Contos de Natal escrita por CLAUDIA SOUZA MIRANDA


Capítulo 4
Capitulo 04 - A LOJA DE BRINQUEDOS


Notas iniciais do capítulo

Eu de novo. Espero que gostem e continuem a acompanhar.
Boa leitura.
xoxo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/663332/chapter/4

A entrada da grande loja de brinquedos, logo próximo a porta giratória, um grande relógio fora colocado, ele girava com ponteiros e rodas coloridas, dentro dele tinha brinquedos de pelúcia diversos, girafas, elegantes, focas, bonecas de pano e muitos outros, chamava muito a atenção. Ainda mais agora nesta época de Natal, a loja ficava cheia de crianças e de pais impacientes para escolher o brinquedo perfeito. A loja Palmer Brinks existia deste o bisavô de Ray e Felicity trabalhava na seção de marketing há exatos dois anos. Ela adorava trabalhar para Ray, que era seu amigo desde o MIT, onde se conheceram, fora até madrinha de seu casamento com Ana, que também trabalhava na loja na parte financeira. Os três eram o trio de arromba, pensava Felicity.

Felicity caminhava apressadamente entre os corredores do primeiro andar, usando sua saia lápis, na cor preta, e uma blusa branca de bolinhas pretas, seu cabelo amarrado num rabo de cavalo que saltava sobre os ombros à medida que caminhava, e seus óculos empoleirados na ponta do nariz, que os colocava de volta toda vez que escorregavam, quando ela ouviu o som do piano. Um menino de cabelos castanhos claro tentava dar uns acordes no grande piano que ficava no chão da loja, e que poderia ser tocado por qualquer um, bastava posicionar os pés no teclado gigante e tocar qualquer musica ou o som que quisesse. Uma idéia brilhante de Ray. No começo ela achou ridícula e falava que não seria bom ocupar o chão da loja com aquela bobagem, mas acabou gostando e até mesmo ela o tocava de vez enquando. O piano fazia sucesso entre as crianças e até adultos.

Felicity se aproximou do menino e lhe perguntou. – Você fez aula de piano?

– Fiz por três anos.

– Eu também. – então Felicity subiu no teclado e começou a tocar junto com o menino.

– Qual o seu nome?

–Connor.

– Felicity Smoak.

À medida que ambos tocavam uma música natalina, as pessoas começaram a se juntar ao redor deles. Quando terminaram as pessoas os aplaudiram entusiasticamente. Felicity e Connor abaixaram a cabeça e reverencia aos aplausos e saíram juntos rindo e abraçados. Felicity começou a explicar a Connor qual era o seu trabalho na loja, ele a ouvia atentamente.

– O que é uma campanha de marketing? – Connor perguntou.

– Venha, eu vou lhe mostrar. – Respondeu Felicity.

Ela apontava para alguns brinquedos e explicava todo o trabalho de marketing que tinha por trás deles. Connor então perguntou do porque eles tinham modificado o jogo de hockey sobre o gelo, que ele adorava.

– Ele é legal, só que..

– Só que o que?

– Só que as peças não se mexe.

– Como assim?

– Olha, no jogo antigo você mexia as peças pra cima, pra baixo no campo de gelo. Agora elas só ficam girando, era muito legal do outro jeito. Por que eles mudaram hem?

– Eu não sei. Vem, vou te levar ao setor de invenção. Você vai adorar. Cisco e Barry fazem maravilhas e Ray também. – Falava Felicity entusiasticamente.

– Quem é Ray?

– O dono da loja que também cuida da parte criativa. Ele trabalha com jogos eletrônicos e nós nos conhecemos na faculdade, na verdade no MIT. E eu vou parar de falar agora em 3..2..1

Connor ficou de boca aberta ao se deparar com o setor de criação, Cisco e Barry estavam trabalhando num protótipo de um novo brinquedo eletrônico, que mudava a voz de qualquer pessoa que o usasse, igual os usados nas series de TV, como Arrow e Flash.

Tão logo Felicity mostrou Connor toda à sala e o apresentou a todos, ela o convidou para ir à lanchonete tomarem um lanche. Os dois estavam sentados numa mesa, um de frente ao outro, sendo Connor de costas para a entrada , quando um homem lindo, pensou Felicity, foi em direção a eles. Felicity arregalou os olhos e engoliu rapidamente o pedado de sanduíche que ela tinha acabado de morder. Connor olhou para trás para saber o que a tinha feito se assustar. Ele pulou da cadeira rapidamente e correu em direção ao homem, pulando em seus braços.

– Pai! – Gritou Connor.

– Pai?? – Perguntou Felicity

– Hei, sou Oliver Queen. – O homem se apresentou ao se aproximar de Felicity.

– Hei, Felicity Smoack. – Apresentou-se Felicity se levantando e estendendo a mão.

