As Sombras de Um Amor escrita por karol_kinomoto


Capítulo 1
Primeiro dia


Notas iniciais do capítulo

Então, esse cap ele será bem light, aquela coisa de romance vitoriano... A Tomoyo é bem inocente e não posso tirar isso dela assim de cara spokspok!



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Tomoyo Daidouji procurava um lugar para sentar-se no laboratório de ciências do Colégio Seijou, quando finalmente encontrou abriu seu notebook sobre a mesa. O novo professor ainda não tinha chegado, ela observou e sorriu.Poderia aproveitar o tempo livre para começar a esboçar o projeto de seu novo vestido. A idéia veio-lhe durante o café da manhã, há tanto tempo que não se sentia inspirada... O melhor era aproveitar!

 


“Está muito bonito!" Meiling Li pulou para o banco ao lado, sentando-se perto de Tomoyo. "Eu gostaria de ter seu talento artístico."

 

 

"Eu não sei se está tão bom." Tomoyo olhou para o desenho com um olhar um pouco mais crítico. Ele não saiu do jeito que ela pensava que seria. Ela simplesmente não podia se inspirar ultimamente. "Além disso, você é boa em tantas outras coisas, Meiling-chan".



A menina de cabelos negros balançou a cabeça. "Isso é verdade." Ela suspirou e inclinou-se com os cotovelos sobre a mesa. "Eu odeio o primeiro dia de escola. Eu já estou temendo todo o trabalho que nem sequer foi atribuído."

 

 

"Mas não é excitante? Nova aulas, novos professores, um novo começo."

 

 

Tomoyo era provavelmente a única aluna no prédio, que estava feliz por estar de volta a escola. Ela precisava  de algo para olhar seguir em frente.Já que sua vida parecia tão vazia ultimamente e, apesar de Meiling ter se tornado uma boa amiga, não compensava a que ela tinha perdido.



"Novos deveres, novos projetos, novos exames", rebateu Meiling. "E a química? Ela disse temerosa.

 

 

“Ei, como podemos tortura Meiling este ano? Eu sei, vamos combinar a matemática e ciência! Algum voluntário pra me ajudar? O garoto de aproximadamente dezessete anos falou enquanto se aproximava das duas meninas.

 

 

"Eu vou te ajudar se você me ajudar", Tomoyo respondeu suavemente, os olhos violeta centrados na acompanhante do rapaz.



Eu sabia que eles estariam juntos. Eu deveria estar acostumada. Mas então porque é que ainda dói? Tomoyo queria desviar o olhar, mas ela não conseguia parar de encarar o casal. Para piorar as coisas, Sakura levantou a mão em uma onda de alegria e sentou-se à mesa do laboratório na frente de Tomoyo e Meiling.

 

 

"Tomoyo-chan Eu estou tão feliz por estarmos em uma mesma classe de novo este ano!" Sakura me dizia, com os olhos de esmeralda cintilando.



Por quê? Tomoyo se perguntou. Você não tem tempo para mim. Se não fosse a escola, eu não iria vê-la. "Sim, que coisa boa, não?" ela respondeu sem entusiasmo.



Syaoran se sentou ao lado de sua namorada com um suspiro de alívio. "Eu pensei que nós estávamos atrasados. Onde está o professor?"



Um sorriso meio diabólico surgiu entre os lábios de Sakura. "Você vai querer  não ter perguntado isso."

 

 

A porta da sala se abriu e um homem alto, com cabelo castanho escuro entrou, "Oh, Deus", murmurou Syaoran. “Me mata agora."



"Bom dia a todos. Sou Touya Kinomoto, e vou lecionar química para vocês. Ele rapidamente examinou seus alunos e avistou sua irmã e seus amigos. Franziu a testa um pouco quando seus olhos castanhos repousaram em um determinado chinês. Retirou da pasta a lista de presença. "Quando eu chamar seu nome, por favor, levante a mão."

 


"Mmm, talvez esta classe não seja tão ruim, afinal," sussurrou Meiling para Tomoyo. "Ele é definitivamente uma melhoria tendo em vista o cadáver que tínhamos para a ciência no ano passado."



"Daidouji.”

 

 

Tomoyo ergueu a mão, e Touya olhou para ela brevemente antes de marcar a folha e passar para o próximo nome. Quanto tempo fazia que eu não a via? Ele se perguntou. Um ano? A última vez que ela foi para a casa de Sakura, ele já tinha saído de casa.


