Servos e Humanos escrita por Ed Henrique


Capítulo 27
Confusão no Submundo


Notas iniciais do capítulo

Ficou grandinho, admito que nem percebi, mas mesmo assim não tão bom quanto acho que gostariam. Esqueçam Shikamaru e o trio, nosso foco hoje será Naruto e Sasuke, Sakura e companhia e deus inimigo.



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Andando pelo único caminho que parecia ser capaz de levá-los para o portal que os levaria embora, ou pelo menos para um inferno diferente, Naruto continuava na frente, tocando sua harpa, a qual afetava os mortos e os mantinha afastados. Todos no raio dela paravam o ataque assim que ouviam a melodia suave, indo ao chão com as mãos nos ouvidos.

Seres malignos, e isso incluía os mortos, odiavam luz e música, ambos poderes que o loiro possuía, então não era nenhuma dificuldade lidar com eles, o que não se equivalia para Sasuke. Desde que começaram a andar pelo caminho que não acabava mais, assim como o número de mortos, Naruto não lhe dirigira mais uma palavra, mantendo-se em total silêncio enquanto tocava.

— Até quando pretende ficar sem falar comigo? – quebrando o silêncio, Sasuke perguntou.

— Do que está falando? Eu ter falando sobre você ter sido um Servo de Hades ou você sempre saber que eu era um deus e nunca ter me contado, sem falar em ter sido posto para me vigiar por Zeus? – olhou-o de canto, surpreso por ele saber até mesmo daquilo.

— Não está insinuando que virei seu amigo apenas por ordens do meu deus, está? – perguntou.

— Eu não insinuei nada, você que o fez. – retrucou. Colocando a mão no ombro de Naruto, o fez parar, como a si e, assim que ele se virou, colou um soco na cara dele, derrubando-o surpreso.

— Achou que eu não o socaria mais por ser um deus? Um deus ou não, Naruto ainda é meu amigo, um Servo, um dobe, e tenho total liberdade para socá-lo quando ele agir como um idiota! – discurso, estalando os dedos em seguida, sabendo que geraria uma briga.

Dando uma banda nele, derrubando-o, Naruto se colocou de pé, limpando um filete de sangue da boca.

— Então posso fazer o mesmo. – Sasuke se levantou logo após a fala do loiro e, se encarando mortalmente, socaram-se. A luta estava começada.

Em termos de força e luta, Naruto estava em pé de igualdade de Sasuke já que não treinava a harpa por seu Talento com ela ser nulo, enquanto os Servos de Zeus treinavam técnicas de luta e de eletricidade. Como deus, Naruto... Menma tinha força o suficiente para derrotar Sasuke sem suar, porém estava incapacitado de usar tal poder, então o moreno podia ficar tranquilo sobre ser injustiçado em uma briga contra uma divindade.

Distraindo-se em seu confronto pessoal, se esqueceram do fato de que era apenas pelo som da música que os demônios ficam longe, e, sem ele, tinham total liberdade de movimento para atacar, e foi o que fizeram.

— Não atrapalhem! – ordenaram juntos, colocando a mão com a marca para trás, liberando o poder delas, derrubando os inimigos. A harpa de Naruto voou para ele, que se virou para pegá-la, e puxou uma das cordas de forma que fizesse um som estridente, afetando novamente aos mortos, dessa vez mais intensamente. – Está mais calmo, do...? – antes de terminar a frase com seu típico insulto, foi interrompido.

— Quem está tocando essa droga de música no Submundo? – a voz os surpreendeu, mas não foi difícil reconhecer a quem pertencia baseando-se onde estavam.

— Thanatos. – disseram juntos, vendo-o se materializar mais adiante no caminho.

— Ex-Servo de meu pai e filho de Apolo e Afrodite, tinha que ser. – fechou os olhos, quase como se já imaginasse.

— Sabia que uma hora ou outra alguém apareceria por causa da música no Submundo, só não esperava que ele. – disse Sasuke, preocupado. Aquele em sua frente era um dos deuses que comandavam o Submundo ao lado de Hades, Thanatos, o deus da morte.

— O que quer? – perguntou Naruto.

— Eu quem deveria fazer tal pergunta. O que fazem aqui? – perguntou o deus.

— Fomos mandados para cá pelo poder de um inimigo, só estávamos procurando pela passagem que nos levaria para outro inferno até sairmos daqui. – esclareceu o Servo de Zeus.

