Redescobrindo o Amor escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 24
Uma Entrevista e Um Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura...♥



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ANASTÁSIA STEELE

 

Já se passaram quatro aulas e Kate está superestressada por ter brigado com um professor, o que só me levou a morrer de rir, assim como todos os presente na sala.

—Bom dia. —Diz a quinta professora.

—Bom dia. —A classe responde em uníssono.

—Nós vamos poupar apresentações, pois eu conheço bem cada um de vocês do anos anteriores e os alunos novos podem se apresentar depois.

—Uau... —Digo baixinho.

—Para começarmos eu já vou informar que teremos um trabalho extracurricular, e antes que você pirem, vou avisar que não é tão ruim. E que conta como 70% da nota, e vocês não podem dispensar isso.

—E qual vai ser o trabalho? —Kate pergunta.

—Eu consegui uma entrevista com alguns benfeitores do colégio e vocês terão que entrevistá-los. Eu vou distribuir o nome para cada aluno, e ai vocês agem conforme a data. Tudo irá para o jornal da escola.

A professora passa distribuindo os papéis com os nomes, horários e datas das entrevistas.

Quando leio o nome da pessoa que vou entrevistar não consigo evitar rir.

Carrick Grey.

Só pode ser brincadeira.

Olho para o lado e vejo Kate fazer uma careta.

—Sra. Johnson. —Ela diz levantando a mão.

—Pois não Srta. Kavanagh?

—Eu não vou poder fazer a entrevista, tenho uma consulta hoje à tarde, e a empresa é muito longe, eu não chegaria a tempo. Mas a minha amiga Anastásia Steele, mora do lado da empresa do entrevistado.

Olho Kate sem entender.

Do que ela está falando?

—Tudo bem, vocês podem trocar. —Diz a professora.

Kate sorri e se levanta toda saltitante.

Ela tem que parar de pular assim.

Kate pega o papel das minhas mãos e me entrega o seu.

Leio o papel e meu sangue gela.

Filha da mãe!

—Eu não acredito que você fez isso Kavanagh. —Diz fuzilando-a com um olhar.

—Há, qual é Aninha? Vai dizer que não quer entrevistar o Christian?

—Você vai entrevistar o Christian? —Mia entra na conversa.

—Sim! —Kate diz sorrindo.

—Você me paga Kavanagh.

~♥~

A última aula acaba e eu me levanto e começo a arrumar minhas coisas.

—O que foi Ana? —Kate pergunta.

—Nada! —Digo brava.

—Você não gostou do que eu fiz? Pensei que você ficaria feliz por entrevistar o Christian.

—Não é isso. É só que eu não o vejo há dois anos, e eu não sei o que esperar.

—Fica calma Ana. —Pede Mia. —Aposto que meu irmão vai ficar feliz ao te ver.

—Ou não... —Sussurro. —Mas não importa, agora eu preciso ir. A entrevista é daqui, meia hora.

—Vai com o meu carro. —Diz Mia. —A Kate me leva em casa.

—Levo sim. —Kate sorri.

—Obrigada.

Pego a chave do carro de Mia e minha mochila.

Merda!

Eu realmente estou nervosa. Eu não sei o que esperar de tudo isso. Só de pensar de que depois de depois anos, finalmente eu vou rever Christian, isso mexe comigo.

Saio da sala e sigo pelos corredores.

—Ana. —Viro-me e vejo José correndo em minha direção.

—Agora não José.

—Você está bem?

—Não. Eu tenho uma entrevista para fazer.

—A Sra. Johnson passou trabalho, foi?

—Sim. E eu já a odeio por isso.

—Quem você pegou?

—Christian Trevelyan Grey. —Digo nada feliz.

—O Christian? —José faz uma careta.

—Sim. Olha eu tenho que ir. Até logo.

Caminho para fora da escola e sigo para o carro, assim que entro sigo para a empresa.

~♥~

Chego na hora certa e logo vejo um rosto conhecido.

—Ana? —Ros pergunta se aproximando.

—Ros. —Sorrio abraçando-a.

—Quando você voltou? —Ela pergunta.

—Ontem.

—Graças a Deus. O Christian vai ficar muito feliz em ver você.

—Ou não. —Sorrio.

—Você não veio vê-lo?

—Sim, mas não pelo motivo que você pensa.

—Como assim?

—Eu tenho um trabalho extracurricular, uma entrevista.

—E você vai entrevistar logo o Christian Grey?

—Sim. —Digo nervosa.

—Só pode o destino. —Ros sorri. —Vem, eu vou te levar até a sala dele.

—Ok. —Sorrio.

Caminho com Ros até o elevador e logo nós chegamos em frente à sala de Christian onde vejo Andrea e mais uma mulher.

—Ah meu Deus. —Andrea diz. —Você é quem vai entrevistar o Sr. Grey?

—Sim. —Sussurro.

—Parece que nós vamos ter uma melhora no humor do Sr. Grey. Ele está impossível hoje.

