Choix— 3 capitulo | NEVER

Desci do carro, e olhei o cemitério a minha frente, estava  um tanto quanto movimentado por ainda ser de manhã, aviste algumas bruxas conhecidas andando pelo local, as bruxas de Nova Orleans são proibidas de fazer qualquer tipo de feitiço sem o consentimento de Marcel, ninguém sabia como ele fazia isso, os vampiros tomaram conta da cidade.

— No que está pensando?

— Em como essa cidade mudou, por que a pergunta?

— Você está distraída, parece que está em outro mundo – o vampiro respondeu – para onde estamos indo?

— Para o fundo do cemitério ela sempre fica por lá quando não está no trabalho.

— Então não é certeza que ela está aqui?- ele parou na minha frente.

— Não – sorri e continuei andando – Mas se ela não estiver aqui nós podemos esperar anoitecer e vamos procura lá no serviço dela, onde não terá muitas bruxar por perto.

 Fomos até o local onde tivemos nossa briga, ou melhor uma delas, e por azar ou sorte não sei, ela não estava lá deveria ter pensado nisso antes, mas por via das duvidas resolvemos perguntar a alguma pessoa que estava ali, mas obtivemos a mesma resposta que já imaginávamos.  Sai daquele local com Elijah em minha frente as pessoas nós observavam como se fossemos dois alienígenas que vão  roubar a alma delas, mas por que faríamos isso? Elijah abriu a porta do carro e eu entrei, eu gostava do Elijah ele era diferente, o jeito dele não sei.

— Então o que fazemos agora Elijah? – me arrumei no banco de couro do carro.

— Aceita um café?

— Sim – e estávamos de novo dentro de um carro.

— Sua irmã já sabe sobre a criança?

— Sim e logo vira para me ajudar a mudar a ideia de Niklaus sobre essa criança que pode ser sua única salvação.

— E se ele não quiser mudar de ideia?

— Ele vai mudar de ideia – ele afirmou.

— Nem tudo e como a gente quer Elijah, e como tem que ser – me virei no banco para poder olha-lo melhor – Mas mudando de assunto, como você aguenta seus irmãos há tanto tempo?

— Eles são a única família que eu tenho, a muito tempo vem sendo apenas nós três – ele pareceu pensativo – mas e você, pude notar que e bem próxima de seus irmãos.

— Oh sim eles são tudo para mim, apesar das brigas, dos xingamentos, e dos desentendimentos, nós nos damos bem, eu faria de tudo por eles e sei que eles também fariam de tudo por mim, mas nem sempre e assim – parei para pensar em algumas de minhas melhores lembranças com eles – Quando eu era menor nos acordávamos cedinho para poder assistir desenho na TV, mas depois de um tempo, nós crescemos e nos distanciamos um pouco, cada um seguiu seu caminho, mas nunca perdíamos contato.

Ele não falou nada apenas continuou dirigindo, o  café onde paramos era bem simples, tranquilo, eu particularmente gosto de locais assim, sem muitas pessoas, ele pediu apenas um café preto, já eu pedi um chá mate acompanhado de um cupcake de chocolate que visto da mesa onde estávamos parecia delicioso.

— Sabe Elijah você já pensou em recomeçar? – o encarei – Construir uma família?

— Eu nunca vou me apaixonar novamente – ele arrumou sua postura – nunca.

— Cuidado “NUNCA” pode ser muito tempo.

O que você ganha quando se apaixona

Uma garota com uma agulha para estourar sua bolha

É o que você ganha por todo o seu problema 

Eu nunca me apaixonarei novamente

O que você ganha quando beija uma garota

Você ganha germes suficientes para pegar pneumonia

Depois que pegar ela nunca vai te ligar

Eu nunca me apaixonarei novamente

Não me conte como é estar apaixonado

Porque eu já estive e agradeço por estar fora

Fora daquelas correntes, aquelas correntes que te amarram.

É por isso que estou aqui para te relembrar

      O que você ganha quando se apaixona

 Quando estávamos a caminho de minha casa eu ainda pensava nas palavras dele, NUNCA pode ser muito tempo, se já e muito tempo para um humano, imagine para um ser imortal... Depois de um tempo o carro parou mas continuei dentro do mesmo.

— Me empresta seu celular? – perguntei estendendo a mão em sua direção, ele então retirou o celular do bolso fez  a senha e me entregou, peguei de sua mão e anotei meu número e em logo em seguida tirei uma foto e salvei o meu contato como “Lottie L.” – Agora sim, se ainda quiser que eu vá com você ver nossa querida  amiguinha e só me mandar uma mensagem ou me ligar.

Depois que disse isso meu celular começou a tocar e pude notar que era ele, por o numero ainda não estar salvo, então fiz a mesma coisa que fiz no dele, tirei uma foto e salvei o contato como “Elijah M”.

— Nós vemos mais tarde então  Lottie.

Sorri desci do carro e acenei vendo o carro se afastar, agora o que me restava era aproveitar o resto do dia enquanto a noite não chegava.

O amor é traiçoeiro, primeiro ele te dá a ilusão que está amando, certeiro e cruel, ele te mostra apenas que está sofrendo de amor.

 - Bruno Rafael