— As passagens são apenas para Servos de Hades, não traidores. Lamento em informar que não posso permitir que prossigam. – informou.

— Adoraria o ver tentar. – disse.

— Não está pensando em...?

— Sim. – respondeu, cortando-o. – Estava mesmo a fim de encontrar com alguém que pudesse me levar diretamente a Hades.

— Está louco? Está longe do sol.

— Existe um sol que brilha no Mundo dos Mortos, e mesmo que não faça parte do meu grande pai, um sol é um sol. – explicou a fonte de sua confiança. Enquanto existisse um raio de sol possuía esperança.

— Tenho certeza que notou, Menma, – chamá-lo pelo nome de deus e não de Servo era como uma afronta – o quão distante o sol está. – falou e o loiro semicerrou os olhos. O ataque de Sasuke o fizera sangrar por esse motivo. – É verdade que existe um sol no Submundo, mas ele se encontra no início, e já estamos no terceiro inferno, o que significa que seu poder é só um trigésimo do verdadeiro. – esclareceu, o que não bastou para intimidar o loiro. – Ah, seu irmão, Orfeu, até mesmo já chegou a conhecer nosso sol. – seus olhos assumiram uma postura mais violenta diante da provocação ao citar seu irmão mais velho.

Orfeu fora atrás de Eurídice e caíra em um truque do deus do Mundo dos Mortos, o que fez com que perdesse o amor de sua vida e vivesse amargurado pelo resto da vida, vivendo uma vida triste e sendo assassinado por três mênades, – que foram cruelmente assassinadas por seu pai – não deixando de amar a falecida esposa mesmo depois da própria morte, cantando a música que compusera para ela.

— Tem razão. – concordou e seu corpo brilhou como o sol, e Sasuke deu um passo para trás para não ser queimado. – Quase havia me esquecido disso, e como poderia? – perguntou retórico, materializando sua harpa novamente. – Acho que essa é uma boa hora para vingar o amor de meu irmão!

Observando o garoto, Thanatos não esperava que ele fosse realmente perder a cabeça pela situação, quem dirá que seu poder subiria aos céus e aumentaria o brilho do sol que estava tão longe?

Ele era poderoso, e o fato de não ter alguém controlando suas ações o tornava um perigo, por isso, afastando as pernas, liberou seu poder também.

Servos e deuses –

— O que será que aconteceu com os outros? – perguntou Hinata, preocupada. Em grupo com Sakura e Lee, foram separados dos de mais e agora andavam a procura de algum deles. Não viam rio, lago ou qualquer outro sinal que estavam no inferno, apenas terra.

— Devem estar bem, são fortes. – garantiu Lee. Estava apoiado na ex-Serva, mas já conseguia andar bem melhor. – A questão é, se estamos no Submundo, em que parte estamos? – perguntou.

— Não sei, mas precisamos sair. Ino sempre disse que esse lugar era horrível. – disse a rosada, na frente. Era a única com habilidades de luta, uma vez que Lee estava incapacitado, por isso tomara a dianteira para ficar atenta a qualquer inimigo.

— Sabe, Sakura, uma coisa estava me incomodando. – assumiu Hinata.

— Algum inimigo? – atenta, ela se virou, preparada para qualquer coisa.

— Não, não. – tranquilizou-a e a viu olhar para frente de novo. – É só que, se o Naruto é filho de Apolo e Afrodite, isso o torna filho do sol e da beleza, essa seria o tipo de divindade dele, mas e você?

— É mesmo, nunca nos disse do que era deusa. – concordou Lee.

— Bom, meu pai é Zeus, deus dos trovões, e minha mãe é Hera, deusa da família.

— Então pode criar trovões e raios como Zeus? – perguntou o Servo de Hermes, empolgado.

— Não, não. Não me acho capaz de usar os poderes do meu pai, sinto que sou mais parecida com minha mãe, além de ter a minha força. – falou.

— Então também é a deusa da família? – o Servo perguntou.

— A deusa da família injustiçada. – uma voz chamou a atenção do trio, o qual ficou em alerta para qualquer perigo. Vendo algo se materializar, prestaram atenção no que seria. – Para onde estão olhando? – a voz vinda de trás deles os surpreendeu e, pulando por cima dos amigos, Sakura conseguiu se colocar na frente do ataque, invocando sua serva antes de ser atingida. As partículas douradas foram desviadas pela serva, protegendo a todos. – Muito bem, que ótimos reflexos.

