I'm Here Again escrita por TahRodriguess


Capítulo 7
3. Welcome to High School - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura (;



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Saímos andando pelo corredor, subimos as escadas e saí que nem louca procurando de um lado para outro, a sala de música – fui tão poucas vezes que depois de tanto tempo, era de se imaginar que eu não lembraria onde é –, até que Taylor me chama, e abre a porta para que entrássemos. O mais interessante, é que apesar do sinal ter batido há tempo, quase ninguém estava na sala.

– Megan!

– Lua! – nos abraçamos, ou melhor, pulamos uma na outra. – Caramba! Que saudade!

– Digo o mesmo – nos afastamos. – Quando você chegou?

– Faz uma semana só.

– E por que não me ligou ou coisa do tipo?

– Não tive tempo, ou eu tinha que arrumar a minha casa ou era Justin e Chris o tempo inteiro – revirei os olhos e ela riu.

– Te perdoo então, mas vê se não some!

– Depois de um ano em NY? Sumir? Impossível! – ri e ela também. – Bom, vou me sentar antes que a sala encha.

– Tudo bem! – sentei do lado do Justin, do outro lado da sala e Tay ficou ali perto dela.

Aos poucos a sala começou a encher e quando eu menos notei estava lotada e muita gente eu nunca havia visto na vida.

Aquele cara loiro e novo entrou na sala com o mesmo violão que eu me lembrava há um ano e se apresentou para a sala.

– Bom dia galera, meu nome é Marc Dourdan e sou professor de música. Veremos então, muitos aqui eu conheço do ano passado, outros antes disso, muitos são completamente novos para mim e não vou mentir dizendo que entre esses novos não pode haver ninguém que já teve aula comigo – a sala riu e ele continuou passando os olhos pela sala até chegar no canto da sala, os últimos. – Olha quem resolveu voltar a nossa humilde escola – ele sorriu para mim e eu senti minha pele corar e controlei para que isso não ficasse visível, esse é o problema de ser a preferida, mas achava que ele tinha colocado outra no meu lugar. – Mas continuando, quero ver como vocês estão depois das férias, quero ver a – ele pensou bem – “situação” – e fez as aspas – dos novatos, e quero saber como a Srta. Houston anda depois de um ano na grande cidade de Nova York.

– Anda com as pernas, oras! – um engraçadinho que eu não sei quem é respondeu.

– Realmente, e eu espero que suas notas não tenham pernas e que você seja muito bom em música, porque elas sim vão ser um verdadeiro festival de comédia – o garoto não falou mais nada. – Srta... Ora! Parece que temos outra visita, agora, ilustre, prazer tê-lo de volta Sr. Bieber – agora sim todos olharam para trás. Abaixei meu rosto tentando não demonstrar que estava super incomodada com a sala toda me olhando.

– Ele quis dizer que você não era nada antes.

– Desculpa, eu nunca fui queridinho do professor – apertei os lábios firmes, segurando a risada. Todos ainda olhavam para mim, tímida e de cabeça baixa, e para Justin, de cabeça erguida, mas querendo mais do que eu, que todos esquecessem dele ali.

– Legal, legal, tudo bem, ele é famoso, mas o professor aqui sou eu – demorou, mas Marc conseguiu a atenção para ele. Justin e eu nos entreolhamos aliviados. – Srta. Houston? Quero começar com você, depois de tanto tempo, quero ver como a senhorita vai.

– Vou bem obrigada e o senhor? – me levantei e fui andando até a frente da sala.

– Sem gracinhas, Srta. Houston – ele sorria, nada sério.

– Ah! Para professor! Você nunca me chamou de Houston – ele riu.

– Certo, certo, Lua. Quer o violão?

– Por favor – ele me entregou.

Sentei num banco de madeira com apoio para os pés, pus o violão na coxa e dedilhei pensando rapidamente, até começar a tocar o ritmo animado da última música que ouvi.

