A Seleção do Herdeiro escrita por Anninha


Capítulo 4
3- O fantasma de Celeste Newsome


Notas iniciais do capítulo

Oieeee



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3- O Fantasma de Celeste Newsome:

Sei que parece errado.E sei que foi errado.Mas eu fiz.Fiz e fiz com gosto e liberdade.Eles ficaram bravos.Pode ter demorado, tipo, uns 8 dias, mas eu me honrei.Me honrei.

—Eu devia saber que você iria atrasar isso o máximo possível.- Tia Melinda disse enquanto andava de um lado para o outro na minha sala de estar.Eu estava encolhida no sofá.Livia e Gerald estavam abraçados no outro sofá, com Connor deitado sobre as pernas de Gerald.Os gêmeos andavam pelo apartamento com seus andadores.No momento eu não sabia onde estavam.-Você foi irresponsável!E se eles confirmassem a história?- ela se virou para mim, parando no meio da sala e me encarando com raiva e desespero.

—Melinda, eu me inscrevi, não me inscrevi?- Sorri um pouco, tentando acalma-la.Não rolou.

—Minha vontade é de te bater.Mas agora já foi.Ainda vai demorar quatro meses até tudo estar no meu nome.Precisamos de tempo.- ela se sentou na poltrona e colocou a cabeça entre as pernas.-Por que Diabos sua vida é tão complicada?- murmurou ela e eu ri.

—Boa pergunta.- falei baixinho e eu me levantei, indo procurar os gêmeos.Ambos estavam na cozinha.E faziam besteira.-Venham ver isso!- exclamei da porta da cozinha alto o suficiente para todos escutarem.Gerald foi o primeiro a aparecer, completamente curioso.Ele caiu na gargalhada enquanto eu me aproximava de uma Melina toda branca.Passei a mão pela sua cabecinha e minha mão ficou toda branca.Eu ri um pouco e na maior maldade, Toby, que se encontrava ao lado de Mel, jogou um punhado de farinha em direção ao meu rosto.E riu junto de Mel.Tia Melinda riu, assim como Connor, Lívia e Gerald.

Puxei Toby do andador e escorreguei no chão, caindo de bunda e levantando o maior pó.Ri mais ainda e Toby ficou de pé em minhas pernas, pulando sobre ela.Nem preciso dizer que a reunião que tinha aquela tarde foi cancelada.Passei a tarde com os meu irmãos, nos sujando com a farinha.Uma hora brincamos de esconde-esconde, eu, Lívia, Connor e Gerald.O apartamento inteiro iria precisar de uma faxina.

ASH

—Fique calma, Srta Lork!- pediu Elizabeth Henson de sua cadeira e eu ri irônica.

—Ah, agora quer que eu fique calma!- disse com mais ironia do que pretendia falar e voltei a andar de um lado para o outro.

—Mas a culpa não fo...

—Como não?- praticamente gritei enquanto virava meu corpo completamente para encara-la.-Você é a CHEFE deles!VOCÊ fazia as contagens todos os dias.Como que DIABOS a culpa não é SUA?- perguntei histérica.Não.Eu não conseguiria me acalmar.Mas nem que me pagassem!

—Srta Lork, respire!- o conselheiro chefe se levantou e me deu um copo de água.O Virei rapidamente.Fechei os olhos e me acalmei.Acho.Ao abri-los novamente, me deparei com uma figura bufante sentada na cadeira da outra extremidade da mesa.Sorria meio irônica enquanto se divertia da minha cara.Estreitei os olhos em sua direção e balancei a cabeça.Não iria pagar de louca naquele momento.

—Foram mais de 50 mil em vestimenta e alimentos.50 mil esse que deveria ter sido distribuído para mais de 500 pessoas!500!- Bati minha mão na mesa enquanto morria de raiva e todos que estavam sentados nela pularam de susto.-E a merda do seu dever, era se certificar de ter todas as assinaturas!- berrei e cai estressada sobre a cadeira.Massageei minhas têmporas e fechei os olhos.-Deem o fora daqui.E peçam para a Sra Milton subir, com urgência!— pedi sem olhar a ninguém e ouvi diversos passos se moverem rapidamente para fora da sala de reuniões.Não se passou nem um minuto antes de ouvir sua voz.

—Não acha que é muita pressão?- ouvi-la tão perto de mim fez com que me arrepiasse toda, de susto!-Você tem apenas 17 anos, não acha que deveria aliviar um pouco mais isso?- perguntou e eu levantei os olhos em sua direção.

