Servos e Humanos escrita por Ed Henrique


Capítulo 10
A punição da Serva


Notas iniciais do capítulo

Ohayo, nekos lindos. Bom, talvez esse inicio fique confuso, mas, infelizmente, não achei uma forma de melhorá-lo para que ficasse mais entendível.
Sem enrolações, espero que gostem do capítulo, porque como diriam as fofoqueiras, ele tá cheio de babado (kkkk).



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Hefesto (Sasori): deus dos metais, metalurgia e do fogo. Também filho de Zeus e Hera, Hefesto era o arquiteto, o forjador, construtor de todas as obras do Olimpo. Foi ele que, com a ajuda dos Ciclopes, forjou o raio de seu pai Zeus e os gregos antigos acreditavam que as erupções vulcânicas eram causadas por este deus, que forjava no interior das montanhas. Hefesto nasceu tão feio que foi jogado pela mãe, Hera, – a despeito de ela ser a deusa da família – do alto do monte Olimpo.



13/04/2015, três dias depois.

Mais uma manhã no Japão e mais um dia de aula. Abril parecia não acabar nunca – mesmo que tivesse começado a tão pouco tempo. O ano poderia acabar logo, não? Mas ainda faltava tanto, até para as férias de verão, então teriam que esperar.

Entrando pelos portões da escola, Naruto e Hinata, assim como Sasuke e Sakura, caminhavam juntos. Como a última vez que tiveram aula ainda não estavam juntos, era novidade para todos aquela aproximação toda deles, o que os fazia receber olhares.

Dois, em especial, não estavam nada satisfeitos, pelo contrário, os estavam matando com os olhos, um matando o par do outro. De um lado, uma Serva de Afrodite que quer o ex de volta, de outro, um Servo de Ares que quer a garota para si. Uma união poderia ser formada, afinal, ambos queriam a mesma coisa: que o casal se separasse, porém, não daria certo. Ela estava impossibilitada de usar poções, ele, de atacar o garoto, então só lhes restava agir como adolescentes e fazer provocações de adolescentes. Infelizmente, não seria tão fácil. Muitos motivos os levavam a não se unirem, mas talvez o principal fosse que um tentaria obter mais vantagem do que o outro, o que desmoronaria tudo no final.

– Droga. – xingou, chutando uma cadeira. – Ela não devia estar aqui. Ela não devia estar aqui. Ela não devia estar aqui. – ficou repetindo. – Depois de tudo que tive que fazer para me livrar dela.

Era incrível o que você ouvia quando estava passando pelo corredor, não? Apenas andava tranquilamente e, por acaso, ouvira um barulho e quando fora ver, ouvia uma confissão. De qualquer modo, não tinha nada a ver com aquilo, então os envolvidos que descobrissem por si só.



– Bom dia, gente. – disse Ino, juntando-se ao grupo.

– Bom? – perguntaram os quatro juntos. Pareciam zangados com alguma coisa.

– Que bicho mordeu vocês as sete da manhã? – perguntou a loira.

– Elas/Eles acham que humanos/Servos são inferiores/superiores aos Servos/humanos. – disseram juntos.

– Acho que entendi. – falou ela.

– Eu andei lendo o guia que você nos deu, – disse Sakura – e fiz umas perguntas pro Sasuke, e ele acha que são superiores aos humanos!

– E somos. Nós – olhou em volta, confirmando não haver ninguém por perto – não somos falhos e cheios de problemas como os humanos! – disse o moreno.

– O que é mentira, porque existem Servos ruins, como o Kiba. – falou Hinata.

– O que não significa que somos humanos. – falou o loiro.

– O problema de vocês é complicado. – a loira colocou a mão no queixo. – Vejam, vocês são seres diferentes dos humanos, mas não podem dizer ao certo se não são humanos transformados em Servos ou tenham essência humana.

– Exato. – a perolada falou.

