Destinos Cruzados. escrita por Fê Mason


Capítulo 5
Armações do Destino.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas lindas e amadas :)
Deeesculpem novamente a demora, mas cá estou eu com um capítulo um pouquinho maior que o normal pra vocês.

E que quero dar um dica sobre ele: Leiam as entre linhas. Observem os pequenos detalhes, pois eles serão muito muito importantes no futuro da fic :x garaaanto, que as observadoras iram suspeitar de tudo nos próximos capítulos.

Um obrigada todo especial as lindas e cheirosas que comentaram no capitulo passado.
— Anny Amoedo
— Clau Mellark
— Patty Silva
— Graciele Santos
— Andressa
— Belle Leal
— DM
— Uma pequena grande leitora
— Nah Pires
— Like a Mikaelson

Bem vindas as meninas novas.
Todas vocês que comentam capitulo por capitulo, me fazem extremamente feliz. ♥
Muito Obrigada mesmo!

Sem mais delongas, boraa ler :)



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I can hear the wind whipping pass my face
        Eu ouço o vento passando pelo meu rosto
        As we danced the night away
        Quando nós dançamos noite adentro
        Boy your lips taste like the night of champagne
        Cara, seus lábios têm o gosto da noite de champagne
        As I kiss you again, and again, and again, and again.
        Quando eu te beijo de novo, e de novo, e de novo, e de novo.

( Love on top - Beyoncé )

 


Uma adolescente. Era assim que eu estava me sentindo.
Uma adolescente boba e completamente apaixonada pelo primeiro namoradinho de escola.


Eu estava a ponto de ebulição e Peeta não me ajudava em nada com seus “amassos perfeitos”. Deus, alguém deveria proibir aquele homem de ser bom no que faz, e olha que nem havíamos ido até o fim ainda. Tudo por conta da inseminação, eu precisava saber se tinha dado certo antes de darmos esse passo.


Hoje era sexta feira e eu tinha uma consulta com o Dr. Cox, que me examinou e pediu que eu aguardasse no laboratório pra fazer meu exame de sangue. Eu teria ficado e feito, mas eu tinha um encontro com Peeta e ainda não havia comprado meu vestido, resolvi fazer um de farmácia e se esse desse positivo faria um de sangue, lógico que fiz tudo por minha conta. Dr. Cox nem sonhava com isso.


Passei na farmácia comprei o exame, desses que podem ser feitos a qualquer hora do dia. Como eu não menstruava mais já tinha um tempinho, devido às injeções hormonais que tomava trimestralmente, não podia confiar no meu corpo pra ter certeza ou não do bebê.


Sai da farmácia e liguei pra Clove, ela me acompanharia nas compras.


Conversamos animadas durante o almoço e falamos principalmente sobre Peeta, e no fim da tarde Madge se juntou a nós.


Eu não sabia pra onde iríamos, Peeta não quis me contar, apenas pediu que confiasse nele. E bem, eu o fiz. Optei por um vestido preto, básico e perfeito pra quase todas as ocasiões.


Madge— Vai ser hoje?
Katniss— Do que exatamente você está falando? – Eu logicamente sabia o rumo da pergunta, mas preferi me fazer de boba um pouco.
Madge— Sexo Katniss! S-E-X-O! – Ela soletrou como se eu fosse alguma retardada.

Clove cuspiu todo suco que tomava em reação a direta de Madge.


Katniss— Tudo irá depender do resultado do teste. – Apertei minha bolsa contra meu colo – Se der negativo, sim, será hoje.


Oh Deus, eu juro que não via a hora de deixar apenas de acaricia-lo e poder sentir aquilo tudo.


Madge— Kaaat!
Katniss— Hum .. oi? – Balancei a cabeça a fim de espantar Peeta e seu amiguinho de minha mente.
Madge— Eu perguntei e se .. se der positivo?


Clove me olhava atentamente.


Katniss— Se der positivo, nós iremos sentar e conversar.
Clove— Ao invés de transarem como loucos!


Dessa vez foi a vez de Madge cuspir seu suco antes de começarmos a rir feito loucas.

O ponto de vista de Clove só serviu pra aumentar ainda mais meu desconforto. Elas não estavam ajudando a pequena ebulição que se apoderava de mim.


Madge— Eu acho ... – Ela deu mais um gole em seu suco. – .. que se der positivo, vocês deveriam .. como é mesmo Clo?
Clove— Transar como loucos?
Madge— Isso! Ai só então, sentarem e conversarem.
Katniss— Vocês não prestam e não estão me ajudando.


