As Sombras de Um Amor escrita por karol_kinomoto


Capítulo 10
Noite de Cinema


Notas iniciais do capítulo

Então... quero dizer que eu to muito feliz, por ter conseguido postar rapidinho ( levando-se em consideração que eu leeevo meses pra atualizar :s)
E que vocês responderam tão rápido ao capitulo passado que eu resolvi atualizar sem delongas... To surtando de ideias pra essa fic... Basta por no papel e vcs terão muiiitos capitulos, em breve... O que umas férias não fazem heim? hehehehe!
Agradecimentos a:
Franflan;
Claudinha-san;
ODMiyuki;
Liz-chan.



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Capitulo 10: Noite de cinema.

- Tudo certo pra hoje à noite?

- Sim, vamos nos encontrar às sete e meia, e começa as oito, então...

- Então, vai ser em algum momento entre sete e meia e oito.

- Nem tão cedo, nem tão tarde.

- E você não acha que vai ser um pouco suspeito?

- Eu não sei, talvez. Talvez nós não devêssemos fazer isso.

- Mas eu estive planejando a semana toda.

- Eu sei. Eu também estive. Mas talvez seja arriscado demais.

- Você não pode dar pra trás. Está tudo planejado.

- Deus, você está se achando uma super espiã secreta que deseja dominar o mundo. É só um filme.

- Exatamente, é só um filme...

- Você está certa. Desculpe-me. Eu quero ir, de verdade.

- Então, isso significa que nós vamos?

- Sim.

- Porque nós não precisamos fazer isso.

- Eu quero fazer.

- Então tá. Oh, não, você pode esperar um pouco?

- Qual o problema?

- Minha mãe chegou em casa, eu tenho que ir.

- Tomoyo?

- Humm?

- Esquece. Eu te vejo mais tarde, certo?

- Touya?

- O que?

- Nada, nos vemos depois.

Tomoyo ficou encarando o telefone, antes de desligá-lo. E ficou se questionando sobre o que ele ia dizer. Mas antes que pudesse ter mais uma linha de raciocínio, sua mãe bateu a porta.

– Desculpe Okaa-sama, eu estava no telefone.

- Eu vim te avisar que o jantar já está pronto.

Tomoyo acompanhou a mãe até a Sala de Jantar, no primeiro andar da casa, sentou-se no lado oposto ao da mãe, no final da enorme mesa. A governanta serviu os pratos e a menina segurou-se para não comer tão rápido.  Ainda tinha o cinema, e especialmente hoje o jantar fora servido com atraso.

- Como foi o seu dia, ‘okaa-sama’? – Ela nunca se sentiu tão nervosa antes, era apenas cinema. Mas com Touya...

Sonomi também atacou o prato, e parecia que ela estava imaginando alguém nele, pois pegou uma faca e olhou muito feio para a carne e cortou-a em pedacinhos, com uma cara de maníaca.

- Nem me lembre. Eu acabei de descobrir que terei que voltar para Los Angeles. Esses incompetentes... – Ela reclamou.

- Quando? – Tomoyo sabia que sua mãe sempre viajava e o quanto odiava isso, principalmente quando não havia intervalos entre as viagens.

- Mês que vem. Eu estava querendo um tempo para finalmente podermos passar o verão juntas.

- Não se preocupe. Sempre haverá verões para aproveitarmos.

Depois de mutilar a carne, Sonomi depositou a faca na mesa e olhou sua filha: - Não está tudo bem. – Ela disse. – E é por isso que eu acho que você deveria vir comigo.

- Para Los Angeles?

- Nós poderíamos fingir ser turistas entusiasmadas, com toda aquela bugiganga desnecessária, tirando fotos em todos os lugares. Isso seria divertido, certo? Podíamos ir para a Disney e Hollywood. Você disse que gostaria de conhecer os estúdios americanos.

Ela tinha onze anos quando disse isso (¬¬). E na época o passatempo favorito dela era fazer filmes. Mas agora ela tinha crescido e já havia passado cinco anos desde então. Mas não era nem essa a questão. Ela simplesmente não queria ir. Não agora.

