The five dreams escrita por Yasmin


Capítulo 13
Capitulo 13 — Afirmando


Notas iniciais do capítulo

Boa noite.
Uma semana certinho.
Espero continuar assim..rsrs
Capitulo mais doce que batata doce.
Então comentem bastante.
Boa leitura, beijos.



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— Você não se decide em dona encrenca. Uma hora me ama, outrora não! Tem certeza que não vai mudar de ideia daqui... — pausei e olhei no relógio —... cinco minutos? — Perguntei bastante sério sobre seus sentimentos confusos.

Ela me olhou com seus grandes olhos redondos e, sem dizer nada, me beijou outra vez. 

    Ficar uma semana sem vê-la foi difícil, agoniante e mudou meu humor. Mas, revê-la me fez ver como fui burro por ter desperdiçado uma semana longe dela. Saber que tinha chance com ela ainda me fez o homem mais feliz naquele momento. Exceto pela situação que me encontrava —, tendo minha ex-namorada maluca seminua na sala ao lado.

— Depois de tudo que falei, ainda tem dúvidas, Mellark? — respondeu com outra pergunta e eu sorri, lembrando de sua declaração atrapalhada.

— Eu só quero ter certeza, você é muito instável, Katniss. — voltei a ficar sério — Só preciso ter certeza!

Ela mordeu seu lábio como se pensasse no seu próximo passo. Então, ficou nas pontas do pés. Beijou cada canto do meu rosto.

— Eu quero você, Peeta, até o dia que não me quiser mais. —falou com a voz morna e depois trovejou— Depois disso, irei até a África e pedirei ao chefe da tribo que faça um trabalho catastrófico para que fique feio, gordo e barrigudo. Nem aquela oxigenada da sua ex-namorada irá te querer...

Joguei a cabeça para trás e gargalhei com a frase da maluca.

— Você é maluquinha. — eu disse

—E você é um rabugento. Precisava ficar om aquela cara feia no bar? —Eu fiquei, confesso que fiquei. Mal falei com as pessoas que estavam em nossa roda. Mas, ela também me provocou.

— Você foi uma menina má hoje, Everdeen! — pedi a ela que ficasse esperando para terminarmos a conversa que começamos no lavabo da minha casa, porém ela foi teimosa como sempre. Tudo bem que eu excedi o tempo que tinha pedido, mas, não custava nada ela ter feito um esforço e me esperado.

— Eu fui má? — se fez de desentendida.

— Sim, pedi que esperasse na minha casa, mas, foi para o bar e ficou se exibindo. Agora você merece um castigo...— olhei para o mar e para ela novamente.

— Nem pense nisso... — ela disse desconfiada e se afastando.

Tirei meu tênis, o relógio do pulso, a carteira do bolso e os joguei na areia.

— Não, Peeta, Não Peeta. — implorou gritando meu nome, enquanto a coloco em meu ombro e entro com ela na água. Penso que um banho de mar é ideal neste momento para tirar o cheiro de álcool que está sobressaindo ao dela.

Quando cheguei à minha casa já esperava não encontrá-la. Nem desci do meu carro quando notei a ausência do seu no pátio de espera. Então vim na casa dela somente por desencargo de consciência e como imaginei aqui ela também não estava.  Então eu pensei —sexta feira... —, com certeza ela estará na companhia das amigas, pelos bares da cidade.

Não sei o quanto ela já tinha bebido na minha ausência, só sei que na minha presença ela não se fez de rogada. Bebeu várias dozes de um liquido transparente e distribuía sorriso para todos os lados. Menos para mim. Tenho certeza que fazia de propósito.

— Pensasse nisso antes de encher a cara e ficar se exibindo naquele bar... — falei nadando, ficando longe, enquanto ela se livra da agua salgada que quer bater no seu rosto.

Penso que ela vai agir imaturamente como sempre faz, mas não. Fica em silencio,  nada até próximo a mim e diz ressentida.

— O que você queria, Peeta, que eu ficasse na sua casa te esperando eternamente enquanto você estava lá, fazendo sei lá o quê, com aquela tal de Beatrice, que até então foi a mulher com qual você teve um longo relacionamento nos últimos anos... — desviou o olhar por um instante — ...nunca fui uma mulher insegura, mas, você me deixou assim, por ter sido omisso quanto a essa parte da sua vida... — abri a boca algumas vezes para contestar, porém, ela negou com a cabeça como em um pedido silencioso. — ...sei também que sou intolerante à algumas situações. Sou mimada e com milhares de imperfeições, mas, eu entenderia se tivesse me dito que: tem uma maluca que faz de tudo pra te infernizar e que por algum motivo que você ainda tem de me contar mantinha um noivado de fachada com ela. Então, não cobre nenhuma atitude minha se você também não teve iniciativa...

