Servos e Humanos escrita por Ed Henrique


Capítulo 3
Servo de Ares


Notas iniciais do capítulo

Tretas, nekos. Amo tretas, porque, tipo são tão boas para mover capítulos.
Bom, para ser bem franco, talvez os capítulos sejam grandinhos, pois como tenho que mexer com os sentimentos do povo, assim como tenho que falar sobre a parte da mitologia, se eu colocasse em números, seria mais ou menos 2000 palavras para cada parte, bem-dizer, acho que sentimentos seria 3000 e 1000 seriam da mitologia.
*Obs: queria colocar o diálogo em Grego, mas não tem nem como escrever a letra deles, então optei por deixar em português mesmo.



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Ares (Danzou): O terrível deus da guerra é outro filho de Zeus e Hera. Representado como um homem-forte e de caráter violento, ele tinha o prazer em apreciar a dor alheia e, no campo de batalha, pode matar um mortal apenas com seu grito de guerra! Quando estão perto dele, as pessoas sentem raiva e vontade de bater uma nas outras. Pai de vários heróis – humanos que são protegidos ou filhos de deuses –, Ares ainda se tornou um dos amantes de Afrodite.



14/03/2015.

Com o barulho do lugar, acordou irritado. No dia anterior acontecera a mesma coisa: barulho logo pela manhã. Podia até estar acostumado a acordar cedo, mas era sábado, ninguém acordava cedo logo pelo sábado.

Suspirou e se arrastou até a toalha, vendo que seu colega de quarto dormia duro como uma pedra. Bom, não era para menos, ontem fora a primeira vez que mataram um classe A, e diferente do que pensava, não fora nada fácil. Para piorar o bicho quis aparecer as onze da noite, e ninguém daquela maldita fraternidade quis ir.

Acordar cedo e fazer barulho sabem.

Seguiu para o banheiro, na esperança de que um banho de água quentinha pudesse resolver seu problema, mas só conseguia ouvir o barulho cada vez mais alto. Já cansado dele, foi até a escada, encarando a todos no primeiro andar. Servos de diferentes deuses discutiam por qualquer motivo que não estava nem um pouco a fim de saber.

– Ei. – gritou, mas foi ignorado. – Eu disse: EI. – gritou mais alto. – Podem calar à boca?

– Chegou a dois dias e acha que pode dar ordens? – perguntou um garoto.

– Bem que dizem que os Servos de Zeus são arrogantes! – disse outro.

– Se tiver algum problema, por que não sobe e resolve. – desafiou o moreno, e o garoto subiu o lance de escadas, parando em frente a Sasuke. Era branco, um pouco menor que si, cabelo azul e olhos castanhos claros e uma gota d'água na mão direita, um Servo de Poseidon.

– Se acha superior por que serve a Zeus?

– Não me acho, eu sou! – sorriu de lado, e quando um soco estava prestes a acertar seu rosto, segurou-o. – Não devia ter tentado. – chutou-o, jogando-o no primeiro andar. Servos não morriam fácil, o que não significava que eles não morriam, apenas era difícil. Alguns achavam que eles só poderiam ser mortos por monstros, outros que para matar um Servo precisava ferir o coração ou o cérebro, e tinha aqueles que acreditavam que seu deus o salvaria na hora de sua morte, livrando-o de uma passagem só de ida para o Submundo. Bom, ele estava prestes a descobrir o que acontecia se um Servo fosse jogado do segundo andar.

– Seu... – apenas dor, que triste.

– Mais alguém? – perguntou, porém, nenhuma resposta. – Ótimo.

Seguiu seu trajeto para o banheiro, onde ficou apenas meia-hora, mas foram as meia-hora mais quentinhas em um chuveiro da sua vida. Voltou para o quarto, onde encontrou Naruto ainda dormindo, e chacoalhou-o para acordar.

– Quê? – perguntou com voz de sono.

– Acorda.

– Eu to cansado, teme.

– Nós vamos nos mudar. – disse.

– O quê? – sentou-se sobressalto.

