POV Connor

Muita coisa havia mudado desde que eu conheci meu pai, ele foi eleito prefeito, ganhei uma irmãzinha, a Emily e minha mãe estava morta. Passei a chamar minha madrasta de mãe, porque ela era uma verdadeira mãe pra mim, Felicity não fazia distinção entre eu e Emily, nós éramos tratados igualmente. Lembro de uma vez que ela teve que ir a minha escola porque eu havia brigado com um colega, este colega tinha me ofendido falando da minha mãe biólogica, a Sandra. Felicity ficou muito brava, brigou com a mãe do garoto e com a minha professora por permitir que isso acontecesse no final avisou que eu também era o seu filho e que não permitira qualquer ofensa que envolvesse minha mãe biológica, pondo um ponto final na estória.

À noite eu a ouvi e meu pai discutindo, meu pai falava que ela como esposa do prefeito não poderia se exaltar dessa forma, que era ruim para o seu cargo, ela ficou uma fera dizendo que mãe estava acima de esposa do prefeito, meu pai nesta noite dormiu no quarto de hospedes.

– Por isso que papai transformou o quarto de hospedes no quarto de brinquedos? – perguntou Emily.

– Foi, mas a mamãe mudou o sofá para um sofá cama e o avisou que se ele aprontasse de novo, dormiria no sofá. Papai bufou e não falou mais nada, deixou que ela resolvesse a sua maneira.

Hoje, passado quatro anos, papai vai se candidatar a reeleição, tio Ray, como da primeira vez, está cuidado da campanha, meu avô Robert ficou triste por papai não assumir a empresa, como haviam combinado. Vovô queria se aposentar e viajar com a vovó Moira pela Europa, mas acabou se conformando e apoiando papai.

POV Emily

Minha família é muito divertida e somos muito felizes, a vovó Donna está de novo namorado, causando cabelos brancos na mamãe, foi à mamãe quem disse. O Capitão Lance, pai da tia Laurel, era a mais nova conquista dela. Foi muito engraçado quando mamãe descobriu na festa de Natal, ou feriado como ela gosta de falar, já que é judia, que eles estavam namorando.

Tudo começou...

– Espere Emily, eu estava contando, você não sabe contar.

– Mas que quero contar essa parte. – choramingou Emily.

– Está bom só esta parte, eu conto o resto. – concordou Connor.

Então continuando. A mamãe estava linda com seu vestido vermelho, ela gosta muito de vermelho, acho que lembra o primeiro jantar deles na casa de nossos avôs. Neste jantar a tia Thea acabou conhecendo o tio Roy, hoje eles estão casando e a tia Thea está grávida de uma menina, ela vai se chamar Mia.

O salão onde realizou a festa era no mesmo local da campanha de papai. A vovó Donna também estava de vermelho, ela estava agarrada no Capitão lance, perto da árvore de natal quando mamãe viu os dois. Eu estava também perto da árvore, Connor estava um pouco mais afastado, por isso que eu sei contar esta parte e ele não.

A mamãe fez uma careta muito engraçada, a vovó e o Capitão Lance..

– Connor posso chamar ele de Lance? Porque ficar falando toda hora Capitão cansa.

– Emily a estória é sua, fala do jeito que quiser.

Voltando, o Lance ficou gaguejando e antes de sair, porque a mamãe pediu para falar em particular com a vovó, ele falou que não era para contar a tia Laurel e a tia Sara, que elas não sabia de nada. Eu quase dei uma gargalhada, mas me segurei se não mamãe ia ficar brava comigo. Era capaz de me colocar de castigo falando que eu estava ouvindo conversa de adulto e aquelas baboseiras que só as mães falam. Que saco! Ops desculpa mamãe não gosta que eu fale assim se ela descobrir, ai ai.

Então a vovó Donna, como sempre, deu seus pulinhos e gritinhos como uma adolescente, igual à chata da namoradinha do Connor, a Isabel.

– Isabel não é a minha namorada.

– Ela é o quê, já que vocês estão sempre juntos e na festa do papai eu vi vocês se beijando.

– E.mi.ly.