 

Quando ele começara a usar óculos? Ele se parece com o pai. Tomoyo se questionava.



"Kinomoto.”



Sakura timidamente ergueu a mão.

 

 

"Li Meiling.”

 

 

“Sim, eu acho que vou gostar de química”, ela murmurou para Tomoyo.



Touya tentou disfarçar a raiva ao chamar o nome de: "Syaoran Li".

 

 

Sakura cutucou o menino de cabelos castanho ao lado dela. Ele fez uma careta e levantou a mão alegremente, sabendo perfeitamente que Touya tinha conhecimento dele.



Touya terminou a chamada. Ele puxou de sua pasta azul uma pilha de papéis. "Este é o cronograma das minhas  aulas." Ele começou a folhear as páginas grampeadas. "Aqui estão listados todos os exercícios de leitura, experimentos de laboratório e exames. No entanto, você não vão encontrar testes aqui. Esses podem ser dados a qualquer momento, por isso sempre venham preparados "

 


Muitos dos estudantes gemeram com a perspectiva dos testes, mas Touya ignorou. "Agora", ele continuou, "Eu espero que você gostem da pessoa sentada ao seu lado, porque ele ou ela será seu parceiro de laboratório." Se ele ficou chateado que a sua irmã estava sentada ao lado do  namorado, ele não demonstrou. "Suas notas de laboratório vão depender dos trabalhos que você e seu parceiro desenvolverem e a nota será a mesma para ambos, assim, o trabalho em equipe é essencial."

 

 

Tomoyo e Meiling se olharam. "Eu acho que você está preso comigo," Meiling sussurrou. "Desculpe".



Tomoyo sorriu para a amiga. "Nós vamos ficar bem." Ela brincou com o fim da trança da outra. A carga de trabalhos parecia desanimar a todos, mas não é como se nós tenhamos que fazer tudo de uma vez. Ela voltou sua atenção de volta para a frente da sala de aula.

 


"Eu acho que as formalidades acabaram", Touya estava dizendo. "Então, vamos começar. Abram seus livros para o primeiro capítulo." Ele pegou um pedaço de giz e começou a fazer anotações na lousa.

 

 

Seu lápis riscava caprichosamente as informações em seu caderno, mas Tomoyo não estava totalmente atenta a aula. Ela viu Touya enquanto andava para trás e para frente, enquanto ele falava. Escrevia mais coisas no quadro... Ela ficou impressionada com a maneira como ele tratou-se na frente da classe,  sua voz rica era forte e autoritária.



Ele é realmente bom, pensava ela. Esta vai ser uma boa aula. E eu vou começar a vê-lo todos os dias. Eu tenho saudades dele. Seu lápis parou abruptamente no meio de uma frase.Espere um minuto. Da aonde veio isso?

 

 

Ela deve ter olhado fixamente para ele, porque ele sorriu levemente para ela e a encarou por um tempo antes de continuar a tratar do assunto da aula. Ela corou de vergonha e tentou focar sua atenção em seu notebook, e não no professor.

 

 

“Não acredito, eu estou agindo como Meiling-chan”, ela repreendeu-se, fitando todos os detalhes daquele homem de boa aparência. Ela olhou para sua parceira de laboratório, que não tinha escrito uma palavra de notas, e resolvera descansar o queixo em sua mão e olhar sonhadora para Touya.

 

 

"Nos poucos minutos que nos resta", disse ele quando colocou o giz na borda da lousa, "eu quero que vocês se familiarizem com os procedimentos de laboratório e as normas de segurança. Por favor, vão dar uma olhada com seus o seu parceiros, e se vocês precisarem de alguma ajuda é só me chamar.”

 

 

"Eu irei com certeza," Meiling murmurou.



"Meiling-chan, espero que você leve a sério esta classe. Você não pode gastar todo o seu tempo babando sobre o sensei-Tou-Kinomoto. Tomoyo disse baixinho, falando tantopara si quanto para sua amiga. "Vai ter um monte de trabalho, e eu vou estar contando com você."

 

 

"Não se preocupe. Dentro de alguns dias eu nem vou mais perceber como ele é lindo, principalmente quando ele começar a fazer da  minha vida uma  miséria com todos esses trabalhos", respondeu Meiling. "Ele vai ser apenas mais um dos inimigos. Mas até lá ...."  um sorriso apaixonado brotou em seus lábios.



Tomoyo suspirou. A paixão de  Meiling passaria como um novo dia que nasce. Mas para Tomoyo, não ia ser tão fácil.