—Minha vida não foi tão diferente da sua.- murmurei e ela revirou os olhos.- Nos duas vivemos no meio dos holofotes, com pressões e obsessões.Fomos pressionadas até o limite, mas nós nunca, nunca mesmo, cedemos.- falei e rodei na cadeira para olhar à vista.Já era de noite e eu podia ver toda a cidade através da parede de vidro.Conseguia ver as casas iluminadas daqui.Podia ver pontinhos pretos ao longe, eram pessoas.Pessoas que tinham vidas, problemas, sentimentos.Como todos.Ouvi o barulho de seus saltos ecoando pela sala enquanto ela vinha até mim.

—Acho que agora a pressão é demais.- ela disse seriamente enquanto parava ao meu lado, olhando não tão encantada assim para a vista.-Eles também não irão ceder.Não agora.- ela disse séria e eu Assenti.

—Sei bem disso.- murmurei e suspirei.-Apenas não entendo como conseguem ser tão cretinos.- me virei para olhá-la e ela fez uma cara de ódio claro e óbvio.

—Se eu consegui, eles também conseguem.- ela se virou para mim.-Queria dizer para tomar cuidado.Eles não são os mais confiáveis.- esclareceu e eu mordi o lábio enquanto baixava os olhos para o chão.

—Eu sei.- murmurei novamente e ri.Já estava repetitivo de mais.-E então, como vai o céu?- perguntei e ela riu.É, talvez eu seja louca mesmo.Afinal, quem acha normal ver a tia que foi assasinada a 22 anos atrás?Ela brilhava com seus belos cabelos morenos e o vestido branco e brilhante.Havia uma coroa sobre seus cabelos.Ela parecia uma princesa, ou uma rainha.Tanto faz.

—Ah pequena laranja, é o paraíso!- ela riu e eu também, me animando com a sua volta.Fazia 10 anos que não a via.Ela havia sumido depois de um surto da mamãe.Ela tinha gritado comigo falando que eu era uma mentirosa e que se o fizesse de novo, me meteria em um internato.É, minha mãe surtava.-Há tantos homens lindos lá.Que caiam sobre meus pés e que se eu pedisse, morriam de novo por mim.- Ela jogou os cabelos morenos sobre os ombros e eu ri baixinho.

—Helena Marnie Lork!Você está bem?- Tia Melinda perguntou enquanto entrava correndo na sala de reuniões.Jogou sua agenda sobre a mesa e correu até mim.Virou meu rosto de lá para cá, me perguntando se eu estava bem.

—MELINDA!- berrei enquanto segurava seus pulsos.Ela parou e eu sorri, a largando.-Estou bem.Tive um surto, apenas isso.- Ela suspirou aliviada.

—Afinal, o que houve?- perguntou ela e eu suspirei, me levantando da cadeira.

—Os trabalhadores daqui, três para ser exata, roubaram mais de 50 mil em vestimenta e alimento.E a Sra Henson não conferiu se havia todas as assinaturas.- relatei enquanto observava o mapa.-Eles conseguiram fugir, e quase mataram os seguranças a tiro lá embaixo.Eram rebeldes nortistas.- contei e ela ficou surpresa, se sentando em uma cadeira.

Esperei que ela se acalmasse e quando ela o fez, a convidei para jantar lá em casa.Ela aceitou e eu juntei as folhas sobre a mesa.Guardei tudo nas pastas e joguei-as no Arquivo Morto.Iriamos precisar disso depois.Descemos de elevador até a minha sala e quando entrei, observei a zona ali.

Lívia dormia no sofá, coberta com uma das mantas de Toby.O mesmo dormia ao seu lado, livre de cair no chão.Mel desenhava na minha parede com canetinhas e Connor dormia no chão, sem nenhuma coberta.Os brinquedos estavam espalhados pela sala, junto com folhas, lápis de cor e canetinhas destampadas.

—Credo.- murmurei e fui em direção às canetinhas.As catei e as Fechei.Peguei as duas que tinha na mão de Mel e a tirei do andador, a sentando no chão.Melinda foi pegando as filhas e os brinquedos e eu guardei tudo no alto.Iriam ficar de castigo por tempo indeterminado.Me aproximei de Connor e me agachei.-Connor.- sussurrei o balançando de leve.Ele se mexeu um pouco e continuou dormindo.-Connor, acorda meu bem.Vamos embora?- perguntei enquanto agarrava seus bracinhos.Se ele não fosse, eu o levarei no colo mesmo.

