A Seleção do Herdeiro escrita por Anninha


Capítulo 17
16- O poder militar de Helena Lork


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi, voltei.
Só quero avisar que isso aqui é uma coisa que ultrapassa os parâmetros da realidade, eu não digo que o que é dito aqui pode um dia se realizar.Eu estou apenas inventando!



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16- O poder militar  de Helena Lork:

— Senhor, o guarda-chefe de segurança está aqui.- levantei meus olhos da pasta em minha mesa e observei meus velhos amigos, Carter Woodwork e Aspen Leger, entrarem em minha sala uniformizados e com facetas sérias.

— Obrigado guarda, pode se retirar.-pedi calmamente e esperei ele se retirar de minha sala, fechando a porta em seguida, para começar minha reunião.- Como vão?- perguntei indicando as cadeiras a minha frente.

—Bem.- Carter se sentou depois de retirar o chapéu da cabeça.Aspen, como sempre muito reservado e discreto, apenas acenou com a cabeça em concordância.

— E então?- questionei me encostando na cadeira.- Descobriram algo interrogando o homem que capturaram?- Observei Aspen retirar uma pasta de dentro do uniforme, e sem hesitar, ele a estendeu a mim.

— Parece que uma enorme rebelião vem aí.- ele murmurou sério e eu tenho certeza que meus olhos refletiram toda a preocupação que eu sentia no momento.

Helena Lork:

— Eu acho que estou cansada de refazer esse gesso.- respondi infeliz ao ver o médico real fazer o gesso pela terceira vez.Ele me olhou com raiva e depois voltou o olhar para o trabalho impecável que fazia.

Ok, a culpa havia sido minha mesmo da segunda vez.Eu e o pessoal, no caso os príncipes, a princesa, as meninas e Kile, jogávamos baralho.Uma das minhas cartas caíram e ao invés de pedir para alguém pegar, eu tentei pegar e fui ao chão.Ninguém ficou feliz, até porque faltava menos de 15 minutos para ficar pronto e era um inferno passar aquilo na minha perna.

Ah, sobre Kedan: Ele ainda estava sobre o efeito da Adrenalina, por causa do Desfile Rochoso, e quando ele viu que o rei chegou no meio de toda aquela bagunça que se encontrava a Ala Hospitalar, ele teve uma crise de pânico.

Kile disse que acontecia raramente e que não eram tão sérias, mas essa levou a insuficiência respiratória, que levou a uma parada cardíaca.Ele foi levado para o hospital para exames, mas disseram que agora está tudo bem e que ele não teria outros episódios desses.

— Você está me enchendo o saco.- Ahren disse para Kile, depois do mesmo continuar a fazer um barulho chato.Eu admito, era insuportável o barulho, mas eu estava distraída o sificiente enquanto mexia no notebook.Eu estava marcando uma vídeo-conferência com os pais de Lívia e Gerald na Empresa.Eu iria contar a eles o que houve, mas separadamente, é claro.

— "Você está me enchendo o saco"- Kile debochou.Sorri um pouco.- Me deixe em paz, cara e vá arranjar algo para fazer.- murmurou e eu levantei os olhos do computador.Ahren revirou os olhos e tacou o travesseiro que antes apoiava sua cabeça em Kile.

— Não comecem.- falei séria, os olhando por cima dos óculos.- Estou morrendo de dor de cabeça e vocês estão brigando pela 4° vez em menos de 30 minutos.- elevei a sobrancelha e eles ficaram quietos.Agradeci mentalmente e voltei ao E-mail.Eu tinha que preparar tudo para hoje a noite, o mais detalhado possível.

Eu já tinha quase tudo pronto, e o resto seria acertado na reunião caso aceitassem o novo investimento.Um representante real estaria na reunião também, que no caso seria o Ministro da Segurança e mais um assistente.Ele foi mandado pelo rei, que eu não sei como, descobriu sobre o que a empresa queria.

