Piratas do Caribe E o coração de Nirina escrita por Capitã Nana


Capítulo 10
Acaso ou destino II


Notas iniciais do capítulo

Correria, correria e correria...

Sobre o lance da resposta da dica que iria acontecer no cap. 09 mudou e vai acontecer nesse kkkkk
vamos ver se o palpite de alguns leitores estava certo kkk

obd: Revisei muito rapido por falta de tempo. Perdoe-me pelos erros mais do que de costume kkkkkkkk

Boa leitura!



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   Os reparos no Pérola já estava em andamento á algumas horas e nesse meio tempo Jack e Gibbs persuadiram para que os marujos não falassem nada sobre a antiga tripulante para o novo membro do bando.

           Barbossa foi o único a passar despercebido por Jack e Joshamme. O pirata seguiu o mais rápido que pode até  chegar a proa do navio onde Daniel estava a trabalhar. O capitão empunhou sua espada e a apontou para o jovem rapaz que não havia notado sua presença até então.

         – Então você sobreviveu? – Indagou Barbossa.

        – Assim como você. Somos todos sobreviventes afinal – Daniel sorriu sarcasticamente.

        – Vamos ver se você vai sobreviver agora. – Hector gargalhou.

       O rapaz com brilho nos olhos puxou sua espada e deu início ao confronto. Barbossa sempre astuto não dava qualquer abertura pra o jovem. Os dois chegaram ao convés cruzando suas espadas e o som  das lâminas tirou Jack de sua discussão com Elizabeth que ainda não se conformava em esconder a morte da sua amiga.

      – Não, não, não! Não machuque o rapaz! – Jack gritou. Correu até a lateral do Pérola  e rapidamente subiu a bordo. Pegou sua espada e entrou no duelo na expectativa de cessar o confronto. Mas enquanto trincava espadas com Barbossa, Daniel aproveitava para investir contra seu oponente, obrigando Sparrow a lutar contra ele também.

       – Saia! Não se meta Sparrow! – Exclamou Hector.

       – Não posso deixar que mate ele! – Jack se abaixou  para se esquivar da investida do garoto dando espaço para Barbossa.

       – Agradeço a boa vontade capitão Sparrow mas como você mesmo viu posso me defender sozinho – Daniel disse sem tirar sua atenção da batalha.

      Os três continuavam irredutíveis, cada um  com sua habilidade ao manejar suas espadas. Daniel segurou em uma corda e pulou para fora do navio.

       – Nem pense em fugir menino!

        – Jamais – Ele sorriu.

      Logo o capitão Barbossa já estava em seu encalço seguido por Jack. Elizabeth olhava confusa para a briga e se lembrou de quando Jack, Will e Norrington se confrontaram na Isla Curse.

     – Dessa vez não vou ficar na platéia – Ela pegou sua espada e se reuniu ao trio que mesmo com a presença dela não recuaram.

         – Acho que já vimos isso antes – Ragette comentou.

          – Sim, mas dessa vez a senhora Turner está na peleja. Oque será que estão disputando? – Respondeu Pintel cruzando os braços.

            O confronto continuava acirrado pela ilha. Aos poucos os piratas se afastavam do Pérola Negra.

       – Parem com isso! Não temos tempo para brigas! – Exclamou Elizabeth

        – Sinto muito senhora Turner mas esse garoto me desafiou em Del Noble então devo mostrar a ele como é morrer pelas mãos de um pirata.

        – Quantas coincidências. Se eu contasse ninguém acreditaria – Jack sorriu e então investiu golpes mais rápidos contra seus oponentes.

        Por fim os quatro estavam encurralados. Jack com a espada apontada para o pescoço de Barbossa, ele com a sua apontada para Elizabeth, a dela em Daniel e a do rapaz em Jack. Em um círculo todos se olhavam atentamente.

        – Porque devo poupar o garoto? – Questionou Hector o encarando.

        Elizabeth olhou rápido para Jack e voltou sua atenção ao outro capitão.

       – Suponho que durante essa jornada vocês perderam muitos marujos. Ainda estamos no meio do caminho, toda ajuda será necessária – Elizabeth arriscou. Barbossa semicerrou os olhos e fitou Jack.

       – Exatamente senhorita Swan...senhora Turner. Se mata-lo agora em um futuro próximo poderá dizer " Há se eu não tivesse matado aquele garoto lá atrás " – Jack sorriu

      – Você me deve a sua vida capitão Barbossa. Seria honrado da sua parte ter misericórdia, embora eu não me importe de continuar lutando com você até a sua morte é claro – Daniel tinha um sorriso sarcástico nos lábios. Para ele todas as emoções que vivia era um verdadeiro deleite.

