Coraline e o Estranho Mundo de Jack escrita por Odette Swan


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá o/

Sim, estou chegando aqui na maior cara de pau, toda simpática, porque sei que deve ter gente aqui querendo me encher de porrada (ou não).
Faz quase um mês que não atualizo a fic e admito que durante esse tempo só abri o arquivo da fic três vezes, uma delas eu fiquei olhando pra tela e vendo o cursor piscar até fechá-lo.

Tenho algumas explicações:
1 - Bateu preguiça.
2 - Bateu bloqueio.
3 - Bateu criatividade, mas não era em relação a esta fic.
4 - Bateu falta de tempo.

Eu estou desenvolvendo três fics originais e algumas one-shots (algumas são até spin-off dessas fics), ou seja, elas estão consumindo meu tempo. Estou tendo muito trabalho com essas fics novas (que só vou postar muito mais pra frente), fora que toda vez que tenho uma ideia eu prefiro desenvolvê-la invés de só anotar, para ela não acabar se perdendo em algum buraco negro da minha cabeça, ou seja, eu desenvolvo uma cena fodástica (e longa) que faz parte de uma história que sabe-se lá quando vou postar e o bloqueiozinho bate quando eu preciso atualizar a que já está postada T-T
Fora que também estou começando um projeto enorme em relação à escrita, talvez o meu maior projeto, e tive que focar em montar todo o esqueleto da história, ou seja, linha do tempo, mapas, religiões, nomes de lugares e pessoas, biografia dos personagens, artes, etc. E não está nem metade disso tudo pronto '-'
E, claro, se alguém leu meu perfil deve saber que sou bailarina. E adivinha? Eu voltei de férias dia 18 de Janeiro e estou começando a estagiar. Tempo, pra que te quero?

OBS: Não esqueçam de conferir as notas finais.



Boa leitura!



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Há algumas semanas, o senhor e a senhora Jones anunciaram que fariam uma viajem de uma semana para concluir e publicar seu livro sobre plantas. Apenas esperaram o aniversário de Coraline passar. Partiriam esta tarde. Disseram a Coraline que ela ficaria, por acharem que a viajem seria chata e cansativa demais para ela. Apesar de achar chato ter que ficar em casa e ser vigiada pelas senhoritas Spink e Forcible, ela viu a oportunidade perfeita para resolver seus problemas em relação a Bela Dama, e dessa vez não teria que se preocupar com seus pais.

— Os números de emergência estão na geladeira, tem comida fácil de preparar no congelador, as chaves você sabe onde estão. - Dizia a mãe. - Acho que você sabe se virar, mas pedi para as senhoritas Spink e Forcible te vigiarem e te ajudarem caso precise.

— Se elas conseguirem se cuidarem sozinhas.

Mel olhou para Coraline repreendendo-a silenciosamente.

— Desculpe.

— Não se meta em encrencas. - Ela lhe deu um beijo na testa, pegando sua mala e saindo de casa em direção ao carro.

— Cuidado quando for explorar por aí. - Aconselhou o pai. - Não vá se perder na floresta. - Completou dando um peteleco no nariz de Coraline.

— Eu nunca me perco. - Cruzou os braços convencida.

— Bom… sendo assim, até mais, querida.

Coraline ficou escorada no batente da porta vendo o carro se afastar cada vez mais da casa, até sumir além da estrada curva ao longe.

[...]

Coraline estava sentada na escada da varanda, ela olhava para a paisagem como se admirasse uma bela fotografia, a natureza ao longe lhe inspirava tranquilidade. Os pinheiros, os carvalhos, as flores silvestres escondidas mata a dentro e, talvez, até as grandes cachoeiras escondidas naquela imensidão, tudo despertava a curiosidade e sede de aventura de Coraline. “Uma exploradora” pensou ela.

Três dias haviam se passado desde a visita das crianças em seu sonho e ela ainda não pensara em nenhuma maneira de destruir a chave, encontrar o suposto “lugar mágico” ou derrotar a Bela Dama. O vento bateu um pouco mais forte e fez seus cabelos azuis se bagunçarem, ela começou a se arrumar quando percebeu que o gato preto aparecera novamente, não o vira muito nos últimos dias. O felino subiu as escadas e sentou-se de frente para a menina, que sorriu.

— Oi, gatinho.

Ela acariciou o topo da cabeça da criatura, que começou a ronronar e a se escorar nas pernas da garota.

— Eu tenho que destruir a chave. - O gato pausou as carícias e a encarou. - A Outra Mãe está voltando.

O gato a olhava em silêncio, por um instante ela desejou que pudesse ouvir palavras saírem de sua boca assim como no Outro Mundo.

— Preciso da sua ajuda.

O animal começou a passar por entre as pernas da menina, levou uma de suas patas a sua canela e fincou as unhas no tecido da calça, como se tentasse puxá-la. Deu um miado enquanto continuava a chamar a menina.

— O que você quer?

Ele se afastou descendo as escadas e olhando para trás, Coraline, instintivamente, se levantou, no momento que o fez o gato começou a andar, a menina o seguiu.

O gato seguiu floresta adentro, andando devagar e com elegância, Coraline ia ao seu lado. Eles pararam diante do velho poço, o felino sentou-se sobre a tampa de madeira e encarou a menina.

— Tá, e agora? Você acha mesmo que eu vou descer até o poço para pegar essa chave? Só se eu quiser ficar lá para sempre, e isso não ajuda em nada.

O gato continuou encarando-a. Por um instante Coraline percebeu um semblante irritado no animal.

— É o único jeito, não é?

O gato assentiu.

Coraline bufou e olhou em volta, arquitetando um plano, voltou a olhar para o gato.

— Vou precisar do Wybie.