A reunião seria feita na sala de conferências, a maior sala de reuniões da empresa que abrigaria os 43 investidores, mais os conselheiros e o Ministro da Segurança.Eu já tinha preparado meu discurso, o que foi rápido, considerando que eu peguei meu notebook a menos de uma hora atrás, no mesmo horário que os príncipes e a princesa foram embora, me deixando apenas com Kile e Ahren.As meninas machucadas também foram liberadas.

— Como está Connor e os gêmeos ?- perguntei a Dani no instante que ela passou pela porta.Eu pedi que a chamassem, porque eu estava preocupada..

— Estão bem, Srta.Os gêmeos adormeceram e o Sr Lork está estudando.Disse que ocupa a mente dele.- Assenti e suspirei aliviada.Pelo menos eles estão calmos.

— Que bom, Dani.Obrigada por vir aqui e desculpe pela pressa quando entrou.- eu não queria ser mal educada com ela.

— Que isso, Srta.Pode ficar tranquila.- ela sorriu e fez uma referência antes de se retirar.

Enquanto revisava a jato meu discurso, percebi que teria que fazer mais de uma reunião.Era muita coisa para resolver.Muita mesmo.

— Srta Lork?- levantei meus olhos da tela e encarei o rosto sério do rei.Tio Carter e tio Aspen estavam ao seu lado, me observando.O rei e tio Carter olharam cada um para seus filhos e o rei olhou para a porta da Ala Hospitalar.Os dois se levantaram e cada um veio dar um rápido beijo na bochecha antes de darem o fora.

— O que houve?- perguntei séria, fechando a tela do notebook depois de salvar o discurso.

— Precisamos falar do ataque de hoje.- tio Aspen disse seriamente e isso certamente me deixou mais séria do que eu me encontrava.Eles se sentaram e me olharam.

— Você conhece tudo que existe dentro da sua empresa, não é?- Tio Carter começou e eu assenti.É claro que sim, eu sou a dona daquele lugar.- E você sabia que poderia acontecer uma revolta contra a privatização das clínicas em Lakedon, certo?- Então, como se uma luz acendesse, arregalei meus olhos.

Eu sempre tive um raciocínio lógico rápido.Eu havia feito, ao longo dos meus 17 anos, milhares de testes inteligentes que deveriam utilizar a mente.De Exatas, Humanas, Biologicas.Eu armazena tudo que eu entendia.Se me passasem uma informação ali de um assunto, e outra de um assunto que poderia ser um tipo de consequência, eu entendia.

Na minha cabeça, eu me sentia culpada.Pessoas haviam se machucado hoje de manhã por culpa de uma decisão que eu tomei.De uma decisão que iria ajudar mais as pessoas e melhoraria o Serviço de Saúde na província de Lakedon.

— Então não foi uma rebelião Sulista ou Nortista.- murmurei abaixando a cabeça.- Foi uma rebelião comercial.- soltei um suspiro e agarrei meus dedos.Comecei a bilisca-los um por um, sentindo tanta raiva e tanta culpa que seria difícil parar com isso.Mas discretamente, para que nenhum deles notassem.

— Sim.- concordou o rei.- Eu gostaria de saber por que privatizou as clínicas.Se você sabia que iria causar esse tipo de revolta.- ele me olhava no olhos, como um predador faz antes de atacar a presa.Me intimidou, mas não me fez perder a pose.Apesar disso, ele também não parecia estar me julgando, afinal, a dor que Kedan estava sofrendo é minha culpa.

—Remédios são extremamente caros, ainda mais armazenados em lugares como clínicas públicas, como as de Lakedon.Que não possuem uma segurança boa como a do Palácio ou a da empresa.- cocei minha nuca envergonhada.- Pelo menos, 3 vezes por mês saqueiam as clínicas de lá e roubam remédios.Então, os investidores e conselheiros disseram que não tinha como manter aquilo.Imagina só, 13 clinicas de Saúde seriam fechadas em uma única província.Sabem quantas pessoas são atendidas por dia lá, com problemas sérios?- os três negaram.- Mais de 300.- respondi séria e eles ficaram surpresos.- 300 pessoas que perderiam atendimento médico de qualidade por que fechariam as clínicas.E eu não podia deixar isso acontecer.- murmurei séria.