Fala disparadamente sem nem respirar.

Fiquei em silencio enquanto a maré balançava nossos corpos, mas, repentinamente uma onda um pouco mais violenta nos colou e eu a segurei firme nos meus braços com a intenção de nunca mais solta-la.

— Me desculpa, não era essa minha intenção. — peço sincero por não ter falado sobre minha situação para ela e por não ter voltado à tempo conforme tinha prometido. Eu tentei, mas, foi impossível. Beatrice tinha se instalado em um hotel à beira da estrada e pediu que passássemos lá para pegar suas coisas—foi aí que o tormento começou—, minha tentativa de acalma-la dizendo que eu pensaria sobre sua absurda proposta, só piorou a situação, pois ela se apegou a isso como um sinal de que ainda existe a possibilidade de reatarmos. Conseguir sair de dentro do quarto do hotel, depois de pedir ajuda a Cato, que por sorte já estava a caminho da cidade.

— Então porque demorou? —perguntou curiosa.

— Já disse: ela começou a chorar e o mesmo de sempre... —estreitou os olhos desconfiada —Por que não entramos, está ficando frio.

Disse isso para ganhar tempo e pensar em outra desculpa, se eu contar a verdade, ela vai fantasiar coisas que não aconteceram e bom... tem exatamente dez minutos que fizemos as pazes. E quero tudo com ela, menos iniciar um nova discussão, não hoje.

Então ela aceita sugestão, nadamos até o raso e até estarmos fora d´ água totalmente. O vento quase nos congelou e Katniss rechaçou dizendo que será minha culpa se ela ficar doente. Peguei minha coisas que estavam jogadas na areia e caminhamos de mãos dadas até entrarmos na varanda da casa dela.

— Nem pensar... —diz impedindo minha passagem—...não vai entrar todo molhado e cheio de areia na minha casa.

— Não, e como vou fazer? Vou dormir aqui fora?

— Tire a roupa, oras. — sugere e me surpreende ao fazer o mesmo. Pois quando ficamos juntos a primeira vez ela estava nervosa e tímida, escondeu seu corpo várias vezes. O que me deixou mais sedento ainda. Sei que não faz de propósito, é o jeito dela de ser e isso me cativou bastante. Gosto disso, desse ar meigo, de menina do papai. E olhando para ela agora, toda desinibida penso que ainda é o efeito da bebida.  Mas meu desejo por ela é imensurável e fica mais incontrolável por ela estar usando apenas uma lingerie vermelha rendada. — Vai ficar aí, me olhando? — diz com um sorriso de canto, atravessa a casa seminua e, antes de subir a escada me olha de soslaio e, eu me pergunto: o que ainda estou fazendo aqui parado feito dois de pau.

Logo minhas roupas estão espalhadas pelo chão e eu subo os degraus. Ela está parada na porta do quarto com a mão na maçaneta.

— O que deu em você? —pergunto finalmente e minha voz sai rouca de desejo.

— Que me faça sua outra vez! — responde e, antes que eu diga qualquer coisa, ela lança seus braços ao redor do meu pescoço e cola sua boca na minha. O beijo é fervoroso, quente. Sua língua afasta meus lábios sem resistência e encontra a minha, sinto meu corpo estremecer. A velocidade com que a minha língua a aceita e o prazer como aquele toque é tão arrebatador que acho que vou explodir ali mesmo. Sinto meu coração bater aceleradamente  e outras partes do meu corpo acordar. Ela se afasta e ri do estado que me deixou.

— Senti tanta falta disso... —parei para respirar, enquanto entramos pela porta do quarto —...muita falta disso —agora eu a beijei em igual ou com mais intensidade, até encontrarmos a cama dela. Depois disso tudo pareceu acontecer em câmera lenta. Nossos movimentos, ela esfregando sua pele na minha. Seus gemidos entoando meu nome. Tudo de forma arrebatadora. Eu sou dela e de mais ninguém. Eu sei disso, tenho idade e vivencia o suficiente para saber que isso não é só uma paixonite. É amor de verdade. O mais puro que já existiu. Não importa o que aconteça, será assim para sempre enquanto eu viver.