Servos e Humanos –

Eram nove horas quando Sasuke bateu à porta. Ainda não acreditava que tinha sido arrastado pelo moreno para aquele lugar. Não podia deixá-lo sozinho, até porque decidiram ir para o Japão juntos, caso contrário, Naruto teria ido para o Brasil, onde o sol é quente e escaldante, perfeito para um Servo de Apolo. Mas, parado de frente para a porta daquela casa, enquanto esperava a mesma ser aberta, perguntava-se se Sasuke não podia ter perguntado: ei, dobe, tá a fim de se mudar?

A porta da casa foi aberta, e puderam ver uma mulher. Era uma senhora branca, média, cabelo de mesma cor, preso em um coque com uma agulha atravessando-o e olhos cinza.

– Somos os alunos que vão se transferir para cá. – falou Sasuke, tomando a iniciativa. Era incrível como ele convenceu a escola de permitir que ambos usassem a casa. Só foi necessário dizer que seria uma boa experiência conviver com alunos de sua faixa etária e que estavam sem um lugar para ficar. – Sasuke Uchiha e Naruto Uzumaki.

– Entrem, entrem. – chamou-os. Passaram pela porta com suas malas e pararam no hall da casa. – Ali é a sala. – apontou para a esquerda, onde alguns garotos e garotas assistiam televisão. – O corredor ao lado da escada é a cozinha, onde vocês podem ir a qualquer momento. E lá em cima ficam os quartos. A direita é o lado das meninas, e a esquerda o dos meninos, e é proibido garotos do lado das garotas e vice-versa. – explicou. – Venham conhecer os novos moradores! – para uma velha ela gritava bem alto. – Meu nome é Koharu Utatane. – disse. – Esse é Hidan. – apontou para um garoto alto, de pele branca, cabelo prateado e olhos castanhos escuros.

– Prazer. – ele os cumprimentou.

– Gaara. – foi a vez de um branco, também alto, como os outros três ali presentes, ruivo e de olhos verdes.

– Oi. – fez o mesmo gesto de Hidan.

– Matsuri. – apontou para uma garota. Pele branca, baixa, cabelos castanhos e olhos pretos.

– Olá. – apertou a mão deles, olhando para a marca de Sasuke. – Que maneira. – elogiou.

– Obrigado. – retirou a mão antes que ela visse demais.

– Quem está aí, Koharu-sama? – uma voz chamou a atenção dos presentes, e puderam ver um garoto sair da cozinha. Sua pele era branca, cabelo moreno preso em um rabo de cavalo, olhos cinza, dezesseis anos, como a maioria ali. – Muito prazer, Neji.

– Naruto.

– Sasuke.

– Hinata, brutamontes, venham aqui.

– Hinata? – perguntou Naruto, olhando o corredor. A perolada saiu de lá, acompanhada de mais uma menina. Ela era branca, cabelo castanho preso em um rabo de cavalo, e de olhos castanhos.

– Quem está chamando de brutamontes? – perguntou a garota que estava junto da Hyuuga. Parecia zangada, quem não estaria?

– Quem mais estava com a Hinata na cozinha? – perguntou de volta.

– Aí a gente bate. – avançou nele, tentando acertá-lo, porém, o garoto desviou.

– Se apresenta para os novatos. – Neji a segurou, virando-a para eles.

– Tenten, prazer.

– Prazer.

– Não sabia que morava aqui, Hinata. – confessou Naruto.

– E-eu moro. – disse. Desde que ouvira os dois falando sobre quem iam matar, a garota se afastara de ambos. Mesmo sentando ao lado do loiro, evitava ao máximo olhar na cara dele, e o mesmo estranhava. Era difícil de acreditar que alguém resistia a seu Talento tão fácil, será que estava ficando fraco por estar na Terra?

– Hinata Hyuuga, conhece os novatos e não me contou? – perguntou Tenten.

– É que...

– A gente senta junto na sala. – explicou Naruto.

– Hum. – a garota do coque lançou um olhar malicioso para a amiga.