Coraline descobrira a algum tempo onde Wybie morava, não era tão longe do Palácio Cor-de-Rosa. Ela gostava de provocar o garoto toda vez que aparecia por lá e dessa vez não era diferente. A menina jogou algumas pedrinhas na janela do quarto dele mas não obteve resultado, franziu as sobrancelhas. Ouviu alguns barulhos vindo do fundo da casa e decidiu averiguar.

Sorrateiramente, Coraline se aproximou da figura que estava de costas para ela, carregava uma caixa que parecia tampar sua visão.

— Ahá! - Coraline segurou com força os ombros do garoto e gritou próximo de seu ouvido.

— Ai!

Ele largou a caixa no chão e pegou uma flauta velha que estava na caixa, que apontou para ela como se fosse uma arma.

— Por favor, tenha misericórdia de mim. Era só uma brincadeira, por favor, não me mate com a sua flauta apavorante. - Debochou.

Wybie sorriu quando viu a garota e jogou a lanterna de volta na caixa.

— Eu não me assustei.

— É claro que não. - Zombou.

— Não me assustei mesmo.

— Desculpe se feri seu ego. - Riu.

Wybie virou a cabeça de lado e fitou Coraline, coçando a nuca.

— Então, o que você veio fazer aqui?

— Preciso de você.

— É claro que precisa.

Coraline cruzou os braços e fez um bico, lançando um olhar fuzilante em Wybie. Ele riu.

— Ei, olha isso. - Wybie tirou da caixa um livro preto todo empoeirado, parecia mais velho que sua avó.

— O que é isso?

— Era da vovó, parece ser de contos de terror antigos.

— Tá, preciso da sua ajuda. Vem. - Coraline segurou Wybie pela manga da jaqueta que ele usava e tentou puxá-lo para acompanhá-la, mas ele a puxou de volta.

— Pra que a pressa?

— É importante. Vem logo. - Sua voz começou a soar irritada.

— Calma. Não precisa ficar eufórica. Senta aqui. - Respondeu indicando o chão de pedra.

Coraline bufou e fez o que o garoto pediu.

— Tá, fala logo.

— Achei que pudesse gostar. - Ele passou o livro para as mãos de Coraline.

Ela o folheou. As páginas eram amareladas e tinham manchas, ao que tudo indicava era realmente velho. Página ou outra possuía desenhos, alguns figurando florestas sombrias, casas estranhas e cemitérios outras com monstros horripilantes.

— Esse livro é bizarro. - Comentou fechando-o.

— Acho que os adultos liam esse tipo de coisa pras crianças a noite para assustá-las.

Wybie ofereceu o livro à Coraline, que aceitou. Depois de insistir mais um pouco e explicar ao garoto o que precisava, ele a seguiu até palácio cor-de-rosa, levando consigo uma corda e alguns apetrechos que poderiam precisar.

Ao chegar em casa Coraline entra e sai rapidamente com uma lanterna em mãos.

— Onde estão seus pais? - Pergunta Wybie.

— Viajando.

— E deixaram você tomando conta da casa? - Perguntou debochado. Coraline o fuzilou e ele desviou o olhar.

Foram caminhando em silêncio até o poço. Wybie retirou a tampa de madeira e amarrou a corda em uma pedra próxima.

— Tem certeza disso?

— É claro que tenho. - Respondeu Coraline enquanto amarrava a corda em sua cintura.

— Acho melhor eu ir…

— Não! - Wybie encolheu os ombros e acompanhou seus movimentos com o olhar.

Ela se aproximou do buraco, exitou por alguns segundos mas, por fim, se agachou e se pendurou da beira do poço.

— Se me deixar cair, eu mato você. - Disse ameaçando o amigo.

Wybie soltaria a corda aos poucos, segurando Coraline e impedindo que ela despencasse dentro do poço. Poucos minutos se passaram e Coraline já estava no limite da profundidade do local.

Ela ligou a lanterna e começou a vasculhar tudo. Lá baixo era malcheiroso, a lama das paredes era tão nojenta que Coraline tentou ao máximo possível não encostar em nada, apenas seus pés estavam apoiados. Era incrivelmente escuro ali, a menina se atreveu a olhar para cima, a visão da claridade lá no alto ficou turva, ela não conseguia ver muita coisa além do pontinho claro acima de sua cabeça. Lembrando-se do que Wybie disse, ficou imaginando como seria se estivesse de noite.

— Wyborne!

Wybie ouviu a voz de sua avó lhe chamar e logo soube que não poderia demorar mais. Esforçou sua voz ao máximo para que Coraline a ouvisse.

— Coraline, temos de ir mais rápido!

Apesar de a voz estar distante, Coraline entendeu o que ele quis dizer e voltou rapidamente a procurar a chave. O pouco de água que havia lá atrapalhava, a contragosto Coraline abaixou seu tronco e levou sua mão em busca da chave. Não havia tanta água, logo a pedra com a chave amarrada poderia ser achada facilmente mas não foi o que aconteceu.

Coraline arregalou os olhos quase não acreditando.

— Wybie!

— O quê?!

— Parece que a chave não está aqui!

[…]

Em algum canto do palácio cor-de-rosa, no silêncio perturbador da casa vazia, uma criatura sobrenatural se arrastava para fora de seu covil e se apoderava do belo espelho de moldura escura, cujo qual poderia ser sua passagem para a tão esperada liberdade.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham em mente que minhas aulas na escola (3º ano do Ensino Médio, estou ficando velha) voltam dia 15 de Fevereiro, ou seja, provavelmente só vou ter tempo de escrever nos finais de semana, e não é todo final de semana que eu vou conseguir escrever alguma coisa que preste. Sejam pacientes pelamor de Odin '-'

P.S. Este capítulo não ficou tão emocionante, é só uma passagem. Espero que tenham gostado.


Bjs no heart



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