Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 52
Nos braços do Oceano (Parte 2)




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Pov Peter Davis

Era para estar tudo perfeito no meu trabalho. Tinha conseguido comprar a pouco tempo um lugar excelente para ser meu escritório, achei uma ótima pessoa para trabalhar como minha assistente, e ainda havia conquistado uma boa clientela fixa. E o que está errado? Você deve estar se questionando. Pois bem, é o homem que está parado agora mesmo na minha frente.

—Por que somente Eu que não posso ver a Helena? Era a quinta vez na semana que John fazia aquela pergunta.

—Como eu posso explicar isso de maneira que você compreenda de uma vez por todas? Falo sarcasticamente. -O estado dela é delicado e você é um completo babaca sem noção e egoísta que só iria atrapalhar a recuperação dela.

—O que disse?

—Não ouviu? Não se preocupe, eu repito. Babaca, sem noção e egoísta. Não é preciso ser da área da saúde para saber que o emocional pode influenciar tanto positiva como negativamente, e sua presença meu caro amiguinho ignorante, só vai fazer mal para Helena. Esqueceu que tudo isso só começou por culpa sua?

—Eu não tenho nada a ver com a briguinha deles. Se esse Steve Rogers não tem confiança na mulher que tem que a deixe livre.

—Ah! Mas ele confia nela. O problema é que três é demais e você está mais do que sobrando. Você só tinha que se aproximar da sua filha, conhecer ela, se fazer um pai presente, mas não, tinha que provocar, jogar charme, dá encima dela na frente de Steve, passar dos limites. Queridinho, ninguém suporta uma situação dessa.  E livre? Ele tinha que deixar ela livre? Para que? Para poder cair nas suas garras? Não, obrigado, me poupe,  se poupe e poupe a todos nós.

—Não seja estúpido! POSSO PAGAR O MELHOR HOSPITAL DO PAÍS! Ela terá o melhor tratamento disponível. É só me deixar vê-la.

—Nossa o garotinho tem dinheiro! Olha, pela última vez, Helena já está nas mãos de profissionais qualificados o suficiente para cuidar dela.

—Você não vai me disser mesmo onde ela está, não é?

—Aleluia. Ele finalmente entendeu!

—Tudo bem. Vocês não vão me deixar vê-la, mas darei um jeito para que ela possa aparecer.

—Boa sorte.

—Não. Deixarei ela para você. Irá precisar em breve. John fala de modo ameaçador e sai do meu escritório batendo a porta com força.

Meu telefone de mesa começa a tocar e eu logo o atendo.                                              

—Senhor Davis. Minha secretária fala educadamente. –Sua noiva deseja te ver, o senhor já pode recebe-la?

—Claro. Diga que pode entrar.

—Agora mesmo senhor.

Respiro fundo, bebo um pouco de água para relaxar e fico aguardando com certa ansiedade. Logo Alice abre a porta com um grande sorriso em seus lábios e toda aquela conversa desgastante que tive com John parece que nunca existiu.

—Meu bem. Ela me dá um selinho quando dá a volta na mesa e senta no meu colo.

—Oi paixão. Retribuo o beijo. –A que devo essa sua boa visita?

—Bem... Queria te fazer um convite.

—Um convite para...?

—Um convite para ver alguém...

—Alice! Não faz mistério.

—Ok, ok. Está bem. Só queria fazer um pouquinho de suspense para te disser que nossa amiga saiu do coma!

—Não brinca! Meu Deus. Isso é fantástico! Você está indo até ela agora?

—Sim. Alice se levanta e dá alguns pulinhos. E tem mais, estou levando a Sarah também. Você vai poder ir agora?

—Bem... é claro que sim. Felizmente não tenho nenhuma reunião com um dos meus clientes. O que tenho para hoje posso muito bem fazer em outro momento.

—Perfeito. Então arrume suas coisas que estarei te esperando lá fora com a Sarah.

—Ela está aqui? Não me diga que John...

—Não. Não tive o desprazer de encontrar ele.  Fiquei na brinquedoteca esperando ele sair. Relaxe ele não viu a pequena. Sei o quanto John é desconfiado e iria suspeitar logo se nos visse aqui.

—E onde ela está agora?

