O sábado de Sarah foi tranquilo, trouxe a paz que ela precisava. Pela manhã foi até a sala de Madame Pomfrey para tomar café com a enfermeira e contar o que tinha acontecido, o motivo de estar em Hogwarts e como era a vida na casa dos Malfoy. Pomfrey era uma das poucas pessoas que sabiam a história de Sarah, pessoas estas todas de extrema confiança de Alvo Dumbledore.

O restante da manhã até a hora do almoço, Sarah estudou e fez as tarefas de casa com Hermione, que estava preocupada com a amiga depois do incidente da queda provocada pro Pansy.

A tarde, Sarah e Draco passearam juntos pelos terrenos de Hogwarts, o garoto estava muito deprimido com a prisão de seu pai Lúcio e apenas a companhia de Sarah o fazia sentir melhor. Os dois planejavam ir a Nova York nas férias de Natal para conhecer a casa de Sarah e também a escola, a qual Draco ficou curioso depois que Sarah descreveu o campo de quadribol gigantesco que havia lá.

Quem não gostou nada do passeio de Draco e Sarah foi Pansy, que em meio a uma crise de ciúmes, soltava mil comentários maldosos a respeito de Sarah para seus colegas sonserinos.

— Não aguento mais essa mestiça imunda! – bufou Pansy com raiva.

— Ela é prima de Draco, Pansy. Por mais que ela seja esquisita, ele não vai gostar de ouvir você falando essas coisas dela. – comentou Goyle.

— Ela é tão brega! Olhem a aparência dessa garota! – disse Pansy ao observar Draco e Sarah ao longe, caminhando em direção aos alunos sonserinos.  – Ela é tão feia! Olhem para essas roupas horríveis!

Sarah realmente não era mais a moça elegante de antes, naoquele dia usava um moletom largo e cinza com jeans e um tênis ‘’all star’’ preto, com seus cabelos presos numa desleixada trança.

— Pansy, já parou para pensar que essa garota esta na Sonserina por um motivo? Ela perdeu a família, é visível que ela esta deprimida. – disse Blásio. – Eu sei que a qualquer momento Sarah vai revelar seu lado sonserino. Você leu a carta do primo da Brown, viu a foto da Sarah! Embaixo daquela palidez, olheiras e roupas largas tem uma garota linda. E se ela voltar a ser daquele jeito, será  a garota mais linda da escola!

— Você esta exagerando, Blásio! Ela arrumada até que não fica tão horrível. – disse Pansy desdenhando. – Mas nunca deixará de ser patética! Trabalhava como modelo de marcas trouxas com a mãezinha trouxa e imunda dela, que patética! O Chapéu Seletor esta realmente velho e caduco pra colocar essa garota na Sonserina!

— Cuidado, Parkinson. Mais cedo ou mais tarde, o lado sonserino da Morgan vai aparecer. – disse o garoto com um malicioso sorriso. – E quando isso acontecer, eu não queria ser você. Tenho certeza que você será a primeira que ela irá arrasar.

— Pois se depender de mim, ela continuará no chão para sempre. – disse Pansy com maldade.

— Do que esta falando? O que aprontou? – perguntou Blásio.

— Apenas aguarde. – disse Pansy confiante. – Segunda feira será um lindo dia.

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Depois de um domingo tranquilo estudando e se distraindo com seus livros de poesia, Sarah sentia suas energias recarregadas para uma nova semana de aulas em Hogwarts. Por incrível que pareça, Pansy havia deixado Sarah em paz o fim de semana inteiro. ‘’Acho que enjoou de me ridicularizar’’, pensou a garota.

Estava indo até o Salão Principal com Hermione, Sarah estranhou a exaltação nas vozes dos alunos, que podiam ser ouvidas desde muito longe.

— Nossa, o que será que aconteceu? – perguntou Sarah.

— O Neville deve ter recebido mais um berrador da avó. – respondeu a garota suspirando. – Ou o Profeta Diário deve ter publicado mais alguma besteira a respeito do Harry.

Sarah respondeu com um suspiro. Quando as duas garotas apareceram na porta do Salão Principal, todos os alunos ficaram estáticos e em silêncio. Olhavam em direção a elas com espanto no olhar e todos em grupos, sempre com alguém no meio com uma cópia do Profeta aberta. Harry e Rony estavam pálidos e com as bocas entreabertas, Draco estava com lágrimas nos olhos e com uma expressão de preocupação. Os professores se olhavam muito preocupados e Madame Pomfrey chorava segurando a mão de McGonagall e Pansy Parkinson estava com um sorriso malicioso de satisfação.

— Mione, sabe porque todos estão olhando pra nós? – perguntou Sarah.

— Sarah, acho que estão olhando pra você. – respondeu Hermione preocupada.

