Servos e Humanos escrita por Ed Henrique


Capítulo 9
Dionísio e Cúpido


Notas iniciais do capítulo

Qual será o envolvimento de nossa Cúpida e o deus do vinho? Logo, logo saberemos.



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Dionísio (Jiraya):Dionísio, o deus do vinho, das farras e da loucura, era filho de Zeus e Sêmele, princesa tebana, filha de Cadmo e Harmonia. Sêmele, instigada por Hera, rogou a Zeus que a ela se apresentasse em todo seu esplendor. O deus a preveniu de que seria impossível a qualquer mortal resistir a tal visão. Sêmele, que se encontrava grávida na ocasião, não resistiu e caiu fulminada por raios e trovões. Zeus, com o auxílio de Hefesto, retirou-lhe o filho do ventre e o costurou à sua coxa de onde, passado o tempo de gestação, saiu Dionísio.



10/04/2015, dia seguinte.

Era mais uma manhã de Primavera em Tokyo. Mais uma vez, Ártemis fora descansar, e o sol brilhava e iluminava os céus, um oferecimento: Apolo. Não haveria aula, graças aos deuses, assim emendavam com Sábado e Domingo.

A fraternidade combinara de acordar junta – junta, não cedo. Haviam quatro banheiros na casa, um do lado das meninas, um dos meninos, e um para cada sexo no corredor que dava para a cozinha.

– Abre essa porta, Sasuke. – falou Naruto, batendo na mesma. – Você já tá a vinte minutos aí.

– Posso tomar meu banho em paz, dobe? – perguntou lá de dentro.

– Eu quero ir no banheiro.

– Espera, ninguém mandou dormir demais. – disse.

– Abre a porta, você tá no box, eu só quero mijar. – falou, batendo na mesma.

– Eu não, deixar homem entrar no banheiro comigo, saí fora. – riu baixo.

– O banheiro de onde nós viemos eram vários chuveiros sem divisório, nunca ouvi você reclamar.

– Mas agora eu tenho o banheiro só para mim, é tão grande e espaçoso. – riu alto dessa vez.

– Argh. – socou a porta.

– Poxa, Naruto, eu não sabia que você gostava de ver os outros garotos pelados. – disse Sai atrás de si.

– Sai, já falei para não chegar assim. – deu um chute para trás, porém, o moreno desviou. Não queria acertá-lo, era só para ver se ele se afastava mesmo.

– É que eu ouvi que você queria entrar no banheiro com o Sasuke, então pensei: a essa hora da manhã? – seu costumeiro rosto sem expressão, agora estava com um sorriso de canto.

– Seu...

– Por que a fila para o banheiro? – a voz de Neji foi ouvida, e o mesmo ia na direção da dupla, com a toalha em ombros e vestindo apenas o short. – Quando eu saí do banheiro lá de baixo o Hidan já estava acabando. – Sai e Naruto se olharam e saíram correndo.

Por estar na frente, o loiro chegaria antes, então o moreno pulou em cima dele, tomando impulso e parando em sua frente, um lindo movimento artístico. Quando estava prestes a descer as escadas, um chute acertou suas costas, o fazendo rolar escada abaixo – chegaria mais rápido. Naruto pulara no corre mão e descera deslizando, parando próximo a Sai, que não morrera, mas sentira dor, muita. Quando o loiro iria para o corredor do banheiro, sentira uma barreira ser levantada e tentou se apressar, mas um animal segurou sua perna. Sai passou debochadamente ao seu lado, parando ao lado da porta do banheiro e desfez a barreira.

– Eu te odeio.

– Também te amo. – acenou para o loiro, que deu meia volta.

– Se você saiu do banheiro lá de baixo e o Hidan já estava saindo, quer dizer que você tomou banho com ele, por acaso? – Sasuke perguntou, abrindo a porta do banheiro. Ouvira o que Neji falara, mas os garotos já não estavam mais no corredor quando o moreno saiu.

– Só dividimos o banheiro. – deu de ombros.

– Então tá.

– Tá duvidando de alguma coisa, Sasuke? – arqueou a sobrancelha.

