Amor proibido escrita por LOVE VAMPIRE


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/665357/chapter/2

Os pés delicados desciam as escadas de mármore em direção ao seu destino,não poderia fugir daquele momento nem se desejasse, alias, seria uma grande desonra para a família. E ela realmente não os odiava a ponto de acabar com a vida social deles. Sacrificar sua felicidade por de outros parecia burrice, mas não quando os “outros” eram seu pai e sua mãe. Que sempre deram tudo que necessitava, e é claro, a criaram. Olhou pelos corredores, focando de onde sairiam as vozes animadas e se aproximou lentamente da sala de jantar, abrindo a grande porta dupla com ambas as mãos. A primeira pessoa que fitou ali parada foi seu pai, belo, alto, com aparência de um homem de trinta e cinco anos, cabelos castanhos escuros, quase pretos, barba por fazer e olhos castanhos escuros. Usava um terno extremamente social, enquanto conversava alegremente dois homens a sua frente.
– Bella!
Ouvia a voz alegre do pai ao vê-la entrar na sala, enquanto se aproximava com um belo sorriso estampado na face, os homens que estavam conversando com ele se viravam lentamente, encarando-a com o olhos fixos. Por um momento Bella sentiu falta de ar, um era extremamente forte, musculoso... Devia ter quase dois metros de altura, os cabelos negros e curtos, os olhos dourados, quase como o ouro, o rosto era extremamente quadrado, sem pelos, e lábios finos... Chegava a ser assustador. Enquanto o outro homem era menos forte, seus cabelos desalinhados tinham cor de bronze e seus olhos eram como topázio líquido dourado. Esse homem ergueu lentamente a sobrancelha direita enquanto a encarava de cima pra baixo, Bella percebeu o olhar sobre seu corpo, ele a estava medindo como se ela fosse um pedaço de carne no açougue. O pai falava com ela, mas não ouvia, encarava o homem com superioridade, quem ele pensava que é para olha-la daquela maneira...?
Sentiu a mão de seu pai apertando seu braço e gemeu, visivelmente incomodada com aquilo tudo.
– Bella, curve-se diante do Rei.
A jovem congelou, O que? Aquele ali era o Rei?
O pânico estava estampado na face de Bella, tinha vontade de sair correndo, subir as escadas, se esconder no quarto e nunca mais sair. Contudo, respirou pesadamente e fez uma delicada reverencia ao Rei, vendo-o sorrir vitorioso. Definitivamente, odiava a mania de superioridade daquele homem, alias, odiava tudo nele assim que o vira, era extremamente prepotente, metido, arrogante.
– Esqueceu de sua Majestade.
A voz do rei imundou o local com vigor, era grossa, forte, tal como um rei haveria de ser, aliás, no fundo, causava medo.
– O que, senhor?
Bella questionou, erguendo o olhar confusa.
– Deve me chamar de Majestade... Soberano... Enfim, pensei que seus pais haviam lhe dado esta educação.
Virou o rosto fitando o pai ao lado deles dando um olhar raivoso para Bella. O rei ria altamente, suspirando enquanto pegava os ombros de Bella e a deixava com a postura ereta.
– Não se preocupe, Charlie. Sua filha aprenderá todas as lições comigo...
Sentiu um tremor no corpo quando ele lhe direcionou um olhar penetrante, Bella mordeu o lábio carnudo e deu um passo pra trás, era impressão dela, ou aquilo soou machista e... Pervertido?
Olhou para o pai e viu um olhar de reprovação em sua face, se sentia confusa, o que o Rei faria na casa dela? Será que seu par era algum amigo de confiança dele? E quem era aquele outro homem? Observou o rei se sentar numa das cadeiras do conjunto com a mesa de jantar acompanhado pelo grandão, o rei abriu as pernas largas, despreocupadamente, e disse, frio como sempre:
– Traga-a até mim, Charlie.
A jovem franziu a testa em desacordo, não importa se era o rei, aquele homem definitivamente não parecia saber como tratar uma dama. Sentiu a pressão no braço enquanto o pai praticamente a forçava a se aproximar do rei. Deu passos pequenos, mantendo-se o mais longe possível dele. Repentinamente sentiu a mão direita do rei direto em sua cintura, puxando-a pra frente, para mais próximo de si. Sem se importar, levou a mão esquerda para trás da cabeça da jovem, pegando o prendedor, e soltando as melenas negras, levemente onduladas sobre a pele clara de Bella. Ele sorriu, comentando enquanto afundava a mão nos cabelos da jovem.
– És bela assim...Isabella... Com o cabelo solto. És uma moldura para teu rosto angelical. A quero sempre com os cabelos assim.
Perturbada com tudo aquilo, Bella deu um meio sorriso ao rei, como se agradecida com o elogio, ainda que a força que a mão direita dele fazia sobre sua cintura lhe causasse incomodo e certa dor. Além de soar extremamente pervertido tudo aquilo, como se fosse errado demais ele a tratar daquela maneira diante os pais. Fugiu o olhar do dele, virando-se ao pai, como se pedisse a ele para retira-la dali o mais rápido possível, ou para, pelo menos, lhe explicar algo. Porém, foi sua mãe a se pronunciar no ambiente, falando enquanto observava a cena a distância.
– Bella, trate melhor vossa majestade, ele que garante a vivência pacifica com os humanos, além de garantir a proteção da nossa raça. Ele só venho aqui hoje para lhe ver, conhecê-la.
A jovem engoliu em seco, e virou o rosto ao rei que continuava acariciando seu cabelos com delicadeza, como se ela fosse uma boneca que ele gostasse de observar e... Tocar.
– Majestade, agradeço a visita.
Foi tudo o que conseguiu dizer, embora a frase tenha saído mais ríspida do que desejava, o olhar daquele homem era tão sobrenatural que a deixava de pernas bambas. Já havia ouvido falar dele, Edward, o Rei dos Vampiros. Diziam que ele agia com tanta selvageria como um animal, seu nome causava temores nos poucos humanos que sabiam da existência da raça, e além disso, era visto como um dos mais ousados Reis de toda uma era. Uma vez, ouviu uma empregada dizer que havia se deitado com o Rei uma vez e que tinha, até hoje, a cicatriz de tal noite. Decidiu afastar aqueles pensamentos, completamente enojada. Fitou a mãe novamente, perguntando num meado de voz.
– Mãe... Disse-me que eu conheceria meu par esta noite...
– Sim, filha.
Ouviu o pai responder atrás de si com doçura, como sempre.
– Bem... Então aonde ele esta?
Uma risada alta cortou o ambiente, tão alta que chegou a incomodar seu ouvido, a jovem fez uma careta, fitando o Rei se divertir com o que ela disse, como se a mesma fosse sua boba da corte.
– Disse algo que não deveria?
Questionou, encarando-o friamente, controlou a vontade de fechar a boca dele, de dar-lhe um tapa tão forte que deixaria a marca de sua mão delicada. A gargalhada durou alguns segundos a mais, enquanto Bella o odiava profundamente. O Ambiente ficou mais pesado, enquanto o Rei, sozinho, parava de rir devagar, voltou a encara-la como se ela fosse apenas uma criança. Disse com um sorriso desdenhoso na face, ainda tentando se controlar para não rir mais dela.
– Não esta satisfeita só comigo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fiquei muito feliz por algumas pessoas ter lido minha fic, e resolvi postar o o segundo capítulo logo.
Espero que tenham gostado



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor proibido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.