 – Mas você lembra-se da última vez que eu fui numa viagem de negócios com a senhora? Passastes o dia em reuniões e todo o lugar que eu queria ir, acabei indo sozinha. Eu a vi menos do que eu geralmente vejo. – Esse fora seu primeiro argumento. Se esse não funcionasse, ela ainda tinha outros.

- Será diferente dessa vez. Nós poderíamos transformar em uma viagem divertida.

Eu já ouvi isso antes.” Tomoyo pensou, estava na hora de citar outra razão para não ir.

– Eu ia estudar um pouco no verão. As provas de admissão pra faculdade estão cada vez mais próximas. E a senhora sempre fica me lembrando o quão difícil são esses testes se eu não estudar bastante.

Tá, eu sei, ainda uma desculpa esfarrapada e fraca”.

- Você está certa. – Aparentemente a desculpa funcionou. – Você pode levar alguns livros consigo.

Ela não queria machucar os sentimentos da mãe. Em outra ocasião teria adorado a ideia, mas agora não, já que ela e Touya estavam se descobrindo. Não queria se afastar dele por um mês inteiro.

Talvez a verdade fosse melhor. Ou, o mais próximo da verdade que eu possa dizer e sair ilesa da situação.”

- Okaa-sama. Parece-me maravilhosa a ideia, mas eu prefiro ficar em casa, esse verão, com os meus amigos.

O desapontamento não veio às faces de Sonomi, mas Tomoyo sabia que estava ali.

 – Eu entendo. – A mãe disse calma, usando seu tom para os negócios, ou seja, frio e impessoal. – Talvez na próxima.

Sonomi pareceu tão animada com a ideia da viagem. Realmente fazia muito tempo que elas não faziam algo juntas.

 – Nós poderíamos fazer algo amanhã? - Tomoyo perguntou. – Nós poderíamos lanchar, fazer compras, ir ao cabelereiro e tudo mais. Um verdadeiro dia de garotas. A senhora poderia?

Os olhos violetas de Sonomi brilharam intensamente.

– Eu irei desmarcar todos os meus compromisso, e nós passaremos a tarde toda juntas. Está bom pra você?

- Isso seria perfeito. – Tomoyo levantou-se da mesa, deixando metade de seu jantar. – Posso ir agora? Eu irei me encontrar com Meiling e os outros, daqui a pouco. O festival de Filmes Clássicos começa hoje, e nós queremos bons lugares.

- Eu sei, nós somos um dos patrocinadores. A Sakura-chan vai?

- Sim, e o Li e o Tanaka, também. – Parecia que ela seria uma “vela” para os casais, mas se tudo desse certo, ela não seria.

- Você estará em casa às onze?

-Sim, Okaa-sama.

- Divirta-se.

=*=*=*=*=*=*=*=*

-Que horas?

Meiling checou em seu relógio pela enésima vez. – 19h41min. Calma, não fique tão ansiosa.

- Eu não consigo evitar. – As duas garotas estavam sentadas sobre uma grande toalha de piquenique que Meiling trouxera. – Nós vamos ser descobertos.

- Não serão não. Agora se acalma porque eles estão voltando.

Syaoran entregou a Tomoyo um dos copos de refrigerante que trouxera. Ela agradeceu, com um sorriso, mas seu coração estava disparado. Ela finalmente convencera Touya de que seu plano funcionaria, mas agora era ela mesma quem duvidava.

Ela sentou-se calmamente, olhando para a organização do parque para o evento, enquanto seus colegas discutiam sobre o teste de cálculo, feito anteriormente. O sol já tinha sumido há tempos, e a iluminação do parque não era de muita ajuda. Já era perto de oito horas, e a menina só conseguia pensar em uma pessoa.

Por favor, chegue logo”.

-Você também pensa assim, Tomoyo-chan?

Ela olhou para Sakura e torceu para que o tópico da conversa ainda fosse à prova. – Realmente foi muito difícil.

- Eu tenho certeza que você se saiu bem. – Syairan disse e pôs os braços ao redor da namorada. – A final de contas, você estudou comigo.

- Eu espero que você tenha razão. Porque se eu ficar de repositiva, você terá que estudar comigo de novo. Já não me lembro de nada.

- Será que poderíamos falar sobre qualquer outra coisa que não envolva a escola? – Hiro perguntou em tom de brincadeira. – Já basta ter que ir todo dia lá. Eu não quero saber de escola até segunda-feira.