– Não, não é isso. Ela só me amostrou a escola.

– Ah, então foi com você que ela passou o inicio do recreio. – pareceu se lembrar.

– Isso.

– Sortuda, Hina. – cutucou-a.

– Tenten, deixa a Hinata em paz.

– Ciumento. – deu língua para ele.

– Eu já falei que a Hinata é como uma prima para mim. – brigou com ela. – Se continuar eu não te levo para ver a luta amanhã.

– Nãaao. – ajoelhou-se aos pés dele. – Tudo menos isso. Eu estou esperando essa luta o ano inteiro.

– Tudo mesmo? – sorriu malicioso para ela, ganhando um soco em seus países baixos. – Ai. – levou a mão ao local, e os presentes riram. – Eu vou te pegar, Tenten. Em todos os sentidos da palavra, então é melhor correr, porque quando eu me recuperar...

– Não se importem, é sempre assim. – disse Gaara, voltando para sala com os outros.

– Desculpa a demora. – a voz fez Naruto e Sasuke olharem para a escada, onde uma garota branca, cabelo loiro e olhos verdes descia as escadas. – Estava me arrumando.

– Temari, pensei que você tinha saído com a Sakura. – o sensor do Naruto disparou.

– A Sakura mora aqui? – perguntou à Hyuuga.

– S-sim.

– Interessado, Uzumaki? – perguntou, parando próximo a eles. – Ela me, nos, falou de vocês. Por que jogou o namorado dela sobre a mesa?

– Ninguém esquece isso? – perguntou o moreno.

– Não, foi cômico. – riu, estendendo a mão para eles. – Temari, muito prazer. – o Uchiha aceitou a mão, e ambos foram atraídos pelo desenho na mão direita do outro. Na dele, um raio, na dela, uma pena de pavão.

– Uma Serva? – perguntou em grego, fazendo com que só Naruto entendesse.

– Que surpresa, um Servo de Zeus. – falou ela, no mesmo idioma. – E seu amigo? – olhou para Naruto, que apertou a mão dela, e a mesma pôde ver a marca do sol. – De Apolo.

– E você de Hera.

– Er, podem falar em japonês? – perguntou Tenten.

– Descobrimos alguém que veio do mesmo lugar que a gente. – falou Sasuke.

– Como? – perguntou Neji.

– Che-guei. O que fazem aqui? – perguntou Sakura, após entrar em casa e ver os garotos ali.

– Vamos morar aqui agora. – Naruto sorriu feliz, mas Hinata e Sakura não pareciam nada feliz, pelo contrário, a segunda estava furiosa.

– Então vou ser obrigada a olhar para a cara do assassino de namorados aí? – perguntou.

– Assassino? – a palavra rodou na cabeça de Hinata. – Assassino. Matar. Fracos. Todos. – as palavras ficavam na cabeça da Hyuuga, girando e girando.

– Não exagera, ele já está bem. – Sasuke deu de ombros.

– Vou deixá-los conversando. Qualquer coisa perguntem para os garotos que eles lhe respondem. – saiu do local, indo para a cozinha.

– Sim, senhora Koharu.

– Visitas? – a voz no ouvido do loiro o fez se afastar em um susto.

– Sai, não chega por trás das pessoas assim. – falou Hinata.

– Desculpa, Hinata, mas é que eu estava curioso para conhecê-los. – assumiu. O garoto tinha a pele pálida, cabelo moreno e olhos pretos. Seu rosto não passava nenhuma expressão, apenas olhava para Naruto e Sasuke, enquanto o primeiro se perguntava como o garoto conseguiu chegar sorrateiramente atrás de si.

– Quem é você? – perguntou Naruto.

– Sai.

– Como?

– Sai.

– Isso é nome? – perguntou Sasuke.

– Sasuke é nome? – Sai perguntou de volta, sem esboçar nenhuma reação de irritação ou ironia.

– Melhor do que um nome monossílaba.

