Redescobrindo o Amor escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 25
Um Banho de Chuva e Uma Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥



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ANASTÁSIA STEELE

—Ana, você está bem? —Ros pergunta preocupada assim que me vê sair da sala.

—Acho que sim. —Sussurro enxugando as lágrimas. —Olha eu tenho que ir.

Pego minha mochila e respiro fundo.

—Foi bom ver vocês. Até logo.

Caminho até o elevador e entro nele, aperto o botão e as portas se fecham. Assim que saio da empresa sinto um alívio imenso, entro no carro e sigo para a casa de Grace.

~♥~

Desço do carro e algumas lágrimas ainda caem dos meus olhos. Entro em casa e vejo Mia e Kate sentadas no sofá conversando com Grace.

—Ana, como foi à entrevista? —Pergunta Kate.

—Ótima. —Minto na maior cara de pau. —Eu vou tomar um banho.

Subo as escadas correndo e me tranco no meu quarto, desabo no chão e começo a chorar.

—Ana? —Ouço a voz de Grace depois de uma leve batida na porta. —Você está bem?

—Sim tia Grace, eu só preciso ficar sozinha.

—Tem certeza querida?

—Tenho tia.

Fecho meus olhos e começo a pegar no sono.

~♥~

—Ana abre a merda da porta! —Acordo confusa ouvindo os gritos de Kate.

Levanto-me e caminho até a porta, destranco-o e abro. Kate e Mia estão na porta com os olhos vermelhos por chorar.

—Qual o seu problema? —Kate grita.

—O que eu fiz?

—Nós estamos a mais de quatro horas batendo na merda dessa porta e você não abre! Você ficou louca? —Agora é Mia quem grita.

—Eu estava dormindo. —Digo ainda brava. —Não sei para quê o escândalo.

Entro no quarto novamente e vou até o banheiro, jogo um pouco de água no rosto e escovo os dente. Volto ao quarto e vejo Mia e Kate ainda na porta, reviro os olhos e passo por elas.

—Aonde você vai? —Kate diz brava.

—Para algum lugar onde vocês não estejam!

—Ana espera. —Mia pede enquanto descemos as escadas.

—Olha, me deixem em paz!

Kate segura meu braço e me puxa.

—Você ficou dois anos fora, realmente acha que vamos te deixar sozinha em um momento que você precisa de nós? —Olho para ela e começo a chorar. —O que houve Ana?

—Nada... —Sussurro.

—Foi o Christian, não foi? —Mia pergunta e eu fico em silêncio.

Solto minha amiga e vou em direção à sala, sento-me no sofá e apoio os cotovelos nos joelhos, coloco o rosto entre as mãos e começo a chorar mais.

—Ana... —Kate sussurra e senta ao meu lado, assim como Mia.

—Kate, por favor, eu não preciso de discursos, eu só quero ficar sozinha e pensar em tudo.

—Nós não vamos te deixar sozinha Ana. —Diz Mia.

—Isso não é uma escolha que vocês possam tomar.

Levanto-me e enxugo as lágrimas.

—Eu vou sair para esfriar a cabeça.

Caminho para fora da casa e começo a andar pelas ruas sentindo o vento beijar minha face. Olho para cima e solto um longo suspiro.

Por que as coisas tinha que se tornar tão difíceis?

Tudo estava indo tão bem, e ai eu tive que ir embora e perdi tudo. Tudo que eu tinha, meus amigos, o Christian... A promessa...

Pena que eu nunca poderei voltar no tempo, eu queria tanto mudar as coisas.

Sinto uma gota molhar meu rosto e ela logo é seguida por várias outras gotas de chuva que começam a cair. Levanto o meu rosto sentindo a chuva me molhar. Continuo a andar pelas ruas e chego em um parque... Acho que alguns hábitos nunca mudam.

Sento-me no meio fio e abaixo a cabeça.

—Alguns hábitos nunca mudam, não é mesmo?

Levanto minha cabeça e vejo Christian sentar ao meu lado.

Ele tem razão, alguns hábitos nunca mudam.

Levanto a cabeça e fecho meus olhos.

—Você vai ficar doente se continuar na chuva.

—E você não? —Pergunto olhando-o.

—Você nunca vai me perdoar, não é mesmo?

—Você não me conhece, não é mesmo? Sabe bem que eu não guardo mágoas de ninguém, principalmente suas. Christian você sempre foi meu melhor amigo.