— Então você privatizou as clínicas.- Tio Aspen falou e eu assenti.

— Com as clínicas privatizadas, tirei da minha conta pessoal o suficiente para pagar 5 seguranças em casa clínica por mês.Os pacientes pagariam apenas 1 dólar por atendimento, e se precisassem de remédios com custo acima de 50 dólares, pagariam mais 1 dólar.- me expliquei e suspirei.- Eu não sabia que iria causar tanta revolta.Eu só fiz isso para evitar que eles não tivessem o atendimento.Só isso.- murmurei quase chorando..

— Não chore.É uma atitude extremamente nobre.Outras pessoas fechariam as clínicas, você não, você lutou por elas e por essas pessoas.- o rei sorriu para mim e acariciou meu ombro gentilmente.- Pode deixar que eu irei fazer um Comunicado Real hoje a noite no Jornal, explicando as suas intenções.- eu sorri agradecida.Ele era um homem de ouro.

— Obrigada, Rei Maxon.- abaixei a cabeça, como se fosse uma reverência, e sorri novamente para ele.

— Pode voltar ao seu discurso, querida, e esteja preparada na sala de reunião as 21h50.Vou participar da reunião.- o rei disse antes de ir embora com meus tios postiços.Dei de ombros e voltei ao trabalho.

—-//--

Encarei nervosamente a tela do meu notebook.Eu ja me encontrava na sala de reuniões do rei e do conselho real.Todos eles se encontravam aqui.Inclusive George, a Rainha, o Rei, Ahren e o rei Clarkson.É, aquele rei que foi baleado mas não morreu.Foi um milagre, mas ele não morreu.

As crianças dormiram rápido depois que comeram.Quem demorou mesmo para relaxar por ao menos 15 minutos fui eu.Eu não conseguia largar o notebook.Revisava o meu discurso a cada cinco minutos.Nem jantar eu jantei de tanto nervosismo.

— Bebe isso.- Ahren me entregou um copo com água e eu o olhei.- Você está transpirando.- ele murmurou e eu passei a mão no meu pescoço.Era verdade.Eu estava transpirando.Suspirei e tomei a água.Respirei fundo três vezes para me acalmar e no instante que deu 22h, iniciei a ligação.

Todos encararam a enorme televisão que se encontrava nossa frente.Como era por Skype, fazia um barulho engraçado, mas que estava aumentando o nervosismo.

— Boa noite.- Melinda disse no instante que atendeu.A sala de conferências estava lotada.Todos os investidores e conselheiros estavam lá, inclusive o Ministro de Segurança.

— Boa noite, Sra Milton.Pessoal.- fiz um aceno respeitoso com a cabeça.Eles o devolveram.- Hoje o conselho real fará parte da nossa reunião, então se comportem.- brinquei.Todos riram.

— Bem Srta Lork, do que se trata essa reunião?Afinal, você a marcou extremamente tarde.- Eu não havia percebido que aquele coiso estava aqui, ainda mais junto com Martha e Michael.

— O Eduardo está aí, Sra Milton?- perguntei para Melinda.Eu me tratava do segurança do meu andar.Ela assentiu.- Ótimo, mande ele escoltar o Sr Agrestion e o Sr e a Sra Newsome para fora da sala de conferências.- mandei seriamente.Assentiu e todos me encararam.

— Você não pode fazer isso!- Michael gritou quando Eduardo apareceu e mandou ele ir.Eu ri.

— Me observe.- sorri vitoriosa e esperei os três serem enxotados.- Desculpem-me por isso.Bom, parafreseando a excelente pergunta do Sr Agrestion, por que eu os convoquei?- agarrei uma caneta e fitei a câmera sobre a televisão que exibia o pessoal.- O que vocês acham de "Poder Militar"?- comecei jogando a cabeça um pouco para o lado.- Hoje em dia, países como o nosso entram em guerra com um número menor de poder simplesmente por não possuir esse poder.No caso, a solução incluiria conseguir aliados.- Eu observei os rostos que me olhavam.Estavam curiosos.- Mas o que vocês acham de fabricar-mos nós mesmos o nosso Poder Militar?Sem depender de outros países como Rússia? Ou melhor, o que vocês acham de países como Afeganistão e Síria serem nossos aliados comerciais?

