Os Escolhidos escrita por A Piece Of Cake


Capítulo 10
Meu palpite.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Desculpem ter demorado, dessa vez minha desculpa é que eu estava sem inspiração.
Espero que gostem e Boa leitura!



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Conforme andavam, paravam para procurar numa pequena área, vasculhando arbustos, subindo em árvores e até tateando o chão, sempre mantendo as duplas na hora da busca.

Já estavam bem adiantados na trilha, e até agora tudo que encontraram foi uma única lanterna jogada dentro de um arbusto, mais munição jogada no chão e duas caixas de fósforos também no chão.

— Achei pilhas! – Hermione se fez ouvir guardando as três pilhas na mochila que carregava.

— Não estou conseguindo entender. – Harry falou parando de fuçar em um arbusto. – O que esse dono quer? Por que ele está fazendo isso? Ele é amigável ou é um cara que só quer nos ver mortos?

— Oras, Harry, não é como se soubéssemos mais que você. – Gina o respondeu também parando de vasculhar o arbusto.

— Achei que pudessem ter uma teoria. – Harry rebateu sentando-se no chão da floresta.

— Eu acho que esse dono teve algum problema no passado, na infância talvez. – Luna se manifestou, enquanto estava tentando escalar uma árvore, sendo ajudada por Neville. – Meu palpite é que ele foi exposto, talvez humilhado. Algo que fez com que ele quisesse, talvez subconscientemente, fazer que outros passassem por algo, no mínimo, parecido ao que ele passou. – Completou, desistindo de tentar subir na árvore.

— E onde é que tudo isso é no mínimo parecido com qualquer coisa? – Draco questionou olhando para as folhas de uma árvore, procurando por algo que pudesse estar pendurado nos galhos.

— Realmente, acho que não há nada no mínimo parecido. – Luna concordou, voltando a tentar subir na árvore. – Mas não quis dizer a situação física, falo das sensações, dos sentimentos, das emoções. – Luna explicou no mesmo tempo em que conseguiu escalar a árvore.

— Nos fazendo sentir algo como o que ele supostamente sentiu? – Rony indagou tentando seguir a linha de pensamento de Luna.

— Sim! Mesmo que ainda não tenhamos falado em voz alta, vocês não podem negar que estão em uma montanha russa de sensações. – Luna o respondeu, alcançando um pequeno kit de primeiros socorros pendurado na árvore, descendo logo em seguida. – No primeiro dia, sentiram medo, estavam em um lugar desconhecido e não sabiam o que estava por vir. Quando estávamos enterrando os mortos, em primeiro momento sentiram a raiva, afinal, como pode tanta gente morrer ao mesmo tempo!? E depois veio o alivio, sorte não ter te acontecido nada grave, certo? Mas logo em seguida, a culpa, por que aquela senhora morreu e você não? E então temos o receio, tínhamos armas nas mãos, para que precisaríamos delas? E voltamos para a raiva, eu não quero que alguém invisível me diga o que fazer!— Luna discursou. – É o que sentem agora, estou certa? Pensam que esse babaca não tem o direito de sair ditando ordens! Não devia nem me dar ao trabalho de obedecê-lo! Certo? Sentem a sensação de injustiça, a raiva, a frustação.... Tudo misturado e ao mesmo tempo. Acho que era o que o dono queria desde o início, mas é claro que é apenas uma teoria.

— Minha nossa... – Neville murmurou ao seu lado, depois de alguns momentos em que todos ficaram em silêncio. – Você deve ser uma ótima psicóloga.

— Aposto que ela já analisou todos nós. – Gina brincou enquanto tateava o chão procurando por algo que pudesse ter sido jogado por ali.

— Se fosse uma aposta de verdade, você teria ganhado. – Luna respondeu divertida enquanto apanhava uma outra lanterna de dentro de um arbusto. – Temos mais uma.

— É sério que só vai ser isso? – Draco questionou olhando para cima, como se tivesse alguém o olhando de volta. – Pensei que acharíamos coisa mais significantes!

— Ei! – Astoria exclamou de repente, olhando para um ponto atrás de Draco. – Viram aquilo?! Venham rápido! – Mas não esperou por ninguém e saiu correndo mata adentro.

— Astoria! – Hermione gritou por ela, mas aparentemente Astoria não a ouviu e continuou correndo, como se estivesse seguindo algo.

— Astoria! – Draco a chamou enquanto corria para tentar alcança-la.

Gina fez menção de segui-los, mas mal deu dois passos e Harry a segurou pelo braço, bem em tempo de impedir que uma flecha a acertasse em cheio.

— Minha nossa! – Gina exclamou olhando para a flecha que acabou fincando-se em uma árvore.

— De onde veio?! – Rony questionou olhando na direção que a flecha veio, tentando ver o atirador.

Hermione abriu a boca para falar alguma coisa, mas não teve tempo de dizer nada pois uma outra flecha veio na direção do grupo, errando Neville por centímetros. E logo uma outra quase acertou Luna.

Em seguida várias flechas estavam sendo atiradas na direção do grupo.

— Vamos voltar! – Gina mandou, começando a correr, puxando o braço da pessoa mais próxima de si, Harry.