– O que não significa que humanos sejam bons, porque não são. Somos – olhou em volta – Servos, eu sou mais e tudo, mas somos superiores de certo modo. – explicou. – Mas claro, vocês vivem como humanas, então nada mais do que justo defenderem eles. – o sinal tocou, chamando a atenção deles. – Agora, parem com essa discussão ridícula e vão estudar.

– E você? – perguntou a rosada.

– Tenho assuntos para resolver. – falou misteriosa.



Fechou a porta da salinha e foi para uma mesa próxima. Retirou todos os itens os quais precisava e os misturou calmamente. Precisava ter cuidado ou poderia matar alguém, e era a última coisa que queria.

Não acreditava que se envolveria nisso, mas não custava nada ajudar uns amigos, mesmo que perdesse seu precioso tempo.

– Hunf.



A hora voara hoje, só não sabia o porquê. Agora a pouco estava conversando com os amigos, para agora estar indo para uma reunião. Não é como se fosse importante, o que tornava um saco ter que ir para lá, enquanto perdia seus amigos se divertindo e fazendo suas maluquices.

Abriu a porta, vendo que quem queria já estava lá.

– Por que me chamou aqui? – perguntou.

– Quero conversar com você, de Serva para Serva. – disse a loira. Abriu sua mochila e retirou um sanduíche de lá, assim como dois copos de uma bebida. – Relaxa, – entregou uma para ela – você não está encrencada.

Desconfiada, a outra loira pegou a bebida e a cheirou, colocando o copo sobre a mesa.

– Isso é alguma piada? – perguntou.

– Como?

– Veja com outros olhos. – a garota olhou para a bebida e pôde vê-la brilhar.

– Uma poção? – estranhou. Tinha certeza de que não preparara uma poção para beber no lanche.

– Não sei por que queria me envenenar, mas eu vou embora!

– Sente-se! – ordenou e a garota não teve outra saída. – Eu não sei como isso foi parar aí, mas não foi minha intenção te envenenar. Eu vim saber o que você sabe sobre o Naruto.

– Bom, além dele ser meu ex namorado, é um dos Servos de Apolo mais bonito. Antes de me namorar gostava de uma garota, mas me livrei dela. – falou.

– Matar outro Servo é crime, sabe disso, não?

– Não matei ninguém, não temos poder para isso. – disse. – Eu apenas dei uma poção do amor para ela e a fiz se apaixonar por um Servo qualquer, um tal de Kibe não sei das contas, aí depois a fiz se apaixonar por outro garoto, para depois fazer parecer que ela dormiu com um deles, quebrando a regra da relação.

– Como é quê? – perguntou Ino, surpresa.

– O quê? – perguntou, voltando a si. – Você... Você me envenenou! – levantou, irritada.

– Não fui eu, mas alguém trocou minha bebida por uma poção da verdade bem poderosa, por sinal, pena que dura tão pouco, erraram na dosagem. – falou. – Claro que percebi qual era o tipo de poção assim que a olhei, diferente de você, que ainda não está na classe para diferenciar. Só aproveitei para fazer uma pergunta, que sinceramente não esperava uma resposta tão... surpreendente. – confessou. – Sabe que você pode ter causado a punição severa de uma Serva, não sabe?

– Eu não vou falar mais nada!

– Quem é essa Serva, Shion? – a garota ignorou a pergunta e foi para a porta, abrindo a mesma e saindo irritada. Não acreditava que havia sido envenenada, porque era assim que chamavam quando alguém bebia uma poção da verdade, envenenada. Droga de Cúpido.

Olhou para o lado, vendo um garoto parado próximo a porta. Vê-lo ali a assustou um pouco, quando saíra não reparara no mesmo.

– O que foi? – perguntou, vendo que a garota o olharam.

– Não sabe quem eu sou, né? – perguntou de volta. Estava rosnando de raiva. – Sou o Servo qualquer, Kiba. – a garota arregalou os olhos. – Barreira. – a mesma foi erguida, congelando todos os alunos humanos e chamando a atenção dos Servos. – É melhor você correr, menina. – avisou, começando a se transformar. Shion deu um passo para trás, assustada. – Por que quando eu te pegar, – a loira saiu correndo – você ficará feia de mais para se considerar Serva de Afrodite. – sua transformação terminara e colocara suas duas mãos no chão. Ino havia sentido a barreira, mas como guardara a poção para avaliar depois, quando saiu, só deu tempo de ver Kiba saindo correndo.