– O QUE? Você está falando que nem o papai quando ele quer chamar a atenção da mamãe Co.norrr

Continuando, a mamãe pediu a vovó para tomar cuidado que o Lance era muito reservado e vovó muito explosiva, borbulhante. Pronto terminei, agora pode continuar Co.nnorr

POV Connor

Só para constar, a Isabel não é minha namorada, só demos uns beijos, eu tenho 12 anos. Eu não tenho culpa se sou popular. A mamãe falou que eu puxei meu pai e o tio Tommy.

A festa de Natal foi muito boa, mas o final fez todas as mulheres suspirarem. Mamãe tinha preparado uma surpresa para o papai. Ela reuniu um grupo de pessoas do lado de fora, em frente à Árvore de Natal gigante, que ela mandou montar para o papai ascender suas luzinhas. Eles já tinham discutido sobre o papai querer concorrer novamente ao cargo de prefeito. A mamãe achava que ele deveria de assumir a direção das empresas Queen para que o vovô Robert pudesse aposentar e passasse mais tempo com sua família, já que o cargo exigia demais dele. Às vezes papai ficava dia sem nos ver, porque ele chegava tarde e sai antes de eu e Emily acordarmos.

A Árvore de Natal gigante foi uma forma de mamãe se desculpar e apoiar a decisão do papai sobre a reeleição.

Papai ficou um pouco emocionado e sorriu do jeito especial que ele tem só para a mamãe.

Tio Ray entregou o controle nas mãos do papai e falou que era só apertar o botão e discursar.

– Estaremos esperando você quando terminar. – falou mamãe para o papai. Ele inclinou o rosto e deu um beijo na bochecha dela.

– Você vem comigo. – falou papai a mamãe, ela respondeu que não, nisso ele a puxou pela mão até ao palco ficando em frente à árvore, ascendeu às luzes e depois começou a discursar e agradecer a presença de todos e por fim fez uma declaração para a mamãe, causando um alvoroço na platéia.

– Há uma pessoa que eu sou grato por isso. – falou papai olhando para mamãe.

– Eu?

– Sim, você. Alguém que ficou do meu lado quando os momentos eram difíceis. Ela ilumina o meu caminho. Felicity Smoack, você me fez o homem mais feliz da face da Terra. – então ele se ajoelhou. – Você se casaria comigo novamente?

– Sim. – mamãe se ajoelhou a sua frente e o beijou nos lábios. As pessoas riam e aplaudia, Emily começou a chorar e vovó Moira a colocou no colo. Então papai e mamãe renovaram os votos, eles se levantaram, se abraçaram e beijaram novamente.

Então é isso pessoal.

– Credo Connor, que final sem graça.

– Sem graça? O papai se ajoelhar falar que a mamãe é a luz que ilumina seu caminho e depois renovar os votos, é sem graça?

– Sim, porque depois o papai e a mamãe foram passar o fim de semana no haras da família e foi ai que os gêmeos foram feitos.

– Emily esta é outra estória.

– Não é não.

– Bom eu comecei a contar e termino como eu quiser.

– Connor, Emily, está na hora de dormir. – falou Felicity.

– Já vamos mamãe. – responderam em uníssono.

– Boa noite Connor.

Eu cobri a Emily e dei um beijo em seu rosto. - Boa noite Emily. – quando estava saindo antes de fechar a porta, Emily falou que me amava. Eu respondi que a amava também, desejei novamente a ela uma boa noite e fechei a porta. Ao passar de frente do quarto de nossos pais, a porta estava um pouco aberta e eu pude ver o papai beijando a barriga da mamãe e falando para os gêmeos que eles eram os bebês mais sortudos do mundo, que a mãe deles era uma mulher notável. Que eles tinham dois irmãos que os protegeriam e os amariam para sempre. Senti-me orgulhoso por ter pais como os meus, que se amavam, brigavam, mas no final, se entendiam. Desejei, apesar dos meus doze anos, que um dia eu e meus irmãos tivéssemos o amor que nossos pais tinham um pelo outro.

– Boa noite e Feliz Natal!