No, I don't believe in politician

No, I do not have a secret mission

No, I never did have much ambition

But I can't live without you

No, we don't have time for celebration

Never had a heavy conversation

Never had been the insperation

But I can't live without you

You walk out the door

You walk back in

Tell me what you done

Been where you been

Over and over and over again

Your hands, you lips or your alibies

Good tears, tattoo under your eyes

You're up, you're down, it's hard to tell

Whatever it is you wear it well

You change your name

You told me to think

You change so much

You can't be seen

You're in, you're out, it's hard to tell

Whatever it is you, wear it well

you wear it well

Don't know why you wanna live forever

ain't nobody gonna make it better

We ain't never gonna be together

But I can't live without you

(…)

Everybody's lying to themselfs

Everyday you look like someone else

With you more and less, it's less

I don't wanna be your life

I don't wanna do what's right

I just wanna see what happens next

With or without you

A música escolhida era “You Wear It Well” do Devon Werkheiser, eu tinha ouvido antes de dormir e ainda estava com ela na cabeça.

Eu ria tanto! A música era bem animada, então eu mais batia no violão do que tocava as cordas, mas foi divertido, há muito tempo não fazia isso e agora sei o quanto sinto falta de ficar apenas com o violão e tocando o que eu bem entender.

– Uau – ele bateu a palma três vezes. – Manhattan tem bons professores!

– Eu nem tinha aula de música, professor – me levantei.

– Então você que sempre foi boa mesmo – logo de cara a sala inteira sabia que eu era a favorita.

– Professor, Justin que é famoso! Não deveria ser ele a ser tão, “favorito”? – uma garota perguntou.

– Não, Sr. Bieber já é famoso, é talentoso para todo o mundo, melhor deixarmos aqui para todos que tenham talento, mas não são famosos, assim como a Lua. Ele não precisa de mais favoritismo.

Justin mexeu a boca em um “obrigado professor” e eu continuei a olhá-lo até que ele percebesse, então quando me viu, apenas sorri e ele sorriu de volta. Ele ainda estava com medo, não deveria ser fácil voltar par escola depois de um ano e ainda não sendo a “mesma pessoa” de antes. Um sorriso basta, sempre foi o suficiente.

– Espera aí! – a mesma garota falou de novo. – Você é Lua Houston, certo? – Ops, uma gênio. – A garota que quebrou o nariz da Louise James ano retrasado, numa briga – olhei para cima.

– Ok, sou Lua Houston, sim quebrei o nariz dela e não foi bem uma briga – a olhei –, só não sabia que era conhecida por isso, nem sabia que algum novato me conhecia.

– Fofocas Lua! Fofocas! – Megan disse.

– Ah é! Tinha me esquecido! – ela riu e eu também.

– Bom, eu não sou novata – a garota continuou –, meu nome é Sabrina Shepers, entrei ano passado e sou do time de torcida – olhei para Megan e ela deu de ombros.

– Então, você é novata, se não notou, eu não estudava aqui no ano passado.

– Nossa, nem dá para acreditar que você era amiga da Louise – ela disse num to arrogante. Me surpreendi.

– Como assim!? Isso foi há tantos anos! E como...? Ah! Não quero nem saber o que mais da minha vida vocês sabem! – fui até o meu lugar. – Passo um ano fora e quando volto tenho a minha vida como um livro aberto – me sentei e bufei. – Ah! Aposto que você era amiguinha da Louise, mas pela merda que acabou de dizer não sabe tanto assim sobre mim.

– Calma – Justin disse baixo, mesmo com todos me olhando.

– Calma? – praticamente gritei, mas logo abaixei o tom. – Calma? O que mais sabem de mim?

O professor Dourdan conseguiu dar a aula numa boa, nada demais claro, era apenas o primeiro dia, o que para todos seria bom, mas essa tal de Sabrina conseguiu fazer com que eu mal prestasse atenção na aula de tanta raiva, como ela poderia dizer algo de mim sendo que a primeira vez que me vê? Realmente odeio isso.

A aula acabou e Justin e eu – junto com o resto da turma – fomos para sala, mas fizemos questão de sermos os últimos a sair. O corredor estava vazio, cada um estava em sua sala e como era troca de professor, ninguém se atreveria a sair para ir ao banheiro ou beber água, ali ninguém mais era primeiro ano, as coisas mudam bastante desde quando tem 15 para quando tem 17, apesar de serem apenas dois anos.

Resultado: só Justin e eu.