– Enfim. – falou Naruto, mudando o foco da conversa. – Alguém sabe me dizer onde fica aquele lugar onde vocês vão para comprar as coisas e chamam de shopping?

– Em Harajuku. – disse Tenten.

– Onde fica isso? – perguntou.

– Procura no celular. Aqui na casa temos internet wi-fi, então é só ir no Google Maps.

– O que é celular e wi-fi?

– De onde vocês veem não tem internet ou celular? – perguntou Gaara, “assistindo” a televisão.

– Não. – respondeu o loiro.

– Como sobreviveram todo esse tempo? – Tenten parecia espantada.

– Nós treinamos. – limitou-se a dizer.

– Treinar para matar. – pensou Hinata.

– Eu explico para vocês. – Temari se ofereceu. – Vão lá guardar suas coisas primeiro.

– Obrigado. – falou feliz, seguindo rumo a escada.

– Ah, por acaso aquela loira mora aqui também, a Ino.

– Por quê? – Gaara perguntou sério, encarando o moreno.

– Nada. – para não discutir, optou pela melhor opção: o “nada”. – É só que a Hinata e Sakura moram aqui, pensei que ela poderia morar também.

– Ah. – desconfiado, voltou sua atenção para a televisão.

– Pensando bem, alguns de vocês não são da minha sala? Ainda não gravei direito, mas acho que é o Hidan, Tenten, Hinata e a rosada aí?

– Sakura, para você.

– Acertou. – disse Hidan.

– Ah. Bom, eu vou subir que o dobe me largou aqui, até daqui a pouco. – subiu as escadas, rumando o segundo andar.

Naruto já estava lá. Estava um pouco perdido, então abria as portas por onde passava, não encontrando ninguém no quarto, mas estavam todos ocupados.

Após fechar mais uma porta, deu de cara com um garoto no corredor. Ele era branco, cabelo moreno preso em um rabo de cavalo, um pouco menor que si, e olhos pretos.

– Você é o garoto novo que a Koharu me chamou para ver? – bocejou.

– Sim, Naruto. – estendeu a mão para ele, que aceitou.

– Shikamaru. – pôde ver um símbolo de uma pena de coruja na mão dele, a marca dos Servos de Atena.

– Um Servo? – perguntou em grego.

– Eu não falo... esse idioma aí. – falou Shikamaru.

– Eu perguntei onde fica nosso quarto.

– Ah, sim. Tem um quarto vazio logo ali. – apontou para a última porta do corredor.

– Obrigado. – agradeceu, seguindo para o mesmo. – Será que não é mais um Servo? – pensou, enquanto o via virar para descer as escadas. Era raro, não conhecia nenhum caso, mas Servos já foram condenados a viver como humanos, esquecendo-se do Olimpo e dos deuses, e talvez esse fosse o caso daquele garoto.

Servos e Humanos –

No shopping, Naruto e Sasuke olhavam tudo admirados. Eram luzes coloridas para um lado, pessoas com roupas caras de outro, algumas com sacolas de compras, outras com crianças.

– Quanta variedade de coisas. – falou o moreno, não conseguindo esconder a admiração.

– Eu quero comprar! – confessou o loiro.

– Contanto que não gaste todo seu dinheiro. – falou Sasuke, olhando as coisas ao redor. – Lembre-se que nossa mesada de Servo não é tão boa assim.

– Tá. – disse. – Vamos subir ou ficar conversando?

– Pra que essa pressa toda? Ainda são meio dia. – seguiu para a escada rolante.

– Eu sei, mas... – foi interrompido pelo brilho de suas marcas. Esconderam-nas para que não vissem, mas procuraram pelo local, onde estaria o monstro, e não foi difícil achá-lo, afinal, voava na direção deles. – Sasuke.

– Já vi.

– É um classe B.

– Coloca a barreira, vou destruí-lo antes que alguém veja. – o loiro invocou a barreira e o Uchiha tomou o máximo de ar pela boca e cuspiu em uma grande bola de fogo, destruindo o dragão.