—Deixei ela com sua secretária. Quero fazer uma surpresa para ela. Ainda não contei que a mãe acordou.

—Fez bem.

Pov Helena Ocean

—Bruce. Quando poderei voltar para minha casa?

—Bem Helena. Eu não achava que teria que tratar sobre assunto tão cedo, mas por enquanto, sinto te informar que não poderá retornar para sua casa por um bom tempo.

—Por que? Se estou melhorando e meu organismo está voltando ao normal, por que tenho que permanecer aqui por tanto tempo?

—Esse não é exatamente o problema. A questão é que não temos certeza alguma sobre esse vírus. Não sei se isto já é de seu conhecimento, mas a extremis que injetaram em seu corpo é algo totalmente novo. Tudo o que sabemos está restrito a variação velha do vírus. Temos dúvidas sobre o que ele poderá provocar no futuro. A extremis por si só já pode causar um grande estrago. Quando o corpo de alguém a rejeita, geralmente essa pessoa explode, mas em relação ao novo vírus....

—Vocês não têm a mínima ideia do que pode acontecer.

—Exatamente.

—Isso quer disser que posso me tornar uma bomba relógio ambulante?

—Não quero te dar falsas esperanças, mas é provável que isso não irá acontecer porque se compararmos com a primeira extremis, as pessoas costumavam explodir logo nos primeiros dias que recebiam o vírus e bem, você já está com ele a quase duas semanas. Mas mesmo assim, ainda estamos no escuro.

—Eu achei que vocês tinham os arquivos de Maya.

—E nós temos... só que relacionado a primeira extremis. Ele faz uma pausa e respira fundo. –Mas Helena, você é a única pessoa viva com este novo vírus, não existem outros sobreviventes.

—Isso quer disser que terei que passar o resto da minha vida aqui?

—Desculpe...

—E se ela ficasse em outro lugar? Não necessariamente o apartamento dela, mas uma casa em um local afastado. Steve comenta.

—É. É uma boa ideia Steve. Acho que pode ser viável. Você já tem algum lugar em mente?

— Na verdade sim. Antes disso tudo acontecer eu e Helena já estávamos procurando casas para se mudar. Eu não cheguei a mostrar a ela, mas havia uma casa no campo que eu tinha gostado bastante.

—A casa em Woodbury? Você chegou a comentar sobre ela, mas a deixamos de lado por talvez ser distante dos nossos trabalhos.

— Parece, mas não é tão distante. Conheço esse lugar ele fica a menos de 1 hora e meia da cidade de Nova York. É tranquilo e eu poderia estar sempre por perto para te avaliar Helena. Bruce fala enquanto nos mostra um mapa em seu celular.

—Então, se não for problema Steve você e o Peter poderiam ver uma procuração para que possam vender o meu apartamento?

—Claro que sim. Não se preocupe com nada Helena. Deixe tudo nas nossas mãos que cuidaremos de tudo. Ele beija minha testa.

—Sei que farão um bom trabalho. E falando em cuidar, como está minha pequena?

—Bem... Aconteceram algumas coisas enquanto... Steve não sabe como começar.

—Se me dão licença, tenho que atualizar o Fury sobre os novos planos. Acho que será um pouco difícil convence-lo sobre a mudança de Helena, então tenho que começar isso o quando antes. Bruce fala antes de sair.

—Obrigada por tudo Bruce. Agora Steve, pode continuar de onde você tinha parado. Por favor não me esconda nada. Conte-me tudo.

—Em algum momento você iria saber disso mesmo. Ele respira fundo e continua. –Logo quando você foi dada como morta, John Allen conseguiu uma guarda provisória da Sarah e a levou para morar em Lágrimas da Sereia com ele.  

—Não me diga que...

—Sim. Ele revelou para Sarah que era o pai dela. E ainda tem mais. John proibiu qualquer contato nosso. Nós não podíamos nem ver ou falar com ela até mesmo por telefone.

—Eu sabia. Sabia que tinha algo errado acontecendo com ela. Ela ainda está com ele?

