I'm Here Again escrita por TahRodriguess


Capítulo 8
3. Welcome to High School - Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura (;



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657945/chapter/8

No intervalo para a última aula, não parecia uma guerrinha de papel, era a terceira guerra mundial isso sim! Bolinhas de papel voavam pela sala constantemente, não demorou muito para o chão virar um mar de celulose. Era sempre assim, mas achei que só para o primeiro ano, mas descobri que tanto o segundo e o terceiro também têm esse bombardeio.

A situação era a seguinte: todo primeiro dia de aula os veteranos estreavam seus cadernos, arrancando metade dele e lançando principalmente nos novatos, a minha sorte, era que eu não era tão novata assim, mas de qualquer jeito recebia boladas na cabeça, Justin também não era novato, mas era famoso, um garoto gato e famoso, por causa disso muitas pessoas – principalmente garotas – não jogavam nele, mas por causa disso também, que alguns garotos faziam dele um alvo principal.

Quando a professora apareceu no corredor – acho que seria de geografia – o vigia da porta avisou, daí, todo mundo parou de tacar um no outro e pegaram as maiores de bolinhas de papel se reunindo na frente da porta. O vigia saiu da frente e todos formaram um “arco” amontoado em frente a porta, quando a professora chegou, mal deu tempo de dizer um: “Ai meu Deus”, bolinhas e mais bolinhas a acertaram fazendo com que saísse da sala. Professora fora, sala trancada e uma batalha ainda maior. Quando eu notei, já estava debaixo da mesa do professor com a bolsa para caso alguém resolvesse aparecer e me acertar sem dar chances de fugir. De repente, outro fujão foi me fazer companhia.

– Você foge e me deixa no meio do fogo? Ta maior guerra lá fora, sabia?

– É eu sei, agora fica quieto se não eles vão saber que estamos aqui.

– Eles são loucos!? – Justin estava pirado com aquilo.

– É prenda de inicio de ano, sempre tem e nem adiantar rezar para alguém chegar por que está acontecendo em todas as salas.

– O que!? – ele gritou.

– Cala a boca! Não entendeu a primeira vez que falei? Grita de novo que deixo você ser bombardeado – ele ficou quieto e estava uma pilha de nervos. Eu já tinha passado por aquilo, era só uma guerrinha de papel.

Bom, vamos ver, tirando os 10 primeiros minutos de bombardeamento, Justin e eu ficamos debaixo daquela mesa por uns 30 minutos para não levarmos mais bolinhas na cabeça. Eu vigiava a sala pela greta da mesa enquanto ria do Justin, às vezes por ele está com medo – que homem! Com medo de bolinhas de papel, ironicamente dizendo é claro, não a parte do medo e sim a do “que homem” – e ás vezes pelos comentários que fazia.

Quando o sinal tocou engana-se quem pensa que saímos de lá, a sala toda esvaziou e uns dois minutos depois foi quando saímos, antes de sair ainda por cima, olhamos bem para ver se não tinha ninguém, já quando entramos no corredor, por incrível que pareça, estávamos seguros.

– Só vou me sentir seguro depois que chegarmos em casa.

– Seu franguinho! Morre de medo de bolinhas de papel.

– Cara, aquilo dói.

– Não dói não Justin, são apenas bolinhas!

– É, mas logo você foi se esconder.

– Não é porque são só bolinhas que eu sou obrigada a senti-las – rimos.

– Ah, se vocês estão tão felizes é porque não teve guerra de bolinhas de papel na sua sala – Chris parou na nossa frente quando terminávamos de descer as escadas.

– Não, teve si – Justin e eu nos olhávamos, até que quando ele começou a falar, resolvemos olhar para o Chris e antes que pudesse terminar o “sim” tivemos que nos preocupar em não rir.

– O que aconteceu com você? – perguntei rindo.

– Qual a parte do: “guerra de bolinhas de papel” você não entendeu? – ele estava bravo, até eu estaria se meu cabelo estivesse todo bagunçado e minha roupa como se eu estivesse saído do meio de um furacão.

– Ah! Relaxa! São apenas bolinhas!

– Cala a boca que eu ouvi a Lua dizer que você ficou com medo delas – ele cruzou os braços e inchou as bochechas bravo, e Justin parou de rir ficando com os olhos arregaladas na esperança que ninguém mais tivesse ouvido aquilo. Já eu ria que nem uma louca.

– Chris – ele me olhou –, tem uma bolinha na sua cabeça – pus a mão na boca para não rir mais e com a outra apontava, ele me olhava e foi com a mão para tirar, depois sacudiu a cabeça para garantir que nenhuma fique.

