Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 46
Churrasco




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Finalmente acho que tudo iria ficar em seu devido lugar. Meu relacionamento com Steve estava um mar de rosas, Sarah já estava bem próxima de John e ele parecia ter tido um choque de realidade e fica mais na sua, sem indiretas para Steve ou cantadas ridículas para mim, enfim, fora o cansaço constante que eu estava sentindo devido a quantidade de trabalho extra que estava fazendo, tudo estava na mais perfeita paz.

E para celebrar tudo isso, eu e as garotas havíamos organizado um churrasco na fazenda de Clint, aproveitando também para realizar um chá de bebê surpresa para Laura e Pepper. Tínhamos cozinhando comida para um verdadeiro batalhão já que praticamente todos estavam lá. Bruce, Natasha e Alma, que tinham um bom motivo para celebrar, já que Fury havia oficialmente autorizado a permanência da guarda da pequena com eles, desde que, é claro, estivessem sempre de olho na garota e a treinassem para controlar seus poderes. Sharon Carter e Sam Wilson, que estavam em um relacionamento sério, Thor e Jane, Tony e Pepper, Clint, Laura e as crianças, Peter e Alice, Fury, Hill e até mesmo John.

Arrumamos uma grande mesa no lado de fora da casa e desenhamos um pequeno campo para as crianças brincarem, acho que estavam jogando futebol americano.

—Em cinco minutinhos de jogo e Fury já acha que os meninos têm um futuro promissor como agentes da Shield. Hill fala ao olhar as crianças correndo.

—Pode até ser verdade. Mas isso terá que ser uma escolha deles. Laura comenta.

—Você parece bem tranquila em relação a tudo isso.

—E estou. Eu e Clint ainda estamos conversando se devemos deixar as crianças receberem algum tipo de treinamento, para autoproteção, é claro, mas se decidirem daqui a alguns anos seguir os passos do pai, não farei oposição.

—Eu ainda não tenho uma posição, mas acho que apoiaria também. Se bem que Sarah que fazer tudo que eu Steve e vocês fazem. Ela tem uma sincera admiração pelo que fazemos.

—Que fofinha. Sharon comenta. –Ela seria uma boa heroína, mas não como Steve e sim como o Tony Stark.

—Sério? Todas praticamente falamos ao mesmo tempo.

—Sim, ele é boa, gentil e tudo mais, mas seu espírito é rebelde como o de Tony.  

—Sem ofensas Pepper, mas espero que não.

—Não ofendeu. Tony as vezes é uma pessoa difícil de lidar, e espero que nossos filhos não herdem o seu gênio forte. Rimos todas ao mesmo tempo.

Já estava quase na hora de servir o almoço e por isso eu e as mulheres começamos a colocar os pratos e as panelas na mesa.  

—Tem alguém olhando a carne? Pergunto ao notar que os homens estavam bebendo e rindo em um canto.

—Tony disse que ele ficaria responsável por isso. Sharon responde ao mesmo tempo que Pepper arregala seus olhos.

—Mas Tony nunca cozinhou na vida!

—Vai ser um desastre. Natasha comenta.

—Não será. Deixa comigo. Digo enquanto vou até a churrasqueira. –Alice pode me dar uma mãozinha?

—Claro. Ela fala sapeca e dá um pequeno beliscão na minha cintura. –Estranho...

—O que?

—Você parece mais cheinha...

—Provavelmente estou mesmo. Não gosto de fazer isto, mas comi muita besteira nestas últimas semanas.

—Talvez seja por causa disso também que esteja se sentindo cansada.

—Deve ser todo o conjunto na verdade, mas logo eu me ajusto novamente. Falo me aproximando da churrasqueira. –Ele nem acendeu ainda. Pode fazer isso por mim enquanto coloco o sal grosso na carne?

—Sem problemas. Espera um minuto, vou buscar algo para acender o carvão.

—O senhor poderia ter trazido sua filha também. Sarah fala com John enquanto caminham na minha direção.

—Talvez um outro dia, pequena.

—O mais rápido possível então. Quero ser amiga dela logo.

—E aposto que ela gostaria de ser a sua também. Ele pega na ponta de seu nariz e ela ri.

—Mamãe...