— O que esta acontecendo? – perguntou Sarah olhando em direção a Draco suando frio e sentindo seu coração bater tão forte de nervoso que sentia que ele ia rasgar seu peito a qualquer momento.

— Esta confusa, querida? – disse Pansy alto e levantando-se da mesa da Sonserina até onde Sarah e Hermione estavam com um sorriso malicioso. – Não achou que conseguiria esconder seu segredinho por muito tempo não é,  Srta. Black?

Sarah não conseguia responder. Hermione colocou a mão no ombro da amiga, tentando consolá-la.

— Como? – foi tudo o que Sarah teve forças para perguntar ofegante e segurando o choro.

— Vi aquele estúpido relicário que você sempre usa! Você dormiu com ele nas mãos e eu abri e vi a foto da sua mãe trouxa imunda e do seu pai criminoso e assassino! – respondeu Pansy rindo. – Escrevi para Rita Skeeter, uma repórter do Profeta Diário que todos sabem que ama uma boa fofoca bombástica e ela descobriu o resto. Assumo que apareceram coisas que eu não esperava. Leia, você foi para a primeira página! Só não deixe a fama subir a cabeça, Srta. Black! – disse Parkinson jogando o jornal contra Sarah.

Sarah abriu o jornal e deparou-se com uma foto sua. Reconheceu aquela foto, foi tirada em uma festa que foi em Nova York há um ano e meio. Usava um vestido curto e muito justo e dançava visivelmente embriagada com um copo de bebida na mão no meio da pista de dança. Sarah tomou coragem e leu a matéria.

‘’A FILHA SECRETA E PROBLEMÁTICA DE SIRIUS BLACK.

Por Rita Skeeter

O perigoso assassino Sirius Black, que faleceu há poucos meses não deixou em seu legado apenas crimes hediondos e mortes horríveis, Black teve um breve relacionamento com uma trouxa nos Estados Unidos e teve uma filha mestiça, a ilustre senhorita Sarah Lílian Morgan Black!

Aparentemente, a garota que estudava na escola de bruxaria New York Wizzard School, seguiu os caminhos de seu pai. Com apenas 14 anos, já frequentava festas para maiores e consumia altas quantidades de álcool e também era usuária de uma substância ilícita trouxa chamada ‘’cocaína’’.

Ano passado Sarah foi obrigada a submeter-se aos tratamentos de uma clínica de reabilitação após provocar um acidente automobilístico entre ela e seu até então namorado, Daniel Grayson. Daniel conduzia um veículo trouxa enquanto os dois voltavam de uma das festinhas que sempre iam e ambos alcoolizados acaabram com o veículo capotado. Black teve as costelas quebradas e contusões na cabeça e Grayson teve as pernas comprometidas e encontra-se até os dias de hoje lutando diariamente para recuperar o movimento das pernas.

A garota que antes era festeira e usava sua beleza para seduzir homens, hoje é uma garota estranha, confusa e fontes confiáveis afirmam que ela ficou louca. ‘’Ela é realmente feia e esquisita” , revela Pansy Parkinson, colega de Sarah em Hogwarts. ‘’Ela fica sozinha boa parte do tempo e chora o tempo todo. Acho que até o fim do ano letivo ela deverá ser mandada para a ala psiquiátrica do St. Mungus’’, afirma Parkinson.

Atualmente, seus tutores são a família Malfoy, conhecidos por serem uma família rígida e tradicional, os únicos que poderiam dar um jeito na garota que ficara pior depois da morte de seu pai, em meio a uma onda de crimes desde que fugiu de Azkaban e a morte de sua mãe trouxa, por uma doença do mundo trouxa.

A identidade do pai de Sarah foi omitida para que ela não tivesse sua imagem arruinada pelos crimes do seu pai, mas parece que a Srta. Black não precisa disso para manchar sua imagem, não é mesmo? Como dizem, filho de peixe, peixinho é.’’

— VOCÊ NÃO TINHA ESSE DIREITO! – berrou Sarah jogando o jornal na direção de Pansy, a Sarah apontou a varinha para a garota e a estuporou no meio do Salão Principal com um feitiço mudo perfeitamente executado. Depois, com lágrimas de ódio nos olhos saiu correndo, fazendo com que Harry corresse atrás dela, a alcançando e segurando a garota pelo braço, na altura do corredor em frente ao Salão principal,  junto com toda a multidão curiosa que foi ao corredor ver a cena, mesmo com os pedidos dos professores de que todos ficassem em suas mesas.

— Sarah! Espere! – disse Harry alcançando Sarah e a segurando pelo braço. – Precisamos conversar!

— Me solta, Potter! – rosnou Sarah aos prantos.

— Seu pai, Sarah! Ele era... meu padrinho. Eu estava lá quando ele morreu, ele era um herói e... – disse Harry quando foi interrompido por Sarah.