—Lá vem você com essa história de melhor amigo. —Ele diz bravo.

—É isso que meu colar diz.

Puxo meu colar para fora da blusa e Christian dá um sorriso.

—Você me deu de aniversário, lembra? Depois que fizemos aquela promessa. —Sorrio segurando o pingente.

—Lembro... —Christian sussurra. Ele afrouxa a gravata e abre dois botões da camisa, depois puxa algo para fora e vejo a outra metade do coração. —Eu não tive coragem de tirar, era a única coisa que me lembrava você.

Sorrio para ele e sinto algumas lagrimas saírem dos meus olhos e se misturarem com as gotas da chuva.

—Por que você se afastou de todos? De mim?

—Eu não sei... —Ele sussurra. —Eu não via mais sentindo, você não estava mais aqui, eu não poderia mais te ver sorrir, ou até mesmo ter as nossas brigas diárias. E quando você se foi às coisas ficaram mais difíceis, parecia que todos os fantasmas tinham voltado, eu me sentia inseguro, e só quis me proteger.

—Longe de mim?

—De todos.

—Mas eu te disse que voltaria...

—É mesmo? E se você não voltasse? Como eu ficaria?

—Eu voltaria, você tinha que acreditar em mim, até porque nós tínhamos uma promessa.

—Você manteve a promessa?

—Faz diferença?

—Muita.

—Por quê?

—Porque eu continuei te esperando...

Olho confusa para Christian e me levanto, começo a andar e ele vem atrás de mim.

—Você não cumpriu a promessa? É isso?

—Não. —Sussurro. —Eu cumpri.

Fecho meus olhos e paro no meio da rua.

—Eu ainda te amo Ana.

Sinto as lágrimas rolarem e meu peito parece ter sido trocado por asas de um beija-flor.

—Me ama? —Pergunto só para ter certeza que ouvi direito.

—Mais que tudo.

Respiro fundo e abro os olhos, viro-me e caminho até que Christian, seguro seu rosto entre minhas mãos e o beijo. Invado sua boca com a minha língua sem o menor pudor e suas mãos passeiam pelo meu corpo. Minhas mãos voam para seus cabelos e eu começo a puxá-los. Paro de beijá-lo ofegante e mordo seu lábio inferior puxando-o.

—E eu te amo. —Sussurro.

Christian dá um sorriso encantador e me apertar em seus braços.

Sinto seu cheirinho misturado com chuva e é o cheiro mais acolhedor de todos os tempo.

—Fica comigo? —Christian pede e eu o olho confusa. —Promete que nunca mais vai sair do meu lado?

—Prometo. —Sussurro.

Ele sorri e me dá outro beijando tirando todo o ar que me restou.

Sorrio e me afasto.

—Eu ainda acho que é melhor sairmos da chuva. —Christian diz.

—Você não mudou nada. —Sorrio.

—Não mesmo baby.

Christian sorri e segura minha mão, nós corremos para o seu carro e seguimos para a casa de Grace.

—Você vai entrar, não é? —Pergunto assim que ele estaciona o carro.

—Eu estou todo molhado.

—Vai me deixar sozinha? —Fuzilo-o com o olhar. —Isso é sério Sr. Grey?

—Acho que com esse olhar doce que você me deu eu não teria coragem de te deixar sozinha Srta. Steele.

—Ótimo!

Desço do carro com Christian e nós entramos correndo em casa.

—Ah meu Deus Ana, você está toda... —Grace para boquiaberta e olha para Christian. —Filho?

—Oi mamãe. —Christian diz sorrindo.

Algumas lágrimas escorrem dos olhos de Grace, mas ela sorri para nós.

—Vão tomar um banho, depois nós conversaremos.

Sorrimos e subimos correndo para o meu quarto, abro a porta e antes que eu diga qualquer coisa Christian me agarra e começa a me beijar, ele fecha a porta com o pé e começa a andar comigo pelo quarto esbarrando em um monte de coisas. Automaticamente minhas mãos vão para o seu cabelo e depois para os botões da sua camisa, ele me joga na cama e sobe em cima de mim descendo beijos pelo meu pescoço.

A cada toque, a cada beijo e carícia eu me entrego mais, tendo a certeza que não existe lugar no mundo melhor que nos braços desse homem


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?