Sarah, Blásio e Draco desembarcaram em King’s Kross prontos para as férias de Natal. Assim que desembarcaram, viram a mãe de Blásio e foram até ela cumprimenta-la.

— Querido! – disse a elegante e bela mulher, puxando Blásio para um abraço apertado. – que saudade!

— Também senti sua falta, mãe. – disse Blásio.

— Olá, sra. Zabini. – disse Draco.

— Draco, querido. – disse a sra. Zabini sorrindo para o garoto.

— Mãe, esta é Sarah. – disse Blásio apresentando Sarah à mãe. – Sarah, essa é minha mãe Barbara Zabini.

— Prazer em conhecê-la, sra. Zabini. – disse Sarah tentando ser simpática. – Sou Sarah Bla...

— Já sei tudo sobre você pelo Profeta Diário, srta. Black. – interrompeu sra. Zabini olhando Sarah dos pés a cabeça.

— Mãe, Sarah é minha namorada. – disse Blásio olhando a mãe com censura.

— Ah, claro. – disse a mulher com desdém. – filho, vamos logo pra casa. Estou exausta. – reclamou sra. Zabini. – Tenha um bom feriado, Draco querido!

— Tchau, linda. Nos vemos dia 30! – despediu-se Blásio dando um rápido beijo em Sarah e saído junto com sua mãe.

— Essa foi horrível! – comentou Sarah quando Blásio e Barbara se afastaram.

— Não queria te desanimar, mas foi mesmo! – disse Draco para a prima. – Olhe! Meus pais estão ali. – disse Draco apontando para Lúcio e Narcisa que estavam há alguns passos de distância.

Sarah e Draco se aproximaram e assim que os viu, Narcisa puxou os dois para um abraço apertado.

— Que saudade de vocês dois! – disse Narcisa soltando-os.

— Também senti sua falta, mamãe. – disse Draco.

— Digo o mesmo. – disse Sarah sorrindo.

— Olá, filho. – disse Lúcio com uma expressão séria. – Sarah.... – cumprimentou Lúcio ainda sério, mas não ríspido como era com Sarah no passado. – devem estar cansados, vamos para casa, sim?

Os quatro então seguiram para a mansão Malfoy. Sarah não pode deixar de notar a expressão preocupada da família Malfoy. Lúcio estava com olheiras enormes e Narcisa demasiadamente pálida, mas achou melhor não tocar no assunto. Quando chegou na mansão, Sarah deixou sua mala em seu quarto e foi correndo para o quarto de Draco, que estava desfazendo sua mala quando a garota chegou.

— Hey. – disse a garota ao abrir a porta. – se importa se eu entrar?

— Claro que não, S! – disse Draco com um sorriso amarelo.

— Tudo pronto para irmos pra Nova York amaná? – perguntou Sarah sorrindo.

— Claro... – respondeu o garoto baixinho.

— Ah, Draco! Jura que não esta nem um pouco animado? Nem no mínimo curioso? – perguntou Sarah sentando-se na cama de Draco.

— Não estou no clima para festas. – disse Draco.

— Essa é uma oportunidade de se desligar de tudo por uns dias, seja lá o que você esta fazendo que não quer me contar! – disse Sarah. – eu estou disposta a esquecer o incidente de ontem a noite, estou disposta a nunca mais tocar nesse assunto, mas com uma condição!

— Qual? – perguntou Draco.

— Que eu tenha o meu melhor amigo de volta! Meu irmão que sempre me faz rir e esta do meu lado. – disse Sarah olhando nos olhos de Draco.

— Eu sempre estarei do seu lado, sempre vou amar você. Você é minha melhor amiga, minha irmãzinha, minha pequena. – disse Draco sentando-se ao lado de Sarah. – E eu te amo demais pra deixar você fazer parte de tudo isso. É complicado, eu não queria fazer parte disso. – disse Draco triste. – Odeio ser um Malfoy! Todos me vêem como uma versão mais jovem do meu pai, todos esperam que eu seja como ele mas eu estou vendo que quero fazer outras coisas, que não quero fazer parte dessa sujeira toda.

— Seja o que for, nunca pense que seu sobrenome diz quem você é! – disse Sarah.

— Mas não posso. Sarah, o que eu vou contar a você ninguém pode saber. – disse Draco sério. – você esta ciente da volta do Lord das Trevas e que ele tem seguidores, sabe o que ele quer, sabe o que ele já fez, não é?

— Sei, mas...

— Meu pai é um de seus seguidores. – interrompeu Draco. – assim como eu também sou. – disse Draco erguendo a manga e mostrando sua marca negra. – mas eu não queria ser, fui obrigado! Se não aceitasse, iam me matar.

— Draco...- disse Sarah baixinho levando as mãos a boca.

— Mais cedo ou mais tarde haverá uma guerra. – disse Draco engolindo seco. – eu não quero fazer parte disso, eu queria fugir e viver longe disso tudo.

— Se houver tal guerra, podemos ficar na minha casa em Nova York, podemos nos esconder lá longe de todos e... – disse Sarah com lágrimas nos olhos.

— Eles me encontrariam, Sarah. – disse Draco rouco. – e não quero pensar no que fariam com você se me escondesse. Eu nunca me perdoaria se um fio de cabelo seu caísse por minha causa. Essa é uma batalha que eu preciso enfrentar e sozinho.

— É por isso que você sempre some e anda tão estranho? – perguntou Sarah.

— Sim, não quero envolver ninguém. Nem queria que você soubesse disso, de mim e de minha família. Fiquei com medo que não quisesse me ter por perto. – disse Draco.

— Isso nunca aconteceria. – disse Sarah confortando Draco. – Eu amo você, D.

— Eu também te amo S. – disse Draco.

Os dois se abraçaram e ficaram um bom tempo no quarto de Draco, onde Sarah o ajudou a arrumar as malas para irem para Nova York no dia seguinte. No jantar, ficou combinado que Narcisa e Lúcio iriam para a casa de Sarah somente dia 24 de dezembro pouco antes da ceia de natal e Sarah iria com Draco em seu avião particular.

Na manhã seguinte, Draco e Sarah foram até o aeroporto para voarem até Nova York. Os dois estavam sentados lado a lado no jatinho particular de Sarah e a garota percebeu que Draco estava nervoso.

— Esta tudo bem? – perguntou Sarah.

— Esse trambolho voa mesmo? – perguntou Draco. – é grande demais, não?

— É um avião, Draco. – disse Sarah sorrindo. – são feitos para voar.

— Eu poderia ir de vassoura! – resmungou Draco.

— Relaxa, Draco! – disse Sarah. – Já vamos decolar.

Quando o avião levantou vôo, Draco segurou-se em sua poltrona de olhos fechados. Depois que o avião se estabilizou, Draco olhou para Sarah confuso.

— Estamos parados no ar? – perguntou Draco.

— Estamos voando, D! – riu Sarah. – em oito horas chegaremos em Nova York. – disse Sarah o tranquilizando.

Draco se acostumou com o avião durante o restante do vôo. Quando aterrissaram, os dois entraram na limusine que os aguardava no aeroporto e seguiram para o prédio de Sarah. Enquanto observava sua familiar selva de concreto, Sarah só conseguia pensar em quão bom era estar em casa.