Hellfire escrita por PseudoL


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Agora vou passar a tentar nas notas do capitulo, algumas curiosidades sobre a fic:   —Decorre em 2017, seguindo assim a cronologia oficial

—O titulo deve-se a uma musica da banda sonora do filme de animação, Corcunda de Notre dame, cantada por Frolo   — O cão de Draco é inspirado no meu próprio cão.



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Levantara-se ainda que meio atordoado, pelo que percebia tendo em conta a enorme agitação dos elfos, a hora de jantar estaria a aproximar-se. Ainda teria de se preparar a sua mãe iria jantar com eles, tal como era costume desde que se casara. Draco sentia compaixão pela mãe, compreendia a sua dor, e tinha consciência do impacto que a prisão e morte de Lucius haviam tido na vida de Narcisa. Fora ao seu quarto trocar de roupa, despira o enorme casaco, que esquecera de tirar à entrada da casa. Ao retirar as coisas do seu bolso deu - se conta de uma fotografia que guardava religiosamente. Era uma fotografia dela, durante um jantar de antigos alunos em Hogwarts, como as fotografias da comunidade feiticeira moviam-se era possível ver o seu cabelo esvoaçar à medida que alguém a chamava, sorria acompanhada do respectivo marido. Parecia feliz, o que desfazia lentamente o coração do loiro, jamais seria capaz de destruir a felicidade dela, por maior que a sua vontade de ficar junto a ela fosse. Pousou a fotografia de novo no bolso, trocou de camisa e apertou a gravata. Bateram à porta, era um dos elfos, Wennie, para o chamar a jantar, Draco agradeceu, aprendera a respeitar os elfos com o tempo. Penteou rapidamente o cabelo antes de descer toda a escadaria. A sua mãe estava á porta, retirando o enorme casaco que os elfos colocaram delicadamente no bengaleiro. Narcisa envelhecia a olhos vistos, os seus olhos pareciam apagados, sem emoção alguma que mão fosse a tristeza. As rugas acentuavam-se há voltas dos olhos azuis, devido a todas as noites passadas a chorar pela morte do marido. Viu a sua mão gélida, ser beijada pelo filho em sinal de cumprimento, visto nunca a sua relação ter sido de grande intimidade. Malfoy sempre tivera amas que tratassem dele perante a quase permanente ausência da mãe, que o mimava em presentes e mimos quando o via, e passara grande parte do tempo em Hogwarts.

 

Dirigiram-se os 3 à mesa, onde foram servidos de imensas iguarias, provenientes de todos os cantos do mundo. O silêncio à mesa tornara-se constrangedor, a tal modo que Draco nervoso entornou um cálice de vinho sobre a imaculada toalha de linho. Dois elfos domésticos apareceram quase que de imediato no local. Após o jantar, o loiro ausentou-se para a sua biblioteca pessoal, precisava de desanuviar, isolar-se por um bocado daquele ambiente. Ao contrário do que muitos pensavam, Malfoy era uma pessoa erudita e prevenida de saberes vastos sobre diversas áreas de saber. Odiava nunca ter ninguém com quem partilhar esse saber, as pessoas em seu redor pareciam não se importar com tais coisas, baseando a sua vivencias em coisas fúteis e de interesse momentâneo. Sentara-se na poltrona a ler "O retrato de Dorian Gray" de Oscar Wilde que era um dos seus livros de eleição. Fazia-o pensar na opinião com que muitas vezes a sociedade tem de si, vendo-o como arrogante e fútil, sem objectivos e aspirações de vida. Contando a história de um jovem que vendeu a sua alma em busca de juventude eterna, Draco revê-se em Dorian Gray, quando na expectativa de manter a honra do nome de Malfoy e da casa de Slytherin, "vende a sua alma" condicionando as suas relações e magoando então gente que ele por si não o faria. Aprendera com o tempo que não valia a pena pensar no tempo perdido, tinha de viver o presente e lutar pela sua felicidade. Folheava as folhas devagar, engolindo cada pequena palavra daquela obra-prima literária. O relógio continuava a mover-se, passando despercebido aos pensamentos do loiro, que voltou à biblioteca quando ouviu o ranger da porta, Astoria veio à sua procura. Parecia que acabara de acordar propositadamente, o cabelo loiro estava despenteado, e apenas uma leve camisa de dormir, de seda rosa a cobrir o corpo pálido. Pousou o livro na prateleira e acompanhou-a. Apenas se ouvia o vento a embater nas enormes janelas da mansão, emitindo ruídos que faziam lembrar gritos de desespero. Chegados ao quarto, Malfoy ficou a olhar para o tecto, o facto de ter adormecido durante a tarde, havia alterada o seu relógio biológico ainda que por poucos tempo. Sentou-se ao parapeito a olhar para a lua que reluzia destacando-se do seu escuro de Londres. Mal ele adivinhava que do outro lado, alguém repetia o seu gesto.


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