E os risos começaram de novo.


Clove— Concordo com ela! Você disse que ele é quente e tem aquilo tudo lá em baixo e o principal, esta super na vontade como você. – assenti mais uma vez tentando não imaginar minhas mãos nele – Junte o útil ao agradável, pelo menos se ele for embora, não ficara na vontade!


Sei que a intenção da Clove era não me deixar triste, ela sempre foi assim, direta, mas a questão era eu.

Eu não conseguiria fazer isso. Nunca. Jamais.


Graças a Deus, quando sai dos meus devaneios, elas já falavam da noite quente de Clove e Cato.

E só bem mais tarde, após muitas falações, pegamos nossas compras e fomos pra casa.

 




Resolvi passar no café antes, já que não poderia ficar até o fechamento.
Estranhei ao ver Gale lá ainda.


Gale— A Kat vai matar você se ver essa coisa aqui!
Posy— Eu vou levar ela embora, só faltam 2 horas pro meu turno acabar e ela é boazinha.
Katniss— Quem é boazinha?


Perguntei já olhando pros dois desconfiada. Vi quando Gale deu de ombros e indicou a irmã.


Posy— Kat .. eu juro, juroo! Que ela não vai destruir nada é só até eu ir embora! Eu .. eu não podia deixar ela na rua.


Continuei a fitando sem entender, até que um latido chamou minha atenção pro pé do balcão. Um filhotinho ou parecia ser um filhotinho de cachorro estava sentado.


Katniss— Ai meu Deus! – Olhei pra Posy, que me fitava suplicante. – Certo .. só até o fim do dia, e se ela destruir alguma coisa, iremos conversar mocinha!
Posy— Juro que vou tomar conta dela, ela não saira daqui!


Balancei lentamente a cabeça, antes de subir pra casa, não sem antes ver Gale piscar pra mim em agradecimento.


Esperava não me arrepender disso.


Coloquei as compras no sofá mesmo. Precisava de um banho, bem quente e relaxante.


Lavei os cabelos calmamente, sequei os mesmo com secador, deixando pequenas ondas nele, adorava eles assim.

Coloquei o vestido preto que havia comprado, um salto preto e peguei uma pequena bolsinha que já tinha, coloquei dentro só o básico e realmente necessário, afinal, não sabia pra onde iríamos.


Resolvi descer e esperar Peeta no café, seria mais rápido pra sairmos.


Achei estranho não ver Posy no balcão, só Gale, que atendia um casal, onde a mocinha parecia estar a beira de um ataque de pânico.

Sentia que estava faltando algo, algo realmente importante.


Passei mentalmente passo a passo da minha arrumação e não faltava nada.


Vestido. Sapatos. Brincos. Perfume. Bolsa.


BOLSA!


Só então me lembrei do teste. Do maldito teste que havia ficado na minha outra bolsa, em cima do sofá.


Katniss— Gale .. eu vou dar uma subida rapidinho, se o Peeta chegar, diga que já venho.


Ele assentiu com a cabeça, enquanto indicava o banheiro pra mocinha a beira do pânico.


Corri escadas a cima, entrei no banheiro com a bolsa em mãos, tirei o teste já sentada no vaso, abaixei a calcinha de renda e fiz xixi naquele bastãozinho.


Um bastãozinho que poderia mudar minha vida.


Cinco minutos.
Em cinco minutos eu saberia.


Coloquei o bendito na tampa do vaso como se fosse um tesouro, não iria ficar ali, encarando ele. Caminhei com a bolsa de volta pro quarto, a colocando realmente no seu lugar.


Me encarei no espelho.
Eu daria minha vida por um filho. Daria.
Não que eu não quisesse mais, queria. Só que agora eu tinha Peeta e queria isso com ele.


Tudo bem que eu podia esta sendo precipitada, afinal, só estávamos juntos a duas semanas, e eu já planejava filhos.

Mas as palavras de Mags vieram a minha mente. E se ele fosse o cara certo? Eu podia sonhar, não podia?


Ouvi meu celular apitar, havia o programado pra apitar quando se passassem cinco minutos.


Respirei fundo e caminhei decidida rumo ao banheiro, era agora.
Passei pela sala com as mãos tremendo, na verdade estava toda tremendo, entrei no banheiro e meu coração parou.


Não, não, não e não.