Desesperada, Shion corria pelos corredores do colégio. Quisera ela ter uma poção para mudança de forma agora, mas os itens eram difíceis demais de se conseguir, sem contar que o mais importante deles ficava na floresta da área dos Servos.

Enquanto driblava os alunos paralisados, avistou de longe uma cabeleira loira, sua salvação. Correu até ele, ficando atrás do mesmo.

– O que foi, Shion? Achou o monstro? – perguntou o loiro.

– Ali. – apontou para a direção de onde vira, e onde Kiba aparecera.

– Kiba? – estranhou.

– Saía de perto dela, Servo de Apolo. – falou.

– Você não me dá ordens, Servo de Ares. – invocou sua roupa, as luvas. – Eu estava mesmo querendo uma revanche.

O Servo do deus da guerra foi em direção do do deus sol, e o segundo bloqueou o ataque do primeiro.

– Você não sabe o que ela fez, então não me atrapalhe! – disse.

– Não vou deixá-lo machucá-la! – atacou-o, jogando o mesmo para trás.

– É por isso que odeio Servos de Apolo, são todos uns idiotas. – invocou seu cachorro e Naruto ficara em alerta. – Vai atrás dela, Akamaru. – ignorando o nome do cão ser Akamaru, “vermelho”, e não Shiromaru, “branco”, colocou-se na frente do mesmo, que tentou passar por si. O cão rosnou, contudo, o garoto não se intimidou, porém, um chute o jogou no chão e deu passagem ao cão.

Ouvindo um barulho de passos, Kiba pulou no corredor, desviando de um animal que tentara o acertar. Virou-se para trás, vendo Sai.

– Não aprendeu nada, não é? – perguntou o moreno, sério.

– Outro que não entende. – foi na direção dele, sendo seguido de Naruto. Tentaria ir para o pátio, porque lutar ali era impossível. Quando conseguiu chegar lá, fora logo surpreendido por um dos desenhos de Sai, mas alguém o chutara, destruindo-o.

– O que faz aqui, Lee? – perguntou Naruto, assim que o viu.

– Não é óbvio? – perguntou ele, olhando para o loiro e o moreno.

Nos corredores, ainda corria. Preocupada com não ser atacada, olhou para trás, não vendo ninguém, mas acabara por tombar em alguém. Assutada por achar que era Kiba, tentou se afastar na hora, mas estava enganada.

– Shion? – ouvir a voz de Sasuke a acalmou.

– Graças a Afrodite, Sasuke. O Kiba está atrás de mim querendo me matar. – disse, ficando mais próximo a ele.

– Eu não posso ficar com você agora, tem um monstro por aí e tenho que pará-lo. – falou o moreno.

– Foi o Kiba quem levantou a barreira. – explicou. – Temos que sair daqui!

– Calma. Vai pra cantina que tem Servos lá protegendo os alunos. – referia-se a Neji e Temari, que protegiam Hinata e Sakura caso o monstro chegasse até lá.

Um rosnando foi ouvido e viram um cachorro correr na direção deles.

– Vai logo, Shion. – disse o moreno, segurando o animal. A garota não perdera tempo, nem agradecera, apenas correu para onde achava que estaria segura.

Enquanto corria, olhava para trás para ver se não estaria sendo seguida, o que, para sua sorte, não estava. Quando deu por si, chegara, mas não onde queria. Estava em uma das entradas para o pátio, vendo Sasuke do outro lado com o cachorro, Kiba no pátio com Naruto, Sai e Lee; e Neji, Temari, Hinata e Sakura na entrada da esquerda.

– Shion. – Kiba foi na direção dela, mas Naruto se colocou na frente da garota de braços abertos.

– Saía!

– Não!