— Quem é você? – perguntou Lee.

— Mas que grosseria a minha. Eu sou Hypnos, um dos deuses responsáveis pelo Submundo. – apresentou-se formalmente, colocando mão no peito e se curvando de leve.

— O que quer dizer com deusa da família injustiçada? – perguntou Sakura.

— Não sabe? – o falso espanto dele não a comovia, pelo contrário, só a enjoava. Já ouvira falar dele por Ino, assim como de todos os outros deuses. – Deve saber que Hera não favorece a todos as famílias, então essa é sua função como deusa, ou seria se realmente fosse uma. – alfinetou. – Você é incapaz de ver a injustiça e não fazer nada, pois tem o sangue do deus dos deuses.

— O que quer de nós?

— Quanta coragem, uma simples Serva falando de tal forma comigo. Por que não dorme e me deixa conversar com minha prima? – esticando a mão, seu poder, partículas douradas, foram na direção do trio, mas novamente foi repelido pelo poder de Sakura.

— Repetirei a pergunta da Hinata: o que quer de nós, Hypnos? – perguntou a rosada.

— Só queria falar, nada demais. Não é todo dia que meus primos veem me ver. – falou sínico.

— Continua me chamando de prima, mas não faço ideia do parentesco. – ainda mantendo sua serva, não confiava em nenhum ser do Submundo.

— Você é filha de Zeus e Hera, irmãos de meu pai, meus tios, por isso é minha prima. – contou.

— Isso não quer dizer que também é prima do Naruto? – perguntou Hinata. Apolo era filho de Zeus, logo ele seria meio-irmão de Sakura, o que tornava Naruto primo da garota.

— Tem razão. – a rosada concordou.

— Meu irmão está com o Menma agora. Bom, mas acho que chega de conversa, vocês tem que ir embora, agora. – seu olhar mudou, ficando mais sério.

— Claro, depois que acharmos nossos amigos. – ditou Sakura.

— Acho que não está entendendo. – ele desapareceu – Não é um pedido. – o deus tentou atacá-los por trás, mas uma barreira o impediu.

— Entendi sim. – Sakura pulou, e tentou lhe acertar um chute, mas errou por ele desviar e se afastar.

— Sinceramente, não gosto de sujar minhas mãos. Não sou tão radical quanto Thanatos ou meu pai, que valoriza a morte e a prefere, sou mais sofisticado, prezo pelo sono eterno no lugar da morte eterna. Para mim as pessoas deveriam dormir por toda eternidade tendo lindos sonhos onde ninguém jamais morreria ou se feriria. – discursou.

— Ou seja, é só um fraco que não sabe lutar. – tomando impulso no chão, avançou velozmente na direção dele, pronto para acertar-lhe um soco, o qual foi barrado com a mão dele. Ele não conseguiu parar totalmente, sendo arrastado para trás, ainda a segurando. – Fico surpreso que tenha conseguido segurar um soco meu.

— Ainda é uma deusa novata. Precisava viver mais cem anos para fazer frente comigo.

— Vamos ajudá-la. – disse Lee.

— Não. Você ainda está machucado. – falou. – Hinata, cuide dele e não saíam daí, estarão seguros.

Avançando na direção dele, tentou acertar-lhe, mas foi inútil, ele desviou sem muita dificuldade. Era verdadeiramente forte, coisa que puxara do pai, como Hércules, mas sua força só adiantaria se pudesse acertá-lo, e só precisava de um único soco.

— Sei o que está pensando, – errando um soco, ele aproximo o rosto do seu e sorriu – mas não conseguirá me acertar, priminha. – levantando a perna em uma joelhada, ele colocou a mão em seu joelho e pulou, liberando seu poder. Batendo o pé rapidamente no chão, a destruição do mesmo levantou uma nuvem de fumaça, a qual dispersou as partículas do poder dele.

Saindo da fumaça, Hypnos a atingiu com um chute, mandando a garota para trás

— Covarde! – Lee gritou e o deus o olhou de canto, o que já era bastante para amedrontar o Servo.