– Não, que isso.



Todos já haviam tomado seus banhos e agora estavam reunidos tomando o café, ou não, estavam no fuzuê até na hora do café.

A campainha da porta foi ouvida, e todos pareceram ignorar.

– Hm, – disse Sasuke, bebendo seu suco – eu abro. – foi até ela, fazendo como disse. – Ino?

– Conhece outra? – entrou, mesmo não sendo convidada, era vip.

– Ficou sabendo das últimas novidades? – perguntou o moreno, fechando a porta.

– Que a Hinata saiu com o Naruto ou que ela é uma Serva?

– A Serva. Você sabia?

– Não sou vidente, Sasuke. Nem as Irmãs Destino. – disse. – Ela sempre escondeu a marca, não tinha como eu saber.

– Mas sabe alguma coisa sobre ela? – perguntou, indo com ela até a cozinha.

– Só que, se a marca dela voltou a ficar ativa, significa que alguma divindade, um deus ou alguém como eu, a fez.

– Naruto. – concluiu.

– Exato. Não resta dúvidas, Sasuke, – parou na entrada da cozinha para que ninguém ouvisse – o Naruto é uma divindade!

– A pergunta é, ele é um deus ou alguém que ganhara divindade? – perguntou, olhando para o loiro na cozinha. Voltaram a andar, entrando na mesma.

– Bom dia, família. – disse Ino, animada.

– Bom dia. – Gaara estranhou a presença da loira ali.

– O que faz aqui? – perguntou Matsuri.

– Cruzes, nem parece feliz em me ver.

– Impressão sua. – voltou a comer sua torrada.

– Eu a chamei. – disse Naruto. – Achei que se ela viesse sentiríamos o mesmo clima nostálgico da escola, mesmo não tenho aula. Fora que faria a manhã de uns mais felizes. – olhou para o ruivo.

– E então, Hinata, como foi o encontro?

– Não foi como imaginamos, mas foi ótimo. – disse a Hyuuga.

– Eu a pedi em namoro depois do encontro.

– Ah. Por que vocês só fazem isso quando eu não estou? – fez bico.

– Você que nunca está na hora certa, Ino. – disse Shikamaru.

– Concordo. – agora foi Sai.

– Que amigos maus eu tenho. – falou. – E vocês? – a loira se virou para Sakura e companhia. – E o de vocês?

– Como se você não soubesse. – acusou Sakura.

– Por que as pessoas acham que eu sei de tudo? – perguntou.

– Eu digo ou você diz, Temari? – perguntou Tenten.

– Eu digo. Porque você sempre parecer saber de tudo, o que nos remete a você ser fo-fo-quei-ra.

– Eu não sou fofoqueira, sou bem informada. – defendeu-se. – E o Neji? É um milagre você estar sem ele, Tenten.

– Ele teve que sair. Foi resolver uns problemas de família.

– Bom, gente, tô saindo. – disse Hidan, levantando. – Hoje é sexta, e não vou ficar em casa! Até a noite. – disse, saindo do local.

– Bem lembrado, alguém tem planos? – Ino se sentou, pegando um pão e manteiga. – Eu estou pensando em ir em uma festa.

– Tinha até esquecido disso. – falou Sasuke.

– Como assim? – a rosada perguntou.

– Vai ter uma festa incrível hoje a noite, e nós fomos convidados por termos morado na casa onde o dono da festa morou. – explicou o Uchiha.

– Eu acho que não vou não. – confessou Temari. – Prefiro ficar em casa.

– Vamos, Hina? Vai ser legal. – disse.

– Eu não vou para festas. – ela falou.

– Ah, vamos, não quero ir para uma festa sem minha namorada.

– Você vai, Sai? – perguntou Ino. – Já morou naquela fraternidade, né?

– O Sai? Em uma festa? – Matsuri gargalhou. – Convenhamos que ele não parece ser desse tipo.

– Já passei por lá, Ino, mas fiquei pouco tempo.

– Onde ela é? – Gaara perguntou, e os Servos da mesa, tirando Hinata, se entre olharam.

– O que foi isso? – perguntou Shikamaru. – Essa troca de olhares estranha.