– Então vou te acertar junto dela! – levantou a mão, mas parara na hora que ouvira uma voz, feminina, porém, forte:

– Parem! – a garota estava na entrada da direita para o pátio, e os que deveriam estar no refeitório não entendiam nada. – Eu os atraí para cá, não para se matarem, – olhou para Kiba – mas para resolvermos isso.

– É simples, ela brincou comigo, e vai pagar. – rosnou Kiba.

– Só porque ela fez algo com você não significa que tenha que machucá-la. – defendeu o loiro.

– É exatamente isso que significa!

– Podem explicar o que está havendo aqui? – perguntou Temari.

Ela está havendo aqui. – disse o Servo de Ares. – Um bilhete me mandou ir na sala onde ela estava com ela, – apontou para Ino – e eu ouvi que fora ela quem armara para mim na área dos Servos.

– O que ela fez? – perguntou Neji.

– A Shion cheirou uma poção da verdade, e me revelou que armou para uma Serva.

– E com isso ela me usou. – Kiba falou. – Para quem você acha que ela armou? – Naruto deu de ombros. – Para nós, idiota. Ela armou para nós. A Serva que ela enfeitiçou era a Hinata, o Servo com quem ela ficou era eu, e o Servo que ela ficou depois foi você. A Shion fez com que a Hinata fosse expulsa porque pegaram ela, aparentemente, dormindo comigo, quando, na verdade, havíamos sido drogados e acabamos dormindo quando estávamos na casa dos Servos de Ares, aí nos acharam e formou-se o problema. Decidiram que a Hinata era a culpa por ter ficado comigo e depois com você, e foi expulsa de lá. – contou. Hinata, e não só ela, todos, pareciam chocados com a revelação.

– Eu não me lembro de nada sobre isso. – falou o loiro, olhando para Shion. Seu rosto só passava uma expressão: furiosa.

– Como sabe? Todos os envolvidos com a punição da Hinata tiveram a memória apagada.

– Apagar a memória é como amnésia, se bater com a cabeça ela volta. – explicou Ino. – Mas é verdade tudo isso, Shion?

– Claro que é!

– Deixe-a falar. – disse Ino. A outra loira não parecia disposta a falar. – Sabe quem eu sou, Shino, e sabe que posso te enfeitiçar, mas sua punição pode ser menor se colaborar. – para Sakura e Hinata, ouvir a loira falando daquele jeito era estranho. Estavam acostumadas com a Ino bobinha, amigável e curiosa, não com a Ino Cúpido.

– É verdade! – confessou e podia-se ver um sorriso, mesmo que pequeno, em seus lábios. Já estava cercada, a verdade já viera a tona, então o sorriso poderia ser de nervoso, assim como poderia ser de satisfação. – As Servas de Afrodite deveriam ser as belas das Servas, mas aí surgiu ela. – olhou para a garota. – Haviam Servos que estavam falando que ela era tão bela quanto nós, e quando eu descobri que o Naruto estava gostando dela, tive que tomar uma atitude, então foi fácil fazer com que ela se apaixonasse pelo Kiba, para logo depois se apaixonar pelo Naruto, aí depois foi só montar uma cena deles juntos. – o choque na Hyuuga fora tão grande que ela fora amparada pelo primo para não desabar no chão.

– Eu vou te matar! – disse Kiba, levantando a mão. Naruto bateu o pé no chão, e o outro parou. – Ainda a defende? Sabe como é amar alguém e descobrir que esse amor é só pelo fato de uma poção? Que o que você viveu não foi real?

– Sei. – olhou fundo nos olhos de Kiba, que se acalmou, desfazendo a transformação. Agora estava explicado o motivo de achar que não deveria ficar com Hinata, porque tivera algo antes com, ou por, ela, e por ter perdido a memória sobre aquilo, sentia que era errado sua reaproximação, não por ela ser Serva da deusa oposta a seu deus. Parando agora para pensar, era ridículo achar que Ártemis colocaria uma marca em seus Servos para que eles não se envolvessem com os do irmão. – Estou desapontado com você! – falou, dessa vez olhando para a ex. Ouvir aquilo a machucara, entretanto, era a errada na história, não podia esperar a compaixão do loiro.