—O que minha macaquinha deseja? Falo com ternura.

—Mas eu ainda não pedi nada, como sabia que eu iria te pedir algo?

—Porque sou sua mãe fofinha, e te conheço bem para saber quando quer algo.

—Então... mamãe. É que... tem um lugar incrível que o John conhece e ele disse que poderia me levar qualquer dia desses. A senhora poderia deixar eu ir? Por favorzinho, Ele une suas mãozinhas como em uma reza e me olha como o gato de botas.

—Bem, minha sapequinha. Não é um momento bom para que eu viaje, mas, prometo pensar sobre o assunto.

—Oba! Ela pula de alegria.

—Calma Sarah, ainda não é um sim.

—Mas também não foi um não. Ela continua animada. –Será que a senhora vai conseguir subir lá?

—Como?

—Ela se refere aquele lugar que eu te levei uma vez. John comenta receoso.

—John disse que teve que te carregar até o topo.

—Ei, isso não é totalmente uma verdade. Dou um tapinha no ombro dele e soltamos um sorriso. –Eu estava no meu ritmo, mas o senhor apressadinho aqui não queria me esperar.

—Nada disso Helena, você estava praticamente se arrastando.

—Não estava. Eu tinha total controle da situação.

—Claro, porque está ofegante em uma subida simples é estar totalmente no controle! John faz Sarah rir.

—Ei! Dou um tapa em seu braço e ele fica rindo.

—Sua mãe é uma mulher durona, Sarah, ela quase ia me matar naquele dia.

—É verdade. Só não fiz isso porque a paisagem era de tirar o fôlego.

 Pov Sam Wilson.

—Cara, você está morrendo de ciúmes!

—Não estou Sam. De onde tirou essa ideia?

—Do pobre copo que você acabou de quebrar e ainda não percebeu porque não desgrudava os olhos da sua namorada e enteada morrendo de rir seja lá do que estão conversando ali com John.

—Por que convidaram o senhor não aguento ver uma mulher em minha frente se não gosta dele Steve? Tony questiona.

—Porque foi a própria Sarah que o convidou. Peter vira um copinho de saquê, fazendo uma cara de quem chupou limão. –Steve e Helena sabem o quanto isso é importante para menina, e como eles mesmo haviam afirmado, somos amigos daquele babaca, de qualquer modo, seria estranho se ele não viesse.

—Entendo, e quando pretendem falar com a pequena a verdade? Bruce se une a conversa. –Quero disser mesmo com os altos e baixos, essa situação não irá se manter por muito tempo, querendo ou não, tentando ou não, isso está desgastando o relacionamento de vocês.

—Eu sei, mas é que tudo caiu como uma bomba em nosso colo e ainda estamos tentando lidar com isso. Steve tenta disfarçar sua tristeza.

—Espero que lidem logo, porque Steve Rogers e perder a cabeça, não combinam em uma mesma frase.  Falo, bebendo um gole da minha cerveja em seguida.

—Melhor irmos ao encontro das mulheres. Elas devem estar furiosas porque vocês estão aqui bebendo e conversando enquanto cuidam de todo o almoço. Fury comenta por fim.

—Verdade. Tony, você não iria cuidar da carne? Bruce pergunta e rimos da cara de “Droga, esqueci completamente” que o Stark faz.

—Pepper só não vai te estrangular porque ela deve estar agradecendo por você ter esquecido. Clint diz brincalhão. -Crianças! Todas para o banheiro agora! Lavem suas mãos e voltem em no máximo em dez minutos!

—Queremos ficar jogando mais um pouco pai! Lila, fala manhosa.

—Nada disso, florzinha. Se não forem agora eu vou dar um fim nesta bola! Clint fala firme e as crianças correm em direção a casa.

Caminhamos até a mesa que já estava completamente organizada, e logo todos se acomodam nela.

—Nem pensem que se safaram do trabalho. Hill soa autoritária. –Quando acabarmos aqui vocês lindos ficaram responsáveis pela limpeza. Estamos entendidos?

—Claro! Tony finge estar apavorado. –Sim, senhora! Ele ri em seguida e Pepper o corta.

—Oh, menos você não é Anthony Stark? Afinal deve ter preparado um churrasco maravilhoso. Pepper fala sarcasticamente.

