Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 53
Eu lutarei até o fim


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e até as notas finais



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Sarah Ocean

—Sarah, sua mãe não pode te trazer aqui hoje, mas ela pediu que eu te acompanhasse. Não se preocupe estarei perto e não deve demorar lá dentro. Esta é a senhora White e ela precisa conversar rapidinho com você? Tudo bem?

—Tudo sim tia Alice. Entramos em uma grande sala em tons marrons e tia Alice me coloca em uma cadeira.

—Estarei lá fora te esperando. Qualquer coisa é só chamar querida.

—Por que a senhora não pode ficar aqui comigo?

—Porque queremos conversar com você querida. Vai ser rapidinho. Não se preocupe, sua tia está lá fora te esperando. Quer um docinho? Um refrigerante?

—Não, obrigada. Mamãe disse que não posso aceitar nada de estranhos.

—É, e ela tem razão. Parece que ela vem te educando muito bem, não é? Como geralmente é seu dia a dia com sua mãe?  

—O que é geralmente? Questiono.

—Algo que ocorre na maior parte do tempo.

—Entendi. Então... na maior parte do tempo ela é... a melhor mãe do mundo! Falo com entusiasmo. Ela me acorda com cocegas, faz minha comida preferida, ler para mim...

—E... seu padrasto também é legal assim com você?

—Padrasto?

—Ah, desculpe. Steve Rogers.

—Ele é meu pai moça.

—Você sabe que... ela não é exatamente o seu pai, não é?

—Eu sei, mas ele disse pode ser meu pai se eu quisesse. E eu quero que ele seja.

—Mas você já tem um pai querida, John Allen.

—O meu pai se chama Steve Rogers! Bato minhas mãos na mesa. Desculpe, falo envergonhada.  

—Tudo bem, tudo bem. Calma, vamos falar de outras coisas ok?

—Ok. Digo ainda envergonhada.

POV Helena Ocean

—Estão vendo? Todos viram o que acabou de acontecer? A menina foi completamente manipulada pela mãe e seu companheiro. Nem ao menos o nome do VERDADEIRO pai ela quer ouvir. O advogado de John jorrava drama.

—Deve ser porque o verdadeiro pai isolou a menina por quase um mês logo após terem achado que a mãe estava morta. Peter rebateu.

—E ainda tem isso, senhor juiz! Até hoje não houve qualquer esclarecimento de como que a senhorita Ocean é dada como morta em um momento e no outro aparece viva.

—Isso não diz respeito ao que estamos discutindo neste momento. Peter diz aborrecido.

—Como não diz? Ninguém aqui neste tribunal sabe exatamente o que aconteceu com a senhorita Ocean. Isso é um fato que levanta muitas dúvidas, caro colega, afinal, estaria a pequena Sarah segura com mulher que é dada como morta e aparece milagrosamente...

—Sabe um desaparecimento mais estranho? Peter confronta. –É o seu cliente ter sumido por cerca de quatros anos e agora... como é mesmo a palavra... milagrosamente apareceu para supostamente reclamar o direito dele de pai?

—Será que foi realmente isso que aconteceu? Ele lança seu veneno e eu olho preocupada para Peter. –Podemos começar com os depoimentos, senhor juiz?

—Claro. Senhorita Ocean, queira vir a frente por favor.

Olho pela última vez para tela pausada do monitor. Meu coração está apertado e todo o resto de força que ainda me resta eu reúno por ela.  

Peter me dá seu braço e eu me apoio nela até chegar a cadeira da testemunha. Estou no nono mês da gravidez e falta pouco para Margaret Hope nascer. Sento ali com certa dificuldade.

—Senhorita Ocean. Poderia nos disser como foi o seu relacionamento com o meu cliente.

—Não chegou a ser um relacionamento. John nunca quis que fosse. Eras mais que bons amigos, companheiros, mas não namorados. Nos conhecemos durante uma recepção para calouros quando entrei para faculdade e mais ou menos dois anos depois quando engravidei ele disse que eu deveria me virar e cuidar sozinha do bebê. Que não deveria procura-lo ou achar que eu tivesse qualquer direito. Depois disso, foram poucas as vezes que eu o vi novamente, mas sempre foram encontros...conturbados, John sempre estava irritado achando que eu o encontrava de propósito para exigir alguma coisa.

—Ah é mesmo? O advogado de John jorrava veneno. -Poderiam chamar a próxima testemunha?

—Não tem mais perguntas? O juiz questionava achando aquilo estranho.

—Não meritíssimo.

—E quanto a você senhor Davis?

—Sem perguntas por enquanto.

—Então podem chamar a próxima testemunha. Marie Ocean.

Caminho com um pouco de dificuldade de volta para o meu lugar. Dessa vez um guarda do tribunal me ajuda. E assim que me sento, uma pequena angústia começa a crescer no meu peito.

—Peter, não me lembro de quando você disse que chamaria Marie para ser testemunha. Comento baixo.

—Eu nunca disse. Não fomos nós que chamamos ela. Ele segura minha mão por baixo da mesa e aperta levemente. –Eles não vão conseguir Helena.