– Tudo bem em usar seu Talento de Hades? – perguntou, desfazendo a barreira e fazendo com que a escada rolante e as pessoas voltassem a se mover.

– É o mais fraco. Não gastaria meu melhor Talento com monstros desse nível! – enfim chegaram ao andar superior, onde podiam sentir um cheiro ótimo, mesmo não sabendo de quê.

– Vamos, nada vai estragar o meu dia hoje! – puxou-o.



E nada estragou. O loiro experimentara tudo o que vira pela frente, desde pipoca à pizza, gastando metade do seu dinheiro em um dia, isso porque Sasuke o parou.

Por já estar tarde, seguiam juntos o caminho de casa. Ficaram tanto tempo lá dentro que a hora passara voando e já estava escuro. Como dissera Naruto: “Apolo resolveu descansar mais cedo hoje”.

As ruas estavam vazias, e graças a isso podiam usar o mapa das marcas, quase como um GPS, mesmo não sabendo o que era um GPS. Seus mapas diziam onde estavam, onde o monstro estava, até a quantidade de Servos da cidade, que era bem pouco, o que significava que teriam trabalho.

– Eu queria ter comprado algo. – reclamou Naruto.

– Se quiser voltar e gastar tudo, sem problema, mas não esquece de para onde os avarentos são mandados.

– Tá, eu paro. Chato. – sussurrou, mas Sasuke lhe deu um tapa na cabeça, sinal de que ouviu. Começaram a conversar, afinal assunto não faltava na Terra, mas Naruto parou, fazendo Sasuke parar e se virar para o amigo. – Ouviu?

– Não.

– Exato. – virou-se, encarando a escuridão. Seus olhos não funcionavam tão bem no escuro, mas podia ver algo se mover.

– Está vendo algo? – Sasuke tentou, porém, não conseguia ver nada além da escuridão.

– Acho que o problema não é ver ou ouvir, e sim sentir. Estamos dentro de uma barreira! – avisou e pôde ver um animal correr em sua direção. Não conseguia distingui-lo direito, mas só monstros poderiam se mover ali dentro.

– Sem classe? – estranhou quando tentou descobrir a classe do monstro e não conseguiu. Naruto se colocou em sua frente e chutou o monstro, fazendo-o desaparecer.

– Obrigado.

– De nada. – procurou ao redor, vendo vários olhos no meio da escuridão.

– Dessa vez eu vi. – encostou suas costas na de Naruto, um protegendo a retaguarda do outro. Suas roupas mudaram, e ganharam seus equipamentos de luta que usavam: tornozeleiras, joelheiras, braçadeiras e uma roupa por baixo dos objetos. – Mas como não sentimos que estávamos em uma barreira?

– O treinamento. Nos acostumamos com a Terra e não percebemos a diferença quando entramos na barreira. – falou, estalando os dedos em um aquecimento. Mesmo que tivessem as armas de Hefestos, preferiam lutar usando os punhos, sem luva mesmo. – Aí vem eles. – outro animal, que aparentava ser um leão, assim como os outros, pulou em sua direção, mas foi destruído por um chute, assim como o anterior. – Talvez tenhamos entrado na barreira de alguém e esses bichos sejam a arma dele ou dela.

– Tenho a sensação que não. – respondeu o Uchiha, destruindo os que o atacavam. – Não vê nenhum monstro ou pessoa?

– Posso tentar usar um pouco do meu poder para iluminar.

– Então faz. – a marca do loiro brilhou tão forte quanto uma lanterna, tornando possível a visão de todos os bichos ao seu redor. Estavam cercados, mas mais do que isso, pudera ver alguém em cima de um telhado. – Lá em cima. – apontou para a direção do homem, e Sasuke olhou de canto, não podendo retirar a atenção dos inimigos.

Não era possível ver muito de si, apenas as suas partes expostas. Por ser noite e sua pele ser branca, apareceria com facilidade, então escondia-se sob um manto preto, deixando amostra apenas seus braços enquanto desenhava, e com isso, sua marca: uma espada, marca de um Servo de Ares, aparecia.