Minhas mãos estavam frias, não faço à mínima ideia do porque, então esfreguei meus dedos na palma para tentar esquentar, mas não foi bem sucedido, então desisti, só que senti algo quente tocar as minhas mãos, não penas tocá-las e sim segurara-las, mas eu afastei.

– Esqueceu que você é namorado da Caitlin?

– E o que tem?

– Qual parte de: “Namorado da Caitlin” você não entendeu?

– A parte que você não me deixa segurar a sua mão.

– Justin, não dá, não pode! Quando você vai perceber isso?

– Quando algo der errado.

– Quando algo der errado, eu vou me machucar e você também vai. Não quero isso. Todos te conhecem, todos sabem que você namora com a Caitlin, enquanto isso, nada de abraços, apertos de mãos, beijos na bochecha ou qualquer coisa parecida. Vai ser melhor.

Ele não falou mais nada, apesar da vontade sabia que eu estava certa. Quando entramos na sala tinha vários e vários lugares vazios, se eu disser que a maioria era ao lado de garotas que se eriçaram e olharam empolgadas para Justin, o que alguém pensa? Sim, todas elas queriam ser parceiras de Justin Bieber na escola e quem sabe fora dela também? Apenas ri dessa hipótese.

– Expulsa alguma delas do lugar para eu me sentar com você, não vou sentar perto de nenhuma delas.

– Calma, são só garotas.

– Mas vai que mordem? – ele estava assustado, mas não era de verdade.

– Senhores, achem seus lugares, por favor – uma professora entrou na sala e se direcionou a sua enorme mesa.

Agora Justin e eu realmente começamos a nos preocupar onde iríamos sentar, começamos a procurar rapidamente soluções até que Megan se levantou e foi se sentar ao lado de uma das integrantes das lideres de torcida deixando o lugar ao lado do Taylor vago. Ela sorriu para nós dois e nós sorrimos de volta.

– Vai lá.

– Ah não, quero sentar perto de você.

– Deixa de ser exigente, ou é perto do Taylor, ou é ao lado das canibais.

– De repente o Taylor me pareceu uma ótima escolha – ele correu para se sentar ao lado do Taylor e eu? O que interessa, fiz mamãe mandou entre tantas garotas decepcionadas e me sentei com a que venceu.

Aulas e mais aulas pela frente foi só o que tivemos, a aula de literatura era mais chata do que eu costumava ter e daí para frente não foi diferente, a cada sinal eu rezava ainda mais para que logo chegasse o intervalo, o que eu mais sentia falta era daquela muvuca, os alunos falando ao mesmo tempo, o lanche da escola que não era ruim – apesar de que eu quase nunca comia – e o mais importante: meus amigos e eu reunidos na maior paz na nossa mesa de sempre.

Intervalo, como te desejo.

O intervalo demorou a chegar, na verdade, se eu dissesse que demorou ou que passou rápido, estaria errada, o tempo passou do mesmo jeito apenas eu que achei, que nesse caso, o sinal do intervalo demorou muito para tocar. De qualquer jeito, quando deu o sinal do nosso tempo livre, a sala não se esvaziou em um vulto, como normalmente, as pessoas saíram de vagar e muitas garotas nem se moveram. Apertei os lábios para não gargalhar na sala, olhei para Justin de canto de olho e seu olhar me implorava para que fossemos embora, mas desde quando ele precisa de mim para andar? Entenda Lua, talvez ele esteja morrendo de medo, de passar no corredor e canibais disfarçadas de garotas do colegial queiram come-lo.

Ok, é melhor eu dar um jeito de sair logo da sala, antes que eu pense mais coisas desse tipo e não consiga parar de rir.

– Vamos, Justin! – me levantei e o apressei, nem precisava, ele saiu numa voadora que só via o vulto do menino passar pelo corredor. – Apressadinho – revirei os olhos e fui saindo da sala sem nenhuma pressa. – Qual foi a da pressa?

– Canibais! – ele me olhou com uma expressão de medo, um falso medo. Ri.

– Idiota – revirei os olhos. – Vamos logo, to louca para chegar ao refeitório.

– Aposto que ta morrendo de fome.

– Nem to!

– Duvido.

– Não, não! É sério – ele semicerrou os olhos e me encarou com um biquinho desconfiado. Tive que rir da careta, mentira, estava era fofo, isso sim. – Você está duvidando de mim, garoto?