– Nada. – responderam. A festa era especial e exclusiva, então humanos não poderiam entrar.

– Então, onde é? – perguntou de novo.

– Sabe o que é, ela é exclusiva para quem morou naquela casa, porque ganhos esses convites. – disse Sasuke, levantando o braço, como os outros Servos, menos Hinata, amostrando suas marcas.

– Mas e o seu, Ino?

– É que eu conheço o dono, então não preciso. – explicou.

– Ah, então você conhece o dono da festa. – ressentimento naquelas palavras, com certeza.

– O Shikamaru também tem. – disse Tenten, olhando a mão do garoto.

– Eu fiz em um tatuador. – explicou, olhando para a tatuagem.

– De qualquer jeito, – Ino tentou retomar o assunto – vocês vão?

– Sim. – disse Sasuke.

– Pode ser. – Sakura deu de ombros.

– Eu só vou se a Hina for.

– Tudo bem, eu vou. – deu-se por vencida.

– Te amo. – beijou-a.

– Temari não vai, e você Sai? – o garoto balançou a cabeça em negativa. – Ah, diz que “sim”, quanto mais melhor. – soprou-o, mas o mesmo disse algo baixo, levantando a barreira e paralisando os humanos.

– Não tenta, loira, Servos de Ares são treinados para resistir aos encantos das Servas de Afrodite, a menos que me beije ou me acerte uma flecha, não vou me apaixonar por você! – disse.

– Chato. – falou e ele desfez a barreira.

– Bom, então seremos só nós cinco. – disse.



A noite já caíra, Ártemis trouxera a lua novamente e agora os jovens já estavam prontos, ou se aprontando, para sair. Neji e Tenten haviam saído, o garoto não poderia sair e largar a garota para trás. Temari também saíra e arrastara Shikamaru consigo, não queria ficar sozinha, e ele estava bom. Sai também fora, mas ninguém sabe para onde.

Ino esperava na sala, enquanto seus amigos ainda não desciam. Vestia um vestido rosa de uma alça só, salto alto vermelho, como o batom, uma pulseira no braço esquerdo e um colar.

– Estamos descendo. – anunciou Sakura. Vestia um tomara que caía vermelho, assim como os saltos. Também usava brincos. Seu batom era a única coisa diferente, pois era rosa.

Já Hinata, um vestido azul, – ela devia amar aquela cor – seus cabelos estavam presos em um coque, e seus pés eram calçados por uma rasteirinha.

– Vocês estão lindas, não mais do que eu, mas lindas. – brincou.

– Exibida. – falou Sakura.

– Meninas? – chamou Sasuke, parado lá em cima na escada. Vestia uma calça cumprida preta, assim como a camisa, a única coisa que não era preta era o tênis branco.

– Estamos prontos. – falou Naruto. Vestia uma calça laranja, camisa preta, assim como o tênis, e seu colar de sempre.

– Vocês demoraram mais do que nós. – disse Sakura.

– Desculpa, fiquei indeciso sobre que roupa usar na minha primeira festa. – falou Naruto, descendo junto de Sasuke.

– Estão lindas, principalmente você. – Sasuke beijou a namorada.

– Claro que não, a Hina está mais linda. – beijou-a.

– Ah, que lindos, agora parem que não quero segurar vela. – falou a loira.

– Você também está bonita! – a voz de Gaara chamou a atenção dos casais. O ruivo desceu as escadas, parando em frente aos cinco. – Sério que não vão mesmo me dizer onde é?

– Já falamos, é uma festa reservada.

– Então vou ficar aqui, sozinho, a noite toda, em plena sexta-feira. – falou desanimado, e isso deu a maior pena na loira.

– Gaara, por que a gente não saí? – perguntou Matsuri, saindo da cozinha.

– Pode ser. – disse, indo para o segundo andar com ela. Passando por Ino, a garota abrira um sorriso e a loira levantou a mão, mas levara um tapa na mesma de Sasuke.

– Se comporta. – disse. – Vamos! – o Uchiha a puxou.