—Não. Ela fugiu dele e pediu ajuda a uma policial. John não estava com nenhum documento no momento e você sabe como ele é, tudo tem que ser do jeito dele e nada mais, e não deu em outra coisa, ele foi preso e entraram em contanto com o Peter. Por causa do mau entendido John perdeu a guarda provisória e agora Sarah está com Peter e Alice. Ela está bem agora, mas não estava se alimentando ou dormindo bem quando morava com John.

—Graças a Deus. Sei que com eles ela está sendo bem cuidada. John como sempre só causa problemas.

—Ela está bem agora Helena. Eu te garanto.

—Ela sabe que estou viva?

—Sim. Mas não que saiu do coma. Helena, acho que em algum momento teremos que conversa seriamente sobre os poderes de Sarah. Se não fosse por eles nós nunca saberíamos que você estava viva. Não sei por quanto tempo poderemos esconder eles de todos.

—Temos que tentar Steve. Você mesmo presenciou o que fizeram com a pobre da Alma.

—Alma estava ferindo pessoas Helena.

—Alma tinha acabado de ficar sozinha no mundo. Aquilo foi um grande impacto para ela. Aposto que ela não faz mais isso hoje.

—Sim, mas porque Bruce vem estudando seus poderes e a ajudando a controla-los.

—Eu não tenho certeza se deixarei Sarah passar por isso. Steve acho que podemos ajudá-la a controla-los do nosso jeito. Você sabe bem que por causa deles eu fui sequestrada, imagina se soubessem sobre ela também. Não quero que ela possa correr esse tipo de risco.

—Tudo bem Helena. Acho que agora não é o momento oportuno para termos essa conversa. Você acabou de despertar praticamente. Vamos nos concentrar primeiro na sua recuperação.

—Concordo. Podemos começar primeiro com traga gordices para mim. Pizza, doces, batata frita. Estou morrendo de fome. Falo manhosa.

—Acho que temos sopa. Ele sorri maroto.

—Steve! O repreendo.

—Vou ver o que consigo para você.

Steve volta dez minutos depois com uma bandeja cheia de legumes, arroz e frutas. Eu olho para ele em reprovação, e ele sorri descaradamente.

—Ordens médicas Helena. Não podemos ignorar.

—OK, ok. Com a fome que estou qualquer coisa vai servir.

—Prometo que quando você acabar trarei uma sobremesa.

—Agora estamos nos entendendo.

Faço minha refeição em menos de dez minutos. Depois disso Steve me ajuda a fazer minha higiene e me leva para caminhar um pouco pela Shield. Eu não poderia fazer muito esforço, mas não aguentava ficar parada em um lugar.

Desde o dia que Maya havia me sequestrado eu só havia ficado aprisionada em um quarto pequeno e minhas saídas aconteciam apenas nos dias que ela precisava fazer exames.

—Está sentido algo Helena?

—Não. Só fiquei um pouco pensativa. Estava lembrando do meu cativeiro.

—Não faça isso com você mesma. Amor, esqueça aquele pesadelo. Agora você está aqui conosco, viva e segura. Ele me abraça delicadamente e beija minha testa. –De agora em diante só temos que pensar nas nossas menininhas.

—É tudo que precisamos.

—Vem sente-se um pouco. Espere aqui enquanto busco aquela sobremesa que te prometi. Steve me ajuda a sentar em um banco na área externa da Shield.

—Achei que tinha esquecido. Falo brincalhona e ele dá uma piscadinha.

Me inclino para trás e tento relaxar um pouco. Fico observando as nuvens e seus formatos e aproveitando a brisa suave que brincava com os meus cabelos.

Lembranças me levam para aquele dia terrível em que achei que perderia tudo. Relembro a expressão de Steve quando me viu e a certeza que eu tive naquele momento que todos realmente estavam achando que eu estava morta.

—Você vai ficar bem Helena. Confie em si mesma. Confie nas pessoas a sua volta. Vai dar tudo certo. Falo para mim mesma.

—Mamãe? Escuto a voz de Sarah perto de mim e a procuro na mesma hora. –Mamãe, é você mesma? Sarah fala ainda em dúvida enquanto tenta descer do colo de Steve.

—Sim, meu amor. Falo com voz alterada pela emoção e tento me levantar.

Steve faz um sinal para que eu não faça isso e ele rapidamente caminha na minha direção e coloca Sarah ao meu lado.