 

 

*******----*******

 

Touya sentou-se na sala de descanso da escola para comer seu almoço, ao mesmo tempo em que fazia suas anotações. A manhã tinha ido muito bem, e ele estava apenas fazendo alguns ajustes no material para as aulas da tarde.

 


Até agora tudo bem, pensou ele. Sentiu-se grato por todos os conselhos que o pai lhe dera. Touya não admitiu que estivesse nervoso sobre sua primeira aula, mas Fujitaka se lembrando de como o seu primeiro dia tinha sido resolveu compartilhar histórias, boas e más, com o humor que só a passagem do tempo pode trazer. Ele garantiu que seu filho estava pronto. Touya apreciou a ajuda do pai e foi um alivio saber que nenhum de seus receios haviam sido atingidos. Ainda, ele acrescentou ironicamente.

 

A parte mais difícil seria o tratamento de Sakura e Syaoran, tal como quaisquer outros alunos. Ele sabia que quando assumisse a posição de professor ambos  estariam no segundo grau e que acabariam em sua classe. Ele pensou que poderia lidar, mas vê-los sentados juntos foi um pouco inquietante. Ele ia fazer um esforço para não matar o “moleque”. Ele tinha que tratá-los com respeito, como seus alunos, e eles tinham que respeitá-lo como seu sensei.

Mais fácil dizer do que fazer. Por que eu tenho que começar este ano? Por que eu me apressei com meus cursos? Eu poderia ter esperado mais um ano. Mais um ano falido. Mais um ano sem o meu próprio lugar. Ah, sim, é por isso.

 

Não fazia muito tempo, parecia como se fosse ontem: ele e Yokito estavam sentados no mesmo laboratório, queixando-se da volta à escola e do quanto de trabalho o sensei dava. Mas, ao mesmo tempo, parecia que já fazia uma vida inteira. Como as coisas mudam rapidamente, ele pensou. Por que as coisas têm que mudar tanto?

Ele tirou os óculos e beliscou a ponte de seu nariz. Supere isso já, repreendeu a si mesmo. Passaram-se três anos.

Ele empurrou os pensamentos de sua mente e folheou seus papéis, deixando os óculos sobre a mesa. Ele não estava acostumado a eles ainda. Seu pai havia sugerido óculos de leitura quando Touya mencionou a fadiga ocular que estava sofrendo, por estudar por longos períodos de tempo. Só piora, Fujitaka lhe disse com a voz da experiência, especialmente quando você passar horas planejando palestras e passando por cima de pilhas de lição de casa. Touya pensou que os óculos o faziam parecer mais velho e mais sério, e que isso só poderia ser uma vantagem quando se tratava de lecionar para uma classe cheia de adolescentes.

Ele olhou para a lista de presença da sua aula anterior. Haviam muitos nomes conhecidos. Amigos de Sakura. Meiling Li, prima do moleque. Chiharu Mihara, o capitão do esquadrão das cheerleaders. Takashi Yamazaki, o campeão de xadrez local. Tomoyo Daidouji ....

Tomoyo Daidouji.

 

Ele não queria olhar para Tomoyo. Ele estava espantado com a forma como ela cresceu desde a última vez que a viu. Quando foi isso, afinal? No aniversário de  Sakura de quinze anos? Isso foi há mais de um ano...

Mas o que mais o surpreendeu foi o quanto ela se parecia com sua mãe. Seu cabelo estava um par de tons mais escuros, e os olhos violetas eram iguais, mas havia algo a mais nela... A beleza dela era tranqüila, sua estrutura óssea delicada, ou talvez fosse apenas por causa do gracioso jeito que ela se portava, equilibrada e elegante. Isso não está certo, ele pensou com um sorriso carinhoso, lembrando das imperícias ocasionais de sua mãe. Mas, em fotografias, Nadeshiko sempre parecia perfeita. Assim como Tomoyo.

 

Ele percebeu que durante a aula a menina corou  quando ele olhou para ela. Vou ter de pedir desculpas pelo constrangimento. Ela deve pensar que fez algo errado. Na verdade, eu acho que ela foi a única a ouvir-me. Mas eu acho que é de se esperar no primeiro dia.

 

 


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Eu sou apaixonada por Sakura ( acho que dá pra perceber pelo Kinomoto spokspokspok), mas essa é a primeira fic que eu escrevo dela... Então me ajudem e digam o que eu tenho que fazer pra melhorar... Bjos!