—Senhora Ocean. Poderia nos revelar como realmente é sua filha?

—Infelizmente eu posso sim. Ela soa dramática. –Eu não aguento mais essa culpa que carrego, e sinto que sou responsável por parte do que está acontecendo agora. Sabem quando dizem que coração de mãe nunca se engana? Pois, eu nunca me enganei sobre o que minha filha realmente era. Ela sempre apresentou alguns sinais de que sofria problemas...mentais, mas eu nunca dei uma real atenção a isso. Helena sempre foi orgulhosa e eu achava seu comportamento normal, mas quando soube do bebê, por favor não a julguem, me doí falar isso, escondeu a gravidez desde o começo como modo de castigar John por ter terminado o relacionamento deles.

O tribunal é inundado por cochichos e sons de surpresa por todo o canto e uma lágrima solitária rola por meu rosto.

Marie pigarrei e continua. -Ela não aceitava o fim do namoro deles e me confessou que usaria a criança como meio de punir John, se ele não a queria, também não iria ter contato com o filho deles.

—Então, era intenção desde o início fazer o meu cliente pagar por a ter rejeitado?

—Exatamente. Tentei por diversas vezes convence-la a não fazer isso, mas ela insistia nessa ideia.

—É o suficiente para mim. Ela sua testemunha agora. Falou convencido.

—Obrigada. Senhora Ocean. Poderia nos disser como foi que tentou convencer a minha cliente a não seguir com essa tal punição, se ela estava morando com a avó dela porque você a expulsou de casa.

—Eu nunca fiz isso. Helena saiu de casa por conta própria, porque não queria me ouvir e contar ao John sobre a filha.

—Sabe que está sob juramento e não pode mentir...

—Tenho plena consciência disso. Marie sorri. –Estou falando a verdade, e o que desejo do fundo do meu coração é o meu melhor para minha filha e minha neta. Ela olha para mim pela primeira vez e se surpreende.

—Bem, só me resta uma pergunta final, tudo o que você fez foi pelo bem da sua filha e da sua neta, certo?

—Correto.

—Obrigado. Senhor juiz, poderiam chamar a próxima testemunha?

—Não, ela ficará para depois do intervalo. Voltaremos em quinze minutos.

—Peter, como ela pode ter feito isso comigo? Eu sempre soube que ela era um pouco interesseira, mas ela está simplesmente me destruindo por dinheiro.

—Calma, Helena, vai dar tudo certo. Há coisas que são uma palavra contra outra e não temos como rebater, mas farei tudo o que estiver em minhas mãos para que não tirem a Sarah de você.

—Ah, Peter obrigada, mas isso não se trata apenas da Sarah...

—Ele não vai vencer! Daremos um jeito.

—Melhor mudarmos de assunto, Steve está chegando.

—Vocês vão ficar aqui dentro? Ele se aproxima e me beija de lado no topo da minha testa.

—Não. Já estávamos saindo. Tento disfarçar minha preocupação e estendo minha mão para Steve. –Me ajuda?

—Sempre. Ele beija a costa da minha mão e enrosca seu braço no meu.

Caminhamos em silêncio até a saída. Cada um tem sua mente em combustão de pensamentos, e não há assunto que passe essa tensão. Sinto uma pequena contração, mas ignoro, apesar de estar perto, o bebê só iria nascer daqui a alguns dias.

—Helena, Helena. Steve me chama e quando olho para ele, continua. –Você está bem? Está suada.

—Estou bem. Quero disser, estamos bem. Aliso minha barriga com a mão livre. –Eu era calorenta também na gravidez da Sarah, não se preocupe.

BONUS

Pov Marie Ocean        

Assim que todos saem do tribunal para o intervalo eu procuro John. Ele está conversando calorosamente com algumas pessoas que foram prestar solidariedade a ele pelo tempo que ficou longe da filha, e assim que eles se afastam eu o confronto.

—Você não me falou que Helena estava grávida!

—Bom dia para você também Marie.

—John sem gracinhas. Porque não me disse que Helena estava esperando um bebê?

—Isso era relevante?

—É claro que sim! O que pretende fazer quando ganhar a guarda da Sarah? Acha que Helena vai abandonar o outro filho?

—Ela não precisa abandonar o outro filho. Posso muito bem conviver com uma criança que não seja minha, desde que Helena e Sarah estejam lá também. Relaxa, contratei uma ótima decoradora para o quarto do bebê.

—Relaxa? Relaxa. Você não tem noção de nada mesmo, em? John, eu não acho que o tal Steve Rogers vai permitir que isso aconteça.

—Isso não cabe mais nas mãos dele.  


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Notas finais do capítulo

Hello, Como vocês estão?
Bem, não tenho mais cara de pau para pedir desculpas pela demora. Tá complicado postar e atualizar tudo direitinho, mas como já tinha dito antes, por mais que demore eu vou escrever até concluir a fic, não pretendo abandonar ela.
Não sei o que acharam desse que postei agora, mas espero que tenho gostado e matado a saudade ^^
Qualquer coisa é só deixar mensagem no privado ou comentar que uma hora ou hora estarei por aqui.
Bjs e até.



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