— O fato de ter uma serva com poderes defensivos prova que – desaparecendo, ele ressurgiu atrás de si – sua defesa é fraca. – ele lhe acertou as costas, mas se surpreendeu quando o ataque não foi efetivo. Pulando para trás para desviar, outra surpresa veio logo em seguida, quando ela desapareceu.

— Quem disse? – um soco o atingiu as costas, lançando-o brutalmente para longe. – Os deuses são mesmo arrogantes para subestimarem os outros. – comentou. – Eu sabia que pensariam que tenho uma defesa fraca caso usasse minha serva para proteção, por isso mesmo ela existe.

— Uma isca. – ouviu a voz dele e o viu começar a se levantar. – Entendo. – de pé, a encarou, sério. – Mas eu disse, não? Que odiava sujar as mãos, e agora que me acertou, – pressentindo perigo, a serva abriu a boca – terei que lhe matar. – seu poder foi todo disperso na direção deles, mas a serva conseguiu proteger a garota a tempo.

O deus do sono desapareceu e, fazendo o mesmo, a garota não foi rápida o suficiente para conseguir desviar, sendo atingida para sumir em seguida. Reaparecendo, bateu com força no chão, girando rapidamente para se recompôr. O inimigo apareceu rapidamente em sua frente, mas sua serva conseguiu protegê-la do ataque. Como ele dissera, não era de sujar a mão, o que significava que, mesmo agora, não era mais forte que si, porém o suficiente para que conseguisse causar uma rachadura na defesa da serva e, futuramente, quebrá-la.

Desferindo um soco nele, o mesmo esquivou e sentiu a rajada de ar passar ao seu lado. Hypnos não era bobo, sabia que um soco seu seria mortalmente perigoso, por isso não podia tentar parar.

Tentando atingir um chute no mesmo, ele se abaixou e se teletransportou antes que completasse o segundo chute, o qual atingiu o chão e o quebrou. Tomando impulso no chão, deu um dos pulos que os outros conseguiam dar, pronto para dar acertar com um soco, o qual ele conseguiu desviar. O impacto do soco quebrou o chão, lançando pedras para todos os lados, e se aproveitou disso, do fato de uma das pedras cobrir a visão de Hypnos, para avançar rapidamente na direção dele, dando um soco que destruiu a pedra e só não o acertou pelo mesmo colocar ambos os braços na frente, liberando seu poder.

Os pós ficaram mais fortes, como se fossem pedras especiais, e só isso para salvar os braços dele, que ficaram vermelhos, e ele foi arrastado para trás. Retirando os braços da frente, teve uma surpresa quando a rosada apareceu em sua frente, e, pela posição, desviar ou contra-atacar estava fora de cogitação.

Um soco o atingiu a barriga e, tamanha a força, o lançou metros para trás, causando impacto até mesmo no chão onde o soco ocorrera, afundando-o.

— Eu já estava irritado antes...

— O quê? – surpresa pela resistência dele, a deusa perguntou. Esperava afundar a barriga dele, desmaiá-lo ou incapacitá-lo, mas nenhuma das opções ocorreram.

— Mas agora pretendo fazer de sua morte e pós-vida um inferno! – declarou.

— Já chega de brincar, Hypnos. – alertou a voz de Thanatos, materializando-se, e o outro deus parou. – Sabe que se matá-la terá problemas com Zeus, e tenho certeza que não quer isso.

— Thanatos?

— Nosso pai quer vê-los.

Servos e deuses –

— Pessoal. – Temari falou assim que viu o último grupo entrar, o de Sakura.

Correndo na direção de seus casais, Naruto e Hinata, como Sasuke e Sakura, se beijaram, enquanto Lee fora cumprimentar os outros. Diferente dos amigos, que lutavam com Thanatos, e Sakura e os outros, que lutavam contra Hypnos, o grupo de Shikamaru não encontrou problemas, voando por cima dos infernos até serem parados por Kakuzu, o Servo classe S, o mesmo que os levou até os aposentos atuais.

— Vejo que todos chegaram. – ouvindo a voz feminina, acompanhada de passos, viram uma mulher entrar no campo de visão deles.

— Perséfone? – Naruto estranhou ao ver a esposa do irmão do avô. – Não nos encontraríamos com o deus da morte?