– Ta vendo! Que raiva! Esse povo é o que? Maluco?

– Sim, somos – dei ênfase na última palavra, agora ele fazia parte da escola, dessa loucura toda.

– Dá tempo de mudar ainda? – ele perguntou ao Justin.

– Sem chances – e Justin respondeu. Eu só conseguia rir.

– Srta. Houston? – parei de rir e olhei para trás do Chris que se virou. – Poderia me acompanhar, por favor? – minha risada se desfez e disfarcei uma pela interrogação. Que diabos o diretor iria querer comigo no primeiro dia?

– Ah, claro. Er... Justin, me espera no carro se quiser e o mesmo serve para você, Chris.

– Vou procurar a minha irmã, quero falar com ela, a gente se vê lá depois – ele se virou e saiu de perto.

– Certo então, até daqui a pouco – disse ao Justin e me aproximei do diretor.

– Até – ele respondeu e ficou lá parado enquanto eu andava pelo corredor rumo à diretoria.

– Sente-se, senhorita – o diretor disse assim que entramos na diretoria, aquela sala me dava medo, toda em tons marrons, eu nunca precisei entrar nela. Mentira, precisei sim, mas sempre me deu medo.

Só uma coisa: o que eu fiz de errado? Me esconder debaixo da mesa no meio de uma batalha de bolinhas de papel é um crime?

– O que eu fiz? – soltei de uma vez.

– Srta. Lua Houston, isso? – assenti. Como assim ele primeiro me busca e só agora vem verificar meu nome? – A senhorita não está na sala certa.

– Ué? Por quê?

– Foi enviado um pedido a escola dizendo que não pode ficar na mesma sala que o Sr. Bieber – que história é essa? Como assim eu não posso ficar perto do Justin? Isso não está me cheirando bem, mas apenas franzi o cenho, confusa. – Mas não podemos mudar a senhorita de sala, então, a trouxe aqui para pedir que não se aproxime dele e os professores estão cientes para não deixá-los sentarem juntos. – Ah! Qual é! Ele é famoso, mas não é Deus, nem eu nem ele temos alguma doença contagiosa que tenha que nos afastar, a não ser que... ah não, não acredito nisso!

– Já entendi tudo! Scooter! – ri sarcástica. – Olha só diretor – me levantei –, não sei o que ele fez para você ou como te subordinou, mas é o seguinte: não! Eu não vou me afastar do Justin e não é para sentarmos juntos? É o que veremos então! Eu realmente estava disposta a me afastar dele, a procurar sermos apenas amigos, porque fingir que ele não existe é impossível e o mesmo posso dizer por ele, mas você e o Scooter fizeram essa brincadeira ficar mais interessante. Não vou me afastar dele – sorri sarcástica e saí da sala na pose, mas bufei alto e forte ao sair fechar a porta com força.

– Que foi?

– Eu não pedi para você esperar no carro?

– Sim arrogância, mas vim procurar o Chris.

– Foi mal, não quis ser arrogante – eu bufava de raiva ainda.

– O que aconteceu, Lua?

– Simples – comecei a andar para longe da diretoria –, seu amiguinho Scooter subornou de sei lá que maneira o diretor.

– Que história é essa?

– O diretor me mandou ficar longe de você.

– Mas como pode ter certeza que foi o Scooter que pediu?

– Seu amiguinho me ama, né? – ironia.

– Tudo bem que ele não goste de você, mas fazer isso já é um pouco demais, não acha?

– Achar eu acho, mas ele me odeia – ênfase em “odeia” – e eu nem sei porque! Claro que faria isso.

– O diretor não citou nomes.

– Mas deixou claro que queria que ficássemos longe um do outro.

– Como se eu fosse fazer isso.

– Eu também não quero ficar longe de você.

– Não é que eu não quero, é que eu não posso ficar longe de você, não tenho essa capacidade.

– Bom saber, porque eu não vou te deixar de novo.

– Obrigado, Senhor! – ele brincou e eu ri. – Mas para de culpar o Scott – respirei fundo.

– É melhor paramos por aqui – ele concordou.

Achamos o Chris perto do carro e ele reclamou a demora, o mandei entrar antes que batesse naquela cara fofa por ter sumido na escola vazia. Entramos no carro, viemos embora, conversamos, rimos e não voltamos ao assunto da diretoria. Foi bem simples e bem divertido, não aconteceu nada grandioso na volta para casa, mas eu estava com meus amigos e não queria ter mais nada ali, eu estava feliz de um jeito diferente depois de tanto tempo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero mesmo que estejam gostando! hahaha



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I'm Here Again" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.