— Como vai ser depois que suas férias acabarem? —ela estava deitada em cima de mim, enquanto eu alisava de forma carinhosa sua pele exposta. Agora ela levantou o rosto, e mesmo com a minguada luz que atravessa a janela, consigo ver a preocupação emanando de seus olhos.

Quanto a sua pergunta eu não sei precisar sua resposta. Confesso que não estava nos meus planos me apaixonar por alguém daqui, viver esse amor aqui. Só mantive vínculo com a cidade pela teimosia de minha mãe a continuar vivendo aqui, com as lembranças de Sabrina.

Mas, agora precisarei traçar um plano e Katniss é a minha maior prioridade. Só preciso pensar em como vai ser. Ela aqui. Eu lá. A minha única certeza é que conseguirei vê-la no finais de semana.

— Nada vai mudar! —falo confiante, sem vacilar. Mesmo sabendo que teremos de enfrentar a distancia, saudade e tantas outras coisas que irão tentar interferir.

— Nada vai mudar. —repete sorrindo e deita por completo sobre meu corpo. O que estranho no mesmo instante, pois eu esperava que ela viesse com uma lista de dificuldades que vamos enfrentar.

— Não vai brigar, colocar um zilhão de empecilhos? —cutuco sua barriga e ela se contorce. — Ficou doente com o banho de mar, foi?

Ela ri.

— Estou sem forças...

— Há é? Te deixei sem forças foi? —falo apertando seu corpo contra o meu.

— Também, mas confesso que preciso de comida. Estou há horas sem ingerir nada e também extrapolei com as doses de tequila. —se levanta e puxa o lençol cobrindo seu corpo.

Então, peço a ela que continue na cama ou tome um banho. No tempo que desço e preparo algo para comermos. Já é madrugada então, tento preparar  algo leve, mas, que seja forte o bastante para que ela fique saciada.

 — Vai me deixar mal acostumada, sabia? — Ela fala descendo as escadas de banho tomado. Está de pijama e com os cabelos molhados. —Deixei um roupão em cima da cama, por que não toma um banho enquanto termino aqui. —aponta para a panela ao fogo e ri de meu estado, enrolado somente a uma toalha. E realmente preciso de um banho, meu cabelo está duro: efeito da água salgada.

Então, faço isso, subo, me lavo sem muita demora. Depois nos sentamos a mesa de jantar dela. Enquanto isso, observo suas coisas. Já fiz isso antes, mas não com tanta dedicação.

— Muito bom seu macarrão instantâneo.— me interrompe, bocejando.

— É minha especialidade. — levantei e ela se assustou quando a empoleirei nos meus braços, subindo as escadas e depois a depositei na cama. —Boa noite, Katniss.—disse antes de fechar os olhos  e ela se acomodou no meu peito.

No dia seguinte acordo, com os raios do sol que atravessam a cortina, tento cobrir meu rosto com o travesseiro, mas, uma doce risada, misturada com latido de cães, chamam minha atenção.

            O lado direito da cama está vazio; vejo somente as roupas que usei na noite anterior dobradas e aparente limpas. Entrei no banheiro e em cima da pia encontrei uma escova e toalhas à minha espera. Ri de como ela é organizada, diferente, mais muito diferente de mim que sempre me encontro em minha bagunça.

—Achei que no sábado, só acordasse depois do meio dia. —gritei ao longe, enquanto descia os degraus que separam a areia da varanda.

— Eu bem que gostaria, mas, o seu cão me acordou. —se aproximou apontando para praia, onde um grupo de cavalos selvagens comem uma ração, que com certeza foi ela quem deixou ali e logo mais adiante Ruffus e Maia, correm em círculos na areia e revezam nos latidos contra os cavalos. — Ele veio vê-la, ficou arranhando a porta dos fundos, fez muito barulho. Não escutou nada? —Perguntou sorrindo.

            —Não, dormi como uma pedra. —falei ajeitando seu cabelo atrás da orelha. —Ele ficou com saudades dela. —andou cabisbaixo, tentei brincar com ele, mas, nada o animava. Pensei até que estava doente. Mas agora vejo que era somente saudade da Maia. E em retrospecto, concluo que ele não era o único, tive todos esses sintomas com a ausência de Katniss.

            —Por sua culpa. —disse acusativamente. — Foi um ogro comigo e nos distanciou. E ainda atrapalhou o romance da Maia.

            Estava bom demais para ser verdade. Começou a loucura.