—Mana?- ele murmurou e coçou os olhos, se sentando lentamente no chão.Sorri um pouco.-Já Vamos embora?- perguntou e eu Assenti.Mas comecei a ficar preocupada ao ver que ele estava pálido.Toquei sua testa com delicadeza e fiquei assustada.

—Connor, você está pegando fogo!- exclamei e ele não fez nada.Peguei um pouco de água sobre a minha mesa e dei a ele, para tomar.Ele a tomou, e percebi que ele estava bem fraco.-Precisamos ir para casa.- murmurei para Tia Melinda e Lívia, que já estava acordada e arrumava o cabelo.

Elas cataram as coisas e eu troquei os saltos por um tênis.Quando elas já estavam prontas e chamaram o elevador, peguei Connor no colo e fui até o elevador.Fiquei ansiosa enquanto ele descia.Estava um pouco agoniada.Sentia sua pele quente entrar em contato com a minha e seu corpo todo mole e fraco praticamente escorregar por entre meus braços.

Ao chegarmos no carro, as meninas prenderam as crianças no carro e guardaram as malas no porta-malas.Prendi Connor no cinto e Lívia se sentou ao seu lado.Disponibilizei uma sacola de plástico no colo dele, porque talvez sabia que ele vomitaria.Melinda foi em seu carro, nos seguindo.Eu diria em alta velocidade, agoniada.Já lidei com esse tipo de doença, mas do mesmo jeito.Eu ficava agoniada e com medo.

Entrei na garagem de meu prédio com rapidez.Nem tranquei o carro.Deixei que uma das duas o fizessem.Subi de escadas mesmo até o sétimo andar, com Connor em meu colo.Ele vomitou em minhas costas e eu quase vomitei junto, mas continuei minha missão de chegar ao apartamento e lhe dar um banho.

Depois que cheguei lá, fiz tudo calmamente.Entrei no banho junto com ele e enquanto me lavava, o lavava.Ele dormiu o tempo inteiro.Me sequei e coloquei o robe em mim.Fiz o mesmo com ele e o levei direto para seu quarto.O dele era o mais decorado.

A parede de frente a porta era revestida de um papel de parede azul com imagens de vários tipos de carros.Connor gostava de ficar admirando-os e de ficar contando quantos carros tinha na parede.A outra parede, ao lado esquerdo da porta, era o local onde sua cama de solteiro estava encostada.A cor que a revestia era preta e cheia de desenhos feitos de giz de cera.A parede do outro lado do quarto também era preta e era onde se encontrava o guarda roupa, a escrivaninha, e prateleiras cheias de livros e brinquedos, como carrinhos ou dinossauros.

Eu tentei decorar o quarto dele de acordo com o quarto que ele tinha na antiga casa em que morávamos.Depois que meus pais morreram, eu não quis ficar lá.Eram lembranças demais.E então comprei um apartamento, esse na realidade, no centro da cidade e vivemos aqui a 7 meses.Era o melhor que eu podia oferecer de estabilidade as crianças.

Deitei Connor em sua cama e depois de seca-lo e troca-lo, deite-o na cama e o cobri.Fui direto para a cozinha.Ti Melinda dava sopa para Lívia e Gerald, que provavelmente iria dormir no sofá de novo, enquanto os mesmos davam a mamadeira para Toby e Mel.Antes mesmo de me sentar, ouvi Connor vomitar.Peguei a lixeira da cozinha e corri direto para seu quarto.Liguei a luz e dei em sua mão a lixeira.Ele voltou a vomitar lá.

Observei com um pouco de nojo o vômito em seu colo, na concha para ser mais exata e puxei a coberta.A enrolei cuidadosamente para que nada escapasse e andei até a lavanderia com um pouco de pressa.Coloquei a concha dentro do tanque e lavei minhas mãos ali mesmo, rapidamente.Depois, tratei de voltar ao quarto dele.

—Que nojo.- ouvi Celeste dizer em algum canto do quarto, o asco presente em sua voz.Tia Melinda já havia tratado de tirar a camisa de Connor e delicadamente, passava um pano molhado em seu peito.Ele chorava e o cheiro de vômito estava presente no ar.Torci o nariz e Me aproximei dele.

—Está tudo bem, querido.É apenas virose.É normal.- fui murmurando calmamente enquanto me deitava ao seu lado.Sorri para Tia Melinda que entendeu a deixa e se retirou para nos deixar a sós.Infelizmente, nem tão a sós.Comecei a cantarolar uma música baixinho, enquanto passava o pano delicadamente na testa de Connor.