Servos e Humanos

A noite estava linda, cheia de estrelas no céu, não tão fria, perfeita para uma festa. Na fila, os jovens esperavam sua vez, o que era agora.

– Entrada? – disse o segurança, um dos Servos do deus das farras. Todos levantaram a mão, incluindo Hinata, que tirara a luva. – E você? – olhou para Sakura.

– Esquecemos que a Sakura não tem entrada. – falou Sasuke, batendo com a mão na testa.

– Apenas entradas com a taça tem direito a acompanhante, então terá que se retirar. – disse o homem.

– Eu resolvo isso. – Ino foi até o ouvido do segurança e falou algo que os outros não puderam entender.

– Podem ir, boa festa. – liberou o caminho para eles.

– O que você disse? – perguntou Sakura.

– Nada demais. – disse. – Lembrem-se, não bebam nenhum vinho. – avisou Ino.

– Por quê? – perguntou Naruto.

– Não bebam! – repetiu.

Saindo do pequeno corredor que dava para o salão, puderam vê-lo por completo. Era grande e bem espaçoso, cheio de Servos e alguns humanos, com certeza. Havia um palco, onde dançarinas animavam o local – apenas animavam, nada tão sexual. Acima delas era possível ver uma cabine de vidro, a sala do DJ. À esquerda, uma escada que dava para algumas portas, à direita, outra escada, que dava para só uma porta, uma sala de vidro, a gerência. Próximo a essa escada, uma porta que dava para a cozinha, e próxima a outra escada, uma mesa farta.

Do segundo andar, da gerência, os novos participantes da festa eram observados.

– Ora, ora, temos alguém interessante aqui hoje! – disse o dono do local, um garoto branco, mediano, cabelos loiros e olhos âmbar. Em sua mão direita, uma taça de vinho, Servo de Dionísio.

Música alta, dança e diversão, tudo que os jovens querem em uma festa.

– Aceitam uma bebida? – um garçom ofereceu. Já haviam oferecido antes, mas eles haviam recusado, só que, dessa vez, como estavam esperando as meninas voltarem, o loiro e o moreno não viram mal, afinal, era só uma bebida.

– Obrigado. – pegou, bebendo do conteúdo do copo.

– Naruto. – a voz de Sakura fez o loiro olhar para ela, que vinha com um pratinho na mão. – Pe... – foi interrompida por um beijo do loiro, que a surpreendera, claro, porém, não tivera forças para resistir, na verdade, não pudera resistir. Nenhuma garota podia resistir ao beijo do Servo de Apolo.

– Oh, larga ela, vi primeiro. – Sasuke os afastou.

– Voltei. – anunciou Hinata. – O qu...

– Com licença, bebida?

– É vinho? – perguntou.

– Não. – a garota pegou, agradecendo o homem. Bebeu um pouco, voltando-se para os amigos.

– Por que estão... Sasuke? – chamou-o.

– Eu. – a garota o agarrou, beijando-o.

– O que está havendo aqui? – perguntou, vendo que seus amigos estavam com os pares trocados. Havia ido ao banheiro dois minutos e eles viraram do avesso. – Vocês beberam? – perguntou, irritada.

– Relaxa, loira, a vida é muito curta para se desperdiçar! – disse Sasuke, agarrado a Hinata. – Vamos lá pra cima? – perguntou com um sorriso safado em lábios. A garota concordou com a cabeça, mas foram ambos puxados pela loira. Viu Naruto e Sakura tentando fugir, e fez o mesmo com eles.

– Me solta, Ino, não tá vendo que queremos ficar a sós? – perguntou Sakura.

– Vocês não vão a lugar nenhum!

– Quem é você, agora? Virou nossa mãe? – perguntou Hinata.

– Saí dessa, Cúpido. Bora gente, que tal uma suruba? – propôs Naruto.

A loira respirou fundo, tentando não se estressar.

– Servo de Dionísio! – gritou forte, fazendo com que todos parassem. Olhou para a escada que dava para o segundo andar, vendo um homem parado ali. O homem, na verdade, parecia mais um adolescente. Servos de Dionísio envelhecem devagar, talvez por isso aparentasse ter menos de vinte e cinco anos.