Oliver se aproximou e respondeu ao seu cumprimento, depois levou a mão para o rosto de Felicity, passando o polegar levemente em sua bochecha esquerda, e bem próximo a sua boca.

– Você tinha um pouco de ketchup no canto de sua boca. – Oliver falou fazendo gestos em sua boca indicando onde estava sujo.

– Obrigada!? – Felicity balbuciou nervosamente.

– Então Connor, eu dou as costas um minuto e você some. Quantas vezes eu tenho que te falar para não sair de perto de mim. Eu e sua mãe ficamos loucos te procurando.

– Desculpe-me Sr. Queen, a culpa é toda minha, nos encontramos no piano e começamos a tocá-lo e uma coisa levou a hora e acabamos aqui na lanchonete. Eu não pretendia...

Oliver a interrompeu tocando em seu ombro. – Eu entendi Felicity, não precisa ficar nervosa.

Felicity fechou os olhos, respirou fundo, e ao abri-os novamente balançou a cabeça em concordância.

Connor olhava de um para outro com um sorriso enigmático nos lábios.

– Então Connor, foi um prazer te conhecer e espero que você possa vir me visitar um dia, se seus pais deixarem é claro.

– Pode deixar Lis, quando eu voltar para Starling para o Natal, eu venho te visitar.

–Oh!

– Eu moro com a minha mãe em Central City. Meu pai que mora aqui. Tchau Lis.

– Tchau Connor. – Felicity abaixou na altura de Connor e deu um beijo em sua bochecha. – Até breve. – Ela se levantou e esticou a mão direita para se despedir de Oliver. – Adeus Sr.Queen.

– Sr. Queen é o meu pai, me chame de Oliver.

– Adeus Oliver.

Felicity e Oliver ficaram se olhando por um tempo até que ouviram um pigarro ao lado. Ambos, como se estivessem em transe, voltaram ao normal e sorriram ao se despedirem. Ela viu pai e filho, indo embora no meio de uma pequena multidão que ocupavam os arredores da lanchonete, então se virou em direção a sua sala tinha dado alguns passos quando sentiu alguém tocar levemente seu ombro, virou-se confusa e levantou a sobrancelha direita em sinal de interrogação ao se deparar com Oliver. Oliver inclinou a cabeça de lado e sorriu.

– Felicity, você gostaria de jantar comigo um dia desses?

Felicity recuperando de um breve momento de surpresa conseguiu respondeu. – Você está me convidando para um encontro, um encontro de verdade, encontro?

– Olha é, a implicação do jantar..

– Normalmente eu é que falo em frases fragmentadas.

Oliver sorri sem graça. - É .. você quer sair para jantar comigo?

– Quero. – Felicity responde balançando a cabeça em concordância e sorri.

– Comida italiana?

– O que?

– Você gosta de comida italiana né? Todo mundo gosta.

– Sim, eu curto italiana.

O jantar aconteceu dois dias depois de se conhecerem. Felicity aguardava a chegada de Oliver sentada numa mesa ao centro do restaurante, uma mesa de dois lugares. Oliver chegou apressadamente, perto do maitre, abotoando o paletó do terno verde que usava.

– Queen, mesa para dois.

– Ah, por aqui.

No momento em que Oliver se dirigia a mesa, Felicity vira seu rosto em sua direção. Ela vestia um vertido vermelho, usava os cabelos soltos, os cachos caindo ao longo nos ombros, as sandálias na cor creme de salto dando um ar elegante e estava de lentes de contato. Oliver parou por um momento bebendo da visão de Felicity e sorriu.

Felicity levantou-se e meio sem jeito o cumprimentou com um abraço. Os dois se sentaram e Oliver olhou para ela nervoso, fazendo Felicity olhar para os lados em duvida.

– Nervoso?

– Sim.

– Então entre na fila.

Oliver fez o pedido de um scoth, puro, ao garçom e perguntou a Felicity o que ela gostaria de beber, ela respondeu que água.

– Tem certeza? A bebida pode ajudar um pouco.

– Ela não combina com o remédio que eu tomei.

Eles começaram a conversar sobre a vida de ambos, trabalho, sonhos, diversão e filhos. Felicity confessou que tinha se apaixonado por Connor deste a primeira vez que o viu tentando tocar o piano.

Ao se despedirem, Oliver a convidou para um novo encontro que virou outro encontro e, alguns Natais pela frente, eles comemoraram juntos como marido e mulher.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A entrada da loja e o piano no chão, uma pequena parte do dialago de Felicity e Connor, eu tirei do filme QUERO SER GRANDE, com Tom Hanks. Inclusive penso em fazer uma fic baseado nele.Na parte final da conversa entre Oliver e Felicity do capitulo 3x1 de Arrow.
Até mais, e não deixem de comentar.
xoxo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Contos de Natal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.