—Minha nossa, o nariz dele é igual ao seu.- Celeste exclamou se jogando no final da cama.Torci o nariz em sua direção e continuei a passar o pano na testa do pequeno.-Os olhos são da sua mãe.Ah, como eu amava os olhos dela.- Celeste murmurou triste e encarou Connor.Ele olhava para o nada, com seus olhos azuis bem abertos.Era verdade, ele tinha os olhos azuis da mamãe, enquanto eu tinha os olhos castanhos do papai e os cabelos ruivos da mamãe.

—Os olhos dela era lindos.- murmurei e senti o choro vir.Connor agarrou minha mão e eu a Segurei com força, enterrando meu rosto no topo de sua cabeça.Soltei um soluço e ele também.O abracei e choramos agarradinhos, eu o consolava e ele me consolava.Uma hora senti Celeste agarrar a nós dois e senti suas lágrimas em meu ombro.

ASH

—Está melhor campeão?- Gerald perguntou na manhã seguinte, quando Connor se sentou ao seu lado na mesa.Ele estava com uma calça jeans e uma camisa de manga cumprida, e os cabelos morenos arrumados em um topete.Gerald era bonito, muito bonito.

—Estou sim.- meu bebê murmurou e afastou os cabelos da testa.Coloquei uma panqueca com uma salada de frutas a sua frente e fui atender meu celular.

—Alô.- disse enquanto arrumava o mesmo no ombro e o atendia.Voltei a lavar a louça rapidamente.

Helena, estamos com um problema.— Tia Melinda disse no outro lado da linha.Franzi a testa, preocupada.

O que houve?- perguntei e larguei a louça.Sequei minhas mãos e agarrei o celular, me distanciando da sala de jantar.

Estão fazendo a Sra Henson de refém junto com o conselheiro chefe e Diana, a secretaria nova.— ela contou e eu arregalei os olhos.

—Os rebeldes?- perguntei enquanto corria até meu quarto.Abri o armário e Peguei as primeiras roupas que eu achei.Uma calça jeans, uma regata preta e tênis.Tirei meu robe e comecei a meter as roupas.

Sim, e eles querem ver você.- ela disse preocupada.

15 minutos estou aí.— rapidamente falei e desliguei, jogando o celular na cama.Tirei o pijama e meti as calças.-LIVÍA!- berrei para a loira.Em dois segundos ela já estava aqui, os olhos arregalados.Coloquei a camisa.-Escuta bem!- falei seriamente.-Preciso sair e é urgente.Tranque todas as portas e janelas.Não abra para ninguém!Entendeu, ninguém!- mandei e ela assentiu.- Caso eles tentem invadir, ainda sabe usar isso?- coloquei uma antiga arma de meu pai em suas mãos.Ela assentiu, assustada.-Ótimo.Cuida deles.- agarrei sua cabeça e dei um beijo em sua testa.

—O que está acontecendo?- perguntou Gerald quando entrei na cozinha com pressa.

—Rebeldes.Fizeram meus funcionários de refém e querem me ver.- falei enquanto parava de mexer nas gavetas e Olhei em seus olhos.-Proteja-os.Eu sei que mal nos conhecemos, e que você não é nada meu, mas por favor.- murmurei desesperada e ele assentiu.Beijei a testa de Connor e de Toby e Melina.-Eu já volto.Eu prometo.- murmurei e sai de dentro de casa.

—Não se preocupe.- murmurou Celeste ao meu lado no elevador.Passei as mãos pelo cabelo e suspirei.

—Que inferno!Esses rebeldes não poderiam nos deixar em paz?- perguntei praticamente morrendo de desespero.Chutei a porta com raiva e sai de dentro do elevador no mesmo instante.Adentrei meu carro e rapidamente cantei pneu pelas ruas de Carolina.

Não demorou nem 10 minutos e eu já entrava na empresa.O térreo estava lotado.Meus funcionários andavam de lá pra cá nervosos.Vi a polícia equipada no canto, perto do elevador.Vi Tia Melinda ali, falando com eles.Fui direto para lá.

—Ótimo, o que houve?- perguntei chegando perto deles todos.

—Srta, peço que se afaste.- quase dei um tapa na mão do policial.

—Essa empresa é minha.Meus funcionários estão em perigo lá encima.Não vou me afastar nem agora, nem nunca.- falei seriamente, olhando com raiva em sua direção.

—Deixe-a passar.- mandou o capitão, Oliver, enquanto me puxava pela mão.Vi que na mesa que eles se encontravam havia pequenas TV’s que transmitiam ao vivo os três reféns e os tais rebeldes, eles estavam na minha sala.-Conhece eles?- perguntou Oliver enquanto apontava os rebeldes.