— Ele os aguarde. – esclareceu, mostrando que estava ali apenas para guiá-los. – Ficaria feliz em ver meus sobrinhos, mas acho que não é uma visita casual. – indicando o caminho, começou a andar, sendo seguida deles. Sua fala fazia referência a estarem acompanhados de Servos, que com certeza não estavam ali a passeio.

— Sinto muito, mas não visitaria esse lugar nem por casualidade. – disse Naruto, mantendo Hinata perto.

— Faz sentido. Ninguém visitaria afinal, o Submundo. – falou e puderam sentir certo pesar na voz dela. Perséfone fora arrastada para o Submundo e forçada a casar com Hades, era a primeira que não gostaria de estar ali.

Andando pelos corredores do palácio, puderam ver estátuas representando Hades, mostrando todo seu amor por si próprio, assim como quadros de pessoas “famosas” no Submundo, todos que o deus do Mundo dos Mortos ficava feliz em ter ali. Vendo um dos quadros mais a frente, Sasuke reconheceu a pessoa, então se apressou para cobrir os olhos de Naruto antes que o mesmo visse.

O loiro perguntou, mas fugira da pergunta, pedindo ajuda de Hinata para que ele não os abrisse. Os quadros retratavam Eurídice de um lado do corredor e Orfeu de outro, ambos sofrendo por estarem tão perto e, mesmo assim, tão longe. Seria poético, se não cruel.

— A morte, tão incompreendida. – a fala foi a primeira coisa que ouviram antes das portas para a sala de Hades serem abertas. – Ah, quantos rostos conhecidos. – Hades se virou, tão teatral que chegava a dar dúvida se era mesmo tão amedrontador. – O que temos aqui? Um ex-Servo, Sasuke. – disse saudoso, ato forçado que não surpreendeu a nenhum deles. – Minha sobrinha jogada fora favorita, Sakura. O neto de meu irmão, e pode-se dizer que meu também, Naruto. E, ah, claro, o Servo da mulher que mais odeio. – Perséfone saiu sem anunciar, largando-os sozinhos por conhecer o marido que tinha.

Hades podia não estar aparentando ser o diabo que era, mas a falsidade já bastava para acusá-lo. Todos sabiam que, quando no inferno, não se devia fazer um trato com o diabo, mesmo que ele aparentasse ser humano.

Com o silêncio reinando por parte dos Servos e deuses, Naruto foi o primeiro a falar.

— Tio. – tão falso quanto ele, abriu um sorriso, só faltando ir até ele abraçá-lo. – E então, torturando muitas almas? Aposto que é exaustivo.

— Nem tanto quando se tem uma diplomacia, mas não falemos de nós, vamos falar de vocês. O que fazem em meus domínios?

— Como está a par, estávamos em uma missão no Egito, mas o poder do inimigo, que nos mandaria para o Mundo dos Mortos de lá, acabou por nos trazer para cá. – explicou Naruto, tomando a frente da situação. Shikamaru não podia falar, era um inimigo, Sasuke, um ex-Servo, e se fosse ver por vantagem, Naruto ou Sakura tinham a maior por serem parentes deles.

— Graças a antiga marca de Sasuke. – acrescentou Hades,

— Sim. Gostaríamos de pedir que nos levasse de volta para o Egito através de um de seus portais, ou então que nos mandasse para o Monte Olimpo para que, de lá, pudéssemos ir. – pediu. O silêncio se instalou e os Servos, tirando Hinata, souberam que o ponderar de Hades era ele pensando no que ganharia com aquilo, e não havia nada pior que dever o deus dos Submundo.

— Não! – respondeu simplista, para surpresa deles. Antes que pudesse ter a chance de rebater e tentar argumentar, porque uma luta contra um dos três maiores do Olimpo estava fora de cogitação, foi interrompido.

Hades!

— Falando no demônio, não esse sou eu. – falou e os garotos reviraram os olhos diante da piada sem graça. – Bom, tenho que ir, divirtam-se e com licença. – desaparecendo em chamas, ele se foi.

— Não espera. – ainda tentando, já era tarde.

— Ele se foi. – Lee falou.

— E agora? – perguntou Temari, preocupada.

— Estamos mortos. – respondeu Shikamaru.


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Notas finais do capítulo

Sei que não é a luta que todos queriam, mas não tive tanta criatividade, sem contar que, como eu disse, Hypnos não é de sujar as mãos, então a luta não poderia ser algo tão intensa já que o poder dele é o do sono.



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