            — Do que está falando?

            — Ficou me acusando de ter corrido para os braços do Gale. Não se lembra?

           — Não vai começar, não é Katniss. Achei que já tínhamos superado isso.

            — Superado? —disse, se afastando e entrando na cozinha. — Só vou superar depois que esclarecer tudo; então pode começar: Por que mantinha um noivado falso com aquela zinha?

            Olhei para ela sem saber como ela sabe dessa informação.

       —Sua mãe me procurou, disse por cima que esse noivado era invenção de sua namorada. O que me deixou muito confusa, pois antes de te conhecer ela falou da felicidade que sentia por organizar seu casamento. Então por favor, esclareça. Minha cabeça está dando voltas sem entender nada dessa confusão.

       Sem hesitar, comecei do começo. Contei da obsessão de Beatrice, do termino, da doença de dona Evellin, da fraude nos contratos da empresa e por fim —, no falso noivado.

        Sentou no meu colo e escutou toda a história sem dar um pio.

        —Entendeu agora?

        Afirmou balançando a cabeça.

     —Me desculpa, fui tão mesquinha de novo—tapou o rosto com as mãos... —eu...eu não podia imaginar, câncer, Peeta?—parece estar sofrendo com a revelação da doença de minha mãe. Sabia que elas se gostavam, mas, não sabia que era tanto.

            —Ela vai ficar bem, amor! Não se preocupe.

            — O tratamento, ela não parou o tratamento foi?

            — Não, prometeu que ia continuar. Mesmo sem o casamento.

            — Graças a Deus—disse aliviada. —Foi lindo seu gesto sabia? Tudo por sua mãe. É linda a forma como você cuida da sua família, Peeta. Te admiro por isso.

            A verdade é que aprendi isso com os meus pais. Mesmo que hoje, não somos o melhor exemplo de família, eles ao menos tentaram nos passar isso. Colocar a família sempre em primeiro lugar. Tudo bem que uma vez na minha vida, não levei isso ao pé da letra.

— Eu sabia que o Gale estava enganado. —ela disse e me intrigou.

— O que o Gale, tem a ver com isso?

—Esquece, não vale a pena. Ele só estava ressentido.

— Não, eu quero saber. O que ele disse, Katniss? —falei mais firme.

Hesitou por uns instantes antes de responder.

— Que... —abaixou o olhar—...você é um egoísta e o único culpado de sua mãe estar assim.

Engoli em seco sem saber o que dizer, ciente das verdades ditas por ele. Pois esse é um fardo que sempre carregarei. Mas, não me importo com  o que ele pensa e sim com as pessoas que amo pensam disso. 

—Eu... — tentei dizer algo, porém ela calou-me com um leve beijo.

—Não diga nada. Só quero que saiba que não acreditei nem por um segundo no que ele disse. Você é um homem incrível, um filho incrível e um... —disse a última frase tão rápido que mal pude compreender.

—Um o quê?

— Você é lerdo. —esbravejou repentinamente. —Vocês homens são tão lerdos...

—Acabou de dizer que sou incrível e agora está dizendo que sou lerdo. Não consigo entende-la.

Bufou.

—Eu disse: que você poderia ser um namorado incrível, caso você aceitasse namorar comigo.

Gargalhei.

—Está me pedindo em namoro? —eu não fiz um pedido oficial, visto que conversamos e depois de tudo que dissemos, achei que não fosse preciso. Mas, parece que ela faz questão. Por isso até quebrou o protocolo e está fazendo o pedido ela mesmo.

—Qual a graça? —tenta sair do meu colo, mas, não permito e a seguro firme em meus braços.

— Achei já fosse seu namorado, por isso não pedi.

—Achou? —Arqueou a sobrancelha—Pra uma pessoa ter um relacionamento com a outra. Um tem que fazer o pedido. Sabia?

—Você está coberta de razão, desculpe pelo meu lapso temporal. Mas, meu cérebro parou depois que a dona da casa, impediu minha entrada aqui e fez um Streptease, revelando uma lingerie vermelha sensual que ela usara na noite passada. — logo as cenas de nossa noite preenche meus pensamentos e meu corpo já manifesta as vontades que tem dela. Enfio meu rosto no seu pescoço e minha mão dentro de sua mini saia. —Sabe se ela está usando algo parecido hoje? —sussurrei rente ao seu ouvido.

—Hoje ela não está usando nada...—responde sedutoramente e me provoca da forma que ela sabe fazer.


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