Eu a abraço com todas as minhas forças e ela faz o mesmo. Quando me separo dela, eu seguro delicadamente seu rosto e fico distribuindo beijinhos. Ela ri entre lágrimas.

—Estou aqui, minha pequena! Vai ficar tudo bem agora. Ninguém nunca mais irá nos separar.

—Promete? Ela fala chorosa.

—Claro que sim meu amor. Não se preocupe com mais nada.

—Nada mesmo? E por que sua barriga está assim? Ela fala apontando para o volume.

—Porque... Lembra que a tia Pepper e a tia Laura vão ter bebês?

—Sim. As barrigas delas estão enormes. Sarah abre bastante os dois braços fazendo o movimento de um círculo.

—Então minha querida, as barrigas das mamães ficam assim quando estão esperando um bebê. E neste momento eu estou esperando sua irmãzinha. Falo colocando a mão de Sarah na minha barriga.

—Mas ainda está tão pequena. Ela fala achando estranho.

—É assim mesmo meu amorzinho. Ainda vai crescer mais.

—E quando minha irmãzinha vai nascer?

—Bem. Steve senta ao nosso lado. –Ainda vai demorar alguns meses.

Sarah faz uma cara emburrada fofa e cruza os braços. –Mas eu queria que ela estivesse aqui agora.

—E logo ela estará pequena. Steve bagunça um pouco os cabelos dela.   

Sarah encosta sua cabeça na minha barriga e com a mão direita faz movimentos suaves e circulares.- Irmãzinha. Espero que você venha logo. Você ainda não está aqui, mas eu já estou tão feliz. Nós vamos dar muito trabalho para nossos pais. Prometo te dar sorvete e biscoitos escondido da mamãe, fazer nossos tios nos levar ao cinema, te ensinar tudo que sei e o mais importante, estar sempre pertinho de você e te proteger.

Eu e Steve olhamos um para o outro em cumplicidade e sorrimos. Eu beijo rapidamente seus lábios e sussurro um obrigada.

Depois de passar um tempo com minha pequena, meus amigos finalmente vêm ao meu encontro. Alice e Peter sabiam o quanto eu precisava passar um tempo com minha pequena e por isso não vieram falar comigo logo de cara.

Steve foi chamado em um momento e teve que nos deixar por alguns instantes. Quando ele retornou eu logo percebi que ele estava com uma expressão nada boa. 

Sinalizo discretamente para Peter e Alice se afastarem com Sarah e assim que fico sozinha com Steve, o questiono.

—O que está acontecendo? Falo preocupada.

—Nada que mereça a nossa atenção. Steve tenta disfarçar.

—Por favor Steve, não esconda nada de mim. O que realmente está acontecendo?

—John. Steve fala relutante. –Ele provavelmente seguiu Alice e Peter até aqui e está fazendo “barulho” na fora.

—Por que? O que há de errado com ele agora?

—Ele quer te ver. Quando você foi encontrada, Peter logo cuidou para regularizar a sua situação na justiça, tanto provar que você estava viva, como reaver a guarda de Sarah, e no final ele havia conseguido mais do que isso. Com a ajuda de Fury todo o caso referente ao seu sequestro, e ao seu estado de saúde foi mantido em sigilo, ou seja, apenas pessoas do nosso círculo de amizades estão sabem o que realmente aconteceu e está acontecendo, o que não inclui...

—John. Eu completo. –E presumo que ele não tem a mínima ideia de como estou ou que se quer teve a chance de me ver durante o coma. Não é?

—Exatamente.

Respiro fundo e falo relutante. –Deixe ele entrar.

—Como?

—Deixe que ele entre e me veja de uma vez por todas Steve. Sei como John é. Ele é teimoso e não deve ser subestimado. Ele pode sim arrumar problemas...Para todos nós.

—Helena! Depois de tudo...Steve soa magoado.

—Eu sou a primeira pessoa a não querer isso Steve. É um mal necessário.

Steve me olha indignado.

—Por favor. Vamos acabar logo com tudo isso? Deixe que possamos colocar um ponto final.

—Tudo bem. Mas não sairei nem por um segundo do seu lado.

—Estou contando com isso.

