We Belong Together escrita por Leticia M


Capítulo 1
With Or Without You


Notas iniciais do capítulo

LER com ESSA musica --> http://www.youtube.com/watch?v=WKdUQD4EBAQ 
[/U2-With Or Without You]
ou o capitulo PERDE A TOTAL graça =T
Capitulo Narrado pelo Bill [/está meio grandinho =X]



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Cheguei em casa.

O clima entre nós dois estava estranho.

Tom não falava comigo á dias, e isso me deixava doido, queria saber o que se passava com ele, pois não dei motivo para ele simplesmente parar de falar comigo. Seus diálogos se baseiam em monossílabos, tais como “sim” ou “não” e em algumas vezes um “talvez” surgem de seus lábios.

Talvez ele soubesse o que eu sinto, talvez não, espero que não, pois com o auge de nosso sucesso não posso me deixar levar por sentimentos, pensamentos e até atitudes, que possam nos levar ao fracasso, até porque o sucesso das nossas musicas é o que eu nós sempre quisemos, ou não?

Bom, é melhor afastar esses pensamentos da minha mente e ir até o meu quarto, tomar uma ducha para poder me esquentar depois dessa chuva que eu tomei indo até a farmácia.

Subi as escadas, e no meio dela me deparei com meu irmão vestindo sua boxer preferida e vermelha.

Ele me olhou nos olhos, não disse nada, mas me encarava, com um olhar que eu não sabia decifrar, ele alternava o olhar entre minha boca e meus olhos e o mesmo fazia eu, tentando disfarçar, porem não tendo sucesso em tal missão, então resolvi quebrar o silencio.

“Você está bem Tom?”

“sim”

Ele continuou descendo as escadas, passando seu corpo quente contra o meu gelado, e eu pude sentir seu perfume, másculo, porem adocicado, e por frações de segundos, pensei em agarrá-lo ali mesmo, mas não, ele é meu irmão, não vou fazer isso.

Impedi-o de descer as escadas, puxando pelo braço.

“Esteja em meu quarto em meia hora, precisamos conversar, e não aceito não como resposta”

Disse calmamente porem sério, ele assentiu com a cabeça e eu deixei-o ir, ele desceu as escadas, e eu subi-as rumo ao meu quarto.

Chegando lá joguei a sacola com os meus comprimidos na cama e fui para o banheiro.

Retirei minha jaqueta de couro preto que estava molhada e pesando em meu corpo, tirei a camiseta cinza e por fim as calças jeans, ficando apenas de boxer, senti uma brisa gelada bater contra meu corpo, abri o Box, e liguei o chuveiro, deixando a água quente cair, e podendo ver o vapor subir.

Entrei debaixo daquela água quente e confortante, molhando meu corpo e meus cabelos. Fiquei assim, debaixo da água quente, apenas pensando, em tudo, em mim, e nele.

“porque tudo tem de ser assim?”

Sussurrei para os ventos, apenas eu e a parede podíamos escutar. Lavei meu corpo, meus cabelos, e sai da ducha.

Peguei minha toalha branca com as minhas iniciais, e enxuguei os meus cabelos, e depois passei a toalha em meu corpo para secar as gotículas de água que permaneciam em minha pele.

O banheiro estava cheio de vapor, e diante do espelho tentei ver meu reflexo, porem o vapor predominava no vidro, impedindo qualquer imagem de ser refletida por ele.

Ali, parado e olhando fixamente no espelho tive a brilhante idéia de escrever algo, que em questão de minutos seria levado com o vento, quando o vapor sumisse. Caminhei em direção do grande espelho em minha frente, olhei fixamente para o mesmo, levantei a minha mão e escrevi

 

“Eu acredito que ninguém possa sentir o mesmo que eu sinto por você agora.

Aposto que você não gostaria de saber dos meus pensamentos

Acredito que um dia me recuperarei dessa doença quem compõem minha alma

Essa doença sádica que se chama amor.

E que está me consumindo á anos, minha alma está servindo de alimento para ti, mesmo que não saiba.

Eu quero-te, eu desejo-te e preciso de ti, aqui, comigo.

Porque te amo, e sei disso.

Não posso mais ficar assim, sem ti.