—Amor... eu.

—Tudo bem. Ela ri da cara dele.

—Eu ainda vou enlouquecer com essas suas mudanças de humor dona Pepper Potts.

—Você ainda não viu nada. Espere até começar o trabalho de parto ou nossa filha chegar na adolescência. Ela troca uma piscadinha com ele.

—Enfim. Aproveitem, vamos atacar. Helena fala animada e coloca duas bandejas com pedaços de carne e linguiça na mesa.

—Deve estar maravilhoso. Sharon comenta.

Está maravilhoso. John a corta. –Helena herdou as mãos de chef do pai.

Senti Steve ficar desconfortável e troquei um rápido olhar com ele pedindo para que ficasse calmo.

—Não seja exagerado John. Helena fala enquanto coloca comida para Sarah.

—Exagerado? Ele sorriso. –Não estou exagerando em nada, ou não lembra das inúmeras vezes que imploraram a receita daquele molho que seu pai faz?

—Isso é verdade. Ela rir. –Papai não deu a receita nem para mim que sou sua filha.

—Mas você levou ele, naquele dia que fomos acampar.

—É verdade, mas foram meses tentando recriar aquilo. Lembra o que meu pai sempre dizia?

—Um bom cozinheiro sabe pelo menos reconhecer todos os ingredientes de um prato. Os dois falaram ao mesmo tempo e riram.

—Pelo visto, não deve ter nenhum futuro na cozinha, não reconheço nada, mas o sabor está ótimo. Jane comenta.

—Mas é uma excelente cientista. Natasha intervém. –Eu, particularmente nunca fui fã de química, física ou biologia, mas sou boa com máquinas e luta corpo a corpo. Acho que cada um somos bons dentro do nosso universo de paixões, se não é consegue alcançar aqui, por é algo de que se ama.     

—Verdade. Se forem observar o que somos hoje, veio daquilo que amávamos em nossa juventude. Bruce, entra na conversa.- Eu sempre fui um... como é a palavra...

—Nerd, tio Bruce. Cooper o completa.

—Isso mesmo, é como chamam hoje, não é?

—Sim, e chamam Sexy também. Tony fala em tom de piada. –Os novos garanhões do colégio são os Nerds agora.

—Tony! Pepper o repreende. –Temos crianças na mesa.

—Oh, desculpem meninos.

—Tudo bem tio Tony. Sarah fala docemente. –Tia Alice fala coisas bem piores mesmo. Não nos controlamos e caímos no riso. Como poderia caber tanta fofura em uma pessoinha?

Pov Helena Ocean

Tínhamos planejado o chá de bebê para o meio da tarde, então após o almoço eu fui até um dos celeiros com Alice pegar os presentes que havíamos escondido, enquanto o restante iria distrair Pepper e Laura.

Assim que coloquei a última caixa que minha amiga iria conseguir carregar, ela me deixou sozinha e eu voltei a empilhar o restante dos presentes para que eu pudesse levar o máximo possível. Seguro umas quatro caixas e quando me viro, John está atrás de mim.

—O que faz aqui?

—Calma Helena. Eu só vim te ajudar. Ele ergue os braços como em rendição.

—Tudo bem. Ainda tem mais alguns presentes ali. Falo apontando com a cabeça.

—Não, deixa que eu levo essas está segurando parecem que são as mais pesadas. Ele toca minha mão ao tentar pegar os presentes que carrego, e faz uma pequena carícia.

—John... isso não...

—Hoje parecia tanto com nossos velhos tempos. Ele me interrompe. –Helena por favor, não me afaste. Ele se aproxima lentamente. –Eu te amo! Segura meu rosto com suas duas mãos e coloca seus lábios no meu, me fazendo soltar as caixas.  

Sinto uma sensação familiar ao sentir o toque de John em mim, e fico perdida naquele beijo até ouvir alguém sair apressadamente dali e voltar para realidade.

—Steve. Sussurro assim que me livro do “encanto” daquele beijo. Me afasto bruscamente de John, empurrando minhas mãos em seus peitos e corro na tentativa de alcançar meu amor. -Steve! Grito ao ver que estava perto ainda e ele para, reduzindo sua velocidade.

 

—O QUE? Ele devolve rude.