Katniss— Cachorrinho bom .. bonzinho .. vai me dar o bastãozinho, porque ele não é de comer!


A bendita da cachorra da Posy, estava com meu bastãozinho na boca. Na boca.
Me aproximei lentamente dela e quando estava quase a pegando, a danada pulou do vaso e passou por mim como um foguete.


Merda!


Sai em disparada atrás dela, descendo as escadas e chegando no café, onde não a vi mais.


Katniss— Meu deus, meu Deus, meu Deus! Eu vou mataar..
Peeta— Espero que não seja eu pelo atraso.


Ótimo!
Senti quando os braços de Peeta me envolveram pela cintura e um beijo delicado ser depositado em meu ombro.

Precisava achar a cachorra, não podia sair pra jantar sem ver o teste, não podia.

Peeta— Amor, está tudo bem? – Perguntou ao sentir a tensão do meu corpo.
Katniss— Está sim .. eu só .. – E a bendita cachorra saiu do banheiro, balançando a cauda como se não tivesse feito nada. – Só preciso ir ao banheiro ta?
Peeta— Ok .. acho que posso esperar. – Me olhou sem entender nada.


Caminhei o mais tranquila que consegui até o banheiro.
Ela tinha que ter deixado ele em algum lugar.
Alguma cabine.


Olhei em cada uma delas, ou melhor, em duas não poderia olhar estavam fechadas.


Encostei na pia e aguardei, não era possível que iriam demorar tanto assim.
Mas demoraram.
Céus eu devia estar ali a quase 10 minutos já e não saiam.


Katniss— Só pode ser brincadeira, só pode!
Peeta— Katniss, está tudo bem mesmo? – Ouvi Peeta me chamar do lado de fora.


Não podia esperar mais.
Suspirei, olhei novamente as duas cabines ocupadas antes de sair do banheiro.


Quando sai, um Peeta preocupado me esperava encostado na parede.


Peeta— Você está bem?
Katniss— Ótima! Perfeita! – Me aproximei dele lhe dando um selinho, não ia adiantar ficar nervosa mesmo - Vamos?
Peeta— Não.. não sem antes eu te dizer o quanto você está linda!
Katniss— Obrigada! Você também está.
Peeta— Agora sim vamos! – Segurou minha mão, entrelaçando seus dedos aos meus.


Seguimos o caminho em silêncio, não o reconheci, não era de nenhum restaurante ali por perto.

Quando paramos, fiquei confusa, não era um restaurante e sim, enormes portões de ferro escuro.


Katniss— É aqui? – perguntei confusa.
Peeta— Sim. – Respondeu enquanto os portões eram abertos e adentrávamos o lugar.


Era uma casa, uma linda casa de lago.


Peeta— Se lembra da casa que disse, que meus pais possuíam na cidade? – Balancei a cabeça em concordância. – Então .. seja bem vinda a nossa casa, por toda noite!


Ai meu Deus.
Toda noite?
Não me castiga assim.


Katniss— É linda! – Foi tudo que saiu da minha boca.


Entramos na casa e caminhamos rente até uma porta francesa, que eu soube minutos depois, dava pra um deque maravilhoso, com a vista perfeita do lago.


Uma mesa pra duas pessoas estava posta. Com velas e rosas.
Meu Peeta romântico tinha entrado em ação.


Katniss— Está lindo!
Peeta— Eu sabia que você ia gostar! – Me deu um selinho, enquanto me levava pra mesa.


Depois de um jantar maravilhoso. Muitas conversas e carinhos, Peeta me chamou pra dançar.

Ficamos ali, na beira daquele lago, balançando nossos corpos ao som do toque suave de vários instrumentos.


Peeta— Então .. eu planejei bem mais que esse jantar .. uma noite só nós dois, sem despedidas no seu portão .. mas .. quero que saiba, que não significa irmos em frente, podemos só .. só dormir agarrados se você quiser.


Eu estava a ponto de dizer não, de jeito nenhum, tenho que ir embora e inventar mil e uma maneiras de faze-lo me levar em casa.

Mas ao olha-lo ali, não me fazendo cobranças nem exigindo nada, só passar a noite comigo se assim fosse minha vontade, fez meus muros caírem. Não tinha coragem de estragar aquele momento.

Katniss— Eu fico. – Me vi dizendo, sem realmente pensar nos contras de minha decisão.


O sorriso que recebi de volta foi o maior e mais sincero que já vi em muitos anos.


