Diário de uma princesa - Interativa escrita por Gabs
Notas iniciais do capítulo
HAPPY CHRISTMAS
Annelise.
Véspera de Natal, isso se resumia em lojas, supermercados, ou algum comercio, que estivesse aberto, em lotado, cheio de pessoas, correndo de um lado para o outro tentando fazer suas compras de última hora.
O salão principal do castelo jazia deslumbrante e muito cheio. A iluminação de Natal, pinheiros, anjinhos, pessoas felizes. Tudo estava perfeitamente bem.
Alice e Nickole foram as primeiras a colocarem seus presentes ao pé da grande arvore. Eu as observava curiosamente. Logo depois foi a vez de Aleksandra depositar uma caixa média e colorida. Eu me mexi inquieta. Era seu aniversário, muito próxima a uma das datas mais felizes do ano. Porém, estava triste. Mesmo tendo recebido cartões e presentes caros dos pais. O que se passava por sua cabeça?
— Seu irmão deve ter sido uma pessoa maravilhosa - deixei escapar. Tarde demais. Aleksandra virou o rosto para mim e esboçou um sorriso triste.
— Bem, eu adoro essa época de Natal. Não só pela cidade bonita, as luzes coloridas, as pessoas desejando felicidades umas as outras, mas por toda alegria e gentileza que trás para nós - ela disse com um olhar abatido. - Dimitri foi muito bom, tanto como príncipe, como humano. Lembro-me do nosso último natal junto, ele corria de um lado para o outro, desejando prosperidade a todos e cuidando dos mais mínimos detalhes, ele sempre gostou de uma decoração impecável. Acho que era sua velha mania de perfeição.
— Me parece uma pessoa extraordinária! Tenho certeza que ele deve estar em um ótimo lugar agora - tentei ser gentil. - Meu irmão, Ian, tem toda essas coisas. Eu sempre digo que o perfeito é conseguir alcançar o melhor que podemos. Ele é uma pessoa extrovertida e sempre descontraído. Acho que nós somos bem diferentes. Ian é o otimista e entusiasmado, enquanto eu sou a introvertida e recatada.
Aleksandra sorriu de breve.
— Você é uma boa pessoa, Lise. - ela me disse com suavidade.
Eu assenti vagarosamente. - Obrigada, você também não é nada mau, Aleksandra. Na verdade, tem um ótimo coração. Ele é generoso e gentil!
— Me chame de Sasha, por favor. - A princesa falou para mim. Um sorriso simpático e agradável se formou entre seus lábios finos. - É como minhas amigas costumam me chamar.
Eu retribui o sorriso na mesma intensidade. Encarei o semblante perfeito de Aleksandra, antes de assentir e me retirar.
No meio do percurso, me virei e disse para ela; - Feliz aniversário!
Amber.
— Sean, a Seleção é do Kian, não sua - eu resmunguei.
— Priminha, é preciso lembrar que o seu irmão vai escolher apenas uma garota e não todas - ele me disse. Eu o amaldiçoei baixinho.
— E você não estava namorando com aquela estudante de jornalismo Belga? - franzi as sobrancelhas.
— Eu e Louise não somos mais um casal. Terminamos faz dois meses - informou Sean.
— Então pare de importunar a Alice, ela é uma das minhas candidatas prediletas - fiz bico.
— Se você tivesse con quem dar uns beijinhos não estaria assim - ele reclamou, na defensiva.
— Como você sabe? - perguntei fazendo uma careta divertida.
— O tal Charles não conta. Vocês mal se veem. - Sean argumentou.
— Mas trocamos muitas cartas todos os dias - eu retruquei. - Em breve estarei noiva do futuro rei da França.
— Por que acha isso? - ele franziu as sobrancelhas irônico. - Ouvi dizer que as francesas são umas...
Meti um murro no seu ombro esquerdo.
— Ai sua smurf! - ele reclamou. - Foi só uma brincadeira. Eu estava brincando.
— Não. Me. Chame. De. Smurf. - demandei com um ar mandão. Pontuando cada palavra com um soco.
— Foi mau, fogaréu - ele riu e se desvencilhou
— Corre seu puto! - gritei, antes de sair depressa perseguindo aquela mula.
Nickole.
— Eu sinto tanta falta dos meus pais nessa época - desabafei.
— Os meus devem estar soltando fogos de artificio porque não estou lá - Aley comentou. - Minha mãe me obrigaria a me vestir como uma arvore de natal.
— Bem, eu também sinto falta da minha família, mas o plano para essas datas festivas lá em casa são pizzas congeladas, vinho velho e um terço de tias chatas perguntando se eu tenho namorado - Marina disse. Alice lançou um olhar de compreensão e pena, obviamente se recordando que Marina não era rica e não tinha um banheiro particular ou uma estatura construída em sua homenagem.
— No meu país essa data comemorativa não é dedicada apenas para o consumismo, nos importamos muito com o conforto das pessoas - disse Johhana, a justa.
— Eu não me importo muito em não passar o natal no meu país. - Gabriela deu de ombros. - Sinceramente, eu estou até bem. Pensei que não fosse sobreviver um dia na Seleção.
— Bem, eu acho que pelo menos estou me dando bem por ter saído na droga daquele sorteio estupido e não precisar aturar minha avó no natal, ela sempre fica reclamando das minhas roupas e fica me perguntando o por quê que não me visto apropriadamente para essa data - Bianca falou com tom de nojo. - Ela é tão chata!
Eu ri. Até ali tudo estava bem.
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