—Espera, o que?- Um dos conselheiros perguntou chocado.- Você quer construir armas e vender aos nossos inimigos?- ele arregalou os olhos.Todos começaram a falar ao mesmo tempo.

— Vocês querem me ouvir?- aumentei o tom de voz, tentando me sobrepor ao todo barulho.

— Você só pode estar louca!- berrou uma das investidoras.Eu ri.

— Bem, se tentar promover a Paz Mundial é estar louca, prefiro ser louca do que uma pessoa como você, que é ignorante e não escuta as coisas até o final antes de meter o dedo podre encima e sair contaminando tudo ao redor!- A olhei quando terminei de falar e todos ficaram em silêncio.- Aliás, você já pode ir embora também.Não quero seu dinheiro entrando mais na minha empresa.Eduardo, acompanhe a Sra e quem mais quiser ir junto, para fora da minha empresa.- Observei ela e cerca de 7 investidores saírem da sala.

— Bem, Srta Lork, explique por favor o que você quis dizer anteriormente.- O conselheiro Scott falou seriamente.

— O petróleo está em falta nos últimos anos para nós.Nossos aliados estão com falta de gasolina e gasolina é feita de petróleo.E países como Síria tem de sobra.- comecei meu raciocínio lógico.-O problema é a Guerra-Civil de lá.Pessoas morrem todos os dias lá com ataques internos mortais.Em um e-mail rápido ao Ministro de Segurança da Síria, ele disse que daria 45% de sua reserva de petróleo de graça, e arranjaria compradores honestos para nossas futuras armas se a nossa Inteligência Policial assumisse as investigações e botasse fim nessa guerra de uma vez por todas.- Aqui, entreguei uma cópia do e-mail para todos.Lá, Melinda o exibiu na tela de televisão.

— Uma garota de 17 anos fez uma coisa que nunca conseguimos.Chamou a atenção da Ásia comercialmente e praticamente assinou um contrato com eles que no futuro irá valer milhões.- o Rei Clarkson falou e eu sorri orgulhosa de mim mesma.

— Mas e se depois que acabarmos com a Guerra-Civil?E se eles nos atacarem?- A Rainha perguntou enquanto lia o e-mail.Me lançou um olhar sério.

— Tratados como esse envolvem Acordo de Paz e se quebrado, é ataque imediato.- O rei Maxon disse seriamente.- Além do mais, eles não podem entrar em uma guerra agora.Se entrarem, o país vai quebrar financeiramente.Eles estão no limite do limite.- concordei com o rei, eu teria dado a mesma resposta.

— O que mais você tem?- O Ministro de Segurança perguntou e eu sorri.Apresentei mais 4 países que poderiam nos ajudar e que nós poderíamos ajudar de alguma forma.A empresa construiria as armas e de quebra ajudaria alguns países que estavam em guerra erguer moradias e prédios.Além de que traria emprego aos montes.

O rei Maxon disse que chamaria um por um os presidentes de cada país e um pequeno conselho de cada lugar e conversariamos melhor.Mas iniciariamos com a Síria, por conta da guerra.Queríamos entrar em ativa o mais rápido possível.Depois seria Afeganistão.Entrariamos em contato com eles e tirariamos nossas frotas marinhas e terrestres imediatamente se entrassemos em um acordo de paz.

Ao término da reunião, tinhamos decidido várias coisas e o número de investidores era alto.A minha proposta havia sido aprovada com sucesso e a margem de lucro que todos teriam era de bom tamanho.Por ora, eu estava orgulhosa.

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Notas finais do capítulo

Leiam as notas iniciais gente, sério.Leiam.



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