– Como dizem as historinhas para Servos dormir, sua beleza a transcende. Mas, por que atrapalha a minha festa, – começou a descer o lance de escadas – Cúpido?

– O dia que eu me deixar levar por um Servo de Dionísio terei chegado a um ponto sério da minha vida. – disse. – Se sabe quem eu sou, sabe que não deveria mexer comigo ou com meus amigos. – falou, encarando-o. Os outros Servos ali nada diziam, apenas presenciavam a cena.

– Então é disso que se trata? – perguntou, terminando de descer os lances de escada, parando de frente a ela. – Não os alertou para não beberem nada oferecido por um Servo de Dionísio em uma festa?

– Infelizmente eles não podem ficar o dia todo sem beber, não é? – perguntou. – Desfaça.

– Não. – a loira arqueou a sobrancelha. – Você não possuí poder aqui, Cúpido. Assim como seus amigos, você veio como visitante para se divertir.

– Você é um Servo muito abusado para o meu gosto.

– Ache o que quiser, essa é uma festa para o meu deus, então aqueles que beberam só voltaram ao normal quando cruzarem aquela porta. – apontou para o lado.

– O que pode ser só daqui a dois dias.

– Então ainda se lembra. – falou com um sorriso debochado.

– Dionísio. – chamou-o. – Você não falta suas próprias festas, não é? – perguntou.

– Me conhece muito bem, Cúpida! – a voz do deus fez todos os Servos se ajoelharem, incluindo Naruto, Sasuke, Sakura e Hinata, que estavam sobre o efeito do vinho.

– Não esqueço um rosto tão facilmente, – falou, olhando para o alto e o vendo no segundo andar. Sua pele era branca, estatura alta, cabelos morenos encaracolados e olhos castanhos claros. – Dionísio (Jiraya)*.

– Sei que não.

– Pode me dar o antídoto? – perguntou.

– Está fazendo uma exigência?

– Não é uma exigência, é um pedido. – falou. A pior coisa era um deus achar que você exigia algo. Dionísio fornecera a Midas o poder de transformar as coisas que tocava em ouro, mas teve uma consequência terrível para o homem, se perguntava o que ele pediria para si em troca do que ela queria.

– Você mudou, Cúpida. – apareceu atrás dela, cheirando seus cabelos, porém, a garota não se movera. – Você costumava gostar das minhas festas, afinal, fora você quem me dera a ideia para o Vinho de Dionísio! – disse.

– É Cúpido. – corrigiu. – E isso é passado!



22/07/2013, Estados Unidos.

Era verão, e isso significava que a maioria da população estaria de férias. Bom, a maioria da população americana não importava, e sim uma parcela dela, a parcela jovem, os adolescentes, ou até mesmo aqueles adultos ainda jovens.

Em um salão, parecido com o que o pessoal se encontrava agora, os jovens dançavam e se divertiam. Era noite, igual era agora, música alto, dança e diversão, afinal, diversão era o que não faltava na festa do deus das farras. Essa, então, não podia faltar mesmo. A maior boate dos E.U., senão do mundo, gerenciada por um dos Servos do deus.

Estamos com a casa cheia. – falou a loira, encostando-se de costas no ferro do segundo andar. Seus cabelos caíam para o olho direito, assim como agora, não mudara nada.

Além deles estarem de férias, os Servos ficaram animados com a presença da Cúpida e vieram de toda a parte do continente para vê-la. – bebeu um pouco do vinho em sua taça. – Tive até que aumentar o tamanho do salão para caber todo mundo. – contou.

Que isso, acho que foi pelas grandes festas de Dionísio! – disse. – E então, o que achou da fórmula a qual lhe falei?

Parece ser eficiente e tentadora, só estava esperando você sair de lá de dentro para podermos experimentar. – falou.

Me daria a honra? – brincando, perguntou formal, o que não precisava.

A invenção é sua, sinta-se à vontade. – falou, colocando a taça para frente, dando lhe autorização.