—Vocês estão me deixando mais nervosa. —Sussurro.

—Fica calma. —Ros sorri. —Olivia, guarda a mochila da Ana, e pega um pouco de água.

Olívia se levanta em um pulo e pega minha mochila, depois me entrega um copo de água.

A porta da sala de Christian abre e meu coração para, mas quem sai de lá em um homem que eu não conheço.

—Golfe na semana que vem Grey? —Diz o homem olhando para dentro da sala. Ele sorri com a resposta e logo fecha a porta. —Senhoritas. —Ele nos cumprimenta e vai para o elevador.

Andrea pega o telefone e disca o numero um.

—Sr. Grey a aluna que vai te entrevistar já está aqui... —Ela diz. —Sim senhor.

Começo a me sentir mais nervosa ainda.

Ah, meu Deus!

—Você pode entrar Ana. Ele disse que tem dez minutos. —Diz Andrea e eu dou um sorriso. —Não precisa bater.

Caminho até a porta sentindo meu corpo gelar, empurro a porta com todo o cuidado do mundo para não cair, pois a primeira vez que vim aqui eu realmente cai e Christian me zoou por uma semana.

Entro dentro da sala e vejo Christian, ele está de costas olhando para a janela que vai do chão até o teto.

Meu coração dispara de imediato. Ele está lindo. E de costas...

—Como eu disse eu só tenho dez minutos. —Sua voz soa fria e aquilo acaba comigo.

—Claro Sr. Grey, eu não pretendo te atrapalhar em nada. —Digo suavemente.

—Anastásia? —Christian se vira e me olha incrédulo.

—Olá Sr. Grey.

Christian vem em minha direção, mas eu coloco a mão na frente para que ele não se aproxime.

—Nós temos apenas dez minutos, e eu realmente quero terminar com isso. —Sinto meus olhos marejarem.

—Ana...

—Podemos começar Sr. Grey? —Peço prendendo um soluço.

—Claro... —Christian diz depois de alguns minutos em silêncio. —Sente-se, por favor.

—Obrigada.

Caminho até a cadeira e me sento, Christian fica parado por alguns segundos, mas logo caminha até sua mesa e se senta.

Começo a fazer as perguntar e Christian responde todas com calma.

Não sei se presto atenção nele ou nas respostas, o pior é que eu sei a maior parte das respostas, infelizmente eu o conheço.

Olho a ultima pergunta e a leio.

—Você construiu um grande império Sr. Grey, mesmo sendo tão novo. O que, ou quem, te incentivou a construir tudo isso? E a quem você dedica?

Christian sorri e meu coração dispara.

—Quando eu tinha 16 anos eu conheci uma garota. —Sinto meu coração acelerar. —Ela era muito especial, bem ainda é. Um dia quando conversávamos ela me disse que eu seria alguém muito importante, naquele momento eu acreditei nela, e foi ai que descobri que eu poderia ser alguém de verdade, e pela primeira vez eu acreditei em mim. Então eu conquistei tudo que tenho hoje, graças às palavras dela. Acho que devo tudo a ela. Não concorda Srta. Steele?

—Cla-claro. —Gaguejo enquanto desligo o gravador. —Obrigada por responder todas as perguntas Sr. Grey, e me desculpe tomar seu tempo.

—Você acha que tomou meu tempo?

—Sim, até mesmo porque o senhor é muito importante. Não deve ter tempo nem para os amigos.

—Já vi que você continua birrenta.

—E você um completo idiota! —Digo com raiva.

Levanto-me e começo a pegar as minhas coisas.

—Ana, por favor.

—Não! —Exclamo e algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto. —Você parou de falar comigo, por dois anos! E eu precisava de você, muito! Não me venha com, por favor.

—Me perdoa...

—Dessa vez não Christian. Você já me magoou muito. Eu ainda tive esperanças que você fosse me buscar no aeroporto. Como eu fui tola.

—Por favor, me deixa explicar.

—Explicar o que? O que eu já sei? Que você foi um completo idiota? Abandonou todo mundo? E nem se importou em como as pessoas ficariam? Em como sua mãe ficaria? E eu? Você acha que eu não fiquei mal? Você era meu melhor amigo.

—Eu só não queria acreditar que você tinha ido.

—E era mais fácil me esquecer?

—Você faria o mesmo.

—Não faria, e não fiz. Eu continuei acreditando todos os dias que a qualquer momento você me ligaria, ou mandaria até mesmo uma mensagem, só que mais uma vez você só pensou em você. Só pensou na sua dor e esqueceu que tem pessoas que te amam.

—Não fazia mais sentido se você não estivesse ali.

Sinto meu coração se apertar.

—Para mim também não faria. —Digo. —Mas ao menos eu soube fingir, e não magoei ninguém. Até logo Sr. Grey, foi um prazer te ver. Ou Rever.

Saio da sala e sinto algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Isso realmente não foi justo.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Apoiam a Ana? Ou acham que ela está errada?