—Não é nada disso que...

—Eu não estou pensando eu acabei de ver! Ele rebate.

Tento colocar minhas mãos em seu rosto, mas ele me afasta. -Steve, você sabe o que eu sinto. Acha mesmo que eu te trairia? Quantas vezes eu já disse o quanto te amo?

—Parece que uma imagem vale mais do que mil palavras, não é mesmo? Eu sinto a decepção em sua voz.

—E esta merda de imagem vale mais do que tudo que vivemos até agora? Do que o nosso amor? Amizade, cumplicidade?

—Eu não tenho mais certeza de nada. Steve me dá as costas e vai em direção aos carros.

—Não faz isso comigo. Steve por favor vamos conversar. As lágrimas começam a molhar o meu rosto.

—Não temos absolutamente nada para conversar. Ele para ainda de costas e respira fundo. -Quando voltar para sua casa hoje, não se preocupe, eu já não estarei mais lá. Terá bastante espaço para o John na sua vida agora!

—Não! Eu corro e o abraço por trás, encostado meu rosto em suas costas, mas ele se livra dos meus braços.

—Adeus, Helena Ocean.

Fico ali sem reação, vendo ele ir embora. Alice aparece e tenta entender o que está acontecendo ao ver o meu estado.

Meu cérebro começa a voltar ao normal e rapidamente disparo. -Amiga, John roubou um beijo e Steve viu tudo, ele saiu louco daqui e pretende acabar tudo. Por favor, por tudo que é sagrado me empresta seu carro, para que eu possa tentar mais uma chance de diálogo, se eu for agora ainda posso encontra-lo no nosso apartamento. Por favor.

—Lena, nem precisa pedir duas vezes. Toma.

Pego a chave e dou um beijo em sua bochecha. -Obrigada. Se perguntarem diga que está tudo bem, ok? Fala que recebemos uma ligação de emergência, que ocorreu um vazamento no prédio, e nosso apartamento pode ter sido inundado. Qualquer coisa estarei o tempo todo com o celular, ele está com 97% da bateria.

—Não se preocupe, vou segurar as pontas aqui.  

Saiu discretamente da fazenda de Clint e ainda consigo ver o carro de Steve acabando de sumir na estrada.

—Vai ficar tudo bem. Falo comigo mesma enquanto tento controlar meu choro.

Para minha sorte o caminho não tem nenhum carro na pista e posso dirigir em uma velocidade significativamente alta. Ligo para Steve, mas ele se recusa a atender. Logo consigo ver seu carro, mas ele ainda está muito longe.

Paro completamente em um cruzamento, o maldito sinal vermelho tinha que aparecer justamente quando eu iria atravessar. Espero impacientemente o sinal verde, quando ele finalmente aparece, piso no acelerador e no momento seguinte, só me vem a escuridão.

Pov Peter Davis.

Laura e Pepper ficaram extremante felizes com a surpresa, cada presentinho tinha um toque especial de um, eram uma demonstração verdadeira do carinho que nutríamos por elas. O clima estava leve, regado a risadas e piadas sem graça do Tony.

—Amor. Chamo Alice discretamente para um lugar reservado.

—Sim?

—Você... estacionou o carro dentro da fazenda, certo? Pergunto com receio.

—Claro. Por que?

—Acho que de algum modo, alguém conseguiu roubar seu carro. O seguro acabou de ligar.

—Ah, na verdade, não roubaram, eu emprestei para Helena. Fico gelado ao ouvir aquilo.

—Como?

—Eu emprestei para Helena, bobinho. Não precisa ficar pálido desse jeito, ela vai saber cuidar do meu bebê.

—Alice senta, um pouquinho. Ela muda sua expressão ao notar que algo estava errado.

—Peter, fala de uma vez por todas, o que aconteceu?

—Um ca... Um caminhão avançou o sinal vermelho em um cruzamento e tudo que sei é que seu carro está completamente destruído, explodiu, praticamente só sobrou a placa.

—E quanto a Helena? E quanto a minha amiga? Ela se desespera com os olhos já úmidos e eu a abraço.


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Notas finais do capítulo

Então.... Não me matem, mas espero que tenham curtido o capítulo no geral.
Não é certo que Helena esteja morta...