– Estou! Algum problema?

– Quem lá é você para duvidar de mim?

– Justin Drew Bieber, prazer em conhecê-la – agora sim caí na gargalhada e ele também riu, só não tanto quanto eu. Respirei fundo, tentando recuperar o fôlego, não foi bem sucedido, mas, não é aconselhável tentar falar enquanto chora de rir.

– Mesmo assim, Justin Drew Bieber, o senhor não tem o direito de desconfiar de mim.

– Vamos apostar então!? Você não pode comer nada o intervalo todinho.

– Tudo bem – dei de ombros.

– Apostado? – ele me estendeu a mão.

– Apostado! – e eu apertei.

– Quem perder...

– Tem nada disso não Justin, fica na sua.

Passamos pela entrada e logo vimos todo mundo sentado na mesma mesa e eu já vi outra coisa, meu biscoito favorito na mão da Hayley.

– Halle! Dá um?

– Lua!? – Justin me repreendeu. – Ganhar assim nem tem graça.

– Ah é – me sentei e coloquei o biscoito na mesa o encarando. Que vontade de comer!

– Ganhar o que? – Luka perguntou.

– Apostamos que ela não podia comer nada, por causa de umas coisas aí.

– Ah! Parabéns Justin! Você venceu! – num piscar de olhos, era um biscoito e depois eu olhando para a Halle querendo mais um.

Justin revirou os olhos e se sentou na minha frente, já que um baixinho se sentou ao meu lado quando ele iria sentar, já Hayley, sem pensar estendeu o pacote para mim.

– Parece que as coisas aqui não mudaram muito – ele disse ao se sentar, depois de ter dado uma boa analisada no pátio.

– Mudou, claro que mudou, uma pessoa que saiu já muda muita coisa.

– Se esse alguém que você está falando for a Louise, Lua, sim, muda muita coisa – Karol respondeu.

– Louise é aquela garota que eu vi na boate aquela vez? – Chris perguntou.

– É, ela mesmo – respondi.

– Ela saiu por quê?

– Parece que a casa de férias aqui em Strartford não estava dando muito certo – Luka começou.

– Então resolveram ir para a França – e Karol terminou.

– “Casa de férias?” Mas eles não moravam aqui?

– Sim, mas a empresa deles não fica em Stratford, é em alguma outra cidade de Ontário, mas não aqui – respondi.

– Se a empresa é aqui, por que eles foram para a França?

– Foram cuidar da empresa lá oras! – Hayley respondeu.

– Eles têm uma filial na França!? – perguntou todo surpreso.

– Não, a sede da empresa é lá – agora foi Justin que respondeu. Chris o encarou com os olhos ainda mais arregalados, isso se era possível.

– E tem uma filial aqui?

– Aqui, e em mais três países, quatro contando com os Estados Unidos – ele não abriu a boca surpreso, ele arregalou, sem contar os olhos esbugalhados.

– Em boca fechada não entra mosca pirralho – pelo que eu acabei de notar, Luka ainda não ia com a cara do Chris, desde aquela história com a Hayley.

Chris semicerrou os olhos na direção do Luka, mas depois voltou a encarar qualquer lado pasmo pelo o que acabou de saber. Enquanto ele ficava besta, a gente conversava e agia normalmente, afinal, por que não agiríamos normalmente? Todos sabiam bem o quão rica era a Louise. Eu, por exemplo, nunca vou esquecer a primeira vez que fui a propriedade dos James, pode ser traumatizante para uma criança, ou, bom o bastante para ela nunca mais querer sair de lá – meu sonho até os 6 anos era ter um quarto de brinquedo como aquele, hoje sou tão feliz por nunca ter tido, imagina se eu ficasse como a Louise? Não, não, obrigada.

Conversa, conversa e mais conversa, ninguém imagina que para o primeiro dia de aula, alguém teria tanta coisa para falar, mas o intervalo acabou e tivemos que ir para a nossa sala, como sempre, o refeitório demora mais tempo para se esvaziar do que para encher e dessa vez não foi diferente, o pior que foi clichê demais para o primeiro dia. Depois que o sinal tocou fomos para a sala e conhecemos – e revimos – alguns professores, apenas.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando .yn



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