      Barbossa recuou guardando sua espada.
 
       – Finais felizes! adoro finais felizes! – Exclamou Jack animado.

       – Contenha-se Sparrow – Barbossa revirou os olhos – Nossa luta apenas foi adiada – Ele fitou Daniel e logo saiu em passos firmes.

         – Vamos, ainda temos muito trabalho – Elizabeth finalizou. Os três então seguiram de volta para o Pérola Negra.
          

      – – –

       Com o navio restaurado Jack e sua tripulação continuaram seu curso. A noite caiu e as estrelas desenhavam o céu escuro. Barbossa e Daniel não se cruzaram depois da peleja. O rapaz o irritava profundamente, não só pelo desafio mas sim porque Daniel era muito parecido com Sparrow quando se conheceram. Jack era um garoto sagaz, impulsivo, petulante que nunca tirava o sorriso sarcástico do rosto. Com o passar dos anos alguns modos do pirata haviam mudado, mas não o suficiente para Barbossa esquecer a antipatia que tinha por ele. E agora por ironia do destino teria que navegar com "dois Sparrows".

       A noite estava quente e nada melhor para matar a cede de um pirata do que o bom e velho rum. Jack cantarolava despreocupadamente enquanto procurava uma garrafa de rum na adega. Tudo estava indo bem, não como planejado já que em seus planos Moira estava incluída. Mas agora ele tinha a peça chave para sua mais nova conquista.

       – Capitão? – Elizabeth desceu o último degrau da escada e se sentou sobre um dos barris.

       – Lizzie! Veio se juntar a mim e essa maravilhosa garrafa de rum ?

       – Eu decifrei o enigma Jack, eu sei exatamente quais são seus planos. Só não entendo como pode ter certeza que Daniel é a criança que Calypso abandonou.

       Sparrow se surpreendeu. Elizabeth realmente não era mais como quando se conheceram. Agora uma legítima pirata e ele até se orgulhava disso pois em sua mente o mérito era exclusivamente seu. A muito ela já devia ter entendido os planos de Jack, mas esperou a melhor hora para "colocar as cartas sobre mesa".

       – Essa é a melhor parte. Eu não tenho certeza – Jack balançou os dedos  cheios de anéis. Elizabeth mostrou estar confusa – Não é todo dia que encontramos jovens cujo o passado se encaixa perfeitamente na suposta lenda – Ele sorriu – Se Daniel for realmente o semi-deus o coração de Nirina irá nos dizer.

      – E você espera que Calypso seja misericordiosa conosco por levarmos o filho dela para onde ela tentou afasta-lo por toda uma vida ? – Elizabeth tinha ironia em sua voz.

       – Isso é questão de persuasão amor. E não se esqueça da coisa mais importante para que nossa aventura seja lucrativa. Eu sou o capitão Jack Sparrow savvy? – Jack ergueu a garrafa de rum como um brinde e logo saboreou o líquido dentro dela.

      A loira ainda tinha dúvidas sobre oque exatamente Jack ganharia dando de volta os poderes ao primogênito de Calypso e Jones. Mas sabia que por hora ele não iria revelar mais nada sobre o assunto.

        – Moira não sabia das suas intenções não é mesmo? Ela jamais aceitaria participar de tudo isso.

       – A senhorita Brodbeck estava ocupada demais para notar esse pequeno, quase imperceptível detalhe – Jack fez uma careta.

      
       – Pirata maldito! O que fez com Moira?! – Daniel entrou no ambiente nervoso e com sua pistola apontada para Sparrow.

     – Daniel!

       – A quanto tempo estava aí? – Jack tinha uma expressão assustada em seu rosto.

      – O suficiente para ouvir o seu plano miserável – Daniel  gatilhou sua pistola – Eu não vou repetir novamente. Oque fez com a senhorita Brodbeck?

       – Eu não fiz nada a ela, já você... A primeira vez que sua donzela e eu nos encontramos ela estava a deriva no mar.

     – Mentira! Moira sempre temeu o mar, nunca nem se quer se aproximou do porto em Port Royal. Eu não sou simplório a ponto de acreditar nessa tolice!

      – Por você! Por você ela fez... – Elizabeth disse com um sentimento de alívio. Jack havia ocultado os detalhes sobre a estadia da garota em seu navio. Mas assim que Elizabeth ouviu a história de Daniel entendeu imediatamente as razões de Moira.