Essa doença já me consumiu de corpo e alma, e ela tem nome, e o nome dela é Tom

 

 Deparei-me com um poema, simples, mas era o que eu sentia, realmente.

Não consigo mais lutar, não posso mais lutar, não tenho mais forças para isso.

Loucura? Talvez.

Chega, não dá mais, eu vou revelar á ele algum dia mesmo, e é nesse dia que eu partirei.

Olhei o espelho mais uma vez, respirei fundo e sai dali, em direção ao meu quarto, por alguma roupa.

Abri a porta do banheiro e pude sentir o vento gelado que predominava meu quarto invadir o banheiro passando pelo meu corpo vestido apenas com uma toalha branca enrolada em minha cintura.

Abri os olhos, que á minutos estavam fechados apenas sentindo a brisa passar por mim, e me deparei com o Tom sentado cabisbaixo sob a minha cama, senti minha pele formigar, e como me conheço tão bem poderia dizer que estava com vergonha.

Mas vergonha do que?

 Ele é meu irmão! Sempre tomamos banho juntos quando éramos pequenos, e ensaboávamos um ao outro, e isso era totalmente normal para mim, mas agora é diferente, eu amo-o, e isso me torna envergonhado em sua frente, o que parece ser normal á dias.

“Tom?”

Pelo jeito despertei-o de seus pensamentos, ele olhou profundamente em meus olhos, e logo pude perceber que seus olhos desciam para meu corpo molhado pelas gotas de água que caiam do meu cabelo e passavam pelo meu abdômen e caiam na toalha.

“o que você tem para falar comigo Bill?”

Ele tirou os olhos de mim, e virou o rosto em direção ao mural pregado na parede branca, lá estavam fotos nossas de infância.

Ele se levantou da minha cama e foi em direção ao mural, lá ele tirou uma foto.

Mas não uma foto qualquer, era uma foto nossa, quando éramos pequenos, nós estávamos abraçados, colados um no outro, como se aquele instante fosse acabar, tínhamos por volta de 9 anos, ele olhou a foto e sorriu e me olhou

“lembra desse dia?”

“nosso aniversário”

Caminhei até ele, peguei a foto de suas mãos, e sorri também

“éramos tão felizes naquele tempo.”

“como nunca fomos antes”

“sim”

Devolvi a foto para suas mãos, e fui até o guarda-roupa, retirei a toalha e joguei na cama, e peguei meu pijama preto de moletom e joguei-o em cima da cama, e depois abri a gaveta onde estava minhas boxers e samba canções, peguei a minha boxer cinza e vesti-a, fechei a gaveta e logo o guarda-roupa.

Tom estava mesmo atrás da porta do guarda-roupa, já que quando a fechei, seu rosto estava perto do meu, me assustando

“assustou-me Tom”

“não era a intenção”

 Vesti a calça do meu pijama e sentei-me na cama, sendo seguido por ele.

o que você quer falar comigo Bill?”_perguntou-me

“quero saber o motivo”_sem olhá-lo respondi

“motivo do que?”

“de você estar assim Tomi”

Eu levantei a cabeça e encarei-o Ele abaixou a cabeça e respondeu

“ando confuso, só isso”

“com o que?”

"com a nossa vida”

“nossa?”

“sim”

“da banda?”

“não Bill, minha e sua”

“o que tem á ver isso Tom?”_isto estava instigando-me

“tudo Bill”

“você está me deixando confuso, me dê uma resposta concreta Tom” “não posso”

Franzi minha sobrancelha

“como assim?”

Ele se levantou e foi até a porta e abriu-a

“porque não tenho resposta para mim mesmo”

 E saiu pela mesma, fechando-a Eu deixei-me cair na cama fechando os olhos, pensando no passado.

Sim éramos felizes, sem fama, reconhecimento, sem nada, sem pudor, malicia ou perversidade, sem medo, e apenas Sonhos na mente e Amor no coração

“porque isto está se tornando difícil?”

Enfiei-me em baixo das cobertas, e pousando a minha cabeça no travesseiro, e assim, finalmente dormindo.


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Notas finais do capítulo

Mereço Reviews?
Posso continuar a Mini-Fic?



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