— EU SEI QUEM MEU PAI FOI! – gritou a garota. – MEU PAI FOI UM GRANDE HOMEM E EU SEI QUE ELE ERA SEU PADRINHO, POTTER!

— Sarah, eu e Sirius nós... – disse Harry quando foi interrompido novamente.

— COMO SE ATREVE FALAR SOBRE O MEU PAI COMIGO, POTTER? PERDEU A NOÇÃO? – gritou a garota aos prantos. – MEU PAI NUNCA PODIA FICAR COMIGO, ELE SEMPRE TINHA QUE FICAR PROTEGENDO VOCÊ, MESMO QUE ISSO SIGNIFICASSE ABANDONAR A PRÓPRIA FILHA!

— Eu sinto muito e... – desculpou-se Harry.

— DEVE SENTIR MESMO! ELE MORREU POR SUA CAUSA! SE VOCÊ TIVESSE SIDO SENSATO, SE TIVESSE REALMENTE APRENDIDO A OCLUMÊNCIA, SABERIA IDENTIFICAR UMA INFORMAÇÃO FALSA DE VOLDEMORT! – gritou a garota, fazendo com que muitos estremecessem a até gemessem ao ouvir o nome do Lord das Trevas. – AH, TENHAM DÓ, SEUS PATÉTICOS! VOCÊS QUEREM DERROTA-LO MAS AO MENOS CONSEGUEM FALAR O NOME RIDÍCULO DELE, QUANTO MAIS OLHA-LO NOS OLHOS!

— Sarah...

— ME DEIXE FALAR, POTTER! VOCÊ É UM GAROTO BOÇAL E METIDO QUE SE ACHA O MELHOR BRUXO DO MUNDO POR TER SOBREVIVIDO A UM ATAQUE. GRANDE BOSTA! MUITAS PESSOAS AQUI SOBREVIVERAM A COISAS PIORES E NÃO FICAM AGINDO COMO VOCÊ! – Gritava Sarah, enquanto todos assistiam petrificados . – SE NÃO FOSSE PELA SUA ATITUDE IMPULSIVA, MEU PAI ESTARIA VIVO! VOCÊ NÃO PENSOU EM FALAR COM ALGUM SUPERIOR? OU ENTRAR EM CONTATO COM MEU PAI PRIMEIRO, ANTES DE SAIR SE AVENTURANDO? NÃO, NÉ! – disse a garota abaixando a voz. – Você, seu orgulho e seu ego! Sua necessidade ridícula de provar-se a todo o tempo, de mostrar pra Merlin e o mundo que você é o nosso herói, que é O Eleito! – disse Sarah – Sinceramente, Potter? Se você realmente é O Eleito, nós estamos realmente perdidos! - Sarah virou-se para McGonagall - Estuporei uma aluna, sei onde é a sala do Diretor, vou até lá receber minha punição.

Sarah terminou sua fala e saiu em direção a sala de Dumbledore. Os alunos ficaram no corredor paralisados com a cena e as palavras de Sarah para Harry. McGonagall teve que intervir, mandando todos os alunos terminarem o café da manhã.

— Se eu fosse você, Parkinson, eu me preparava. – disse Blásio. – A próxima será você.

— Não tenho medo da Morgan, ou melhor, Black. – disse Pansy.

— Você não tinha esse direito, Parkinson. – rosnou Draco rispidamente. – Vou procurar Sarah.

— Você ainda vai correr atrás dela? Draco, ela é uma mestiça imunda, ela era uma bêbada promíscua! Ela deixou o namorado aleijado e você ainda vai protege-la? – perguntou Pansy incrédula.

— Eu sabia de tudo isso, Pansy! Sarah nunca me escondeu nada. – disse Draco com um sentimento de culpa por esconder de Sarah que Belatriz matou seu pai e que ele já se tornara um Comensal da Morte. – ela é uma irmã pra mim.

— Que seja! – bufou a garota. – Nos vemos mais tarde, amor?

— Amor? Parkinson, eu não quero ter mais nada a ver com você! Essa coisa que você chama de namoro que você diz existir entre nós acabou! – disse Draco pegando sua mochila e saindo do salão Principal, deixando Pansy vermelha de ódio.

— Bem, eu avisei. – disse Blásio para Pansy. – Você viu o que a Sarah fez com o Potter? Um ''estupefaça'' não é tudo o que ela tem.Não pense que ela vai deixar em branco. Enfim o lado Sonserino dela apareceu.

— Ela não é burra, Blásio! Ela sabe que não deve se meter comigo. – disse Pansy. – Potter é um idiota e ela sabe disso, mas comigo a coisa é séria. A ‘’senhorita Black’’ não tem o que é necessário pra bater de frente comigo. Eu sei fazer muito mais do que um ''estupefaça''. - disse a garota com maldade no olhar.

— Se você diz... – respondeu Blásio pegando seus pertences e saindo junto com Crabbe e Goyle, deixando Pansy sozinha.