—Conheço.Tyler, Asken e Osmar.Eles eram os encarregados da distribuição de alimentos, roupas e essas coisas.Roubaram mais de 50 mil na última semana.- murmurei enquanto os fitava.

—Ótimo.Localize as famílias deles e tragam as mulheres, se eles tiverem.Vai ajudar.-Oliver começou a comandar.

—Negativo.Eles me querem lá encima e eu vou.- falei seriamente.-Já serão presos se forem pegos, não estou muito afim de ver o olhar de seus mulheres e filhos.- falei seriamente e comecei a tirar o casaco.

—Tem certeza?- Oliver perguntou seriamente e eu Assenti.-Você, me dê um colete.- mandou enquanto se levantava.O policial atrás de mim deu o colete à prova de balas a Oliver.-Escuta, esses caras estão armados.É armamento pesado.Precisa ter cuidado.- resmungou ele enquanto arrumava o colete em mim.Assenti seriamente, e Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo.Ele me olhava seriamente enquanto eu fazia o mesmo.Ele assentiu e eu me aproximei de Tia Melinda.

—Tenha cuidado.- pediu Tia Melinda e eu Assenti.Fechei os olhos quando senti sua beijo em minha testa e suspirei.Comecei a andar em direção ao elevador e entrei nele, com todos me olhando.Enquanto subia, colocava o casaco de volta no corpo, para esconder o colete.Respirava fundo, para não surtar.

Não surte, mantenha a calma.- Oliver disse dos altos falantes e eu Assenti.Assim que as portas se abriram, levantei os braços.Havia um quarto rebelde, que apontava uma arma em minha direção.

—Sou eu!Helena Lork!Vocês me chamaram e eu vim!- falei rapidamente, ainda com os braços para cima.Ele me analisou de cima a baixo e mordeu os lábios.Me senti nua.

—Passa!- mandou ele e eu o fiz, ainda com as mãos levantadas.Avancei até as portas abertas de minha sala e entrei.Tyler, Asken e Osmar apontavam armas para Scooter, Elizabeth e Diana.Diana e Elizabeth choravam.Os três estavam amordaçados e presos com cordas.Scooter sangrava, já que havia tomado uma surra.

—Solta os três!Agora!- mandei irritada, olhando friamente para eles todos.Osmar riu.

—Sua cretina mimada, acha que vai ter o que quer?- perguntou ele rindo e se aproximando de mim.

—Se eu não tiver o que eu quero, vocês também não vão ter.- falei desafiadora.Ele sorriu mais ainda e apertou as mãos em torno de sua arma.

—Solta eles.- mandou ele enquanto ainda olhava para mim.Sustei seu olhar, meu nariz bem empinado.Só sei que Asken os soltou enquanto Tyler ainda apontava as armas para eles.-Desçam, agora!- ordenou ele se virando para olhar os três reféns.Eles rapidamente se levantaram e me olharam culpados.Sorri calmamente.

—Está tudo bem, vão.- maneei com a cabeça e eles passaram.Quando Scooter passou, mexi os lábios Crianças e ele piscou, entendendo.Apenas quando deles estavam seguros dentro do elevador que eu comecei a falar.-Sem enrolação, o que querem?- Questionei direta.Osmar me deu um tapa na cara que fez meu rosto virar completamente para o lado.Senti o sangue em minha boca.

—Olha como fala comigo, sua vagabunda!- ele disse agarrando meu rosto e o virando para ele.Não demonstrei um segundo minha dor.-Agora, você vai depositar 100 milhões nessa conta.- ele esfregou um papel em meu rosto.

—Me Solta então, seu grande cuzão!- exclamei e senti um soco em meu rosto.Cuspi sangue e voltei a olhar para ele.Ele agarrou meus cabelos e me arrastou até a minha mesa.Me sentei atrás da cadeira e comecei a transação.

—Chefe, depois disso, eu não posso tirar uma casquinha da mimada?- o mais novo deles, o que eu não sabia o nome, perguntou enquanto me olhava com desejo.O Olhei com nojo e percebi os números do elevador avançarem.Mordi o lábio e fingi que iria coçar a perna.Acionei o sistema de proteção e me joguei no chão, debaixo da mesa.Prendi a respiração e agarrei a máscara.A última coisa que vi foi Celeste sorrir calmamente em minha direção.


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Notas finais do capítulo

Até semana que vem!



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