As Aventuras Bizarras de Beta Fisk escrita por Gapashi


Capítulo 9
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Notas iniciais do capítulo

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Alice sentiu as mãos do homem descerem pelo seu corpo. Tentou, ao máximo, manter as pernas fechadas. Mas a força de Sigma era muito maior que a sua. As lágrimas começaram a descer ao sentir que ele chegava a partes mais íntimas. De repente, o peso de Sigma foi tirado de cima dela e um estrondo pôde ser ouvido no banheiro, como uma parede sendo quebrada. Alice abriu os olhos embaçados pelo choro e enxergou a silhueta de Beta em posição de ataque. A parede à frente estava em fragalhos e Sigma continuava a atravessar as árvores grossas do bosque, uma consequência do soco desferido pelo mais velho.

– Você está bem? - Beta abaixou os punhos cerrados, grudando-os às laterais do corpo, a linha dos lábios estava reta e ele os apertava com força. - Ele te machucou?

Beta a encarou com cara de sofrimento e, então, Alice desabou. Não conseguiu segurar. As lágrimas quentes desciam desgovernadas agora. Sentiu medo. Ainda sentia. Beta a puxou para um forte abraço, sem se importar com a água que caía e molhava ambos ele e o chão. Sussurrou milhares de pedidos de desculpas no ouvido de Alice.

– A culpa não foi sua, Beta. - ela sustentou o rosto macio de seu salvador nas mãos. - Você me salvou.

– Graças ao seu grito de socorro. - suas mãos cobriram as frias e ossudas de Alice. Ignoraram o fato de ela estar nua e ficaram ali por mais um tempo, com as cabeças encostadas.

– Poderia me dar uma toalha? - indagou Alice quebrando o momento. - Estou com frio.

– Tenho algo melhor. - Beta se levantou e balançou as mãos, onde apareceu um roupão rosa de veludo. Alice aceitou-o de bom grado. - Vista-se. Vou buscar Sigma. Já chega de quebrar árvores.

Obedecendo, a menina dirigiu-se ao pequeno closet dentro do banheiro onde pôde colocar seu pijama. Olhar-se no espelho era um martírio após ter passado por aquilo. Ao sair do closet, Sigma foi jogado aos seus pés por Beta. Ele sangrava pelo nariz e possuía cortes nos braços, fundos e assustadores. Sigma tossiu e virou-se para encarar Alice. Cuspiu sangue.

– Desculpe-me... - ele sussurrou com dificuldade. O arrependimento estava exposto em seus olhos.

– Mais alto! - gritou Beta - Eu não escutei!

– Chega, Beta! - gritou Alice, horrorizada. Beta relaxou os ombros, mas não desfez a expressão de raiva e desgosto. - Olha o que você fez! Coitado!

– Coitado?! - Beta apontou com raiva para o irmão - Alice, ele quase te...te...

– Estuprou? - Alice o encarou. - Não foi a primeira vez que passei por esse tipo de coisa. É claro que agora tenho medo e certo nojo de seu irmão, mas não quero que o mate só por ter compulsão por abusar de mulheres. Mesmo que ele mereça, não deve, Beta. É sua família.

– Toda vez é a mesma coisa. Alguém da família encontra uma garota por quem sente a responsabilidade de proteger e Sigma estupra essa mulher. Agora eu entendo toda a raiva que meus irmãos sentiam quando isso acontecia. - Sigma sentou-se com dificuldade e recostou-se na parede. - Eu não ligava muito, porém, ao sentir na pele, tudo mudou. Comigo, é diferente. Faço aprender na porrada! - Beta levantou a mão para socá-lo.

– Não! - Alice entrou na frente. O soco desviado de Beta abriu um buraco na parede ao lado do rosto da garota. Assustada, Alice não sabia o que fazer. Beta estava mostrando seu lado raivoso e ele não era nada agradável. Na verdade, era assustador. Seu coração pulava de medo. Sua expressão não devia ser uma das melhores, pois o deus relaxou os músculos do rosto e se afastou.

– Me desculpe, eu...

Alice deslizou pela parede até a porta ao lado e saiu correndo. Beta mordeu o lábio inferior. Sigma começou a rir.

– Assustou quem você mais queria proteger. - disse.

