavra que eles usaram antes, mas ele certamente gostou de ouvir.

- Nós não podemos. E se alguém da escola nos ver?

- Mas é pra isso que vai servir os óculos escuros e o boné;

- Boné e óculos escuros... Esse é o seu plano?

Na verdade, não era um plano, mas sim uma tentativa impulsiva de fazê-lo esquecer a conversa que tiveram, mas agora que ela tivera a ideia, não a achava tão ruim. Se eles estavam dispostos a tentar, um dia de cada vez, eles tinham que se divertir.

- Por que? O que tem de errado com ele?

- Nada, se tivéssemos cinco anos de idade e o mundo fosse cego.

- Você é tão paranoico. Ninguém vai nos notar. Você sabe quantas pessoas existem em uma cidade?

- Dez? – Ele brincou

- Por baixo. Então, o que você me diz? – Ela o encarou, e ele pareceu estar pensando sobre a situação. – Nós podemos fingir que somos atores famosos, escondidos por trás de um boné e de óculos escuros, esperando que ninguém nos reconheça.

Ele a abraçou e deu um beijo em sua testa. Ele sabia que não poderia lhe negar nada. E além do mais parecia divertido. – ok.

- Sério?

- Mas eu ficarei desapontado se ninguém pedir o meu autógrafo.

Como planejado, os dois chegaram a estação de trem, por volta das onze horas da manhã, do sábado. Só para constar, eles se asseguraram que não haviam conhecidos, antes de se aproximarem um do outro. Quando Touya comentou o quão ridículo ele se sentia, ela perguntou aonde estava o espirito aventureiro dele, provocando-o com mais um de seus sorrisos encantadores. Ele teve que mostrar aonde estava, beijando-a naquele vagão de trem, em frente a vários estranhos.

Eles não tinham nenhum cronograma em especifico, apenas se divertir. E eles estavam de mãos dadas enquanto passeavam nas ruas, olhavam as vitrines das lojas e apontavam as coisas interessantes que viam. Eles entraram na loja de música e perderam horas e horas, e ele até lhe comprou um de seus álbuns favoritos para que ela escutasse. Foram a livraria, aonde ela insistiu em lhe presentear com uma cópia de seu livro favorito.

Tomaram sorvete, foram ao parque, inventaram histórias engraçadas sobre as pessoas que passavam, especialmente sobre os turistas, que pareciam ansiosos por conhecer tudo. Até que uma família pediu para que Touya tirasse uma foto. E Tomoyo teve a brilhante ideia de filmar o dia deles também.

Foram tantas as coisas que fizeram, zoológico, museu,  mas tudo era irrelevante diante do que realmente importava, ou seja, passar o maior tempo possível um com o outro.


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Notas finais do capítulo

Olá sugars!
E ai? O que acharam? Sei que pode parecer enrolação, mas não é... Estamos entrando agora num terreno totalmente novo pra eles: sexo! Atração sexual... Vamos ver quanto tempo eles resistem... Ah, e temos que lidar com as inseguranças do Touya... Tadinho ^^
Espero que vocês tenham gostado, se tudo der certo e vocês forem legais, mais um capitulo virá =D
Agradecimento super especial a:
Franflan;
Liz-chan;
ODMiyuki;
TheMoonWriter;
Julia_Kao.



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