Desenhou alguma coisa e, antes que Sasuke tentasse ir na direção do homem, Naruto o impediu com um grito:

– Um dragão. – o moreno olhou por cima do ombro de Naruto, vendo que ele vinha na direção deles. – Sasuke. – Naruto se virou e Sasuke fez o mesmo, trocando de lugar. O moreno cuspiu uma bola de fogo maior do que a anterior, destruindo o dragão e os bichos que o atacavam.

– Brilhe como o sol. – Naruto levantou a marca, e o clarão fora forte o suficiente para fazer com que os bichos desaparecessem, deixando apenas tinta no lugar. Olharam para a direção onde o homem estava, mas nada. – Foi embora. – disse o loiro, e ambos sentiram quando a barreira se desfez.

– Quem era ele, afinal? – perguntou arfando, devido a ter que usar uma bola de fogo tão grande.

Servos e Humanos –

– Me odeia tanto quanto Hades odeia Atena, Ares? – perguntou Apolo, visivelmente irritado, aparecendo na frente do outro deus. – Por que mandou atacarem meu Servo e seu amigo?

– Com quem acha que está gritando? – perguntou. – O que faço ou desfaço não é de sua conta, Apolo!

– Você não respondeu minha pergunta! – materializou sua harpa.

– Quer começar uma guerra, deus sol? – o deus da guerra materializou seu escudo e lança. – Saiba que eu adoro guerras, afinal.

– Não cairei em seus jogos deus da guerra. Mas na próxima vez que mandar um de seus Servos para cima do meu, terá que se preparar para a guerra! – desapareceu.

Servos e Humanos –

Adentrando a casa, não encontraram ninguém na sala. Pela hora, todos já deveriam jantar, então foram para a cozinha, achando a maioria dos moradores da fraternidade.

– Onde estavam a essa hora? – perguntou Sakura.

– Não é da sua conta. – respondeu rude. Não estava com paciência para aturar ironias, não quando tinha um Servo por aí que queria os matar.

– Não vamos brigar, né, povo lindo? – Matsuri perguntou.

– Estávamos ocupados. – Naruto olhou para Sasuke, repreendendo-o com o olhar, e o mesmo só deu de ombros. – Desculpa, mas perdemos a hora no shopping e...

– Onde estavam não me importa, contanto que não estejam cometendo nenhum crime. – falou a senhora.

– Não estávamos.

Não estavam? Que cara de pau! Havia ouvido ele e o amigo dizendo que matariam todos facilmente. Vai ver já começaram. Ficaria de olho nos jornais para algum assassinato, já que ficar longe deles já parecia impossível.

– O que ele está fazendo? – perguntou o moreno, apontando para Sai com a cabeça, e indo se sentar, longe de Sakura, de preferência.

– Pintando. – respondeu Neji. – Ele pinta a gente toda noite.

– Sério? Deixa eu ver. – Naruto foi até o garoto, que estava em pé de frente para seu quadro. – Está... – parou quando viu o desenho. Não entendia nada de arte, mas com certeza aquilo não poderia ser chamado de arte. Eram apenas palitinhos e desenhos muito malfeitos. – bom. – falou, mas nem ele mesmo acreditava naquilo.

– Não precisa mentir. – disse Tenten. – Todos aqui sabem que ele não é um Picasso.

– Ou Da'Vinci. – acrescentou Gaara. – Mas ele tenta.

– Ninguém nasce sabendo. – Naruto o defendeu.

– Eu discordo. – falou Neji.

– Bom, boa... sorte?

– Esse foi o pior desejo de boa sorte que já recebi. – falou ele, ainda não esboçando nenhuma reação. – Mas, obrigado? – tentou abrir um sorriso, o qual saíra forçado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, pois muitas coisas ainda podem acontecer ao decorrer dessa fanfic. Um bom exemplo disso é a Hinata pensando que Naruto e Sasuke são assassinos – de certo modo são, matam monstros.
Bom, até domingo que vem, certo?



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