Quinze minutos se passaram até John ser conduzido para o local onde eu estava. Assim que ele me vê, sua expressão é indecifrável e ele cai e fica de joelhos aos prantos.

—Helena. Ele se arrasta e para na minha frente. –Como? Você...

—Eu estou aqui e é tudo o que importa.

—O que aconteceu com você? Eles ficam repetindo que tudo foi culpa minha, mas eu não sei exatamente o que é este “tudo”.

—John você não precisa saber. Me escuta, ok? Nem você ou Steve tem culpa sobre o as coisas que aconteceram comigo. Eu estou bem agora, me recuperando e é o somente isso o que você precisa saber.

—Mas Helena...

—Eu ainda não acabei, por favor não interrompa. Eu falo um pouco grossa e John se afasta um pouco. –Não insista mais nesse assunto, está além de qualquer um de nós. Se está em sigilo é porque deve estar em sigilo.

—Não está em sigilo para ele, eu presumo. Ele fala com certa mágoa apontando a cabeça para Steve.

—Nunca mais fale desse jeito ou destrate Steve, John! Eu o repreendo.- Se não fosse por ele, eu não estaria aqui. Por que você nutre tanto ódio por ele?

—Não é óbvio? Ele roubou você de mim, amor. John tenta pegar na minha mão, mas eu a tiro antes que ele faça isso. –Se não fosse por ele você estaria agora segura comigo. Sã e salva na nossa cidade.

—Não John. Primeiro você me abandou e depois me perdeu por conta própria. Não sei que fantasia se passava na sua cabeça, mas se achava que eu ficaria o resto da minha vida te esperando, esqueça. Isso nunca aconteceria. As pessoas cansam, sabe? E por mais clichê que seja, a vida sempre continua uma hora ou outra. Olho para Steve antes de continuar. - Eu nutri a falsa esperança de que você voltaria por três anos. Por três anos da minha vida achei que um dia você cairia em si e...esqueci. Isso nunca iria acontecer. A verdade é que você se doeu quando achou que Peter estava namorando comigo e apenas se mexeu quando percebeu que eu não estaria sempre lá, na posição da sonhadora eternamente a sua disposição.

—Tem razão, em parte. Eu nunca deixei de me preocupar com você Helena, e não. Eu não me mexi apenas quando achei que tinha te perdido para outro. Lembra que naquele dia que ti vi com Peter eu tinha me levantado para falar com você?

—Sim.

—Eu iria...eu iria te convidar para morar comigo. Estava disposto a assumir tudo, Helena. Eu sabia o quanto estava sendo difícil para você naquela época. Sua avó tinha acabado de falecer e sua mãe queria te expulsar da casa. Por mais que eu tivesse sido um covarde antes, eu não suportava te ver enfrentando tudo sozinha.

Uma lágrima solitária rola pelo meu rosto. –Ah, John.

—Ainda podemos ter tudo querida. Somos jovens e o tempo está a nosso favor. Nós..

—John. Eu chamo sua atenção e ele se cala por alguns segundos. -Agora só nos resta seguir em frente.

—Não, Helena, nós ainda...

Eu ergo minha mão para que Steve a pegue e me ajude a levantar. John observa cada movimento nosso e logo compreende o que quero disser assim que Steve me abraça por trás e eu coloco delicadamente uma de suas mãos em minha barriga.

—Eu e Steve vamos ter um bebê. O interrompo entre lágrimas.

John se levanta e fica de pé. Ele me lança um sorriso quebrado e limpa a garganta com um pigarro antes de continuar. –Bem, não vou mentir e disser que não desejaria que esse filho que você está esperando não fosse meu, mas... mesmo assim...parabéns Helena. Ele fala sem vida. –Acho que nossa filha vai adorar ter um irmãozinho, não é?

—Ela adorou. Eu falo com a voz falhando pela emoção e John nos dá as costas e vai embora.


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Notas finais do capítulo

Então pessoas. A quanto tempo em? Rrsrs. Confesso que sentia falta disso tudo aqui ^.^
Fico até meio sem graça por demorar, mas vamos lá.
Como vocês estão?
Gostaram do capítulo?
Se possível, poderiam olhar essas capas e dá uma opinião? É para a fanfic da Sarah. :D
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