– Então o Kiba foi atrás da Shion, e o Naruto a defendeu. O Sai ter se envolvido foi por achar que o Kiba estava atacando o Naruto, de novo, e já que ele estava proibido de fazê-lo, tentou parar o Inuzuka, mas onde o Lee entra nisso tudo?

– Eu pensei que eles estivesse treinando. – o garoto confessou, coçando a nuca. – Sinto muito. – curvou-se.

– Meu Deus. – Sakura balançou a cabeça em negativa.

– Ino, com seus poderes não pode fazer nossas memórias voltarem?

– Hinata. – disse Sakura, preocupada.

– Eu quero saber. É uma parte importante da minha vida, mesmo que ruim.

– Se um deus quem as retirou, só ele pode as trazer de volta, mesmo eu sendo uma divindade, ainda sou uma Serva, uma exceção, não posso agir por conta própria nesse assunto! – explicou com pesar. Queria poder ajudar, de coração, mas não podia.

– Consegue desfazer o efeito da poção do amor? – perguntou o garoto.

– Ela durou muito tempo, então não vai passar tão fácil, mas agora que você já sabe, ela deve se desfazer naturalmente, porém, vai demorar.

– Sei. – seguiu seu caminho.

– Aonde vai? – perguntou o loiro.

– Por enquanto, para longe. Não estou com vontade de ficar alimentando um sentimento que não é meu! – disse, desfazendo o cão.

– Kiba, eu... – disse Hinata.

– Não aconteceu nada naquela noite, – parou – então não se preocupe, você, assim como todas as Servas de Ártemis, não perdeu sua pureza. – disse. – Dou cinco minutos para eu desfazer a barreira.

– Mas eu quero...

– Saber? Aproveite que não tem memórias, pois eu não gostaria de tê-las. – falou. – Afinal, perder as memórias, de certo modo, é uma segunda chance.

– Você disse que a Shion te revelou tudo, Ino, por quê? – perguntou Temari.

– Como eu disse, ela cheirou uma poção da verdade, tão forte que ela só precisou cheirar. Não sei quem a pôs lá, mas tem um Servo, aqui ou não, que sabia, ou descobriu, o que a Shion fez, ele ou ela armou tudo isso. – concluiu.

– Vocês Servos são muito complicados! – a voz os fez procurar, achando ela no alto, no terraço. – Mas da próxima que quiserem parar o tempo para se matarem, não envolvam a escola toda!

– Estava aí o tempo todo, Shion? – perguntou Sasuke.

– Ele também é um Servo? – agora foi a vez de Sakura.

– Outra coisa, mas outra hora falamos disso. – explicou o namorado da garota. – O que faremos com a Shion? O que ela fez foi imperdoável.

– A levarei de volta para o Olimpo, lá, nossa deusa e a de Hinata julgará qual será o castigo dela. – explicou a loira. – Naruto, posso falar com você? – chamou-o e ela foi para o corredor junto dele, saindo da vista dos outros. – Não o conheço a tanto tempo, mas não precisa se culpar por isso. Seu único erro foi ser bonito e começar a gostar de uma garota, isso não é pecado.

– É errado achar que eu sou o culpado? – perguntou, tentando contar as lágrimas. – Eu acabei de descobrir coisas horríveis sobre a garota que eu já namorei. Se eu não tivesse gostado da Hinata, a Shion não a teria feito se apaixonar pelo Kiba, depois fez o mesmo com ele, armou para ela e ela deixou de ser uma Serva. – deixou algumas lágrimas fugirem. – Talvez se eu tivesse nascido feio seria melhor.

– Não veja por esse ponto, veja que o mundo dá voltas, e agora você tem uma chance de ficar com a Hinata de novo. – enxugou suas lágrimas. – Não podemos nos culpar pelos erros dos outros. – sorriu gentil. – A Shion será castigada, e você terá a chance de ficar com a garota que você gostava, duas vezes. Quantos podem dizer que se apaixonaram duas vezes pela mesma garota? – brincou e o loiro deixou escapar um sorriso.

