Redescobrindo o Amor escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 7
Algumas Verdades


Notas iniciais do capítulo

Gente estou amando, amando mesmo todos os comentários.
Superfeliz que estajam gostando, fiquem à vontade para dar ideias.

Dedico essa capitulo à Ernessa pela recomendação, você é ótima! Não sabe como me deixou feliz sua linda >.< , ♥

Boa Leitura...♥



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ANASTÁSIA STEELE

 

DIAS DEPOIS...

Depois de tudo que aconteceu eu ainda não consegui tirar aquele homem da cabeça, ele tem algo que me chamou muito atenção, mas eu não sei explicar o que é. Eu tenho uma pequena, talvez grande, sensação que o conheço, não sei. Talvez sejam os olhos, mas eu sei que já vi aqueles olhos em algum lugar, e imagino aonde seja.

Christian ainda está pegando no meu pé, e eu ainda não o perdoei, ele vai ter que fazer muito mais para ter minha confiança de novo. Não que eu seja rancorosa, mas eu confiei nele, e ele me magoou, isso não foi certo. A confiança é algo muito valioso, e não deveria brincar com ela dessa forma. Foi rude e infantil da parte dele.

—Vamos querida? —Grace pergunta tirando-me de meu devaneio.

—Há sim, claro. —Sussurro e desço do carro.

Seguro a mão de Grace e nós entramos no hospital, e logo estamos no quarto de mamãe. Mamãe sorri e abre os braços, corro até ela e lhe dou um abraço bem apertado. Inalo seu cheirinho e sorrio.

—Eu vou deixá-las a sós, depois venho te pegar Ana. —Diz Grace e se retira.

—Eu senti saudade. —Digo alisando o nariz de mamãe.

—E eu mais, minha vida. —Mamãe fala serenamente. —Como vão as coisas?

—Bem.

—Bem mesmo? Você pare preocupado com algo.

—Eu estou... —Confesso.

—Com o que?

—Mamãe... —Sento-me na cama e cruzo as pernas. Levanto a cabeça e a olho nos olhos. —É verdade que o papai morreu?

—Ana, ele não era seu pai. —Mamãe diz depois de alguns segundos em silêncio.

—Ele me criou. —Defendo-o.

—Ele te mal criou! —Ela diz.

—Ok, mas ele morreu? —Insisto.

—Sim.

—Você o matou?

Mamãe me olha nervosa e mexe os dedos.

—Filha, é complicado... Sabe, ele ia me matar... —As lágrimas tomam seus olhos e ela encolhe os ombros.

—Então você o matou? —Arqueio as sobrancelhas surpresa.

—Ana...

—Responde! Você o matou? É por isso que ele não vai mais voltar? E não ouse tentar me enganar.

—Eu sinto muito. —Mamãe sussurra.

—Ah meu Deus! —Exclamo incrédula.

Coloco o rosto entre as mãos e volto a encarar minha mãe depois de alguns segundos.

—Você vai me odiar por isso? —Ela pergunta preocupada.

—Claro que não, mamãe! De onde você tirou isso? —Digo ofendida. —Eu só estou confusa, eu não queria que ele morresse.

—Eu sei, sinto muito querida.

—Eu sei que sente. —Dou um sorriso forçado. —Quando nós vamos para casa?

—Ana...

—O que foi?

—Eu ainda não posso ir para a casa com você.

—Por que não?

—A justiça determinou que eu sou incapaz de cuidar de você.

—O que?

Desço da cama e encaro mamãe.

—Eles acham que pela minha saúde eu não posso cuidar de você.

—Mentira! —Grito. —Eu não acredito em você.

—Filha, por favor. Eu não teria por que mentir para você.

—Você não quer mais ficar comigo, é isso?

—Claro que não Anastásia! —Mamãe altera o tom.

—Então por que você não me leva pra casa? Eu quero ficar com você mamãe.

—Filha não é tão simples.

—É sim! Vocês adultos que colocam dificuldades em tudo.

—Meu amor, você sabe que não é assim.

—Não! Eu não sei de nada, graças a você eu nunca sei de nada. Nem quem é meu pai!

—Não vamos começar com isso de novo. —Mamã fala soltando um longo suspiro.

—Por quê? Por que você nunca quer falar sobre meu pai?

—Porque ele nunca se importou com você! —Suas palavras são como um tapa.