Luna e Neville tentaram correr na mesma direção, mas não conseguiram por causa da enorme quantia de flechas que estavam entrando em seu caminho, e acabaram tendo que se afastar.

Rony e Hermione nem se deram ao trabalho de tentar seguir os outros e correram juntos, desviando das flechas como podiam.

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— Astoria! – Draco a chamou mais uma vez, finalmente a alcançando. – Quer parar? Não devíamos ter nos separado!

— Separado? Mas eu chamei todo mundo! – Astoria respondeu ofegante, finalmente desistindo de seguir o que quer que fosse.

— Mas não esperou ninguém! O que era tão importante para colocar a vida de todos em risco?! – Draco questionou igualmente ofegante. – Será que estão bem?

— Eu vi uma mulher! – Astoria respondeu sentando-se. – De cabelos azuis...

— De cabelos azuis?! – Draco a cortou. – Mas...

— Como a mulher que você disse ter visto no aeroporto. – Astoria falou recuperando a respiração aos poucos.

Draco pensou em perguntar se Astoria tinha certeza, mas nem conseguiu abrir a boca e uma dor fina o invadiu.

— Draco! – Ouviu ao longe o grito aterrorizado de Astoria e viu ela levantando-se antes de sua vista embaçar e não conseguisse distinguir um palmo a sua frente.

Atordoado, sentiu algo em sua coxa e tentou enxergar o que era, mas tudo que conseguiu ver foi o que achou ser um galho. Tentou pegar, mas, uma mão, que ele supôs ser a de Astoria, gentilmente afastou a dele do galho. Foi quando notou que Astoria estava se esforçando para mantê-lo em pé, e tentou amenizar o peso que ela segurava, mas ao fazer força na perna, a dor que sentia aumentou e não conseguiu se manter consciente.

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Continuava correndo, tentando desviar das flechas. Tinha em mente voltar para a praia, mas a quantia de flechas sendo atiradas estava aumentando e não conseguiriam chegar lá sem serem atingidos.

— Procure por abrigo! – Gritou para Harry que estava logo atrás dela.

— Por ali! – Harry falou apontando para a entrada de uma caverna.

Gina olhou e por um momento receou entrar ali, mas não tinham outra escolha, então rapidamente dirigiu-se para a caverna, sendo seguida de perto por Harry.

— Você está com a lanterna? – Gina pediu a Harry. – Não consigo enxergar nada.

— Na minha mochila. – Harry respondeu pegando a lanterna. – Acha que os outros estão bem?

— Espero que sim. – Gina respondeu pegando a lanterna que Harry lhe estendia.

— E agora? – Harry indagou após sentar-se.

— Agora esperamos. – Gina respondeu e acendeu a lanterna, apontando para a escuridão da caverna.

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— Estamos perto, Rony! – Hermione avisou enquanto continuava a correr na direção da praia. Mas não ouviu uma resposta. -  Rony?! – Olhou para trás parando abruptamente de correr.

Não o viu e um desespero a invadiu. Imediatamente começou a pensar no pior. Sem nem ponderar, ela começou a voltar, procurando por ele, desejando no íntimo que nada tivesse acontecido.

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— Continue correndo! – Neville incentivou Luna, que estava ficando, cada vez mais, para trás.

— Não tenho costume de correr... – Luna falou ofegante, parando para respirar, apoiando-se em uma árvore.

— Não podemos parar, Luna! – Neville reclamou olhando em volta, esperando que nenhuma flecha viesse da direção deles.

— Não consigo continuar! – Luna se defendeu. – Vá sozinho!

— Não posso deixá-la sozinha. – Neville murmurou em resposta.

— O que está fazendo?! – Luna questionou quando Neville começou a vir estranhamente em sua direção. – Me ponha no chão! Neville! Onde está com a cabeça?!

— Não podemos parar, Luna. – Neville falou e voltou a caminhar em direção à praia, com Luna em seu ombro.

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Agradeceu aos céus quando avistou uma abertura em uma enorme rocha, e imediatamente reuniu todas as forças que tinha para arrastar Draco até lá.

— Que droga... – Astoria praguejou quando uma flecha passou ao seu lado, enquanto arrastava Draco, que ainda estava desmaiado com uma flecha cravada na coxa.

Passaram-se mais alguns minutos de desespero e receio de ser atingida e Astoria finalmente conseguiu entrar na abertura. Assim que estavam seguros embaixo da rocha, Astoria abaixou-se e checou a respiração de Draco e constatou que ele ainda respirava, em seguida checou o ferimento na coxa, sabia que não podia retirar a flecha, pois podia ter atingido uma artéria importante, mas procurou se certificar de que o sangramento havia parado. Não satisfeita, ainda checou o pulso dele e sentiu que ele realmente estava vivo, mas não pôde evitar colocar o ouvido sobre o coração de Draco, ouvindo-o bater em um ritmo preguiçoso, mas firme.

Exausta, Astoria permaneceu ali, com a cabeça no peito de Draco, deitada no chão, até que o cansaço a dominou e caiu no sono.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Desculpem qualquer erro na ortografia, espero que tenham gostado e não se esqueçam de deixar um comentário.
Espero ver vcs no próximo, XO!



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