Tomoyo e Meiling trocaram olhares, mas nenhuma das duas havia notado. Mas Sakura percebera quem acabara de chegar.

- Onii-chan?

- Boa noite, para todos. – Touya disse casualmente, enquanto parava próximo ao grupo. – é uma bela noite para um filme, não? – Ele falava como qualquer outro professor, que encontrava os alunos fora do colégio, ou ainda um irmão que encontrou a irmã e os amigos dela.

Então por que ele não vinha a eventos como esse? Ele era perfeitamente convincente.

Tomoyo mal podia ouvir as respostas dos outros. Ela estava nervosíssima. E nem se atrevou a olhar pra ele.

Eles vão perceber, como fomos nos iludir pensando que daria certo?”

- Você está sozinho, sensei? – Meiling perguntou, esforçando-se para parecer casual. Ela sabia que a amiga estava em pânico.

- É o que parece. – Ele disse com um pequeno sorriso.

Finalmente Tomoyo o olhou, mas ele a ignorou. Ele estava rindo pra ela?

Ele não pensou que fosse funcionar, mas já que estava ali, daria sua melhor atuação.

- De qualquer forma, não se prenda a nós. – Syaoran disse, abraçando mais Sakura, tentando protege-la. Ou talvez, estivesse procurando se proteger com ela.

- Por que você não se senta conosco, sensei?  - O olhar que Meiling recebeu do primo e da namorada dele era totalmente intimidador, mas ela nem ligou, de fato abriu o maior de seus sorrisos.

- Obrigada. Quero dizer, se os outros não se importarem, eu fico. – Ele viu que Sakura estava prestes a protestar. – Oh, não se preocupe monstrenga. Eu não irei atrapalhar o seu encontro. Eu me sentarei distante, perto da Daidouji. Você nem vai perceber que eu estou aqui.

- Ok. Mas eu não sou uma monstrenga. – Ela fez beicinho.

Touya sentou-se ao lado de Tomoyo, e manteve uma distancia apropriada, enquanto tirava sua jaqueta. – Está um pouco quente essa noite. – Ele disse colocando a jaqueta entre os dois, a menina olhou pra ele confusa, mas ele apenas lhe lançou um sorriso inocente.

Sem delongas, o organizador do evento, pegou o microfone, no centro do parque, e agradeceu a presença de todos. Com certeza, devia ser muito interessante às palavras dele, mas Touya não estava prestando atenção. Estava mais interessado na garota sentada a seu lado.

E por mais que fosse legal, sair para variar, ele desejou que estivessem em sua casa. Lá, pelo menos, eles poderiam sentar juntos e abraçados no sofá, para ver televisão. Aqui, eles tinham que manter uma postura indiferente, mesmo que ele pudesse sentir o calor dela, o cheiro, não podia tocá-la, e isso era torturante. O que não era problema para os outros casais. E sinceramente, isso era tão ruim quanto estar sozinho.

Tomoyo não conseguia prestar atenção no filme, quando sentiu algo tocar-lhe o braço. Ela se assustou antes de perceber que vinha da jaqueta de Touya.

“Por que está se movendo?

Ela olhou para Touya, mas os olhos dele estavam focados na tela. Até que ela sentiu a jaqueta se mover com mais determinação, finalmente pegando sua mão. E então ela percebera o intuito da jaqueta entre eles. E entrelaçou seus dedos aos dele. E não conseguiu conter o sorriso.

Se alguém perguntasse a eles, sobre o que era o filme, certamente não saberiam como responder. Ela só via Touya, em seu subconsciente.

Se ao menos pudessem ficar um pouco sozinhos.”

- Vamos tomar um sorvete. – O irmão de Sakura sussurrou enquanto apertava sua mão.

- Nós vamos comprar sorvete, você quer? – A menina perguntou para Meiling.

Meiling olhou para a amiga e em seguida para Touya, que havia esquecido de soltar a mão de Tomoyo quando levantaram-se. Os olhos dela fixaram-se no gesto, e o professor soltou da mão da menina imediatamente.

- Sorvete, né. – Ela disse sarcástica. – Por mais que eu ame um pouco de... Sorvete... Eu não acho que ele seja quem deve me dar, não é?