Peeta— Vem .. vou te mostrar o quarto.

Me puxou pela mão, pra dentro da casa, deixando pra trás o deque e nosso jantar perfeito.

Subimos as escadas e passamos por um corredor largo e longo.
Peeta parou em frente a ultima porta, a abrindo e me dando a visão de um quarto maravilhoso, com uma janela imensa que dava vista pro lago.


Peeta – Eu vou desligar tudo lá em baixo e avisar na portaria que vamos passar a noite, sinta-se a vontade. – Me deu um leve beijo antes de sair do quarto, já abrindo os primeiros botões da camisa que usava.


Ai meu Deus.
Dai-me força pra resistir a esse homem. Só essa noite, só essa noitinha.

O que eu faço .. o que eu faço!

Madge!

Isso, eu precisava ligar pra Madge, era o dia dela fechar o café.


Horas .. Horas.
Que horas eram?


Abri bruscamente a bolsa de mão que havia levado, peguei meu celular.
21:45.


O café fechava as dez nas sextas, o movimento era maior. Madge ainda estaria lá.


Disquei o número já conhecido a anos, e ela nunca, nunca demorou tanto pra atender o celular.


Madge— O que aconteceu com o sexo selvagem?

Já atendeu me questionando.

Katniss— Mad ... preciso de um favor .. vida ou morte .. sexo ou não sexo. – Soltei tudo de uma só vez. Sem desviar o olho da porta. Peeta podia chegar a qualquer hora.
Madge— Ok .. Ok! Cuspa o que aconteceu!


E eu contei.
Contei desde o teste feito as pressas, até o roubo dele pela cachorra que Posy havia levado pro café. Que seria uma cachorra morta se passasse na minha frente de novo, até chegar ao convite do Peeta de passar a noite na casa do lago.


Madge— Meu Deus! Isso daria um capitulo de uma novela! – Podia sentir a empolgação em sua voz.
Katniss— Madge!
Madge— Ok .. desculpa! Então o que você quer é que eu olhe nas cabines restante e ver se acho o teste e o resultado?
Katniss— Por favoor! Eu preciso saber!
Madge— Olha, vou tentar. Torça pra não terem limpado lá ou a cachorra ter comido. Fica na linha.


Meu coração saltava no peito e eu podia ouvir os passos de Madge, enquanto ela levava o telefone com ela até o banheiro.

Uma eternidade.
Era o tempo que ela estava demorando.


Madge— Então .. acho que temos um problema e uma solução.
Katniss— Você achou?


O silencia dela me matava.
Merda! Custava ela responder logo.


Madge— Achei .. se for um bastãozinho branco com duas listrinhas azuis sim, eu achei.


Ela tinha achado!
Bastão branco com duas listras azuis.

Duas listras azuis?

Ai meu deus .. isso significa que .. significa que..


Madge— Parabéns mamãe!
Katniss— Estou grávida!
Madge— Sim .. você esta grávida e o que ..


Não escutei o restante, desliguei o telefone e senti meu corpo cair sentado sobre a imensa cama.


Grávida.
Grávida.


A inseminação havia dado certo.


Peeta— Katniss? Aconteceu alguma coisa?


Senti seu olhar sair de mim e ir pro celular caído ao meu lado.
Olhei pro homem parado, ajoelhado na minha frente, esperando uma resposta minha, com uma preocupação visível no rosto.


Eu não sabia o que fazer.
Estava desesperada. Perdida.
Não podia esconder dele. Não podia engana-lo daquela forma.
Até porque a barriga mais cedo ou mais tarde cresceria. E como eu ia explicar.


Peeta— Amor .. eu to ficando preocupado. Quer ir embora? E algo com o café? Com as meninas?


Não seja gentil comigo!
Minha mente gritava.
Eu vou magoar você daqui a pouco.


Peeta— Katniss ..
Katniss— Peeta eu .. eu .. – olhava pra ele, vendo sua espera em uma explicação minha. Explicação que eu não conseguia dizer.
Peeta— Você ..


Não sei o que me deu.
Um medo súbito de perdê-lo, unido a um desejo louco por ele.
Só me lembro que no momento seguinte, eu estava nos seus braços, o beijando com amor, desejo, desespero. Como se não houve amanhã.


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Notas finais do capítulo

Não queiram me matar .. prometo que serei boazinha no próximo :)
E lembrem-se .. leiam as entre linhas.

Bjos.