– Vá embora, Sigma. Não lhe garanto que o deixarei vivo da próxima vez. Mesmo com Alice defendendo-o.

– Eu vou embora. - Sigma se levantou. Com um sorriso no rosto de sangue, acrescentou: - Nenhum dos nossos outros irmãos queria tanto proteger uma mulher quanto você, Beta. Você realmente se sente atraído por esta criatura inferior. - mancando ele foi até o rombo na parede - Até mais, irmão.

Acalmando-se por completo, Beta decidiu conversar com Alice. Fazendo uma busca rápida pela casa, seu rastreador natural confirmou a presença da garota na biblioteca. Numa calma extraordinária, ele seguiu à passos demorados para a biblioteca. Entrou e fechou a porta atrás de si. Alice estava atrás de um dos sofás de veludo vermelho.

– Alice, consigo vê-la, senti-la e farejá-la. Saia de trás do sofá. - alguns segundos se passaram sem nenhuma ação. - Por favor.

Aquele pedido sussurrante fez Alice se levantar. Aproximou-se de Beta enquanto este prendia a respiração. Chegou à uma distância de cinco passos.

– Eu... eu queria pedir desculpas pelo que aconteceu. Eu... estava muito nervoso e...acabei te assustando. Me perdoe, por favor.

– Vai ser sempre assim, Beta? - ela indagou, o medo em seus olhos - Eu vou viver perdoando as burradas que você faz? - Beta começou a se aproximar. Agora eram quatro passos. - Ou você me assustando e fazendo essas coisas de "deus"? - Dois passos - Sabe, me disseram que eu nunca ia conseguir ser sua amiga. To começando a acreditar nisso. - Zero passos.

– Vai deixar de ser minha amiga? - Beta a puxou devagar pela cintura, o que ela não rejeitou. Apertou-a contra seu corpo, sentindo a respiração ofegante e o calor da mulher em seus braços - O que disseram a meu respeito?

– Me disseram que eu seria mais do que sua amiga. - Beta roçava os lábios em suas orelhas, fazendo-a ficar ainda mais ofegante. Um calor que a consumia corria pelo corpo. Explorando a pele sensível de seu pescoço, Beta deixou uma trilha de beijos que queimavam, suas mãos firmes em suas costas agora subiam até a base de seus seios, não indo além disso. Alice agarrou-se ao tecido de sua camisa sobre os músculos fortes de suas costas.

– E o que você acha que vai acontecer? - Beta mordeu o lóbulo de sua orelha.

– Não sei. Estou confusa,

– Alice, você será minha, não importa o que aconteça.

Beta tomou a boca de Alice, beijando com desejo e delicadeza. Alice deixou-o entrar e explorar o pequeno espaço. Ele explorava cada pedacinho com avidez e habilidade, fazendo Alice tremer a cada movimento de sua língua. Descendo as mãos até suas coxas, Beta a levantou em seu colo. Alice agarrou seu cabelo sedoso e passou os dedos pela raiz dos fios. O deus soltou um pequeno gemido, apertando-a cada vez mais. Então, ela sentiu a superfície macia e fria do sofá em conjunto com o peso de Beta. Não conseguia parar. Seu cheiro, seu jeito, ele era entorpecente. De repente, Beta se afasta e senta no sofá, longe dela.

– Não podemos. - disse ele, ofegante. - Ainda não.

– Por que? - ela se aproximou.

– Eu deixaria marcas em você das quais eu não me orgulharia. Então, vou esperar você me atacar com desejo e permitir que eu te toque.

Alice corou intensamente, a timidez aflorando em seu rosto. Automaticamente levou as mãos ao rosto cobrindo-o com elas. Sentiu os lábios de Beta em seus dedos. Estou escondendo o que ele mais gosta.

– Já sei, já sei. "Não esconda seu sorriso". - ela se esforçou para abaixar os braços e encará-lo. Beta abriu aquele sorriso que fazia Alice perder o fôlego.

– Exatamente, eguzkia.

Meu sol.

Alice deitou-se no sofá e ele deitou de bruços, com a cabeça em cima de sua barriga. A menina adormeceu encarando aqueles olhos castanhos enquanto enrolava mexas do cabelo azul.


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Notas finais do capítulo

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