Tomoyo sabia que a amiga estava dizendo algo a mais, e quando ela percebeu, adquiriu um tom rosado. – Meiling, não é o que você..

- Claro que não. – Meiling revirou os olhos. – Mas é melhor vocês voltarem logo. E, por favor, tragam o sorvete, de preferencia para todos. Senão o disfarce já era.

Eles já estavam próximos do carrinho de sorvete, quando Touya a puxou para um canto. – Venha aqui por um segundo.

- O que você está fazendo? Alguém vai nos ver.

- Não, não vão. Está escuro. Além do mais estão assistindo a um filme. – Parecia tão mais divertido fazer as coisas que não eram permitidas. A árvore que se encontrava na frente deles, era grande o suficiente para escondê-los. – Beije-me.

- O que? Você está doido.

- Eu sei. – “Eu devo estar”. Ele a puxou para mais perto. – Apenas um beijo rápido. Por favor? Eu irei te comprar um sorvete.

Ele a estava provocando, e ela não pôde resistir ao sorriso de menino travesso que ele lhe lançou. Ela ficou na ponta dos pés, e lhe deu um selinho. Mas ele não se satisfez com isso. Os braços dele a envolveram, e ele pressionou seus lábios aos dela. Firme e insistente. Até que ela cedeu.

- É bom que seja um sorvete muito bom. – Ela riu, enquanto abria a boca, para beijá-lo propriamente.

E ele aproveitou mais do que deveria, tendo em vista que estavam em um local público, e relutantemente ele parou o beijo. Encostou-se a arvore e a puxou para perto. – Fiquei feliz por ter escutado você. Eu precisava sair de casa.

-Quer tentar de novo semana que vem? – Ela tentou não relaxar muito, já que só tinham mais alguns minutos para voltar. O chato era que o abraço dele era sempre tão bom.

- Veremos. Nós nem chegamos ao fim dessa noite, ainda. – Ele acariciava os sedosos cabelos da menina. Deixe seu cabelo solto amanhã, eu prefiro eles assim.

Ele realmente gostava desse tipo de coisa?” Riu internamente.

- Eu não posso, amanhã. Passarei o dia com minha mãe.

- Domingo, então?

- Sim. Para a nossa próxima aula. E eu tentarei ficar pra o jantar, se você quiser, é claro.

- Claro que eu quero. – Touya não gostou muito quando o nome de Sonomi foi citado. Ele odiava mentir, ainda mais quando a mãe da menina confiara nele.“ Nós teremos que contar pra ela, eventualmente. E por enquanto, temos que ter cuidado.” – Nós estamos perdendo o filme.

- Certo. Mas você me prometeu sorvete e eu disse a Meiling que levaria para todos.

- Então eu espero que você tenha trazido dinheiro, porque eu não vou pagar para aquele moleq.. Li

- E se eu pedir gentilmente? – Ela provocou. E subiu na ponta dos pés e lhe deu um beijo. – Por favor? Por favorzinho?

- Isso não é justo, Tomoyo.

- Por favor?

- Você não pode. – Ela lhe deu mais um selinho. E mais um e mais um. – Tá bom. Mas para referencias futuras, isso não conta... – E ela começou a beijar-lhe todo o rosto. – Eu disse: tá bom. Você pode parar.

Oh, bem, não era um filme tão bom assim.”

- Minha vez. – Ele agarrou-a mais uma vez, e a trouxe mais pra perto. – Meu beijo de verdade agora.

E ele pôde ver o brilho dos olhos violetas. Antes deles se fecharem e eles se beijarem mais uma vez aquela noite.


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Notas finais do capítulo

Então, mais um capitulo sem tanta emoção assim, mas desculpem essa é a fase de transição da fic, porque muita gente ( nem tanta) vai aparecer... hehehehehe gente importante pro Touya, além da participação mais ativa da Sonomi.
E eu to pensando sinceramente numa interação maior Sonomi/Fujitaka... sei lá, dois corações solitários... o que vcs axam? Já viajamos o suficiente com Tomoyo e Touya? Vcs aguentam mais esse casal? hehehehehe! Ah, to pensando em fazer a sakura descobrir do namoro deles =DDDD
Como eu disse, muuuuitas ideias, mas tudo a seu tempo
:****
Muito obrigada por continuarem lendo e comentando...