Atenção, atenção. – virou-se de frente e falou, fazendo a música parar para si. – Obrigada. Hoje, além de estarmos de férias, – mentiu, nunca estudara – estamos na melhor boate dos Estados Unidos, e por que não do mundo? Para comemorarmos essa noite, teremos uma bebida especial e vocês terão a honra de serem os primeiros de todo mundo a experimentar. – garçons passavam servindo a bebida. – Ela ainda não tem um nome, mas – olhou para o deus ao seu lado – podemos chamá-la de Vinho de Dionísio. – o deus fez um vinho aparecer para a loira ao seu lado. – Saúde! – levantou sua taça, e os jovens fizeram o mesmo. Tocou sua taça com a do deus, virando de costas e ficando como antes, bebendo do vinho.

Minutos depois e ninguém, se é que ainda havia alguém, estava parado ou sozinho. No inicio da festa, todos já haviam se juntado, e agora, aproveitavam o momento com seu casal. Do segundo andar, Ino e Dionísio viam a diversão e curtição dos jovens no primeiro andar. Bebiam do vinho, mas fora feito com o poder deles, não seriam afetados.

Deveria se divertir, Cúpida. Qual é a graça de não poder aproveitar? – perguntou.

Quem dera. Eu sou compromissada, lembra?

Não seja por isso, nós deuses vivemos traindo nossos conjugues, não vê eu? Sou filho Zeus e Sêmele, princesa tebana.

O Cúpido não pode se apaixonar, Dionísio, caso contrário, perderia o foco de sua missão. – contou.

Sinto muito.

Sem problemas. – virou-se para o salão. – Ver os casais juntos já me deixa feliz. Só que, acho que eles estão juntos demais, se é que o senhor me entende.

Não tem graça se não rolar umas farras.

O senhor é o deus das farras e loucura, afinal.

Tem razão, nas duas coisas. – balançou a mão, e outra escada fora criada do outro lado do salão, dando para alguns quartos. – Aqueles que quiserem se divertir, sintam-se à vontade nos quartos! – disse e os jovens gritaram em comemoração. – Para você, minha amiga, espero que um dia encontre alguém que possa lhe fazer se apaixonar.

Namorar é uma das últimas coisas que quero fazer, senhor Dionísio. – bebeu mais vinho.

Desde então, o Vinho de Dionísio tem estado presente em todas as festas, assim como os quartos, que agora eram construídos juntos com as boates.



– Por que não bebe um pouco?

– Mudou a fórmula, não? Se eu bebesse uma gota do vinho estaria na mesma situação do que eles, por isso não consegui desfazer o efeito! – explicou.

– Experta.

– Eu sei, agora, meus amigos. – o deus desfez o efeito do vinho neles, despertando-os do transe. Estranharam estarem ajoelhados e com as mãos dadas com o casal errado, porém, após se soltarem e olharem ao redor, acharam Dionísio próximo a Ino.

– Bom, Cúpida, já achou quem procurava? – voltou para o segundo andar.

– Eu não procurava, e não procuro, ninguém. – virou-se, indo se juntar aos amigos.

– Não se preocupe, ele vai aparecer! – a garota parou e olhou para o deus do vinho, mas ele não estava mais ali. Perguntava-se se aquilo havia sido uma profecia ou se o deus sabia de algo que ela não sabia, de qualquer jeito, ele não contaria.

Depois da festa, Ino não contara tudo o que houve nela. Dissera apenas que eles caíram no efeito do Vinho Dionísio, e que ficaram mais descontraídos, apenas. Eles não precisavam saber sobre seu passado com o deus ou seu envolvimento na criação do vinho.



Cúpida: – Conhecida como Ino pelos Servos. Serva de Afrodite, esposa do Cúpido, sogra da deusa Afrodite. Tornara-se uma divindade após se casar com o Cúpido, e assumira o papel dele como cúpido. Servas da deusa acreditam que os três formem uma tríade. Possui um passado com o deus dos vinhos, mas o mesmo está muito bem enterrado.

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Notas finais do capítulo

*Tive que mudar um pouco as características do Jiraya, pois Dionísio era jovem, bonito e tals, tudo o que o Jiraya não é, mas podem usar nosso Ero-senin para imaginá-lo.



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