– Naruto. – a voz de Hinata os fez olhar para a mesma.

– Eu já vou. Vejo vocês mais tarde. – disse, passando pela amiga e pondo a mão no ombro dela. – Levarei a Shion agora! – sua marca aparecera e segurara a garota. Antes de qualquer coisa, olhou para os amigos, sorrindo para eles, mostrando que tudo ficaria bem. Sasuke estava abraçado a Sakura, sinal de que após aquilo, não brigariam mais tão cedo. – Se perguntarem, vocês sabem quem, digam que estou naqueles dias. – pediu.

– Pode deixar, loira. – falou Temari. A marca de Ino brilhou, e a loira desaparecera junto de Shion.

No corredor, Hinata fora até Naruto, que estava encostado na parede. A garota parou em sua frente, e ele inclinou o corpo para frente, tocando suas testas.

– Desculpa.

– Por quê? Por ter gostado de mim? – perguntou.

– Se eu... – a garota colocou um dedo sobre os lábios dele, calando-o.

– Nada de “se”. Se você gosta de mim, então o passado não importa.

– Hinata, você deixou de ser uma Serva, perdeu sua memória sobre tudo que passou, sua vida. Você pode ter sido feliz! – falou.

– Eu sou feliz, Naru. Talvez perder a memória seja uma segunda chance, como disse o Kiba. – disse. – Ser só uma Humana não é o fim do mundo!

– Ser um Servo também não é tudo isso! – brincou. – Desculpa mesmo, por tudo.

– Posso te pedir algo?

– Qualquer coisa!

– Me beija? – o garoto não demorou para tomar os lábios da garota em um beijo. Era tão bom poder sentir aqueles lábios aos seus, mesmo que tivesse sido privado disso uma vez, mesmo que não “devesse” estar com ela.



Humanos ou Servos, ninguém era perfeito, afinal.



Servos e Humanos –

Quando se teleportara para o Olimpo, não fora preciso avisar sua deusa ou Ártemis que estava levando a Shion para lá, elas já sabiam muito bem, então a Cúpido apenas a deixou na Câmara dos deuses e se fora.

– Então você foi a responsável por tudo aquilo? – perguntou Ártemis (Kushina). Branca, mediana, ruiva, olhos azuis e uma feição, no momento, nada agradável.

– Por favor, deusa, misericórdia. – pediu.

– Como se atreve pedir por algo tão egoísta? – perguntou. – Por sua causa minha Serva foi punida, o Servo do meu irmão Apolo e do meu irmão Ares foram castigados com a perda da memória e quase se mataram. Você deveria ser castigada com a morte! – Shion estremecera onde estava. – Mas deixarei essa decisão para sua deusa.

– Obrigada, Ártemis. – disse a outra deusa.

– Muitos castigos poderiam lhe ser aplicados, mas como seu pecado foi a beleza, você ficará sem ela.

– deusa, por fa...

– Silêncio! – falou. – A partir de hoje você perderá o Talento da beleza. Os homens que olharem para você não se interessarão mais como antes. – sua marca emitira um cheiro ruim e a dona fechou os olhos e tapou o nariz. Quando os abriu novamente, nenhuma das duas deusas estavam ali. Invocou o espelho e se olhou no mesmo, parecia a mesma, contudo, havia algo de errado. Parecia faltar beleza em si.

Se pudesse teria gritado, entretanto, estava em um lugar sagrado, então apenas saiu dali, em choque pelo que sua deusa lhe dissera.


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Notas finais do capítulo

É isso, Humanos ou Servos, ninguém é perfeito, mesmo. Bom, é isso por essa semana. Na próxima teremos que dar adeus a nossos personagens, não, não, não é o fim da fanfic, ainda tá meio longe, mas daqui a duas semanas um dos capítulos que mais estou ansioso para fazer virá!



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