Dou um passo para trás e uma lágrima rola sobre meu rosto.

Isso não pode ser verdade.

—Ele nem quis te conhecer. Preferiu ir embora.

—Por que você sempre mente? Por que insiste em mentir para mim? Eu sou sua filha. —Digo magoada.

—Eu sinto muito, mas não estou mentindo, Anastásia.

—Está sim! E eu vou descobrir toda a verdade. Você nunca mais vai mentir para mim! —Grito.

Saio correndo, mas ainda ouço minha mãe me chamar, porém, a ignoro. Eu não vou ouvir mais suas mentiras.

Corro, pelos corredores do hospital, e logo encontro à saída.

—Por que você sempre está correndo?

Viro-me e vejo Christian se aproximar.

—Não se mete Grey! —Rosno.

—Você ainda está brava comigo? —Christian encolhe os ombros e encara-me.

—O que você acha? —Cruzo os braços.

—Qual é Ana, já faz uma semana, o que eu tenho que fazer para você me perdoar?

Abro a boca para xingá-lo, mas algo melhor me vem à mente.

—Eu já sei... —Dou um sorriso e arqueio uma sobrancelha.

—Lá vem... —Christian sussurra temeroso. —O que você quer?

—Eu quero ir na minha casa, e você vai me levar.

—Vou é? —Christian franze o cenho.

—Vai, caso contrário, eu continuo te odiando para o resto das nossas vidas.

—Ok, você venceu, vamos!

—Ótimo! Vamos. —Sorrio.

Viro-me e sigo até o ponto de ônibus com Christian. Não trocamos nenhuma palavra no caminho, e o silêncio parece incomodá-lo.

—Por que você não diz nada? —Pergunta-me, Christian.

—Eu deveria dizer alguma coisa? —Pergunto batendo os cílios.

—Não sei.

—É claro que não sabe... —Resmungo.

—Por que você é tão birrenta? Parece um bebê!

—Não ouse me chamar de bebê novamente ou eu arranco suas vísceras!

—Ok baby!

Semicerro os olhos e cerro os punhos.

Christian ri e levanta as mãos em sinal de rendição.

—Só para saber, sua mãe sabe que está criando uma terrorista?

—Grey!

Dou um passo em sua direção e ele começa a rir e me segura.

—Olha o nosso ônibus. —Christian diz me virando.

—Você tem muita sorte Grey! —Sussurro ameaçadoramente.

—Claro que tenho. Vamos logo pirralha.

Christian segura minha mão e eu me acalmo um pouco. Entramos no ônibus e vamos nos sentar. Em menos de vinte minutos chegamos a minha casa. Aproximamos-nos dos portões e eu sinto minha respiração acelerar.

—Está trancado. —Christian diz levantando o cadeado.

—Não... Vem comigo. —Sussurro puxando-o pela mão.

Caminho até o portão dos fundos e Christian me segue. Empurro o portão e consto que ele realmente está aberto, nós caminhamos pelo gramado que agora não está tão alto, e logo chegamos à porta dos fundos.

—O que nós está procurando? —Christian pergunta assim que entramos.

—Um registro de casamento.

—Para quê?

—Eu quero saber de algo.

—Ok...

Ando pela sala e sinto meu corpo se arrepiar, algumas lembranças vem e eu sinto o medo me tomar fazendo minhas pernas ficarem bambas.

—Ei, está tudo bem. —Christian sussurra para tranquilizar-me.

Ele segura minha mão e eu balanço a cabeça em concordância.

Nós seguimos para o quarto e mais lembranças vem. Respiro fundo e continuo andando. Assim que entramos no quarto de mamãe eu solto a mão de Christian e caminho até o guarda-roupa, puxo a tampa no compartimento falso e logo encontro uma pasta com vários papéis.

—Um compartimento falso? —Christian arqueia a sobrancelha.

—Sim, a mamãe escondia algumas coisas do meu pai, ela não queria que ele encontrasse.

Abro a pasta e começo a folhear todos os papéis, até que encontro o registro de casamento de mamãe, percorro meus olhos pelo papel e logo avisto o nome... Raymond Steele...

Sorrio.

Eu sabia que já tinha ouvido esse nome.

Mas se ele a mamãe foram casados, e ele for o mesmo homem que eu vi na rua... Então... Aquele senhor pode ser meu pai?


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura...♥