        Daniel estava surpreso e confuso mas não a ponto de abaixar sua arma. Ainda precisava de esclarecimentos e Jack seria o único a contar-lhe.

        – Abaixa essa arma garoto – Jack pediu impaciente, mas logo percebeu que seu pedido não seria atendido. – Está bem. Moira partiu de Port Royal na esperança de salvar você do que para ela era um caminho sem volta: A pirataria. Quando a retirei do mar fomos para Tortuga onde pela segunda vez a salvei. Ela me contou sobre você e Del Noble, fomos até lá e você não estava. – Jack lentamente ia se aproximando – Onde mais estaria um rapaz sedento por aventuras? Qual é o tesouro que mais está sendo cobiçado pelos piratas? Então partimos, eu pelo colar e ela por você.

      – Moira é apenas dama, frágil e inocente... – Replicou Daniel com seu coração pulsando cada vez mais rápido.

       – Deveria saber que nunca se deve subestimar uma mulher, jovem semi-deus. – Jack parou de caminhar assim que ficou com o cano da pistola encostado em seu corpo – Ela lutou bravamente até ser devorada pela serpente do mar. Agora se acha que deve atirar atire, mas quem de nós dois motivou a senhorita Brodbeck a seguir um caminho tão perigoso? – Jack o desafiava com o olhar. Claro que o capitão Sparrow tinha sua parcela de culpa, mas sentir-se culpado ou admitir não era coisa de pirata.

        Visivelmente atordoado Daniel abaixou sua pistola. Sua visão ficou turva e suas mãos tremendo. Moira era a única coisa que o motivava a seguir em frente. Quando enfrentou os oficiais em Del Noble, quando escapou da maldição da ilusão no caminho para a Baía das lamentações ou até mesmo quando esteve preste a morrer no ataque da serpente do mar, tudo que Daniel tinha em mente era Moira. Ele não poderia morrer pois fez uma promessa de regresso e nada iria impedir-lo de ver aquele sorriso nos lábios rosados novamente. Ele queria se tornar um grande capitão pirata e por fim ajudar a garota a perder o medo do mar a levando consigo para uma viagem pelos mares de todo o mundo. Mas agora nada fazia sentido, pois um grande buraco negro havia se aberto no coração e na vida de Daniel. Sem ela nada mais valia a pena.
        
        Ele seguiu as pressas da adega para o convés. Subiu na amurada  e apontou sua pistola para si mesmo.

      – Daniel não! – Gritou Elizabeth.

      – Moira morreu por minha culpa. Essa é a forma mais justa de saldar o meu débito!
   
        – Sendo comido pelos tubarões? Essa é a sua forma de saldar seu débito?  Não me surpreende ela ter se aliado a piratas para te salvar – Jack ironizou.

       – Não me provoque Sparrow!

        Com a movimentação alguns tripulantes acordaram e subiram para ver oque estava havendo. Dentre eles Barbossa.

         – Daniel me escute! Moira superou seus medos, lutou com todas as forças para te salvar, para garantir a sua vida...não torne o esforço dela em vão. – Elizabeth suplicava.

         Jack roía as unhas de ansiedade pois seus planos estavam prestes a ir de oceano a baixo. Pedia aos Deuses que as palavras de Elizabeth surtisse efeito sobre o rapaz.

         Os olhos de Daniel marejavam e aquela dor que sentia seria demais para ele suportar. Virou-se para o mar e fechou os olhos. Jack correu para pegar o rapaz.

         – Moiraaaaaa! – Gritou o jovem aventureiro.
       
        Nesse instante uma luz branca clareou do fundo do mar e as águas entraram em ebulição. Um vento forte surgiu e a luz começou a subir. Jack parou de correr e olhou para o rapaz com um sorriso vitorioso. O clarão subiu ao céu e se espalhou fazendo com que todos fechassem os olhos e fossem  ao chão.

        Tudo voltou ao normal tão rápido quanto começou. A tripulação levantou confusa com o ocorrido. Mas havia algo que chamou a atenção dos piratas. Daniel permanecia de pé onde estava antes da luz tomar a visão de todos. Seu olhos permaneciam fixo no horizonte.

       Os olhos espantados da tripulação voltaram-se para Daniel. O rapaz suspirou e  fitou Jack.

        – Moira está viva e sei onde ela está.


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Notas finais do capítulo

obrigada por tudo pessoal.

Até a proxima!